sábado, junho 12, 2010

Eles sempre nos subestimaram

O que importa é eles subestimarem a força do projeto político que nós representamos



Dilma e o avanço de um governo popular

sexta-feira, 11 junho, 2010 às 19:59


Sem a presença de Lula na disputa, os tucanos vislumbraram uma oportunidade de voltar ao poder. O atual presidente, do alto de seus mais de 80% de aprovação, seria imbatível e ninguém se atreveria a enfrentá-lo. Mas um outro candidato do PT poderia ser derrotado, desde que se conseguisse desvinculá-lo de Lula. Para este trabalho, o candidato do PSDB viria com um discurso dócil, que não parecesse oposição, e a mídia faria o trabalho de vigilância.
O ânimo dos tucanos cresceu ainda mais quando Lula indicou Dilma como sua candidata. Trataram de explorar sua fama de durona, explosiva, e tentaram disseminar um suposto despreparo pelo fato de não ter tido mandatos legislativos, embora tenha sido ministra das pastas mais importantes do governo.
As pesquisas de opinião entraram com sua parte abrindo logo uma vantagem de Serra. Afinal, ele é um político conhecido, que já disputou (e perdeu) uma eleição presidencial e estava em evidência como governador de São Paulo. Ninguém estranharia muito a diferença, já que Dilma ainda não era conhecida da população.
A estratégia era levar essa situação até bem perto das eleições, mas o plano desmoronou. Aos poucos, Dilma foi sendo identificada como a candidata de Lula e a indicada para levar adiante um projeto que está dando certo e recuperando a dignidade dos brasileiros.
Os institutos de pesquisa ainda fizeram malabarismos para esconder isso, a Justiça atuou firme contra qualquer sinal que identificasse como possível campanha antecipada, só para um lado, mas a torrente já era incontrolável. Dilma crescia em todas as regiões e já não era mais possível tapar o sol com a peneira sob risco de desmoralização completa.
Dilma ganhou personalidade e confiança e surpreendeu os adversários, que se ativeram exclusivamente ao seu nome e não ao projeto que ela representava. Na abertura da reunião do Diretório Nacional do PT, hoje, em Brasília, Dilma diagnosticou com precisão o que ocorreu. (Veja e ouça no vídeo acima)
“Eles sempre nos subestimaram. No caso dessa campanha, jamais eles esperavam que nós estaríamos no final de maio empatados. Nunca esperaram isso. E não é o fato de a gente ter empatado que importa. O que importa é eles subestimarem a força do projeto político que nós representamos.”
Bingo! Dilma está cada vez mais segura e precisa nas suas análises. No mesmo discurso, ela falou da importância de construir um governo de continuidade com avanço. Ou seja, assim como o Lula do segundo mandato foi melhor do que o Lula do primeiro governo, Dilma tem as condições de ser ainda melhor do que Lula no sentido do avanço do projeto político de um governo popular.
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A Petrobras voltar a ser nossa deixa eles loucos

sexta-feira, 11 junho, 2010 às 21:53


Atenção funcionários e engenheiros da Petrobras, todo cuidado é pouco. Alguém pode estar “plantando” informações mundo afora de que os nossos poços de petróleo marítimos são inseguros e alimentando um zum-zum-zum de que, eventualmente, estariamos sujeitos a ter de interromper o ritmo de perfuração e de expansão de nosso petróleo.

Eu não maldei, quando na segunda-feira, um repórter da Agência Bloomberg vei me fazer perguntas sobre isso. Devo, aliás, registrar que ele foi absolutamente correto ao registrar o que disse, e que está publicado aqui.
Hoje, a mesma Boomberg publica outra matéria, dizendo que a Petrobras é a empresa mais sujeita a riscos de acidentes como o ocorrido com a plataforma da British Petroleum no Golfo do México, cujas dimensões quase todo dia são reavaliadas para pior. O argumento, algo simplório, é o de que a Petrobras responde por 20% de toda a extração de óleo em águas produndas, sendo a líder mundial neste segmento. Por tirar mais, seu risco seria maior.
Acontece que isso não se mede assim, mas pelas práticas de segurança de cada empresa. E a própria imprensa americana reconhece que o Brasil - e a Noruega – são muito mais exigentes nesta matéria que os Estados Unidos. Quem quiser ler sobre os cuidados de segurança adotados pela empresa, por ler mais aqui.
Não há, repito, nada de errado com o trabalho de reportagem feito pela Bloomberg, do qual tenho muito boa impressão.
Mas é bom ficarmos ligados, porque vem aí a capitalização da Petrobras, um jogo financeiro pesado, que vai envolver perto de US$ 60 bilhões e que, se tudo der ceto, vai permitir à União retormar uma parte do capital da empresa, criminosamente vendido por Fernando Henrique Cardoso.
E isso está deixando muitos interesses contrariados.


http://www.tijolaco.com

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