Achei UÓTIMO, então já tô roubando do "Direto da Redação", pra dar pros pobres (a ideia é ótima!) É meio como roubar do Robin Hood (que era grupo armado) pra dar pros sem-arma-nenhuma.
O Direto da Redação, de fato, ainda tem alguma arma e usa até que bem.
A blogosfera não jornalística e não-bloguificada, só tem, mesmo, o ímpeto robin-hoodiano, os próprios teclados e las ganas!
Roubar dos ricos pra dar pros pobres é totalmente ético. (Não vão, agora, os 'éticos' (re)começarem com a ideia-fraca de que roubar é pecado sempre, pelamôr de deus!).
Grande Russel Crowe, hein?! Bela ideia, sô! 8-)
Leia aí. Está em http://www.diretodaredacao.com/
RUSSEL HOOD ATACA A IMPRENSA
Foi sintomática a declaração do ator Russel Crowe, em Cannes, onde está para a apresentação do filme Robin Hood, de Ridley Scott, de que o arqueiro que tirava dos ricos para dar aos pobres hoje escolheria como principal inimigo a “mobilização da mídia”.
Espécie de paladino da justiça, Robin Hood simbolizava a luta dos oprimidos contra os opressores (nobres medievais). Se o seu campo de ação era a floresta de Sherwood, hoje ele teria que se reproduzir pelo mundo todo para combater os desmandos midiáticos e sua influência nefasta no curso da história.
Um Robin Hood encontraria um campo fértil no Brasil. A mídia, antes hegemônica em termos de formação de opinião, passou a enfrentar séria concorrência dos canais abertos pela internet e seus padrões de manipulação foram expostos. Hoje em dia, uma série de sites e blogs apontam diariamente suas incongruências e tentativas de direcionar a v ida política do país.
Os grandes meios de comunicação no Brasil acusaram o golpe e montaram a contra-ofensiva. O tal Instituto Millenium juntou todos os porta-vozes do pensamento da grande imprensa, muito bem remunerados, para atacar supostos patrulhamentos e alardear que a liberdade de imprensa está ameaçada. A Asociação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) convidaram os candidatos à Presidência a assinar uma declaração redigida a pedido da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) se comprometendo com a liberdade de imprensa.
Parecem gestos nobres, mas refletem o temor de que a sociedade conquiste meios de exercer controles sobre a imprensa. Isso causa arrepios nos grandes meios. Eles querem continuar soberanos para manter a comunicação em uma só direção. Deles para o resto, naturalmente. Para tentarem desqualificar candidaturas enquanto defendem outras, as de seus prefe ridos. Para diminuírem a escolha de um presidente do país como maior líder do mundo, tentando transformar um motivo de orgulho em chacota.
Mas eles sabem que a liberdade empresarial que sempre defendem está com os dias contados diante do avanço de consciência da sociedade brasileira. Começam a falar em autoregulamentação, recorrendo à panacéia utilizada pelos publicitários para anunciar qualquer coisa. A idéia da autoregulamentação é uma tentativa de prestação de contas à sociedade, mas não engana ninguém. Autoregulamentação é questão de bom senso e ética, que já deveriam estar sendo praticados há muito tempo.
Os jornais querem continuar corrigindo seus erros nas cartas dos leitores, que editam a seu bel prazer, quando as publicam. Dois casos aleatórios, um recente e outro antigo, ilustram bem esse tipo de comportamento. No início do mês, o jurista Dalmo Dallari escreveu em sua coluna no Observatório da Imprensa que env iou carta à Central de Atendimento do Leitor de O Estado de S.Paulo para contestar informação errada, publicada no jornal, sobre o caso Cesare Batistti. O jurista queria esclarecer que a informação de que Lula teria a opção de entregar Batistti para a Itália, onde cumpriria cerca de 28 anos de prisão, era infundada, pois o italiano fora condenado à prisão perpétua e essa decisão era definitiva. A carta de Dallari não foi publicada, o que o jurista classificou como “forma de censura, surpreendente num órgão de imprensa que insiste em se colocar como vítima da censura.”
O outro caso, mais antigo, aconteceu na Folha de S. Paulo, quando o jornal anunciou o lançamento do livro do torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra. Edson Teles, uma das vítimas de Ustra, levado de sua casa aos quatro anos para ver a mãe ser torturada no DOI-Codi, escreveu ao jornal e à colunista que publicara a nota contando o que sofrera e reiterando seu desejo de ver o torturador preso. Sua carta também não foi publicada e só se tornou conhecida através de blogs.
É esse o tipo de liberdade que os grandes meios dizem existir quando alegam que o que fazem já é mediado pelos leitores, ouvintes e espectadores. Os nobres medievais também deviam considerar o povo livre e feliz. Mas Robin Hood sabia que não e entrava em ação. Como volta a fazer agora nas palavras de Russel Crowe e nas ações da blogosfera.
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Grande Russel Crowe, hein?! Bela ideia, sô! 8-)
Leia aí. Está em http://www.diretodaredacao.com/
Caia Fittipaldi
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++RUSSEL HOOD ATACA A IMPRENSA
Foi sintomática a declaração do ator Russel Crowe, em Cannes, onde está para a apresentação do filme Robin Hood, de Ridley Scott, de que o arqueiro que tirava dos ricos para dar aos pobres hoje escolheria como principal inimigo a “mobilização da mídia”.
Espécie de paladino da justiça, Robin Hood simbolizava a luta dos oprimidos contra os opressores (nobres medievais). Se o seu campo de ação era a floresta de Sherwood, hoje ele teria que se reproduzir pelo mundo todo para combater os desmandos midiáticos e sua influência nefasta no curso da história.
Um Robin Hood encontraria um campo fértil no Brasil. A mídia, antes hegemônica em termos de formação de opinião, passou a enfrentar séria concorrência dos canais abertos pela internet e seus padrões de manipulação foram expostos. Hoje em dia, uma série de sites e blogs apontam diariamente suas incongruências e tentativas de direcionar a v ida política do país.
Os grandes meios de comunicação no Brasil acusaram o golpe e montaram a contra-ofensiva. O tal Instituto Millenium juntou todos os porta-vozes do pensamento da grande imprensa, muito bem remunerados, para atacar supostos patrulhamentos e alardear que a liberdade de imprensa está ameaçada. A Asociação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) convidaram os candidatos à Presidência a assinar uma declaração redigida a pedido da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) se comprometendo com a liberdade de imprensa.
Parecem gestos nobres, mas refletem o temor de que a sociedade conquiste meios de exercer controles sobre a imprensa. Isso causa arrepios nos grandes meios. Eles querem continuar soberanos para manter a comunicação em uma só direção. Deles para o resto, naturalmente. Para tentarem desqualificar candidaturas enquanto defendem outras, as de seus prefe ridos. Para diminuírem a escolha de um presidente do país como maior líder do mundo, tentando transformar um motivo de orgulho em chacota.
Mas eles sabem que a liberdade empresarial que sempre defendem está com os dias contados diante do avanço de consciência da sociedade brasileira. Começam a falar em autoregulamentação, recorrendo à panacéia utilizada pelos publicitários para anunciar qualquer coisa. A idéia da autoregulamentação é uma tentativa de prestação de contas à sociedade, mas não engana ninguém. Autoregulamentação é questão de bom senso e ética, que já deveriam estar sendo praticados há muito tempo.
Os jornais querem continuar corrigindo seus erros nas cartas dos leitores, que editam a seu bel prazer, quando as publicam. Dois casos aleatórios, um recente e outro antigo, ilustram bem esse tipo de comportamento. No início do mês, o jurista Dalmo Dallari escreveu em sua coluna no Observatório da Imprensa que env iou carta à Central de Atendimento do Leitor de O Estado de S.Paulo para contestar informação errada, publicada no jornal, sobre o caso Cesare Batistti. O jurista queria esclarecer que a informação de que Lula teria a opção de entregar Batistti para a Itália, onde cumpriria cerca de 28 anos de prisão, era infundada, pois o italiano fora condenado à prisão perpétua e essa decisão era definitiva. A carta de Dallari não foi publicada, o que o jurista classificou como “forma de censura, surpreendente num órgão de imprensa que insiste em se colocar como vítima da censura.”
O outro caso, mais antigo, aconteceu na Folha de S. Paulo, quando o jornal anunciou o lançamento do livro do torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra. Edson Teles, uma das vítimas de Ustra, levado de sua casa aos quatro anos para ver a mãe ser torturada no DOI-Codi, escreveu ao jornal e à colunista que publicara a nota contando o que sofrera e reiterando seu desejo de ver o torturador preso. Sua carta também não foi publicada e só se tornou conhecida através de blogs.
É esse o tipo de liberdade que os grandes meios dizem existir quando alegam que o que fazem já é mediado pelos leitores, ouvintes e espectadores. Os nobres medievais também deviam considerar o povo livre e feliz. Mas Robin Hood sabia que não e entrava em ação. Como volta a fazer agora nas palavras de Russel Crowe e nas ações da blogosfera.
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