quinta-feira, outubro 22, 2009

As verbas saltaram de R$ 500 milhões para R$ 5 bilhões

A frente da educação

Coluna Econômica - 19/09/2009


Um dos grandes desafios de políticas públicas, é como montar um modelo federativo de articulação de políticas de educação entre União, Estados e Municípios.

Esse é um dos grandes desafios de políticas públicas universalistas em país continental, pois há que se montar uma comunidade tal - como na Saúde - que garanta a continuidade das políticas independentemente das autoridades e dos partidos de plantão.

Mas, segundo o Ministro da Educação Fernando Haddad, o setor de Educação conseguiu finalmente criar essa solidariedade.

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O primeiro passo foi a redefinição das políticas para o setor. Na gestão Paulo Renato, se utilizava a tese do "cobertor curto" para não atacar o problema das universidades públicas. Criou-se o falso mito de que todo investimento deveria ser apenas no ensino básico.

O Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) destinava-se a apoiar apenas o ensino fundamental. O Fundef ampliou para o curso médio. As verbas saltaram de R$ 500 milhões para R$ 5 bilhões.

Até então, o ensino médico não dispunha de livro didático, transporte e alimentação escolar. Até 2005, 7,8 milhões de alunos não recebiam livros didáticos.

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Hoje em dia, a Rede Federal de Educação Profissional, que estava em 130 municípios, chega em 350. As Universidades chegam a mais de 200. A Universidade Aberta do Brasil atinge 600 municípios em cursos à distância semi-presencial.

As Universidades Federais já assumiram a incumbência de fornecerem educação continuada para os professores do ensino médio.

Enfim, uma série de iniciativas que, aparentemente, rompeu com o modo tradicional de enxergar educação  - por parte do próprio setor.

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O ponto central desse trabalho de coordenação é o Plano de Ações Articuladas, para a rede escolar - tanto estadual quanto municipal -, e o Plano de Desenvolvimento da Escola, para cada escola.

Todo sistema está interligado pela Internet. São 5.890 municípios.

O conjunto é monitorado pelo IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) que aplica provas em todo o país. A partir das provas, são identificados aquelas redes e escolas abaixo da média. Na última avaliação, foram 1.800 redes e 27 mil escolas.

A partir daí, os gestores de educação são instados a preencherem relatórios, para que se possa ter um diagnóstico da sua região - tudo pela Internet. Nesse diagnóstico, são identificados seus problemas e a lista de itens financiáveis para sua escola.

O MEC compatibiliza diagnóstico com demanda e passa a financiar um conjunto de ações.

Todo o relacionamento se dá pela Internet. Consultores do MEC conversam com os gestores, trocam idéias, aconselham até se chegar às demandas necessárias.

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Esse monitoramento é amarrado às metas de qualidade. Em uma escala de 0 a 10, a média brasileira medida pelo IDEB estava em 3,5% em 2001. Agora, em 4,2. A meta é chegar em 6 (média dos países da OCDE) até 2022, ano do bicentenário da Independência.

Importante: todas autoridades da área, na União, Estados e Municípios, subscreveram esse pacto.

Blog: www.luisnassif.com.br

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