(Quarta-Feira, 23 de Setembro de 2009 às 23:58hs)
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, que concedeu entrevista para a Fórum que está chegando às bancas, acaba de postar uma frase no twitter que merece registro.
Para comentar a participação de Lula na ONU, cravou: "Sorry, tucanada, mas o Brasil não é mais FHC (Fraco, Hesitante e Covarde)".
Ao que o filho do presidente Lula, Marcos Lula , ativo tuiteiro, reverberou: "show do Berzoni...rs".
O Brasil não é mais Fraco, Hesitante e Covarde renderia umas boas camisetas na minha época de movimento estudantil.
Pra constar: o endereço de Berzoini no twitter é @ricardoberzoini, o do Marcos Lula, @marcoslula e o deste tuiteiro @renato_rovai.
Os resultados da reunião do G-20 em Pittsburgh - a antiga cidade do aço nos Estados Unidos, hoje centro de alta tecnologia, educação e medicina avançada - consolida a autoridade do grupo e decreta o fim do G-8.
Desmentem, também, todas as análises e previsões de nossos tucanos com seus ex-embaixadores e ex-ministros de relações exteriores à frente, agora convertidos em comentaristas e analistas da Rede Globo, na qual até mais parecem profetas do apocalipse.
A decisão de apoiar e reiterar a necessidade da continuidade das medidas adotadas pelos vários países, de estimulo ao crescimento - particularmente do emprego - é uma resposta inclusive aos críticos internos aqui no Brasil das políticas de nosso governo, tomado como exemplo na reunião, já que vamos criar 1 milhão de novos empregos só esse ano.
A cúpula abriu caminho para a reforma das instituições financeiras internacionais - FMI e o Banco Mundial (BIRD), entre outras - ao aumentar o direito de votos de nossos países emergentes nessas instituições e ao retomar a agenda da reforma do sistema bancário e financeiro internacional com mais controle e regulação.
Ponto para o Brasil, para a nossa política externa e para o presidente Lula, que tiveram um papel de destaque no encontro.
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A pronta resposta da Organização das Nações Unidas (ONU) ao pedido brasileiro de garantias sobre o óbvio (a inviolabilidade de nossa representação diplomática em Honduras) coloca um ponto final nas tentativas do governo hondurenho de violar nosso território e soberania, de invadir ou promover qualquer ato contra à embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde há uma semana se refugia o presidente deposto Manuel Zelaya. E não o fez, porque ele não pode ser tomado, ou tratado, como um foragido, ou perseguido, ou mesmo como um criminoso. Os golpistas hondurenhos é que o são. Zelaya, para a ONU e a OEA, epara a comunidade internacional é simplesmente o presidente de Honduras, eleito constitucional e democraticamente por seu povo. +++ Salta a vista a radicalização - com raras exceções - de nossa midia, de seus comentaristas, articulistas e chefes de redação, que promovem uma campanha sistemática contra o governo Lula, apenas mudando de temas. Nestas ultimas semanas foi a política externa do governo - e não apenas em relação à crise hondurenha - que foi colocada na berlinda. Há articulistas de economia que abandonaram sua especialidade e dias e dias seguidos se dedicam a escrever sobre Honduras (leia nota acima). Tudo bem que se sabe que por trás do golpe - ou claramente, à frente dele e como seu principal motivo - tem toda uma rede de interesses econômicos dos Estados Unidos, mas não precisam exagerar... Lamentavelmente diplomatas aposentados colocaram suas vozes - e pena - a serviço dessa causa antinacional e antidemocrática, sem esconder suas simpatias pelos golpistas. E pior: omitem-se ante a violência que o presidente Álvaro Uribe comanda na Colômbia, praticamente comprando um novo período de governo, o famoso terceiro mandato. Aí, vocês se lembram, nossa mídia deflagrou contra o presidente, seu partido e o governo uma campanha similar a atual que move contra o presidente Manuel Zelaya, a democracia em Honduras, e a favor do golpe militar que o derrubou. http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=blogsection&id=11&Itemid=37 ///
É o que eu espero, ao mesmo tempo em que lamento que uma situação inusitada e absurda como essa, de ameaças ao território e a soberania brasileiros, seja respaldada no Brasil pela oposição e pela midia - com as Organizações Globo, jornal e TV à frente - num comportamento abertamente simpático aos golpistas e que beira à traição nacional.
A comunidade internacional, por unanimidade, e ao contrário do que fazem nossa mídia e a oposição, não discutiu o caráter do golpe, ou se o Brasil tem ou não direito de hospedar, asilar, abrigar - seja lá que termo se queira usar - o presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya.
Diplomatas aposentados põem pena a serviço de ditadura
Terceiro mandato, aliás, só foi rejeitado e provocou escândalo aqui quando nossa midia quis imputar ao presidente Lula e ao PT a intenção de mudar a Constituição e tentá-lo aqui no Brasil.