Por Carmen Munari
SÃO PAULO ( Reuters ) - A reunião do Diretório Nacional do PT, instância máxima do partido, que iria debater neste sábado questões referentes às próximas eleições, centrou o foco das discussões aos ataques que estão sendo feitos ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Integrantes da legenda chegaram a classificar de golpe a postura da oposição, que pediu a demissão de Palocci. Até o final do dia, será divulgado documento de apoio à política econômica e ao ministro. O texto tem chance de aprovação por unanimidade, fato inédito no partido.
"Não é um ataque qualquer, é um ataque que se confirmado que foi pago, e que tem a ver a com a oposição, eu posso classificar de uma tentativa de golpe", afirmou a jornalistas Ideli Salvati (SC), líder do partido no Senado.
Foram depositados valores na conta do caseiro Francenildo Santos Costa, que afirmou ter visto Palocci várias vezes em uma mansão em Brasilía, alugada por ex-assessores do ministro, sob a qual existem suspeitas de festas com garotas de programas e distribuição de dinheiro ilícito. Palocci vem afirmando que nunca esteve no local.
O deputado Henrique Fontana (RS), líder do PT na Câmara, afirmou neste sábado que não há provas de irregularidades contra Palocci e disse que as acusações são "eleitoreiras".
"Nós não vamos aceitar disputar essa eleição neste ambiente. Queremos um debate de programas sereno, tranquilo, comparando governos, por exemplo", declarou a jornalistas.
Mesmo tendências mais à esquerda do partido defendem a permanêcia de Palocci. Marcos Sokol, por exemplo, da tendência O Trabalho, chegou a sugerir a "demissão" da política econômica e não a do ministro.
O Diretório é composto por 84 integrantes e 75 estão presentes na reunião
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