terça-feira, março 07, 2006

O PSDB, em 12 anos, não conseguiu construir nem candidato novo, nem proposta nova, nem discurso novo.

Sobre Fernando Henrique Cardoso, 5/3/2006, Os dilemas do crescimento econômico. O Globo, RJ, sessão “País”, na edição impressa e na internet, em http://oglobo.globo.com/jornal/colunas/fhc.asp .
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A propaganda stalinista de Serra-FHC-Bornhausen-Alkmin: “Hoje à vista de todos”
Se há milagre brasileiro, o milagre é o Brasil ter sobrevivido a, arredondados para baixo, 28 anos ininterruptos de discursos de FHC, de colunagens de FHC, de ‘sociologias’ de araque de FHC e dessa chatíssima palestragem&michê de FHC.
Em 28 anos, não houve um dia em que algum jornalão brasileiro não repetisse, incansavelmente, as ‘sociologias’ e a palestragem de FHC, sempre usadas como puro merchandising, e malhado para um leitor-eleitor pressuposto perfeita besta, como se naquela ‘sociologia’ de palestragem se manifestasse algum Sumo Saber ‘Sociológico’ (SS+S).
Bem feitas as contas, FHC discursa e diz-que-sociologa, no Brasil, sem parar um dia – e sempre em campanha eleitoral –, desde 1978!
99% desse discursê de FHC, travestido de ‘sociologias’, sempre foi, como é ainda hoje, a mais deslavada propaganda eleitoral antecipada e ilegal.
Já são 28 anos praticamente ininterruptos (!), durante os quais FHC ME obrigou a engolir nua e crua o que sempre foi pura palestragem. De novidade, que, há alguns anos, a palestragem passou também a valer gordos michês ao FHC-palestrante, depois que o ex-sociólogo uspeano, ex-presidente e atual NADA profissionalizou-se no rico (e sujo) mercado das palestragens&michê.
O fenômeno FHC explica-se facilmente, no mundo do mercado da palestragem&michê: daria na mesma se algum bispo fosse eleito presidente; ou se elegêssemos, para a presidência da República, algum papa ou algum Robinho.
Assim como um bispo qualquer, ou qualquer papa, ou qualquer Robinho fala a massas pressupostas ignorantes, em tom de malho-de-vendedor, para vender-lhes (1) descarrego imediato, (2) felicidade eterna post-mortem ou o hexa-campeonato mundial tocado a cervejas... assim FHC fala às mesmas massas também pressupostas ignorantes, para vender-lhes... alguma ‘sociologia uspeana’, mas posta a serviço de um partido político, usada como instrumento para inventar ‘desenvolvimentos de delírio’.
A mídia brasileira de jornalão faz-se de ‘veículo’ dessas ‘sociologias’ de araque, como faz-se de veículo para bispos, ruralistas, anunciantes ou ‘sociólogos’. E a exposição na mídia-empresa faz engordar os michês.
Melhores michês ‘implicam’ mais sociologias-de-araque (ou bispices ou Robinhices)... as quais implicam mais exposição na mídia-de-jabá... E assim vai a coisa, com as ‘sociologias’ de FHC, e há 28 anos!
Exatamente assim, por esse processo que, hoje, felizmente, já está aí à vista de todos, geraram-se, no Brasil, um ‘sociólogo’ e uma ‘sociologia’... tucano-pefelista-udenista [risos], olimpicamente indiferente às urnas e à democracia.
Assim geraram-se, no Brasil, um ‘FHC-sociólogo’ e uma ‘sociologia-de-FHC’ que já são, hoje, no Brasil, doentiamente indiferentes AO MEU VOTO DEMOCRÁTICO.
Pra piorar, a palestragem&michê de FHC JAMAIS é exposta, na mídia de jornalão, como o que ela, de fato, é: pura palestragem&michê e malho de marketeiro.
Propaganda tucana não contabilizada
Vindo desse autoproclamado ‘inteligentíssimo’, ‘cultíssimo’ e ‘sociólogo’ e ‘poliglota’ (e FHC não é nada disso... embora ele talvez pense que seja [risos, muitos!] e a mídia de jornalão repita que ele seja), qualquer besteirol de propaganda política de DES-democratizaão é pautado, repetido e repercutido, na mídia de jornalão, com a reverência que a mídia-empresa só reserva, no Brasil, há décadas, exclusivamente, ao acionista majoritário dono do jornal [risos].
Imediatamente depois de marketada a palestragem&michê de FHC, propagandista tucano-pefelista – e completo caixeiro-viajante de uma ‘sociologia’ que tem 1001 utilidades de campanha eleitoral – a ‘sociologia’ de propaganda assinada por FHC (e outros desses professô-dotô da tucanaria pefelista) passa a ser ‘ensinada’ pelos colunistas de colunagem de araque... Vira ‘pauta’. Vira ‘fato’. Vira ‘notícia’. Vira ‘tema’ de comentário... Em seguida, já é slogan de propaganda, oferecido em manchete de jornal.
E assim se construiu, no Brasil-2006, a mais deslavada propaganda político-eleitoral não-contabilizada -- e é propaganda política de DES-democratização do leitor-eleitor, TOTALMENTE a favor da tucanaria-pefelista. É propaganda stalinista.
A ditadura vive!
Um dos mais impressionante discursos de propaganda à moda ‘sociologia’ de araque, produzidos por FHC é um famigerado “Discurso de Despedida do Senado”, do dia 14/12/1994.
Esse discurso – que a mídia de jornalão, muito estranhamente, ‘apagou’ do conjunto da palestragem&michê de FHC – é perfeitamente lível na Internet, em http://www.presidencia.gov.br/publi_04/COLECAO/DESPED.HTM.
Se fosse discurso, mesmo, de alguma despedida, até seria bom; mas esse nunca foi discurso de despedida. Esse discurso é, ainda hoje, uma espécie de “tejem avisados: a ditadura vive!”
Esse discurso é, de fato, o único discurso documentalmente importante, dentre os hectares de inutilidades de propaganda que FHC produziu e continua a produzir, ao longo de já quase 30 anos de ativa palestragem&michê de propaganda não-contabilizada.
Esse discurso é, hoje, leitura obrigatória... porque esse discurso é, hoje, ainda, o programa político do PSDB-PFL. E é igualzinho ao programa de Menen, na Argentina (dentre outros).
E nada mudará, nesse programa, para 2006 e daí em diante, seja quem for o candidato tucano que perderá a próxima eleição presidencial, seja Serra seja Alckmin.
Mas não pára por aí...
Domingo passado – como faz infalivelmente, há 3 anos, sem pular um único primeiro domingo do mês, em coluna reproduzida em ZILHÕES de jornais de todo o Brasil –, lá estava outra vez o discursê de FHC, em coluna assinada. Domingo, FHC meteu-se a dar 'aulas' de ‘sociologia’ de araque... e de 'desenvolvimento' de araque [risos, muitos].
É totalmente inacreditável que zilhões de jornais, em todo o Brasil, ainda dêem trela para o que FHC meta-se a ‘ensinar’ sobre “desenvolvimento à moda Menen-FHC”, sobretudo, se se comparam os números do tal de “desenvolvimento à moda Menen-FHC” e os números do governo Lula que, afinal, está começando a reconstruir as ruínas que herdamos dos Menen-FHC-Bornhausen-Serra-Alckmin e coisa e tal.
Números confiáveis
Hoje mesmo, no Portal Vermelho, há excelente quadro comparativo entre os números do tal “desenvolvimento à moda Menen-FHC” e os números do desenvolvimento às veras, que está sendo construído pelo governo do Presidente Lula (BORGES, Altamiro, 7/3/2006, “Chuchu ou ex-ministro da Dengue”, no Portal Vermelho, em http://www.vermelho.org.br/diario/2006/0307/altamiro_0307.asp?nome=Altamiro%20Borges&cod=5452).
O mais engraçado
Chama atenção, é claro, que um coronel uspeano, proffessô dotô e dono de partido político, como FHC, cujo candidato disputa eleições, mantenha coluna assinada em jornal, como se tivesse a dizer alguma coisa essencialmente importante... OK. O golpe está em oferecer a colunagem de propaganda, como se fosse ‘saber sociológico’. OK. Tudo isso já se sabe.
Mas é muito engraçado, sim, perceber que, domingo passado, FHC deixou-se apanhar, ele também, na arapuca da propaganda de DES-democratização, que FHC tanto trabalha para montar e armar contra O MEU VOTO DEMOCRÁTICO [risos].
Quem ler o tal “Discurso da Despedida do Senado”, de 1994; e ler, depois (se agüentar [risos]), a coluna de propaganda não contabilizada que FHC assinou em 5/3/2006 – 12 anos depois! – verá, facilmente, que não há novidade alguma no PSDB-PFL-2006, nem qualquer idéia nova, nem uma linha de programa novo, nem nenhuma ‘sociologia’ que preste, passados já 12 anos daquela infeliz primeira posse de FHC.
O que está aí, à vista de todos, em 2006, é que o PSDB, em 12 anos, não conseguiu construir nem candidato novo, nem proposta nova, nem discurso novo. Não conseguiu construir, sequer, nem sociólogo novo nem sociologia nova, que preste. Não aprendeu, sequer, a construir alguma propaganda política de DEMOCRATIZAÇÃO.
A propaganda stalinista, operada em 2006, por FHC-Serra-Bornhausen-Virgílio-Alckmin et allii
Essa propaganda dita ‘sociológica’, dos ditos ‘sociólogos’ à moda FHC, é propaganda perfeitamente stalinista, 'clássica', pode-se dizer; e está perfeitamente ativada e ativa, em 2006, no Brasil.
Essa propaganda é stalinista, não porque seja assinada por algum stalin, por algum lavareda, ou porque seja paga por algum IFHC ou por algum Bornhausen.
Essa propaganda dos tucanos-pefelistas, em 2006, é stalinista, na forma e no conteúdo, porque ela é puuuuuuuuuuuuuuuuuuura repetição de idéias que tenham de ser IMPOSTAS ao leitor-eleitor. PIOR DE TUDO: essa propaganda é stalinista porque ela implica a imposição de idéias que JÁ FORAM JULGADAS E CONDENADAS NAS URNAS, em eleições democráticas, legais e perfeitas.
Essa propaganda dos tucano-pefelistas é propaganda stalinista, no frigir dos ovos, ainda em pleno século 21, porque é propaganda política construída CONTRA O MEU VOTO DEMOCRÁTICO.
Os operadores dessa propaganda tucano-pefelista-stalinista são os mesmos de sempre trabalham, em 2006, no Brasil, para fazer o que sempre fizeram e sempre farão: desmontar o Estado, privatizar tudo, acabar de desamparar completamente os que trabalham, entregar todo o nosso destino brasileiro nacional ao tal de ‘mercado’.
É claro que há quem tente fazer isso, mediante ‘aulas’ de ‘sociologias’. Não há aí qualquer inovação: a propaganda stalinista já fez, igualzinho, a mesma coisa; o recurso, naquele momento, foi ‘reescrever’ enciclopédias históricas, ou inventar antropologias e ou inventar lingüísticas. Hoje, no Brasil, a propaganda não-contabilizada dos tucanos está, simplesmente, inventando sociologias... contra a sociedade e pró-mercado.
Pode-se dizer que o negócio é ainda mais brabo, no Brasil-2006, do que foi na propaganda stalinista e nazi-fascita, porque, no Brasil, em 2006, a imprensa-empresa-privada é MAIS STALINISTA do que a mídia estatal do próprio Stalin-brucutu!
De bom, para a democracia brasileira, é que FHC-propagandista, afinal, já está obrigado a expor-se em campo aberto.
Para perceber isso, basta ler, lado a lado, o “Discurso da Despedida do Senado”, de 1994, e a coluna de FHC, domingo passado. Está lá, à vista de todos: o PSDB-PFL-UDN nunca muda e jamais mudará.
Mas... os leitores-eleitores brasileiros, sim, estamos ficando suuuuuuuuuuuuuper espertíssimos [risos]! “Lula é muitos!”

[assina] Caia Fittipaldi (dos Lingüistas Brasileiros para a Democracia / Universidade Nômade / Campanha “Nenhum Brasileiro sem Resposta-na-ponta-da-língua, pra Responder à Folha de S.Paulo" / Tricoteiras Unidas / Mães do Planalto / Vai-Vai / Mangueira / Vila Isabel) [para vários destinatários, campanhistas e outros] (Msg composta com msg de vários campanhistas)

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