quinta-feira, dezembro 15, 2005

EU NÃO SOU "PESSOA DE BEM", SOU CIDADÃ BRASILEIRA.


Eu não quero ser chamada de pessoa de “pessoa de bem”, quem me chamar de pessoa de bem vai ouvir um palavrão. Meu amigo Oni já disse isso, e eu concordo plenamente. O conceito hoje em dia de “pessoa de bem” está deturpado, é falso. Sou cidadã, apenas cidadã brasileira. O conceito que eu tenho de pessoa de bem, é o que me foi ensinado pelo meu pai, é quem trabalha, paga seus impostos, paga suas dividas, honra seus compromissos, não faz uso de violência, e muito menos de armas. Pessoa de bem não trapaceia, não obtém vantagens ilícitas. Pessoas de bem não mentem, não enganam, não manipulam informações. Pessoas de bem não acusam sem provas, não caluniam, não difamam. Pessoas de bem não prejudicam outras pessoas para atingir seus objetivos, pessoas de bem não prejudicam o seu país, e o povo de seu país em beneficio próprio, e em beneficio de uma minoria. Pessoa de bem reconhece quando errou, corrige os erros, não compactua com ilegalidades, muito menos acoberta erros de outros. Pessoa de bem não faz denuncias vazias, não fala o que não pode provar, e que possa prejudicar o outro. Pessoa de bem ensina seus filhos a serem pessoas de bem, ensinam que o outro tem ser respeitado, ensina que não se faz para o outro o que não quer para si. Pessoa de bem não faz juramentos falsos, nem presta falso testemunho seja para beneficio ou para prejudicar terceiros. Pessoas de bem clamam por justiça, justiça que tem que ser imparcial, justiça que tem ser igual para todos. Eu não quero ser comparada com pessoas que hoje se dizem” pessoas de bem”. Eu não quero ser comparada com Eliana Tranchesi, tida como” pessoa de bem”, que comprovadamente é uma grande contrabandista, sonegadora de impostos. Jamais agiria como Raul Cortez e Adriane Galisteu que confirmaram participação no First Charity Day, amanhã, na Daslu. Vão se juntar a Ana Maria Braga, Hebe, Zeca Camargo e Marcos Mion como vendedores VIP da loja. Da renda, 10% vão para um projeto social -e 90% para a Daslu, ou seja esses que são tidos também como” pessoas de bem” estão sendo solidários, com uma criminosa, que está sendo processada por seus vários delitos comprovados. Jamais permitiria que um filho meu trabalhasse para um contrabandista, ou com alguém que esteja agindo na ilegalidade como faz o Gov.Alckmin, que permite que sua filha trabalhe para a Daslu, é ser no mínimo conivente com o ílicito. Outro que fala que é pessoa de bem é o senador Arthur Virgilio do PSDB, que já afirmou que fez uso de caixa dois, e que ameaçou dar uma surra no presidente, porque absurdamente desconfiou que o presidente tivesse mandado investigar seu filho, o Virgilio Neto que foi preso por atentado ao pudor ao mostrar sua bunda, em público após ter perdido a eleição, outra “pessoa de bem”. Outro que é tido como “pessoa de bem” o deputado federal do PDT pelo RS, Pompeu de Matos, que defendeu de unhas e dentes o não desarmamento da população civil, e está envolvido com traficantes de armas, inclusive revelando a identidade de uma testemunha que estava em sigilo depondo na CPI do trafico armas, ao traficante de armas, colocando a vida da testemunha em risco. Não quero ser comparada ao prefeito de SP José Serra, que disse ao povo de SP, que não abandonaria a prefeitura para concorrer à eleição de 2006, assinou um compromisso público, e agora descaradamente mudou de idéia, vai abandonar a prefeitura nas mãos de Kassab do PFL, que foi Secretário de Finanças do Pitta, que em 15 meses, aumentou seu patrimônio em mais de 300%. Serra também disse que não aumentaria a tarifa dos ônibus quando candidato e foi o seu primeiro ato depois de eleito. Tem muitas outras pessoas que se intitulam “pessoas de bem”, os que cassaram o ministro Dirceu, sem provas de uso de caixa dois,sem provas do envolvimento dele em empréstimos bancários para o PT, e absolveram quem comprovadamente, assumidamente fez uso do caixa dois, o deputado Romeu Queiroz do PTB. O prefeito Manica do PSDB, Unaí MG, que mandou matar os fiscais do Ministério do Trabalho, e que mantinha em suas fazendas trabalhadores em regime de escravidão.

Definitivamente com esses parâmetros de pessoas de bem eu não sou “pessoa de bem”.

Jussara

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