sexta-feira, novembro 11, 2005
E NA CAMPANHA DO SIM, POR QUE ELES FICARAM CALADOS???
Para a igreja católica, o único método de controle da natalidade aceitável é a educação.
O que eles consideram educação? É o medo pervertido que eles tem de sexo?
QUEM É CONTRA O SEXO, É CONTRA A VIDA!!!
Conferência Nacional dos Bispos decide entregar carta a Lula contra descriminalização do aborto
Alessandra BastosRepórter da Agência Brasil
Brasília - A Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) decidiu lutar contra o Projeto de Lei 1135/91, que pretende legalizar o aborto. A proposta foi elaborada por uma comissão com integrantes do governo, parlamentares e membros da sociedade civil. Os bispos preparam uma carta para entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos membros do Congresso. "Sentimos o grave dever de expressar o compromisso com a vida, dom de Deus, e manifestar o pleno desacordo com projetos de lei que procuram despenalizar o aborto", diz o texto.O Código Penal de 1940, ainda vigente, considera o aborto crime em qualquer hipótese, exceto quando se trata de salvar a vida da gestante ou quando a gravidez é resultante de estupro. Na América Latina, apenas quatro países proíbem integralmente o aborto voluntário: Chile, Colômbia, El Salvador e Honduras. Já em Cuba e Porto Rico, não há restrições para esta prática.A CNBB vai orientar os fiéis a se posicionarem contra o Projeto de Lei. "Os bispos vão levar ao clero e, por meio deles, aos fiéis. Esse é um processo de educação permanente", disse o vice-presidente da CNBB, Dom Antônio Celso de Queirós.De acordo com a organização não-governamental "Center for Reproductive", dos Estados Unidos, mais de quatro milhões de mulheres morrem a cada ano na América Latina por complicações causadas por abortos, o que representa 13% da mortalidade materna. De acordo com pesquisa da Organização Não-governamental Advocacia Cidadã pelos Direitos Humanos, divulgada em setembro, a maioria das mulheres que têm complicações ou morrem no Brasil em conseqüência de abortos mal feitos é pobre, negra e de baixa escolaridade. Para a igreja católica, o único método de controle da natalidade aceitável é a educação. O vice-presidente da CNBB disse que "essa não é uma questão de direito da mulher e nem dos pobres, tem muita gente de classe alta que faz aborto". Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no mês passado, diz que abortos praticados em condições precárias e complicações relacionadas ao parto são a principal causa de morte de jovens entre 15 e 19 anos no mundo.Após o referendo sobre armas de fogo, hoje tramitam no Congresso Nacional 300 propostas de referendo e plebiscito. Entre os temas está a legalização do aborto. Don Geraldo Majella, diz que a igreja não concorda com um referendo para consultar a população sobre a questão. "Direitos secundários podem ser colocados em um referendo, mas direitos fundamentais não".Para Dom Antônio Queiroz, tanto a igreja quanto a sociedade têm a obrigação de dar apoio a uma mulher grávida. Perguntado sobre a expulsão de uma garota grávida do grupo de jovens da Igreja Maria Imaculada, na cidade satélite Guará II, em Brasília, com a justificativa de que ela não era um bom exemplo para os demais adolescentes, Dom Antônio respondeu que "expulsaria esse padre do ministério, porque ele não entendeu nada. Sobre essas pessoas, paira o maior risco de ser condenado por Deus".
10/11/2005
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