segunda-feira, dezembro 31, 2018

SEM TRÉGUA


quarta-feira, dezembro 26, 2018

sábado, dezembro 22, 2018

Cinema Secreto: Cinegnose: Em "Uma Noite de Crime 2: Anarquia" o Capitalismo ...

Cinema Secreto: Cinegnose: Em "Uma Noite de Crime 2: Anarquia" o Capitalismo ...: São as raras as sequências que superam o filme original. “Uma Noite de Crime 2: Anarquia” (“The Purge: Anarchy”, 2014) é um desses raros...



São as raras as sequências que superam o filme original. “Uma Noite de Crime 2: Anarquia” (“The Purge: Anarchy”, 2014) é um desses raros casos. Não pela estética que, como no original, emula uma produção B. Mas porque é um perfeito documento do espírito de época atual, pós-globalização, no qual o hiper-capitalismo financeiro procura criar uma nova ordem a partir do rescaldo da crise de 2008: o aumento do "excremento populacional" (idosos, aposentados, inválidos, imigrantes, excluídos, miseráveis, refugiados etc.) que nem mais para serem explorados servem. Se o primeiro filme refletia as reações da ultra-direita contra o “Obama Care”, nessa sequência o roteiro de James DeMonaco reflete a nova ordem pós-globalização: formas invisíveis de controle populacional com o objetivo de exterminar o “excedente humano”. DeMonaco dá ao espectador nessa sequência uma noção mais ampla dos efeitos e propósitos da “Purgação” – a noite anual em que todas as formas de crime são permitidas, sob o pretexto de servir de válvula de escape para a besta interior presente em cada um de nós, garantindo a ordem social. Mas os propósitos de controle social são mais sombrios.

sexta-feira, dezembro 14, 2018

quinta-feira, dezembro 13, 2018

“Deus não morreu. Ele tornou-se Dinheiro”

Para entendermos o que está acontecendo, é preciso tomar ao pé da letra a ideia de Walter Benjamin, segundo o qual o capitalismo é, realmente, uma religião, e a mais feroz, implacável e irracional religião que jamais existiu, porque não conhece nem redenção nem trégua. Ela celebra um culto ininterrupto cuja liturgia é o trabalho e cujo objeto é o dinheiro. Deus não morreu, ele se tornou Dinheiro. O Banco – com os seus cinzentos funcionários e especialistas – assumiu o lugar da Igreja e dos seus padres e, governando o crédito (até mesmo o crédito dos Estados, que docilmente abdicaram de sua soberania), manipula e gere a fé – a escassa, incerta confiança – que o nosso tempo ainda traz consigo. Além disso, o fato de o capitalismo ser hoje uma religião, nada o mostra melhor do que o titulo de um grande jornal nacional (italiano) de alguns dias atrás: “salvar o euro a qualquer preço”. Isso mesmo, “salvar” é um termo religioso, mas o que significa “a qualquer preço”? Até ao preço de “sacrificar” vidas humanas? Só numa perspectiva religiosa (ou melhor, pseudo-religiosa) podem ser feitas afirmações tão evidentemente absurdas e desumanas.

Um tapete bordado de 100 metros de comprimento para que Lula "volte para os braços de seu povo"

O ministro da Educação de Lula, Fernando Haddad, fechou a noite lembrando que no mesmo dia em que comemoramos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Jair Bolsonaro foi diplomado presidente. E que isso só aconteceu porque Lula foi impedido de participar das eleições: “Hoje, defender os direitos humanos é lembrar que neste dia Lula estaria sendo diplomado pela terceira vez presidente do Brasil”.
Bordadeiras do Coletivo Linhas do Horizonte de Minas Gerais e de São Paulo entregaram ao presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, um tapete bordado de 100 metros de comprimento para que Lula “volte para os braços de seu povo”.

sexta-feira, dezembro 07, 2018

QUEM VAI ASSUMIR, O GENERAL MOURÃO OU O JUIZ MORO?

Bastou um único dia e o rastro do dinheiro já chegou diretamente a Jair Bolsonaro, mudando a qualidade da crise aberta com a descoberta, nesta quinta (6). Ontem, soube-se que ao menos R$ 1,2 milhão havia trafegado em um ano pela conta do PM Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, com direito a um cheque de R$ 24 mil para a futura primeira-dama, Michelle (leia aqui). A movimentação refere-se unicamente a 2016. Pois veio à luz nesta sexta um fato gravíssimo do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf): o documento cita movimentações entre contas dele e de sua filha, Nathalia Melo de Queiroz. Ela é nada menos que ex-assessora do próprio Jair Bolsonaro. Há menção no relatório a um valor de R$ 84 mil em uma conta de Nathalia.

quarta-feira, dezembro 05, 2018

MAIS MÉDICOS VAI VIRAR "QUALQUER LIXO"?

Uma mensagem de áudio num grupo de Whatsapp do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) expôs toda a malandragem e o desespero daqueles que estiveram fortemente empenhados em demonstrar que a saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos não surtiria grandes solavancos.
A ideia de fazer crer que os médicos brasileiros não se furtariam ao dever, que não são os elitistas braços-curtos que a esquerda fala, que em uma semana tudo estaria resolvido, no entanto, acaba de ser desmascarada.
Uma funcionária (que o Conselho Federal de Medicina não quer revelar a identidade) escancarou a farsa da ‘imensa’ procura e ‘rápido preenchimento’ das vagas. Segundo ela, “Essa semana foi uma loucura, o ministério da Saúde está querendo dizer que resolveu tudo, não importa como”.
A inquietação com o “não importa como” se deu pois, ainda segundo a funcionária, as vagas estavam sendo preenchidas por “qualquer lixo” que se candidatasse.

VENDENDO A MÃE E O EMPREGO DE MILHARES DE BRASILEIROS

O Brasil está prestes a cometer uma verdadeira tragédia comercial e trabalhista, na avaliação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que está movendo uma ação civil pública para exigir que o contrato de incorporação da parte comercial da Embraer pela Boeing contenha dispositivos de proteção aos empregos no país, e que a produção de aeronaves não seja remetida para o exterior.
“O MPT não está dizendo que não pode ocorrer [a transação], mas em ocorrendo, que Embraer e Boeing assumam a obrigação, sob pena de multa, de não transferir para o exterior as atividades produtivas”, explicou o procurador do trabalho, Rafael de Araújo Gomes, ao GGN.
Ao contrário do que vem sendo anunciado, o MPT avalia que o negócio não tem contornos de uma "joint venture", modelo de empresa temporária e que, em tese, mantém a identidade das partes jurídicas na parceria comercial.
A nova empresa será administrada exclusivamente pela Boeing, sem interferência da Embraer na gestão, abrindo espaço para a transferência de toda a atividade produtiva e geração tecnológica para os Estados Unidos. Na prática, mais de 26 mil empregos estão em risco.