terça-feira, novembro 25, 2014

Imperdível !!! Tucano é piada pronta... a musiquinha é ótima...



À luz da falta de água no estado, as imagens são uma piada de mau gosto — uma schadenfreud com os paulistas. Num clima triunfal, vê-se um congraçamento bonito em grandes mesas com brindes generosos de champanhe. “Oh, happy days”, canta o hino  gospel.
A abertura de capital avolumou as receitas da companhia. De 2002 a 2012, as ações em Nova York registraram valorização de 601% e seu valor de mercado triplicou, passando de 6 bilhões para 17 bilhões de reais. Atualmente, a companhia vale 13 bilhões.
Hoje, o Sistema Cantareira voltou a bater um recorde negativo, chegando a 3% de sua capacidade. A segunda cota do volume morto está sendo utilizada. Como avisamos no DCM, o prejuízo para a saúde causado pela presença de poluentes ainda é uma incógnita.
Não é a única incógnita nessa história. É de amplo conhecimento que a Sabesp e o governo Alckmin não alertaram os consumidores dos problemas. Até pouco depois das eleições, Alckmin insistia que não havia “racionamento”, numa negação malufística.
Não foi por falta de dinheiro que não foram feitas as obras necessárias desde 2004, quando se recomendou um aumento da oferta hídrica para a região metropolitana de SP. Isso atenderia o aumento populacional e reduziria a dependência do Cantareira, segundo um inquérito civil instaurado para acompanhar a renovação da outorga.
Durante o oba oba nos EUA, a presidente Dilma Pena já tinha informações de que a situação não era das melhores. Desde então, ela já foi flagrada dizendo que não orientou a população a economizar por “orientação superior”, Alckmin foi passar o chapéu em Brasília, a falta d’água é uma realidade cotidiana — e em 2015 as perspectivas são as piores possíveis.
Mas, naquele dia em Nova York, eles nunca foram tão felizes.
PS: o nosso projeto de crowdfunding para uma série de reportagens e um documentário sobre a crise hídrica em São Paulo está no ar. Basta um clique.

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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Circula na Internet um vídeo do final de 2012 em que a cúpula da Sabesp e mais alguns membros do governo de São Paulo comemoram os dez anos da empresa...
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A LIÇÃO FINAL DE MÁRCIO THOMAZ BASTOS


22 de novembro de 2014

Ao apresentar, no primeiro dia, a proposta de desmembrar AP 470, ele deixou claro o caráter político do "julgamento do século"

Personagem destacado em mais 50 anos de disputas jurídicas e políticas, Márcio Thomaz Bastos (1935-2014) deixou lições de luta sob a ditadura militar — e também sob o regime democrático. Teve um papel destacado na defesa dos direitos humanos e na denúncia da tortura e, após a democratização, atuou pela ampliação das liberdades e direitos do cidadão.
Advogado dos maiores empresários  do país, seus honorários na casa de 7 dígitos eram um lenda entre colegas mas não impediram sua opção política pelo Partido dos Trabalhadores, o que fazia dele uma dessas personalidades raras, intimamente tolerantes, capazes de mascar chiclete e andar ao mesmo tempo.
O convívio muito próximo com o topo da pirâmide  não enfraqueceu sua lealdade a Luiz Inácio Lula da Silva e seu governo.
Essa capacidade de fugir de uma postura que — fazendo uma certa sociologia muito barata — seria possível chamar de egoísmo de classe, incluiu uma firmeza notável durante o julgamento da AP 470. Márcio Thomaz Bastos foi um dos primeiros de quem ouvi dizer, com muitos meses de antecedência,  que o julgamento deixara o terreno jurídico, técnico, para se transformar num processo de natureza política. Toda vez que, em seu escritório na Faria Lima, eu comentava sobre pontos fracos da acusação, ele rebatia sem estridência que achava que o problemas não eram as provas, mas a política: seria muito difícil para  Supremo enfrentar a pressão da mídia. Para ele, os jornais e revistas haviam transformado a AP 470 em sua causa — e não admitiriam uma derrota no final, mesmo que não houvesse um base jurídica para tanto. Já enxergava a criminalização, embora não usasse a palavra.
Márcio Thomaz Bastos foi o primeiro a definir os crimes da AP 470 como casos típicos de Caixa 2. Num país onde se debatia sem oxigênio e sem disposição para ouvir as partes, a análise foi descartada como simples “estratégia da defesa.” Claro que era uma estratégia de defesa.
O problema é que, com o passar do tempo, e com um exame mais sereno das provas e alegações da acusação, está claro que não se conseguiu demonstrar outra coisa. O  desvio de recursos públicos, base de toda a denúncia, foi desmentido por uma auditoria do próprio Banco do Brasil, que seria o principal prejudicado.
Em agosto de 2012, no primeiro dia julgamento da AP 470, Márcio Thomaz Bastos apresentou uma proposta de desmembrar o processo. Em respeito ao que diz a Constituição, ele queria separar os réus em dois blocos. Aqueles que tinham direito a foro privilegiado seriam julgados no STF. Os demais, bloco que incluía  9 entre 10 acusados, seriam julgados pela Justiça comum, em primeira instância, com direito a um segundo grau de jurisdição em caso de condenação. O pedido foi derrotado por 9 votos contra 2. Determinados advogados da defesa sequer se empolgaram com a ideia. Convencidos de que seus clientes não poderiam ser condenados com base em provas tão fracas, queriam resolver aquela história rapidamente.
A história deu razão a Márcio Thomaz Bastos em dois momentos. As penas enfrentadas pelos réus não só se mostraram muito severas, mas foram agravadas artificialmente, para que ficassem um tempo maior na prisão,
Já os réus do mensalão PSDB-MG, beneficiados pelo desmembramento, ainda aguardam pelo encerramento da primeira fase do julgamento, numa Vara de Belo Horizonte. Nenhum foi condenado até hoje. Quando isso acontecer — se acontecer — terá direito a segunda instância. Está certo. Está na lei, na Constituição.  Dois réus do mensalão PSDB-MG tinham foro privilegiado. Um era deputado. O outro, senador. Os dois renunciaram a seus mandatos quando seu julgamento no STF iria começar. Nos dois casos, o mesmo Supremo atendeu ao pedido para que fossem julgados em primeira instância.
Ninguém se lembrou do pedido de Márcio Thomaz Bastos nesta ocasião. Mas estava claro que, com linhas muito, muito tortas, o futuro  lhe deu razão.



sábado, novembro 22, 2014

MÃOS LIMPAS; E DEPOIS, BERLUSCONI?


Na Itália, em 1992, cerca de 1.300 réus foram condenados. Cinco grandes partidos desapareceram. O que emergiu, porém, não foi uma república virtuosa.
por: Saul Leblon
Aplausos: o combate à corrupção no Brasil finalmente alcançou a esfera dos corruptores.
A operação da PF desfechada nesta sexta-feira para desbaratar o esquema de propinas na Petrobrás incluiu 25 prisões de graúdos personagens do mundo empresarial.
Entre eles, presidentes, diretores e altos funcionários de grupos como a Camargo Corrêa, OAS, Queiroz Galvão, ademais de um ex-diretor da Petrobras, demitido pela presidenta Dilma Rousseff juntamente com Paulo Roberto Costa, em 2012.
O que se assiste com certo ar de incredulidade ainda, é um primeiro passo daquilo que qualquer país disposto a atacar de frente a corrupção tem que transformar em rotina.
Ou seja, atravessar a porta que separa o sabido do nunca escancarado.
Lá dentro guardada a sete chaves está a contabilidade paralela do capital privado, origem e destino dos malfeitos em torno dos quais orbitam personagens de um sistema eleitoral degenerado, e burocracias públicas carcomidas.
Que tenha vindo para ficar, são os votos.
Sem ilusões, porém.
O combate policial embora seja um passo importante é insuficiente.
Corrupção não é uma singularidade capitalista.
Ou esquerdista.
Ela é endêmica em sociedades dissociadas da transparência que só um salto na democracia participativa –que atinja organicamente os centros de decisão do Estado, da vida das empresas e da mecânica eleitoral— pode realmente propiciar.
Caso contrário, a história se repete.
Não raro, como tragédia, na forma de um desencanto político que frequentemente instala no poder versões extremadas daquilo que se pretendia extinguir
É oportuno lembrar.
A ‘Operação Mãos Limpas’ realizada na Itália, em 1992, figura como uma das principais referências no combate à endogamia entre o dinheiro privado e a política.
Lá como cá o núcleo dos ilícitos começava nas distorções de financiamento do sistema eleitoral.
E terminava sabe-se onde.
A devassa ocupou dois anos e expediu 2.993 mandados de prisão; 6.059 figurões tiveram as contas e patrimônios dissecados –entre eles, 872 empresários e 438 parlamentares, incluindo-se quatro ex- primeiros-ministros.
Não terminou em pizza.
Cerca de 1.300 réus foram condenados; apenas 150 absolvidos.
Não faltaram suicídios, assassinatos, fugas e humilhações.
O furacão jurídico destruiu a Primeira República Italiana.
Cinco grandes partidos, incluindo-se a Democracia Cristã, o Partido Socialista e o Partido Comunista, o maior e mais estruturado do ocidente, viraram poeira da história.
Desapareceram.
O espaço que se abriu, porém, não encontrou forças mobilizadas, tampouco projetos organizados e nem propostas críveis para catalisar a revolta e a desilusão da sociedade.
O passo seguinte não foi o surgimento de uma república emancipadora e revigorada.
As causas do anticlímax remetem a décadas antes.
O sistema partidário italiano, condenado na tomografia da corrupção, na verdade já se descolara da representação da sociedade há muito tempo.
No campo da esquerda, o caso do PCI é o mais dramático pela importância e a influência que exerceu em toda a luta progressista mundial.
As raízes da deriva remetiam a uma discutível interpretação de Gramsci.
Não um erro teórico.
Não uma questão acadêmica. Uma leitura política seletiva, conveniente à orientação caudatária da Rússia aos PCs da Europa então.
Qual seja? Não afrontar o poder de classe no território da economia e da luta política de massa.
Optou o PCI, então, com raro talento, diga-se, pela construção de uma hegemonia fortemente vincada em pilares intelectuais e culturais provedores de prestígio e influência.
Uma hegemonia, mas pela metade: 50% de Gramsci; 50% de rendição histórica ao capital.
Uma hegemonia invertebrada do ponto de vista da organização para o exercício efetivo do poder.
Aos poucos, abriu-se um fosso.
De um lado, reinava a indiscutível qualidade intelectual e artística da esquerda comunista italiana, respeitada em todo o mundo.
De outro, transformações objetivas em curso.
Uma classe trabalhadora muito distinta daquela iluminada nos filmes do neo realismo de Rosselini e De Sica era modelada nos rigores de um capitalismo em transformação, para pior.
Quando a ‘Mãos Limpas’ atingiu os partidos, Tatcher já atingira letalmente os pisos salariais e os direitos sociais na Europa, a social democracia já flertava com os albores neoliberais e o Muro de Berlim caíra três anos antes.
Esmagada pela compressão salarial interna e externa, a classe trabalhadora italiana tornara-se, ao mesmo tempo, refém da massificação do consumo e da dissolução das referências históricas.
O distanciamento intelectual entre a hegemonia cultural do PCI e aquilo que as redes de comunicação, sobretudo a andrajosa qualidade da televisão italiana, expeliam diuturnamente cavou um fosso regressivo.
Deu-se então o que se sabe.
O que emergiu no rastro do Mãos Limpas não foi uma república virtuoso e sim o horror na forma de uma liderança bufa, que substituiu a hegemonia de Gramsci pela indigência de sua rede de televisão.
Tragicamente, o que se pretendia combater, ganhou impulso avassalador.
A independência entre o poder político e o poder econômico desapareceu.
Um país desprovido de partidos fortes, desiludido de suas lideranças virou refém de Il Cavaliere, um capo despudoradamente representativo do vazio chocado em uma sociedade atomizada, feita de estilhaços humanos fatiados pelo consumo e por um sistema de comunicação excretor de valores afins.
Não foi um espasmo ou um ponto fora da curva.
Silvio Berlusconi e sua fortuna de US$ 6 bilhões ficaram nove anos no poder, em três mandatos subsequentes, entre 1994 e 2011.
Foi o primeiro ministro que mais tempo ficou no poder da Itália no pós-guerra.
Sua rede de televisão substituiu o PCI, o PSI, a DC e construiu a hegemonia sobre as massas italianas da qual os comunistas se descuidaram.
A tragédia encerra lições à esquerda mundial.
Mas de forma dilacerante a do Brasil.
A toda a esquerda; ao PT em especial.
A ação policial contra a corrupção é importante; deve ser ininterrupta; não pode ser seletiva.
Menos ainda míope a ponto de excluir de seu foco – reiteradamente— certos episódios exclamativos.
Tão exclamativos que chamaram a atenção da justiça na Suíça, mas nunca aguçaram a perspicácia da PF brasileira ou dos combativos ‘moros’ de plantão.
Caso do propinoduto no metrô do PSDB em São Paulo, por exemplo.
Para citar apenas um caso, em uma dúzia.
Investigue-se.
Tudo.
Mas o passar a limpo não vai criar um sistema político regenerado, nem impedir que ele continue a regredir em direção a coisa pior.
Sem partidos fortes, com desassombro programático para catalisar a sociedade e resgatar a luta pelo desenvolvimento, a anomia que favorece as excrescências aguarda o país na esquina.
Berlusconis, bolsonaros, lobões, terceiras vias diversas, oportunistas de bico longo e outras versões de morbidez histórica estão à espreita.
Formam padrões recorrentes na borra da dissolução, quando o velho ainda não morreu e o novo não tem força para emergir.
A história, de qualquer forma, aperta o passo no Brasil.
E não por aceleração da iniciativa progressista.
Tampouco porque o novo está prestes a emergir.
Mas há uma certeza, cada dia mais evidente: a esquerda não tem mais o direito de perguntar que horas são.
A pergunta não é quanto falta, mas quanto tempo ainda resta.
Quanto tempo resta para as lideranças progressistas tomarem consciência de que precisam sentar, conversar, limar sectarismos e firmar uma agenda de rua, para sustentar e influenciar o governo eleito democraticamente no longínquo 26 de outubro de 2014.
Antes que seja tarde.

quarta-feira, novembro 19, 2014

Para ouvir Lula...

Lula iniciou semana alertando sindicatos sobre 'vacina' contra golpe

Em semana tensa, ex-presidente se reuniu com sindicalistas, pediu mais atenção do governo aos movimentos, e alertou contra o ambiente de golpe. “Não vai ter moleza. Eles vão vir para cima”
por Redação RBA publicado 16/11/2014 12:52, última modificação 16/11/2014 14:32
ROBERTO PARIZOTTI/CUT
Lula
Lula: estamos vendo um trabalho da direita e da imprensa no sentido de conduzir a sociedade a negara política
A tensa semana política no Brasil terminou com manifestações golpistas. Algumas disfarçadas, como uma entrevista do senador Aécio Neves (PSDB) a uma rádio na quinta-feira (13), em São Paulo. O candidato derrotado na urnas disse que o segundo mandato da presidenta já começa com “sabor de final de festa” e que se existisse um equivalente eleitoral ao Procon, ela teria que “devolver o mandato” conquistado no dia 26 de outubro. Outras explícitas, como a manifestação de ontem – 125º aniversário da República – em que extremistas pediam “fora Dilma” e “intervenção militar”, com a direito a brigas e pancadarias entre os próprios “manifestantes”. Antes, porém, os protestos que vêm sendo convocados pela direita tiveram um forte contraponto, com a realização de marchas de movimentos sociais em dezenas de cidades. Em São Paulo, uma multidão calculada em 20 mil pessoas caminhou na região da Avenida Paulista, sob chuva, em defesa de reforma política, mais democracia e mais direitos.
No dia seguinte, houve a prisão espetacular de empresários investigados pela operação Lava Jato por suspeitas de corrupção em contratos com a Petrobras. A operação já teve lances de vazamento parcial de informações privilegiadas, com objetivo de atingir eleitoralmente apenas o PT. Inclusive expressões partidárias antipetistas de delegados da Polícia Federal participantes da operação foram expostas nas redes sociais. A atitude pôs em xeque a credibilidade dos agentes públicos, mas não a da operação Lava Jato.
O advogado Pedro Serrano, professor da PUC, entende que ela se trata da melhor e maior apuração da história da PF. Para Serrano, houve exagero nas prisões realizadas na sexta (14). “Houve abuso porque as prisões temporárias servem apenas para os investigados realizarem seus depoimentos e a maioria dos que foram presos já havia se colocado à disposição da Justiça. Ao que parece essas prisões foram apenas para criar um clima de espetáculo”. Na opinião dele, o que vale num processo desses é conseguir punir os culpados ao final do julgamento. E fazer barulho na apuração mais atrapalha do que ajuda, segundo disse ao Blog do Rovai. O advogado não acredita que a Lava Jato tenha motivação política e deve atingir empresários e políticos, e não parece algo que guarde relação apenas com um ou outro partido. “É algo muito maior.”
No blog O Cafezinho, o jornalista Miguel do Rosário avalia ainda que o chamado “petrolão”, ao atingir as principais empreiteiras do país e chamuscar todos os partidos, em especial os núcleos representados no Congresso, resultará no fortalecimento de Dilma Rousseff. “O escândalo é vasto demais mesmo para a nossa grande imprensa. Junto à opinião pública, apesar dos esforços da mídia (que só tem um objetivo: golpe), prevalecerá a impressão de que Dilma está cumprindo o que prometeu: não sobrar pedra sobre pedra. Até porque é isso mesmo o que está acontecendo. Ao dar liberdade e autonomia aos delegados e agentes da PF, sem exercer qualquer pressão sobre o Ministério Público, Dilma fez a sua grande aposta. E deu corda para os golpistas se enforcarem”, escreveu.

Líder da oposição

A conduta de Aécio de tentar se posicionar como líder da oposição já havia sido observada pelo ex-presidente Lula, na terça-feira, durante participação em reunião com dirigentes da CUT. Na ocasião, Lula disse que o senador tucano está “mexendo num vespeiro” onde não devia. “O Aécio está se achando. Teve 48% dos votos, com toda a mídia ajudando ele. Eu, em 1989, contra toda a imprensa e contra a maioria dos partidos, tive 47% e nem por isso me achei. E esse cidadão está lá, numa trincheira, não quer diálogo, não quer conversa. Deixa pra depois o que vai acontecer com ele”, ironizou.
O presença de Lula na reunião da direção executiva nacional da CUT dá sinais de que o ex-presidente terá um protagonismo maior na cena política. O ex-presidente lembrou o papel decisivo dos movimentos sociais e sindicais na eleições e disse que os eleitos graças a essa participação deverão dar mais ouvidos a esses segmentos da sociedade. “O Fernando Pimentel (eleito governador em Minas) terá de falar com a CUT antes, durante e depois da posse”, cobrou, referindo-se às intervenções da presidenta da CUT no estado, a professora Beatriz Cerqueira, que está sofrendo uma série de processos movidos pelo grupo de Aécio pele volume de denúncias envolvendo a situação do ensino público durante as gestões tucanas em Minas.
E mandou o mesmo recado a Dilma, defendendo que o movimento sindical seja ouvido não apenas para tratar de reivindicações trabalhistas, mas para discutir políticas para o país. “Toda a política de desoneração tem de passar por negociação com os sindicatos, para saber se vai haver ganhos para os trabalhadores do setor beneficiado.”

Nova agenda e vigilância

O discurso de pouco mais de uma hora de Lula não serviu apenas para cobrar os governos. O ex-líder metalúrgico cobrou dos dirigentes sindicais uma agenda mais sintonizada com a nova realidade do país. “Sinto que está faltando política em nossa ação sindical. O economicismo só não é suficiente”, disse. O ex-presidente lembrou que Dilma perdeu a eleição em quase todos os municípios governados pelo PT e até mesmo nos bairros populares de São Paulo onde vencia desde 1982, observando que muitos dirigentes sindicais “ficaram decepcionados com os trabalhadores da sua categoria votando em Paulo Skaf , Geraldo Alckmin ou Aécio.
“Passado o sufoco, é preciso entender o que aconteceu. O poder público precisa ter mais diálogo com a sociedade e nós precisamos ter mais conversa, mais parceria e mais solidariedade entre nós”, disse, reiterando que o movimento sindical não pode ficar restrito a conquista de cláusulas econômicas durante as campanhas salariais. “O movimento sindical tem de sair do chão de fábrica, do chão das lojas, do chão dos locais de trabalho, pois o limite de representatividade passa do chão. Tem a ver com cidadania, com educação, com saúde, com segurança. Temos que apresentar nossa pauta aos prefeitos, aos governadores e à presidência da República.”
Lula disse ainda que hoje há muitos jovens em todas as categorias profissionais e que é preciso dialogar com eles para tentar compreendê-los. “Hoje me espanto quando vou à porta de fábrica e vejo muito jovem que quer fazer faculdade, não quer ser mais apenas um peão. É preciso conversar com ele. É preciso colocar política na cabeça dele. Ele sabe qual foi o papel do pai e da mãe dele? Ele sabe qual foi e qual é o papel da CUT?", questionou.
O ex-presidente voltou a expressar preocupação com a “demonização da política” pela mídia. “A despolitização só interessa à direita. Não interessa a nós. Precisamos dizer com clareza o que fizemos e o que queremos fazer.”
Ouça trechos da fala de Lula em reportagem da TVT

Lula terminou seu discurso alertando para o ambiente golpista instalado no país desde a reeleição de Dilma. “Esses que nos atacam são os mesmos que nunca aceitaram política social neste país. Não é á toa que na mesma capa da revista colocaram a minha cara e a cara da Dilma. E vai ser assim. Não vai ter moleza. Eu vou avisar vocês com antecedência. Vocês se preparem porque, da mesma forma que quando o movimento sindical encheu esse país de adesivos com a mensagem ‘mexeu com Lula, mexeu comigo’, a gente vai de ter de estar preparado para defender a Dilma”, alertou. “Eles vão vir pra cima.”
Assista trechos da fala de Lula em reportagem da Rádio Brasil Atual

segunda-feira, novembro 17, 2014

A campanha midiática foi a grande derrotada nas eleições deste ano

Em reportagem exclusiva, a TV Vermelho aponta a decepcionante atuação da grande mídia na campanha eleitoral deste ano, na tentativa desenfreada de criar fatos e manipular os eleitores neste pleito, um verdadeiro atentado à democracia. No vídeo, especialistas debatem o papel da mídia enquanto agente social e a importância da regulamentação dos meios de comunicação no país.

http://www.vermelho.org.br/tvvermelho/noticia/253538-146

domingo, novembro 16, 2014

O Brasil vai ter que escolher: a República dos Amigos ou a Democracia



Questionado neste sábado 15 sobre a necessidade de se diversificar os meios de comunicação no Brasil,
e se isto não envolveria “quebrar alguns grupos...
DIARIODOCENTRODOMUNDO.COM.BR

Concentração imoral.
James Kafka @jameskafka 27 de out
GLOBO:33 jornais, 52 rádios AM, 76 FMs, 11 OCs, 105 em d TV, 27 revS, 17canais e 9 op d TVpaga.http://donosdamidia.com.br/rede/4023
Link permanente da imagem incorporada



Essa gente interdita o debate no Brasil.
Essa gente não permite que o Brasil aprofunde a Democracia.

Sugerido por Assis RibeiroMesmo proibido, parlamentares são sócios de veículos de comunicação
Apesar da proibição Constitucional, atualmente no Congresso Nacional existem 271 políticos sócios ou...
JORNALGGN.COM.BR




1.180.538 visualizações
#‎tvCarta Aécio Neves ou Dilma Rousseff? Comício ou rolezinho? Em Belo Horizonte, eleitores voltaram a tomar as ruas e mostrar estilos diferentes de fazer campanha. Assista.


https://www.facebook.com/video.php?v=829921733695909


sexta-feira, novembro 14, 2014

Mais de 15 mil nas ruas, contra a direita e por mais direitos. Contra o retrocesso, movimentos dançam forró vermelho nos jardins e pedem mais participação popular.

quarta-feira, novembro 05, 2014

Reforma Política é MUDA MAIS!!!

VAMOS AGITAR
O aperfeiçoamento da democracia passa pela reforma política com a participação do povo!

Muito preocupado com o tio Lobão e seus porquinhos fascistas...

Reforma Política JÁ


A manifestação, que acontece a partir das 18h desta terça-feira (4), presta apoio à presidenta e faz frente aos setores conservadores que, no mesmo local, realizaram...
SPRESSOSP.COM.BR

Quem vai embalar o monstrinho da extrema direita?


A extrema direita brasileira vem sofrendo uma série de humilhações públicas após as eleições. Aécio Neves, o candidato que se acreditava a salvação contra o...
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Essa não vai dar no Jornal Nacional. Nem vai ter editorial defendendo o jornalista preso pelo coronel Aécio. Mas... Cadê a FENAJ? Cadê a ABI? Cadê os sindicatos de jornalistas???

Delator do mensalão tucano e jornalista foram soltos em Belo Horizonte

publicado em 4 de novembro de 2014 às 19:21
carone-001Nilton Monteiro-001
O jornalista Marco Aurélio Carone e Nílton Monteiro
por Conceição Lemes
Por volta das 11h desta terça-feira 4, foram postos em liberdade, em Belo Horizonte (MG), Nilton Monteiro e o jornalista Marco Aurélio Carone.
Segundo a versão oficial, os dois foram acusados de formar quadrilha para disseminar documentos falsos, inclusive por meio de um endereço na internet, com o objetivo de extorquir acusados.
Mas há outra explicação, que remete a um fato político: Nílton Monteiro e Marco Aurélio Carone se tornaram uma pedra no sapato dos tucanos em geral e do senador Aécio Neves em particular, que, à época da prisão dos dois, pretendia ser candidato à Presidência da República.
Carone mantinha o site Novo Jornal, onde publicava denúncias contra os tucanos mineiros, especialmente Aécio Neves, que governou Minas de 2003 a 2010.
A sua prisão ocorreu em 20 de janeiro deste ano. Na época, o bloco parlamentar Minas Sem Censura (MSC) denunciou: a prisão preventiva do jornalista era uma armação e tinha a ver com o chamado “mensalão tucano” e a Lista de Furnas no contexto das eleições de 2014.
Os advogados de Carone tinham impetrado vários habeas corpus em favor do seu cliente no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Só que nenhum foi julgado ainda.
A decisão de libertá-lo partiu do juiz  Dr. Haroldo Andre Toscano de Oliveira, titular da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte.
Devido a problemas de saúde, Carone estava preso na enfermaria do complexo penitenciário de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de BH.
Porém, de acordo com a sua irmã, quando iniciou o segundo turno da eleição presidencial, Carone foi transferido da enfermaria para isolamento, para que não tivesse contato com ninguém.
Passado o segundo turno, voltou para a enfermaria.
Nílton Monteiro é principal testemunha contra a cúpula do PSDB em Minas Gerais. Em 2005, revelou a trama urdida pelos tucanos para desviar dinheiro público para o financiamento das campanhas de Eduardo Azeredo à reeleição ao governo do Estado e de parlamentares de vários partidos, em 1998. O caso ficou conhecido como o mensalão tucano, ou mineiro.
Nílton também foi testemunha do caso da Lista de Furnas, que envolvia esquema de financiamento de campanha de tucanos mineiros e aliados na eleição de 2002.
Ele estava preso, desde maio de 2013, também no complexo penitenciário Nelson Hungria, em Contagem.
Em dezembro de 2013, concedeu  entrevista exclusiva à jornalista Rodrigues, em reportagem especial para o Viomundo.
Nilton se declarou inocente e jurou ser vítima de uma armação de políticos denunciados no esquema do mensalão tucano, que queriam mantê-lo na cadeia afastado dos holofotes.
“Por detrás da minha prisão está o Aécio Neves… Eu fui operador do esquema junto com o Marcos Valério”, frisou na entrevista ao Viomundo.
Coincidência ou não, Nilton Monteiro e Marco Aurélio Carone só foram libertados após o término das eleições de 2014.
Será que se Aécio Neves tivesse vencido, eles já estariam em casa hoje?
Leia também: 
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Advogado diz que morte de modelo tem ligação com mensalão tucano
Com medo de morrer, delator do mensalão tucano se diz perseguido


  • http://www.viomundo.com.br/denuncias/delator-mensalao-tucano-e-jornalista-foram-soltos-hoje-em-bh-irma-de-carone-diz-que-ele-foi-para-isolamento-quando-comecou-o-2o-turno.html