Jornalista de dois mundos desavindos | |
O Pudor descalibrado Ano após ano cobrei-lhe o livro que só ele podia escrever sobre as mais de três décadas como testemunha privilegiada dos acontecimentos maranhenses. Walter ajudou terceiros a realizar essa tarefa, enquanto adiava a sua, talvez pelo rigor da sua apreciação crítica. Certamente agora haverá quem penetre na montanha de textos que ele deixou para extrair-lhes o fio condutor e assim reconstituir o que aconteceu nesse período na terra espoliada por elites tão ou mais predatórias do que as paraenses. Lúcio Flávio Pinto é o maior jornalista do Pará e um dos melhores do Brasil. Antes que alguém no Pará discorde, esclareço que saí de Belém há 30 anos e tenho menos que uma vaga idéia de quem são os expoentes das novas gerações paraenses, incluindo essa gente que escreve na Internet e pouco a pouco arrebenta para sempre com a reserva de mercado dos profissionais. Pode ser que um ou outro escreva melhor, ou raciocine com mais sensatez ou areje melhor uma boa notícia. No conjunto, duvido muito. Mas não discuto. Sua principal trincheira é o quinzenário Jornal Pessoal, uma espécie de Colunão mais antigo e mais radical na concepção, pois vive exclusivamente da venda avulsa necessariamente limitada, não aceita anúncio nem público nem privado, não está disponível na Internet e não oferece quase nenhum atrativo gráfico. Chega a ser até maçudo, às vezes, e só não é mais porque o editor de arte L. A. de Faria Pinto, irmão do editor chefe (este último também repórter, copidesque e revisor apenas um pouco melhor que o das últimas edições do Colunão de papel, além de gerente administrativo e da distribuição), ameniza a paisagem com charges, caricaturas e outros desenhos. Até nos títulos Lúcio Flávio parece pouco empenhado em seduzir leitores. "Há democracia no Brasil?", pergunta um. "Salvar o antigo cinema", recomenda outro. "Retrato da realidade", desencoraja um terceiro. "Uma cidade para ver (e viver)", generaliza outro mais. Tudo isso na edição mais recente, nº 410. Temas exclusivos Mas veja só que matérias, que assuntos. Logo na capa, "Jornais, vendas em queda", uma análise bem informada com ataque moderado e responsável e por isso mais certeiro aos dois principais matutinos da cidade, o de Jader Barbalho, Diário do Pará, atual líder de vendagem, e O Liberal, da família Maiorana, que durante mais de 20 anos, talvez iludida pelo próprio sobrenome, supôs-se imbatível. Um pelo outro, entretanto, é quase a mesma coisa, embora nenhum dos dois baixe ao nível, digamos, do atual governismo caipira do Jornal Pequeno, que é assim uma espécie de Estado do Maranhão de ceroulas. Ou de canibal comendo com a mão onde o outro comia de garfo e faca — e com muito mais proveito. Amatéria do JP de Lúcio Flávio fala de vendagens declinantes (ambivalente fenômeno nacional), de fraudes que já enrolaram até o IVC (Instituto Verificador de Circulação), de "ziguezagues editoriais" que acompanham as conveniências pessoais e comerciais dos donos da mídia, da torpe exploração da desgraça dos fracos. Adiante: "Mais de dois terços da economia urbana dependem de serviços e do Governo .... Com um rico subsolo, o Pará é um minerador em escala planetária, principalmente de ferro, bauxita, alumina e alumínio .... É o sexto maior exportador e o terceiro em saldo de divisas. De cada 10 dólares líquidos que o Brasil recebe por suas divisas, 1 dólar sai do Pará. Belém recolhe as migalhas.... Sendo o segundo estado em território e o nono em população, é o 16o em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o 23o em PIB per capita, só à frente dos quatro estados nordestinos mais pobres do Brasil". Paixão e teimosia -------------------- (*) Uma pequena correção: na verdade, WR morreu aos 59 anos. | |
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quarta-feira, junho 30, 2010
O melhor e mais exclusivo de Walter é a compreensão dos processos políticos. Ele conhecia os poderosos pelo nome, por contato pessoal, por histórias íntimas.
O anúncio “bola-fora” da Folha. Divirta-se…
Exclusivo: o anúncio certo, que a Folha não publicou
junho 29th, 2010 às 21:09
Bem mais cedo, nós mostramos aqui a “pisada na bola” que a Folha deu ao trocar um anúncio e “eliminar” o Brasil da copa, por conta dos supermercados Extra e Pão de Açúcar, o que deixou o empresário Abílio Diniz dizendo cobras e lagartos do jornal paulista. Acima, está a reprodução do anúncio “bola-fora” da Folha. E lá embaixo, um anúncio muito bem humorado que me foi enviado por um leitor, agora há pouco, com algo que poderia ser publicado depois de mais uma pesquisa que mostra Serra afundando. Divirta-se…
http://www.tijolaco.com/?p=19396
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terça-feira, junho 29, 2010
Folha torce contra o Brasil e publica anúncio errado
Abilio Diniz condena Folha (*): erro inadmissível
- Publicado em 29/06/2010
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Depois da Folha (*) ter decretado a derrota da Seleção Brasileira, veio a retaliação.
E veio de cima, de Abílio Diniz, presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, do qual o Extra faz parte.
Abilio publicou em seu twitter:
Ontem o Brasil fez seu melhor jogo na #Copa. Infelizmente, a Folha de SP cometeu um grave erro com o anúncio do Extra, o que é inadmissível.
Estou ao lado dos que se indignaram com o anuncio publicado erroneamente pelo jornal.
Não compartilhamos com a impunidade e tomaremos as providências, que não eliminarão o erro, mas irá responsabilizar os culpados.
Como Pres. do Conselho de Adm. do GPA peço desculpas, em meu nome e do Grupo, aos brasileiros e, principalmente, aos jogadores da seleção
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Artigos Relacionados
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Do Portal Vermelho:
Folha de S.Paulo publica anúncio errado e "elimina" o Brasil da Copa
O jornal Folha de S.Paulo publicou, nesta terça-feira (29), no caderno especial Copa 2010, um anúncio da rede de supermercados Extra, em que a empresa dá adeus à seleção brasileira no Mundial. Vale lembrar que o Extra é patrocinador oficial da equipe comandada por Dunga — que ainda não foi eliminada da competição.A publicidade estampava a seguinte frase: "A Seleção sai do Mundial. Não do coração da gente. Valeu Brasil. Nos vemos em 2014". O Brasil jogou contra o Chile nesta segunda-feira (28) e ganhou por 3 x 0, classificando-se para as quartas de final da Copa do Mundo.
A assessoria do Grupo Pão de Açúcar — do qual o Extra faz parte — informou que a gafe foi causada por um "erro operacional da Folha, que já assumiu e irá se retratar". A rede de supermercados ficou sabendo do engano assim como todo leitor: abrindo o jornal e vendo o anúncio.
Folha de S.Paulo publica anúncio errado e "elimina" o Brasil da Copa
O jornal Folha de S.Paulo publicou, nesta terça-feira (29), no caderno especial Copa 2010, um anúncio da rede de supermercados Extra, em que a empresa dá adeus à seleção brasileira no Mundial. Vale lembrar que o Extra é patrocinador oficial da equipe comandada por Dunga — que ainda não foi eliminada da competição.A publicidade estampava a seguinte frase: "A Seleção sai do Mundial. Não do coração da gente. Valeu Brasil. Nos vemos em 2014". O Brasil jogou contra o Chile nesta segunda-feira (28) e ganhou por 3 x 0, classificando-se para as quartas de final da Copa do Mundo.
A assessoria do Grupo Pão de Açúcar — do qual o Extra faz parte — informou que a gafe foi causada por um "erro operacional da Folha, que já assumiu e irá se retratar". A rede de supermercados ficou sabendo do engano assim como todo leitor: abrindo o jornal e vendo o anúncio.
Definitivamente não dá nem pra comentar. Se com a publicidade eles erram assim, imaginem então com a informação...
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Essa não é uma confusão inocente
Liberdade de expressão ou de imprensa?
[Segunda-Feira, 28 de Junho de 2010 às 11:30hs]
Em tese, estabelecer as diferenças entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa não seria uma tarefa das mais difíceis. No entanto, interesses econômicos de grandes grupos midiáticos conduzem o debate de forma deliberada para a confusão entre os dois termos, tidos como sinônimos quando não o são. Esse tema e todas suas implicações norteiam o livro lançado por Venício A. de Lima, Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia (Publisher Brasil). Na entrevista a seguir, o autor conversa sobre a obra e também fala sobre o desafio da democratização da comunicação no Brasil.
Fórum – Neste seu último livro, o senhor trata de liberdade de imprensa e liberdade de expressão. Nele, aborda a construção histórica desses dois conceitos a partir das teses liberais. O senhor poderia nos explicar por que fez essa opção?
Venício A. de Lima – Porque a discussão está tão atrasada entre nós que não há necessidade de se recorrer a críticas externas ao liberalismo. Nem mesmo o reconhecimento que se faz há décadas, por exemplo, nos Estados Unidos, de que não existe um “mercado livre de ideias” e que a agenda pública e a formação da opinião são, majoritariamente, controladas pelos grandes grupos privados de mídia, é admitido aqui.
Fórum – O senhor poderia explicar as diferenças entre liberdade de imprensa e de expressão e como uma contribui na construção da outra?
Venício – Basicamente, a liberdade de expressão (speech) é um direito fundamental do indivíduo, enquanto a liberdade de imprensa (press), no mundo contemporâneo, é referida às empresas de mídia. Historicamente falava-se na liberdade individual de imprimir (print) e essa liberdade foi aos poucos se transformando na liberdade da imprensa. Acontece que quando o conceito surgiu não havia nada parecido com as empresas de mídia que existem hoje, que, de fato, limitam a liberdade de expressão pública da imensa maioria da população.
Fórum – Na sua opinião, por que os meios de comunicação no Brasil fazem tanta questão de confundir a liberdade das empresas do setor com a liberdade de expressão de toda a sociedade?
Venício – É simples. Não há ninguém que seja contra a liberdade de expressão, um direito humano fundamental. Ao tratarem uma liberdade fundamental como equivalente à sua própria liberdade empresarial, os grupos privados de mídia criam uma confusão deliberada que somente favorece aos seus próprios interesses. Mas há um outro lado nessa questão, que é supor que a maioria da população continuará sendo enganada para sempre. Não creio que isso seja possível.
Fórum – Fala-se muito de iniciativas do poder público, que supostamente criariam obstáculos à liberdade de expressão, entre elas a proposta da criação do CNJ e da Ancinav. Qual deveria ser o papel do Estado para que a mais ampla liberdade de imprensa fosse garantida?
Venício – O Estado deve intervir para garantir a liberdade de expressão de pessoas ou grupos que não têm seu direito respeitado. Tem sido assim em outros países como, por exemplo, nos Estados Unidos. Há um excelente livro do jurista de Princeton, Owen Fiss, A Ironia da Liberdade de Expressão, no qual ele mostra não só a jurisprudência que a Suprema Corte americana criou sobre o tema, como as várias ocasiões em que o Estado interferiu para garantir a liberdade de expressão de minorias raciais, de gênero e de outros grupos.
Fórum – Decisões do STF, como a relativa à Lei da Imprensa, mostram que parte do Judiciário ainda vê a liberdade de imprensa como uma espécie de projeção da liberdade de expressão. O quanto isso prejudica a possibilidade de democratização dos meios de comunicação?
Venício – É surpreendente como alguns ministros do STF ainda insistem em ignorar que uma das disposições que a própria Constituição brasileira manda observar é “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio” (§ 5º do artigo 220). Sem um mercado de mídia policêntrico, isto é, onde exista pluralidade e diversidade, não há como equacionar liberdade de imprensa com liberdade de expressão. Nas condições atuais, a liberdade de expressão só é de fato exercida por aqueles que controlam os grupos de mídia.
Fórum – O senhor vem discutindo há muito tempo o direito à comunicação e a democratização dos meios, poderia elencar países e modelos que poderiam ser referências para uma reforma nessa área no Brasil?
Venício – Precisamos ter, pelo menos, um marco regulatório geral, tecnologicamente atualizado, que inclua a proibição da propriedade cruzada no setor e uma agência reguladora autônoma, com poderes para disciplinar as concessões do serviço público de radiodifusão. Isso seria o mínimo. Há esforços importantes de regulação em países europeus como a Espanha, a Alemanha e Portugal. Gosto muito da recente lei dos meios aprovada na Argentina, que certamente poderia servir de referência para nós.
Fórum – Mesmo esse não sendo um tema deste seu novo livro, qual é a sua opinião acerca das possibilidades da internet? Além disso, o senhor avalia que ela poderia reposicionar o debate acerca da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa, levando em consideração que numa sociedade com banda larga para todos o "direito de imprimir", ou seja, de se comunicar, poderia ser muito mais amplo do que é hoje?
Venício – Não pode haver qualquer dúvida sobre a importância crescente da internet. Em dezembro de 2009 já éramos 66,3 milhões de usuários e a classe C é a que mais cresce entre eles. Apesar disso, creio que existe certo exagero sobre suas consequências na sociedade brasileira de hoje. Num futuro não muito distante, com a universalização do acesso aos computadores e à banda larga, com certeza teremos que repensar o debate “liberdade de expressão contra liberdade de imprensa” porque haverá muito mais possibilidade de exercício da liberdade de expressão, independentemente das restrições de acesso à grande mídia. Aliás, ainda não sabemos nem se e nem como a grande mídia sobreviverá no futuro.
Fórum – Como o senhor avalia esses quase oito anos de governo Lula em relação à democratização das comunicações? O senhor acha que o governo agiu no limite do possível ou poderia ter avançado mais nessa questão?
Venício – Não há dúvida de que avançamos com a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e, certamente, com a convocação e realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação. Mas isso é muito pouco. Se considerarmos, por exemplo, o que outros governos têm conseguido realizar no campo da regulação democrática da mídia na América Latina e o recuo do governo Lula em questões fundamentais como o modelo da TV Digital, a transformação da Ancine em Ancinav, o decreto de criação das RTVIs, a ausência de proposta de um marco regulatório geral e, mais recentemente, as propostas relativas ao direito à comunicação contidas no PNDH3, sinceramente, não há o que comemorar.
Fórum – Por fim, num contexto histórico, como o senhor avalia o atual momento do país em relação à liberdade de imprensa e à liberdade de expressão?
Venício – Os grupos de mídia e suas entidades representativas insistem sempre que existem “ameaças” autoritárias vindas do Estado. Aliás, eles consideram qualquer decisão judicial relativa à mídia como sendo censura. Isso faz parte de sua estratégia de combate. Mas a liberdade de imprensa é total. Não se pode falar o mesmo, todavia, em relação à liberdade de expressão. Quantos grupos, minorias e opiniões não conseguem se expressar publicamente? Não há pluralidade e diversidade na nossa mídia e estamos longe de conceitos como direito de antena e direito de resposta difuso, ou simplesmente direito de resposta, cuja regulamentação foi abolida depois que o STF considerou inconstitucional toda a Lei de Imprensa. Temos um longo caminho a percorrer até a plena consolidação de um direito à comunicação no nosso país.
Fórum – Neste seu último livro, o senhor trata de liberdade de imprensa e liberdade de expressão. Nele, aborda a construção histórica desses dois conceitos a partir das teses liberais. O senhor poderia nos explicar por que fez essa opção?
Venício A. de Lima – Porque a discussão está tão atrasada entre nós que não há necessidade de se recorrer a críticas externas ao liberalismo. Nem mesmo o reconhecimento que se faz há décadas, por exemplo, nos Estados Unidos, de que não existe um “mercado livre de ideias” e que a agenda pública e a formação da opinião são, majoritariamente, controladas pelos grandes grupos privados de mídia, é admitido aqui.
Fórum – O senhor poderia explicar as diferenças entre liberdade de imprensa e de expressão e como uma contribui na construção da outra?
Venício – Basicamente, a liberdade de expressão (speech) é um direito fundamental do indivíduo, enquanto a liberdade de imprensa (press), no mundo contemporâneo, é referida às empresas de mídia. Historicamente falava-se na liberdade individual de imprimir (print) e essa liberdade foi aos poucos se transformando na liberdade da imprensa. Acontece que quando o conceito surgiu não havia nada parecido com as empresas de mídia que existem hoje, que, de fato, limitam a liberdade de expressão pública da imensa maioria da população.
Fórum – Na sua opinião, por que os meios de comunicação no Brasil fazem tanta questão de confundir a liberdade das empresas do setor com a liberdade de expressão de toda a sociedade?
Venício – É simples. Não há ninguém que seja contra a liberdade de expressão, um direito humano fundamental. Ao tratarem uma liberdade fundamental como equivalente à sua própria liberdade empresarial, os grupos privados de mídia criam uma confusão deliberada que somente favorece aos seus próprios interesses. Mas há um outro lado nessa questão, que é supor que a maioria da população continuará sendo enganada para sempre. Não creio que isso seja possível.
Fórum – Fala-se muito de iniciativas do poder público, que supostamente criariam obstáculos à liberdade de expressão, entre elas a proposta da criação do CNJ e da Ancinav. Qual deveria ser o papel do Estado para que a mais ampla liberdade de imprensa fosse garantida?
Venício – O Estado deve intervir para garantir a liberdade de expressão de pessoas ou grupos que não têm seu direito respeitado. Tem sido assim em outros países como, por exemplo, nos Estados Unidos. Há um excelente livro do jurista de Princeton, Owen Fiss, A Ironia da Liberdade de Expressão, no qual ele mostra não só a jurisprudência que a Suprema Corte americana criou sobre o tema, como as várias ocasiões em que o Estado interferiu para garantir a liberdade de expressão de minorias raciais, de gênero e de outros grupos.
Fórum – Decisões do STF, como a relativa à Lei da Imprensa, mostram que parte do Judiciário ainda vê a liberdade de imprensa como uma espécie de projeção da liberdade de expressão. O quanto isso prejudica a possibilidade de democratização dos meios de comunicação?
Venício – É surpreendente como alguns ministros do STF ainda insistem em ignorar que uma das disposições que a própria Constituição brasileira manda observar é “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio” (§ 5º do artigo 220). Sem um mercado de mídia policêntrico, isto é, onde exista pluralidade e diversidade, não há como equacionar liberdade de imprensa com liberdade de expressão. Nas condições atuais, a liberdade de expressão só é de fato exercida por aqueles que controlam os grupos de mídia.
Fórum – O senhor vem discutindo há muito tempo o direito à comunicação e a democratização dos meios, poderia elencar países e modelos que poderiam ser referências para uma reforma nessa área no Brasil?
Venício – Precisamos ter, pelo menos, um marco regulatório geral, tecnologicamente atualizado, que inclua a proibição da propriedade cruzada no setor e uma agência reguladora autônoma, com poderes para disciplinar as concessões do serviço público de radiodifusão. Isso seria o mínimo. Há esforços importantes de regulação em países europeus como a Espanha, a Alemanha e Portugal. Gosto muito da recente lei dos meios aprovada na Argentina, que certamente poderia servir de referência para nós.
Fórum – Mesmo esse não sendo um tema deste seu novo livro, qual é a sua opinião acerca das possibilidades da internet? Além disso, o senhor avalia que ela poderia reposicionar o debate acerca da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa, levando em consideração que numa sociedade com banda larga para todos o "direito de imprimir", ou seja, de se comunicar, poderia ser muito mais amplo do que é hoje?
Venício – Não pode haver qualquer dúvida sobre a importância crescente da internet. Em dezembro de 2009 já éramos 66,3 milhões de usuários e a classe C é a que mais cresce entre eles. Apesar disso, creio que existe certo exagero sobre suas consequências na sociedade brasileira de hoje. Num futuro não muito distante, com a universalização do acesso aos computadores e à banda larga, com certeza teremos que repensar o debate “liberdade de expressão contra liberdade de imprensa” porque haverá muito mais possibilidade de exercício da liberdade de expressão, independentemente das restrições de acesso à grande mídia. Aliás, ainda não sabemos nem se e nem como a grande mídia sobreviverá no futuro.
Fórum – Como o senhor avalia esses quase oito anos de governo Lula em relação à democratização das comunicações? O senhor acha que o governo agiu no limite do possível ou poderia ter avançado mais nessa questão?
Venício – Não há dúvida de que avançamos com a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e, certamente, com a convocação e realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação. Mas isso é muito pouco. Se considerarmos, por exemplo, o que outros governos têm conseguido realizar no campo da regulação democrática da mídia na América Latina e o recuo do governo Lula em questões fundamentais como o modelo da TV Digital, a transformação da Ancine em Ancinav, o decreto de criação das RTVIs, a ausência de proposta de um marco regulatório geral e, mais recentemente, as propostas relativas ao direito à comunicação contidas no PNDH3, sinceramente, não há o que comemorar.
Fórum – Por fim, num contexto histórico, como o senhor avalia o atual momento do país em relação à liberdade de imprensa e à liberdade de expressão?
Venício – Os grupos de mídia e suas entidades representativas insistem sempre que existem “ameaças” autoritárias vindas do Estado. Aliás, eles consideram qualquer decisão judicial relativa à mídia como sendo censura. Isso faz parte de sua estratégia de combate. Mas a liberdade de imprensa é total. Não se pode falar o mesmo, todavia, em relação à liberdade de expressão. Quantos grupos, minorias e opiniões não conseguem se expressar publicamente? Não há pluralidade e diversidade na nossa mídia e estamos longe de conceitos como direito de antena e direito de resposta difuso, ou simplesmente direito de resposta, cuja regulamentação foi abolida depois que o STF considerou inconstitucional toda a Lei de Imprensa. Temos um longo caminho a percorrer até a plena consolidação de um direito à comunicação no nosso país.
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O Twitter de Jefferson uniu o DEM
Posted: 27 Jun 2010 12:42 AM PDT
João Bosco Rabello, O Estado de S.Paulo
"O fato de o anúncio do vice na chapa de José Serra, o senador Álvaro Dias, ter vazado, em vez de ter sido anunciado, resume o ambiente de campanha do PSDB: confuso e desarticulado.
A escolha ? provisória ou definitiva, não se sabe ? não foi de Serra, mas do partido, sem consulta aos aliados, num gesto mais na linha de um clube de notáveis que de um partido.
O problema é que restou um único notável a bordo: o próprio Serra. Aécio Neves internou-se em Minas e Fernando Henrique, rejeitado como um patinho feio, foi cuidar da própria vida.
A campanha centrou-se no candidato; a estrutura é precária, cada um é porta-voz de si mesmo. Nesse contexto, o principal aliado, o DEM, soube pelo Twitter de Roberto Jefferson, do PTB, que havia sido preterido por uma chapa puro-sangue, com Dias no lugar de Aécio.
Serra já decidira que, sem Aécio, o melhor seria um vice figurativo, o que o levou a nomes inexpressivos, desconsiderando o acordo de que, naquela hipótese, a vaga seria do DEM, humilhando o aliado, que percebeu o desconforto ideológico que causava.
O Twitter de Jefferson uniu o DEM. E as próximas horas definirão o destino da aliança: se efetiva ou burocrática, limitada a acordos regionais sem envolvimento da militância.
A declaração de Dias, de que desiste para pacificar, e o gesto de Pilatos de Serra, dizendo-se alheio à decisão, indicam que tudo pode voltar à estaca zero.”
Matéria Completa, ::Aqui::
"O fato de o anúncio do vice na chapa de José Serra, o senador Álvaro Dias, ter vazado, em vez de ter sido anunciado, resume o ambiente de campanha do PSDB: confuso e desarticulado.
A escolha ? provisória ou definitiva, não se sabe ? não foi de Serra, mas do partido, sem consulta aos aliados, num gesto mais na linha de um clube de notáveis que de um partido.
O problema é que restou um único notável a bordo: o próprio Serra. Aécio Neves internou-se em Minas e Fernando Henrique, rejeitado como um patinho feio, foi cuidar da própria vida.
A campanha centrou-se no candidato; a estrutura é precária, cada um é porta-voz de si mesmo. Nesse contexto, o principal aliado, o DEM, soube pelo Twitter de Roberto Jefferson, do PTB, que havia sido preterido por uma chapa puro-sangue, com Dias no lugar de Aécio.
Serra já decidira que, sem Aécio, o melhor seria um vice figurativo, o que o levou a nomes inexpressivos, desconsiderando o acordo de que, naquela hipótese, a vaga seria do DEM, humilhando o aliado, que percebeu o desconforto ideológico que causava.
O Twitter de Jefferson uniu o DEM. E as próximas horas definirão o destino da aliança: se efetiva ou burocrática, limitada a acordos regionais sem envolvimento da militância.
A declaração de Dias, de que desiste para pacificar, e o gesto de Pilatos de Serra, dizendo-se alheio à decisão, indicam que tudo pode voltar à estaca zero.”
Matéria Completa, ::Aqui::
Posted: 27 Jun 2010 12:37 AM PDT
Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
“Os tucanos tiveram mais de seis meses para achar um vice na chapa de José Serra. Desde que Aécio Neves jogou o boné e tirou o time da disputa presidencial, no final do ano passado, e descartou qualquer possibilidade de ser o vice de Serra, esta novela frequentou o noticiário político.
Dezenas de nomes foram cogitados, até o de uma vereadora que é presidente do Flamengo, mas o candidato não se fixou em nenhum deles, deixando a decisão para a última hora.
A quatro dias do prazo fatal para indicar o nome do vice, o país ficou sabendo da indicação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pelo Twitter do aliado petebista Roberto Jefferson, bem na hora do jogo do Brasil contra Portugal. Nem os roteiristas do “Zorra Total” ou do Renato Aragão, nem mesmo os marqueteiros dos adversários seriam capazes de montar tamanha sequência de trapalhadas.
A escolha do nome de Álvaro Dias se deu por eliminação, na noite de quinta-feira, numa reunião de José Serra com Sergio Guerra e Jutahy Magalhães, fiéis escudeiros do candidato. Consultados, os aliados PPS e PTB logo aprovaram a indicação, mas se esqueceram de combinar com o DEM, o principal partido da coligação, que só ficou sabendo da novidade pelo Twitter de Jefferson. Seus principais líderes botaram a boca no mundo e, a partir daí, a coisa desandou de vez.
Dava um filme, uma comédia de pastelão político. A seleção brasileira já estava em campo, quando Jefferson parou sua moto para abastecer no interior de Minas, a caminho de Tiradentes, onde iria participar de um encontro de motoqueiros, quando foi informado pelo celular por Guerra, e imediatamente jogou a notícia no ar.
Em Bragança Paulista, onde assistiria ao jogo do Brasil ao lado de Alckmin e Quércia, a cadeira reservada para Serra ficou vazia até os 12 minutos do segundo tempo, quando o candidato apareceu. Ao final, fez comentários sobre o jogo, mas nada falou sobre a escolha do vice. Jogou o abacaxi para Sergio Guerra.”
Artigo Completo, ::Aqui::
“Os tucanos tiveram mais de seis meses para achar um vice na chapa de José Serra. Desde que Aécio Neves jogou o boné e tirou o time da disputa presidencial, no final do ano passado, e descartou qualquer possibilidade de ser o vice de Serra, esta novela frequentou o noticiário político.
Dezenas de nomes foram cogitados, até o de uma vereadora que é presidente do Flamengo, mas o candidato não se fixou em nenhum deles, deixando a decisão para a última hora.
A quatro dias do prazo fatal para indicar o nome do vice, o país ficou sabendo da indicação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pelo Twitter do aliado petebista Roberto Jefferson, bem na hora do jogo do Brasil contra Portugal. Nem os roteiristas do “Zorra Total” ou do Renato Aragão, nem mesmo os marqueteiros dos adversários seriam capazes de montar tamanha sequência de trapalhadas.
A escolha do nome de Álvaro Dias se deu por eliminação, na noite de quinta-feira, numa reunião de José Serra com Sergio Guerra e Jutahy Magalhães, fiéis escudeiros do candidato. Consultados, os aliados PPS e PTB logo aprovaram a indicação, mas se esqueceram de combinar com o DEM, o principal partido da coligação, que só ficou sabendo da novidade pelo Twitter de Jefferson. Seus principais líderes botaram a boca no mundo e, a partir daí, a coisa desandou de vez.
Dava um filme, uma comédia de pastelão político. A seleção brasileira já estava em campo, quando Jefferson parou sua moto para abastecer no interior de Minas, a caminho de Tiradentes, onde iria participar de um encontro de motoqueiros, quando foi informado pelo celular por Guerra, e imediatamente jogou a notícia no ar.
Em Bragança Paulista, onde assistiria ao jogo do Brasil ao lado de Alckmin e Quércia, a cadeira reservada para Serra ficou vazia até os 12 minutos do segundo tempo, quando o candidato apareceu. Ao final, fez comentários sobre o jogo, mas nada falou sobre a escolha do vice. Jogou o abacaxi para Sergio Guerra.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Posted: 26 Jun 2010 11:38 PM PDT
Folha.com
“O presidente nacional do DEM Rodrigo Maia procurou a Folha para rebater uma afirmação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Durante a convenção estadual do PSDB em Cuiabá, neste sábado, o senador disse que foi advertido pela direção nacional do PSDB a não mais afirmar que desistiria da indicação a vice na chapa de José Serra, em caso de o DEM acenar com um rompimento.
Segundo Maia, "Dias não fala pelo partido e espero não ter que declarar que ou sai ele ou sai o DEM da aliança".
O senador declarou na convenção que não tinha o direito de abrir mão de uma convocação. "Ontem, eu disse que não acreditava que o DEM pudesse deixar a aliança, tanto que podia até afirmar que antes de o DEM sair, eu sairia. O que estou afirmando hoje é que não sai nem o DEM e nem eu. Nós dois ficamos', disse ele.
Sobre as críticas de lideranças do DEM à chapa pura tucana, Dias disse considerar que a postura é do jogo democrático. "É legítimo que o DEM postule a indicação de um nome. Mas certamente a prioridade será a eleição de José Serra."
“O presidente nacional do DEM Rodrigo Maia procurou a Folha para rebater uma afirmação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Durante a convenção estadual do PSDB em Cuiabá, neste sábado, o senador disse que foi advertido pela direção nacional do PSDB a não mais afirmar que desistiria da indicação a vice na chapa de José Serra, em caso de o DEM acenar com um rompimento.
Segundo Maia, "Dias não fala pelo partido e espero não ter que declarar que ou sai ele ou sai o DEM da aliança".
O senador declarou na convenção que não tinha o direito de abrir mão de uma convocação. "Ontem, eu disse que não acreditava que o DEM pudesse deixar a aliança, tanto que podia até afirmar que antes de o DEM sair, eu sairia. O que estou afirmando hoje é que não sai nem o DEM e nem eu. Nós dois ficamos', disse ele.
Sobre as críticas de lideranças do DEM à chapa pura tucana, Dias disse considerar que a postura é do jogo democrático. "É legítimo que o DEM postule a indicação de um nome. Mas certamente a prioridade será a eleição de José Serra."
Posted: 26 Jun 2010 10:35 PM PDT
“A maneira como aliados de Serra – Folha e Estadão – reagiram à candidatura Álvaro Dias, estampando notícias negativas sobre ele, confirma uma máxima: ninguém quer se envolver com barras-pesadas, tropas de choque. Em momentos de catarse, eles têm sua utilidade: Jungman, Itagiba, Virgilio e, mais do que todos, Álvaro Dias receberam espaço amplo, como meros instrumentos propagadores de dossiês.
Luis Nassif, em seu blog / Vermelho.org
Passada a catarse, aliados da mídia se afastam como que temendo a contaminação, como se eles não devessem passar da porta da cozinha. É como se dissessem: pertencemos a classes sociais diferentes, a papéis políticos diferentes, não me comprometa, já dei o que você queria – visibilidade –, você me deu a contrapartida – escândalos –, agora, cada qual na sua.
O curioso nessa história é que José Serra parece ter uma compulsão de se cercar apenas de barras-pesadas: do secretário de Comunicação Bruno Caetano ao Álvaro Dias, a blogueiros desqualificados. Tenho amigos que pertencem ao staff próximo de Serra, pessoas com imaginação, fôlego político, que nos últimos anos se transformaram em xiitas, agressivos, com um discurso repetitivo, emulando o chefe.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Luis Nassif, em seu blog / Vermelho.org
Passada a catarse, aliados da mídia se afastam como que temendo a contaminação, como se eles não devessem passar da porta da cozinha. É como se dissessem: pertencemos a classes sociais diferentes, a papéis políticos diferentes, não me comprometa, já dei o que você queria – visibilidade –, você me deu a contrapartida – escândalos –, agora, cada qual na sua.
O curioso nessa história é que José Serra parece ter uma compulsão de se cercar apenas de barras-pesadas: do secretário de Comunicação Bruno Caetano ao Álvaro Dias, a blogueiros desqualificados. Tenho amigos que pertencem ao staff próximo de Serra, pessoas com imaginação, fôlego político, que nos últimos anos se transformaram em xiitas, agressivos, com um discurso repetitivo, emulando o chefe.”
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Posted: 26 Jun 2010 10:13 PM PDT
Posted: 26 Jun 2010 09:53 PM PDT
Breno Costa, Folha Online
“O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) disse hoje estar à disposição para ajudar a resolver a crise da campanha tucana à Presidência com o DEM após a indicação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) para a vice. No entanto, afirmou que caberá ao próprio José Serra construir uma unidade em torno de seu nome.
"Estou sempre à disposição. Mas não tenho essa missão delegada por ninguém, e acho que o próprio governador Serra é quem construirá a unidade em torno do seu nome", disse Aécio.”
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“O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) disse hoje estar à disposição para ajudar a resolver a crise da campanha tucana à Presidência com o DEM após a indicação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) para a vice. No entanto, afirmou que caberá ao próprio José Serra construir uma unidade em torno de seu nome.
"Estou sempre à disposição. Mas não tenho essa missão delegada por ninguém, e acho que o próprio governador Serra é quem construirá a unidade em torno do seu nome", disse Aécio.”
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Posted: 26 Jun 2010 03:55 PM PDT
“Durante evento realizado em Brasília, a candidata do PT ressaltou projetos da gestão Lula
Gustavo Gantois, R7
O PRB oficializou neste sábado (26) o apoio formal à candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República. Diante de uma plateia formada por cerca de 900 jovens de Brasília, e com um atraso de três horas em relação à programação, Dilma mais exaltou os feitos do governo Lula do que manifestou suas ideias para um possível governo.
- A minha missão é a de continuar o governo Lula, consolidar o que ele avançou. Parar é um pouco como voltar atrás. E nosso projeto não pode ser esse, ele é o que mais inclui.
Dilma falou por cerca de meia hora e focou o discurso nas mulheres e nos jovens. Disse que Lula mudou a economia, retirou da miséria 24 milhões de brasileiros e levou educação a uma parcela da população que não tinha acesso anteriormente.
- O governo costurou, com habilidade, esse imenso esforço que nosso país fez para sair de uma era de estagnação, de desemprego e de desigualdade. Começamos uma outra era, com um novo modelo de desenvolvimento. É por isso que eu digo que o PRB integra a minha turma. A minha turma é a do Lula, é do José Alencar e é a de vocês.”
Foto: Dida Sampaio, AE
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Gustavo Gantois, R7
O PRB oficializou neste sábado (26) o apoio formal à candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República. Diante de uma plateia formada por cerca de 900 jovens de Brasília, e com um atraso de três horas em relação à programação, Dilma mais exaltou os feitos do governo Lula do que manifestou suas ideias para um possível governo.
- A minha missão é a de continuar o governo Lula, consolidar o que ele avançou. Parar é um pouco como voltar atrás. E nosso projeto não pode ser esse, ele é o que mais inclui.
Dilma falou por cerca de meia hora e focou o discurso nas mulheres e nos jovens. Disse que Lula mudou a economia, retirou da miséria 24 milhões de brasileiros e levou educação a uma parcela da população que não tinha acesso anteriormente.
- O governo costurou, com habilidade, esse imenso esforço que nosso país fez para sair de uma era de estagnação, de desemprego e de desigualdade. Começamos uma outra era, com um novo modelo de desenvolvimento. É por isso que eu digo que o PRB integra a minha turma. A minha turma é a do Lula, é do José Alencar e é a de vocês.”
Foto: Dida Sampaio, AE
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Posted: 26 Jun 2010 03:45 PM PDT
Marcela Rocha, Portal Terra
“O presidente do partido Democratas, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), garante que sua legenda fará a convenção para escolher o nome de um vice para o candidato à presidência da coligação PSDB-DEM-PPS, José Serra.
Após desgastes causados pela decisão tucana de defender o nome do senador Alvaro Dias (PR) para o posto, o DEM sustenta que a escolha partirá deles. "É sempre desgastante. O PSDB é muito complicado", criticou.
Questionado sobre como andariam as tratativas com os tucanos, Maia volta a criticar o partido aliado e diz: "tirando Sérgio Guerra (presidente do PSDB), o resto é muito complicado". Sobre o comportamento do aliado Roberto Jefferson, presidente do PTB, o parlamentar carioca demonstra desconfiança: "não tenho como julgar se Jefferson se precipitou ou não ao falar que Alvaro seria o vice porque eu não sei o que o PSDB disse para eles".
Lideranças do DEM no Congresso afirmam que a pressão tucana por Dias, junto a problemas regionais, abala o casamento entre as legendas. Fala-se, além do desgaste, em desconsiderar a indicação peessedebista e passar por cima da decisão. A aliança PSDB-DEM foi homologada na convenção tucana em 12 de junho.”
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“O presidente do partido Democratas, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), garante que sua legenda fará a convenção para escolher o nome de um vice para o candidato à presidência da coligação PSDB-DEM-PPS, José Serra.
Após desgastes causados pela decisão tucana de defender o nome do senador Alvaro Dias (PR) para o posto, o DEM sustenta que a escolha partirá deles. "É sempre desgastante. O PSDB é muito complicado", criticou.
Questionado sobre como andariam as tratativas com os tucanos, Maia volta a criticar o partido aliado e diz: "tirando Sérgio Guerra (presidente do PSDB), o resto é muito complicado". Sobre o comportamento do aliado Roberto Jefferson, presidente do PTB, o parlamentar carioca demonstra desconfiança: "não tenho como julgar se Jefferson se precipitou ou não ao falar que Alvaro seria o vice porque eu não sei o que o PSDB disse para eles".
Lideranças do DEM no Congresso afirmam que a pressão tucana por Dias, junto a problemas regionais, abala o casamento entre as legendas. Fala-se, além do desgaste, em desconsiderar a indicação peessedebista e passar por cima da decisão. A aliança PSDB-DEM foi homologada na convenção tucana em 12 de junho.”
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Posted: 26 Jun 2010 03:43 PM PDT
Roberto Almeida, Agência Estado
“O PT lançou hoje o senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, em sua convenção paulista, capitalizando sobre o arco de alianças angariado pela coligação, com 10 siglas, e sobre dissidentes do DEM e PSDB que aderiram à campanha.
Sob o slogan "Deu certo no Brasil, vai dar certo em São Paulo", Mercadante discursou por 45 minutos no Pavilhão Vermelho do ExpoCenter Norte ao lado de seu vice, Antônio Clóvis Pinto Coca Ferraz (PDT), um ex-tucano, e do vereador Carlos Apolinário, ex-líder da bancada do DEM na Câmara de São Paulo.
"Demorou muito tempo para dar uma chance para o presidente Lula. Mas hoje quando a gente vê o Apolinário e o Coca Ferraz, que era do PSDB, sabe que esse é o movimento que a gente quer para São Paulo", ressaltou o candidato petista.
Em tom ameno, Mercadante disse que não atacaria o principal adversário, Geraldo Alckmin (PSDB), e pediu uma "chance" para assumir o Palácio dos Bandeirantes. "Se um dia deram chance, nós pudemos mostrar nosso trabalho. Deem uma oportunidade ao PT e ao Mercadante em São Paulo", afirmou.”
Foto: O globo
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“O PT lançou hoje o senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, em sua convenção paulista, capitalizando sobre o arco de alianças angariado pela coligação, com 10 siglas, e sobre dissidentes do DEM e PSDB que aderiram à campanha.
Sob o slogan "Deu certo no Brasil, vai dar certo em São Paulo", Mercadante discursou por 45 minutos no Pavilhão Vermelho do ExpoCenter Norte ao lado de seu vice, Antônio Clóvis Pinto Coca Ferraz (PDT), um ex-tucano, e do vereador Carlos Apolinário, ex-líder da bancada do DEM na Câmara de São Paulo.
"Demorou muito tempo para dar uma chance para o presidente Lula. Mas hoje quando a gente vê o Apolinário e o Coca Ferraz, que era do PSDB, sabe que esse é o movimento que a gente quer para São Paulo", ressaltou o candidato petista.
Em tom ameno, Mercadante disse que não atacaria o principal adversário, Geraldo Alckmin (PSDB), e pediu uma "chance" para assumir o Palácio dos Bandeirantes. "Se um dia deram chance, nós pudemos mostrar nosso trabalho. Deem uma oportunidade ao PT e ao Mercadante em São Paulo", afirmou.”
Foto: O globo
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