quarta-feira, junho 30, 2010

O melhor e mais exclusivo de Walter é a compreensão dos processos políticos. Ele conhecia os poderosos pelo nome, por contato pessoal, por histórias íntimas.

Jornalista de dois mundos desavindos
 
Por Lúcio Flávio Pinto em 8/6/2010, Reproduzido do Jornal Pessoal nº 465, 2ª quinzena/maio 2010

No dia 18 de maio morreu, em São Luiz, aos 61 anos(*), um dos maiores jornalistas paraenses. Tão grande – e tão raroque sua competência transbordou da terra natal para o Estado vizinho. A vida de Walter Rodrigues se dividiu ao meio entre o Pará e o Maranhão. Atuou com a mesma competência de um lado e do outro da divisa, em torno da qual costumam ser cultivadas diferenças, desentendimentos e incompreensões mútuas.

Walter foi o paraense que mais bem se ajustou ao novo cenário, com o qual passou a ter tal intimidade que se tornou referência necessária. Ninguém entenderá o Maranhão contemporâneo sem passar pelos seus textos. O Pará que passou ficou em algumas das matérias que Walter criou, quando pelo lado de gorjeava, com seu texto limpo, sua ironia fina e seu sarcasmo cortante, arrasador. Merecia um final mais à altura dos seus méritos e do que produziu, patrimônio que se valorizará na medida do tempo, pelo simples fato de não ter substituto. O lugar que Walter Rodrigues ocupou – e, de certa forma, criou para siera único. Ficou vago.

Embora fossem de pura iconoclastia algumas das características da sua personalidade, Walter não foi um dado aleatório no jornalismo. Ele deixaria sua marca e faria o que fez em qualquer lugar e em qualquer época porque não lhe faltavam qualidades absolutamente pessoais e intransferíveis. Mas sua presença mais forte no jornalismo se explica por determinado contexto, que começou a se delinear em 1973, na redação de O Estado de S. Paulo.

Foi quando o responsável pelo jornal, Júlio Mesquita Neto, avalizou um projeto que lhe apresentei, de criar uma sucursal amazônica, com sede em Belém e ramificações por toda Amazônia Legal. Graças ao suporte de Raul Martins Bastos, coloquei o que havia de melhor no jornalismo em cada Estado da região. Esses correspondentes passariam a ter vinculação profissional com o Estadão (que não havia até então: o serviço era realizado por "colaboradores"), ganhariam salários melhores do que os locais e teriam o apoio do jornal mais influente do país. Além de generoso espaço para publicar seus despachos sobre a abertura (e fechamento e destruição) da fronteira amazônica.

Luz em vez de tédio

O laboratório para essa equipe foi o Bandeira 3, semanário em formato tablóide, com 24 páginas, que lancei em Belém, em janeiro de 1975. estava a futura equipe do Estadão (e, depois, de outras publicações, como Veja): Walter, Raimundo Costa, Elson Martins, Guilherme Augusto Pereira, Raimundo José Pinto – e mais outros nomes que se destacariam em outros escaninhos jornalísticos, como Paulo Roberto Ferreira, Nélio Palheta e Regina Alves.

 Quando o B3 acabou e o projeto de grande cobertura amazônico foi se apequenando, consegui colocar Raimundo Costa em São Luiz. O Maranhão passou a ser tratado também como parte da Amazônia e a se desligar do mandonismo dos coronéis. Walter foi o sucessor natural quando Raimundo se transferiu para a sucursal de Brasília, em 1976.

 O Estadão não conseguiria ninguém melhor para posto tão difícil. Seu correspondente enfrentava temas áridos, questões graves e todo tipo de armadilhas, saindo-se ileso. Suas interpretações e opiniões podiam provocar celeuma, mas não a base factual sobre a qual se edificavam nem a lisura do procedimento. Em reconhecimento, a empresa paulista mobilizou uma UTI aérea quando Walter sofreu o primeiro enfarte, providência que lhe salvou a vida.

 Mas O Estado de S. Paulo já estava em outra. Não tinha mais compromisso com a verdade na Amazônia. Eu saí e fiz o Jornal Pessoal. Tempos depois Walter fez quase o mesmo, não numa publicação independente, o que lhe deve ter sido impossível nas circunstâncias maranhenses: o Colunão surgiu como suplemento dominical do Jornal Pequeno, com uma liberdade rara nesse tipo de associação. Tão inusual que a relação acabou se rompendo e Walter, para manter sua voz, recorreu ao blog.

Nunca deixei de ser seu leitor. Era através dele que bem me informava sobre o que acontecia num local tão importante e interessante para nós do Pará (e do Brasil). Mesmo quando algum localismo escapava ao meu interesse específico, o prazer não diminuía. A prosa de Walter era uma das melhores da imprensa brasileira. Nunca entediava. Sempre iluminava. Sabia manejar as idéias tão bem quanto a língua. E sua memória era uma arma formidável. Uma combinação que permite aos seus textos passar da página de jornal para o livro sem qualquer prejuízo.

Pudor descalibrado

Ano após ano cobrei-lhe o livro que só ele podia escrever sobre as mais de três décadas como testemunha privilegiada dos acontecimentos maranhenses. Walter ajudou terceiros a realizar essa tarefa, enquanto adiava a sua, talvez pelo rigor da sua apreciação crítica. Certamente agora haverá quem penetre na montanha de textos que ele deixou para extrair-lhes o fio condutor e assim reconstituir o que aconteceu nesse período na terra espoliada por elites tão ou mais predatórias do que as paraenses.

O melhor e mais exclusivo de Walter é a compreensão dos processos políticos. Ele conhecia os poderosos pelo nome, por contato pessoal, por histórias íntimas. Suspeito que perdeu muita energia com essa geléia geral infértil, mas a tentação de desnudar falsos Catões e Cíceros de araque o tenha impedido de se livrar dessa craca aderente.

Faltou um pouco mais de atenção e concentração na parte econômica e produtiva do Maranhão, no colonizador, no elo entre os dois enclaves, que dispersam suas forças digladiando-se pelo que, imaginando ser butim, não passa de restos do banquete, o boi que se atira às piranhas para que a manada cruze incólume as fronteiras nacionais. Mas entendo o atrativo dessa história pelo fato de que a miséria política maranhense é maior do que a paraense, se tal cometimento é possível. Com sua verve, seu rigor e sua visão ampla, Walter Rodrigues estabeleceu uma cabeça-de-ponte em defesa da verdade num território minado pela mentira e a sordidez. Só isso lhe garante a perenidade da história.

Quero aqui dar uma pequena contribuição a essa memória reproduzindo o texto que Walter escreveu quando lhe mandei o livro Contra o Poder, que registrou os 20 anos do Jornal Pessoal, em 2007, e que, por um pudor descalibrado, não reproduzi na época. Não há mais esse pudor agora porque, falando de mim, Walter Rodrigues também falou de si e do mundo que nos uniu, nos forjou e nos explica, a nós e a muitos mais que participam da mesma caminhada.

Segue-se a resenha de Walter. Com minha lágrima mais sentida.

Lúcio Flávio Pinto é o maior jornalista do Pará e um dos melhores do Brasil. Antes que alguém no Pará discorde, esclareço que saí de Belém há 30 anos e tenho menos que uma vaga idéia de quem são os expoentes das novas gerações paraenses, incluindo essa gente que escreve na Internet e pouco a pouco arrebenta para sempre com a reserva de mercado dos profissionais. Pode ser que um ou outro escreva melhor, ou raciocine com mais sensatez ou areje melhor uma boa notícia. No conjunto, duvido muito. Mas não discuto.

Meu juízo se refere ao papel social do jornalista, tema de palestra que recentemente proferi (verbo empolado e detestável) em Imperatriz, a convite do campus local da UFMA (Universidade Federal do Maranhão). Lúcio é o melhor não somente por suas qualidades pessoais, que só meia dúzia de desafetos seria capaz de negar, entre elas a conditio sine qua non da honestidade profissional, mas, sobretudo, porque exerce essas qualidades de forma socialmente mais útil que qualquer outro.

Sua principal trincheira é o quinzenário Jornal Pessoal, uma espécie de Colunão mais antigo e mais radical na concepção, pois vive exclusivamente da venda avulsa necessariamente limitada, não aceita anúncio nem público nem privado, não está disponível na Internet e não oferece quase nenhum atrativo gráfico. Chega a ser até maçudo, às vezes, e só não é mais porque o editor de arte L. A. de Faria Pinto, irmão do editor chefe (este último também repórter, copidesque e revisor apenas um pouco melhor que o das últimas edições do Colunão de papel, além de gerente administrativo e da distribuição), ameniza a paisagem com charges, caricaturas e outros desenhos.

Até nos títulos Lúcio Flávio parece pouco empenhado em seduzir leitores. "Há democracia no Brasil?", pergunta um. "Salvar o antigo cinema", recomenda outro. "Retrato da realidade", desencoraja um terceiro. "Uma cidade para ver (e viver)", generaliza outro mais. Tudo isso na edição mais recente, nº 410.

Temas exclusivos

Mas veja só que matérias, que assuntos.

Logo na capa, "Jornais, vendas em queda", uma análise bem informada com ataque moderado e responsável e por isso mais certeiro aos dois principais matutinos da cidade, o de Jader Barbalho, Diário do Pará, atual líder de vendagem, e O Liberal, da família Maiorana, que durante mais de 20 anos, talvez iludida pelo próprio sobrenome, supôs-se imbatível. Um pelo outro, entretanto, é quase a mesma coisa, embora nenhum dos dois baixe ao nível, digamos, do atual governismo caipira do Jornal Pequeno, que é assim uma espécie de Estado do Maranhão de ceroulas. Ou de canibal comendo com a mão onde o outro comia de garfo e faca — e com muito mais proveito.

Amatéria do JP de Lúcio Flávio fala de vendagens declinantes (ambivalente fenômeno nacional), de fraudes que já enrolaram até o IVC (Instituto Verificador de Circulação), de "ziguezagues editoriais" que acompanham as conveniências pessoais e comerciais dos donos da mídia, da torpe exploração da desgraça dos fracos.

Detenho-me num trecho: "Já está na hora de o Ministério Público do Estado, como defensor dos direitos difusos da sociedade, chamar os jornais para um Termo de Ajuste de Conduta. Por que essas fotos escandalosas [de cadáveres furados, queimados, estraçalhados e esbugalhados] são apenas de pessoas pobres? Os pobres não têm direito à preservação de suas imagens, ou essa prerrogativa é exclusiva de grã-finos e socialites, que nunca viram "presuntos" [viram do verbo virar, está claro, não do verbo ver, que a morte é socialista)?

O leitor do Colunão certamente reconhece aí a cobrança habitual ao Ministério Público do Maranhão, não exatamente a mesma, que meu otimismo não chega a tanto, mas alguma coisa que se aparenta à sugestão de que o MP-MA (e a OAB) deveriam coibir abusos na mídia contra menores e vítimas de violência sexual. Ou de atropelamentos, que a tradição é ficar por isso mesmo, seja o homicida ao volante um vereador, um ex-presidente da OAB, a esposa de um ex-prefeito, um ex-presidente do Banco do Estado ou um jovem capitão do ramo imobiliário — para citar somente os exemplos que me vêm à cabeça agora.

Favelas e espigões

"Uma cidade para ver (e viver)", já referido aqui, foi escrito originalmente para L´Unitá, o velho jornal de Gramsci, ex-órgão oficial do Partido Comunista Italiano. Fala da Belém que sediará o Fórum Social Mundial em 2009, uma cidade que ostenta "torres de concreto e vidro" de até 40 andares, "recorde no Norte e Nordeste", e, ao mesmo tempo, "a maior favela horizontal do país, com 100 mil habitantes mundo".

Adiante: "Mais de dois terços da economia urbana dependem de serviços e do Governo .... Com um rico subsolo, o Pará é um minerador em escala planetária, principalmente de ferro, bauxita, alumina e alumínio .... É o sexto maior exportador e o terceiro em saldo de divisas. De cada 10 dólares líquidos que o Brasil recebe por suas divisas, 1 dólar sai do Pará. Belém recolhe as migalhas.... Sendo o segundo estado em território e o nono em população, é o 16o em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o 23o em PIB per capita, só à frente dos quatro estados nordestinos mais pobres do Brasil".

Que distância da lengalenga do jornalismo tradicional do Pará, onde os ensaios de contestação ao modelo "economia de enclave" quase sempre escondem intenções diversas do interesse público, como acontece quando O Liberal de repente descobre um defeito na Vale, para em seguida voltar a encobri-lo com a maior sem-cerimônia...

Amor à verdade

Chego à última das oito páginas tamanho ofício do JP do Pará. Um texto sobre Vieira, outro sobre Simone de Beauvoir, e uma grata surpresa: Rosa Corrêa, vice-presidente da Sociedade Paraense de Direitos Humanos (SPDH), que acaba de completar 30 anos (como sua congênere do Maranhão), escreve para "prestar os primeiros esclarecimentos" acerca de questionamento do jornalista relativo às finanças da entidade.

Ficamos sabendo que a SPDH recebeu R$ 730 mil do Governo Federal e mais R$ 124 mil do estadual, para execução local do Provita, programa de proteção a testemunhas, vítimas e pessoas ameaçadas. E que também usa verbas públicas num programa chamado NAV, núcleo de atendimento a vítimas de violência. Nada mal para uma ONG (Organização Não-Governamental), que possivelmente ainda receba recursos de fontes particulares nacionais e estrangeiras.

Pense você o que pensar a respeito desse novo papel das sociedades de direitos humanos, acredite ou não que elas mantenham a eficiência de outrora no desempenho de sua atividade precípua, o importante aí é a abertura para o diálogo, sempre um indicativo de boa fé e probidade. "Estamos organizando todas as informações para repassar a este veículo de comunicação, de alta respeitabilidade em nosso estado, por obrigação, mas também pelo grande amor que nossa entidade nutre pela verdade".

Magníficas palavras. Por obrigação, pois quem maneja recursos públicos tem o dever de fazê-lo à luz do dia, aproveitando cada oportunidade que lhe surja de exibir suas contas. E por amor à verdade, que quem não deve não teme, e sente-se até agradecido quando lhe convidam a mostrar o que nunca desejou esconder.

Antes que você me censure por não ter feito esse desafio à SMDH — tarefa que ainda haverei de cumprir — lembre-se que aproveitei os 30 anos da entidade para criticá-la pela baixa eficiência na luta contra a tortura, tema de igual ou maior relevância que sua contabilidade. A diferença é que ninguém me escreveu para dialogar, contestar ou oferecer explicações, ainda que apenas por amor ao tema ou à verdade. É que não basta a figura indispensável do jornalista inquiridor, há que ter a sorte de encontrar quem lhe responda.

Paixão e teimosia

Lúcio Flávio acaba de contar em livro os 20 anos de Jornal Pessoal: uma paixão amazônica, história e coletânea sumária de uma teimosia destinada a morrer na adolescência e que, entretanto, já entrou no ano 21, a maioridade absoluta.

São mais de 400 edições (411, para ser exato), intercaladas por breves períodos de desânimo em que anuncia a própria morte, para dali a pouco renascer das cinzas. Começa contando a história da reportagem que lhe deu origem, o assassinato do deputado Paulo Fonteles (PCdoB), abatido por um pistoleiro de aluguel em 11/6/1987. Foram três meses de pesquisa, cujo resultado apresentou em texto a Rosângela Maiorana, um dos sete herdeiros do patriarca do Grupo Liberal, Rômulo Maiorana.

"Rosângela", lembra o jornalista, "leu e ficou impressionada. Mas não podia publicar, me disse logo: a matéria deixava em má situação dois dos homens mais ricos do Pará, além de grandes anunciantes". Prontificou-se, entretanto, gente boa, a imprimir de graça o Jornal Pessoal — que surgia naquele instante, de estalo — desde que as oficinas do Liberal não fossem citadas no expediente. Lúcio topou.

Já na edição seguinte, porém, nem pagando ele obteve o mesmo acesso. A principal reportagem tratava do desfalque de US$ 30 milhões que o advogado Augusto Barreira Pereira, diretor e presidente interino do Basa, aplicara à instituição. Barreira era também o diretor jurídico da Delta Publicidade, a editora do Liberal.

Desde então foram quatro ou cinco, ou mais, as oficinas que acolheram e desacolheram o Jornal Pessoal. Ele continua, noticiando e comentando o que os outros não podem, até mesmo porque não querem.

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(*) Uma pequena correção: na verdade, WR morreu aos 59 anos.
 
 
 
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O anúncio “bola-fora” da Folha. Divirta-se…


Exclusivo: o anúncio certo, que a Folha não publicou



Bem mais cedo, nós mostramos aqui a “pisada na bola” que a Folha deu ao trocar um anúncio e “eliminar” o Brasil da copa, por conta dos supermercados Extra e Pão de Açúcar, o que deixou o empresário Abílio Diniz dizendo cobras e lagartos do jornal paulista. Acima, está a reprodução do anúncio “bola-fora” da Folha. E lá embaixo, um anúncio muito bem humorado que me foi enviado por um leitor, agora há pouco, com algo que poderia ser publicado depois de mais uma pesquisa que mostra Serra afundando. Divirta-se…



http://www.tijolaco.com/?p=19396

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terça-feira, junho 29, 2010

Folha torce contra o Brasil e publica anúncio errado


Abilio Diniz condena Folha (*): erro inadmissível

    Publicado em 29/06/2010
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E agora, Folha (*) ?


Depois da Folha (*) ter decretado a derrota da Seleção Brasileira, veio a retaliação.

E veio de cima, de Abílio Diniz, presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, do qual o Extra faz parte.

Abilio publicou em seu twitter:

Ontem o Brasil fez seu melhor jogo na #Copa. Infelizmente, a Folha de SP cometeu um grave erro com o anúncio do Extra, o que é inadmissível.
Estou ao lado dos que se indignaram com o anuncio publicado erroneamente pelo jornal.
Não compartilhamos com a impunidade e tomaremos as providências, que não eliminarão o erro, mas irá responsabilizar os culpados.
Como Pres. do Conselho de Adm. do GPA peço desculpas, em meu nome e do Grupo, aos brasileiros e, principalmente, aos jogadores da seleção   


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um  comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Artigos Relacionados


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Do Portal Vermelho: 
Folha de S.Paulo publica anúncio errado e "elimina" o Brasil da Copa

O jornal Folha de S.Paulo publicou, nesta terça-feira (29), no caderno especial Copa 2010, um anúncio da rede de supermercados Extra, em que a empresa dá adeus à seleção brasileira no Mundial. Vale lembrar que o Extra é patrocinador oficial da equipe comandada por Dunga — que ainda não foi eliminada da competição.A publicidade estampava a seguinte frase: "A Seleção sai do Mundial. Não do coração da gente. Valeu Brasil. Nos vemos em 2014". O Brasil jogou contra o Chile nesta segunda-feira (28) e ganhou por 3 x 0, classificando-se para as quartas de final da Copa do Mundo.

A assessoria do Grupo Pão de Açúcar — do qual o Extra faz parte — informou que a gafe foi causada por um "erro operacional da
Folha, que já assumiu e irá se retratar". A rede de supermercados ficou sabendo do engano assim como todo leitor: abrindo o jornal e vendo o anúncio.

Definitivamente não dá nem pra comentar. Se com a publicidade eles erram assim, imaginem então com a informação...
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Essa não é uma confusão inocente


Liberdade de expressão ou de imprensa? 

[Segunda-Feira, 28 de Junho de 2010 às 11:30hs]
Em tese, estabelecer as diferenças entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa não seria uma tarefa das mais difíceis. No entanto, interesses econômicos de grandes grupos midiáticos conduzem o debate de forma deliberada para a confusão entre os dois termos, tidos como sinônimos quando não o são. Esse tema e todas suas implicações norteiam o livro lançado por Venício A. de Lima, Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia (Publisher Brasil). Na entrevista a seguir, o autor conversa sobre a obra e também fala sobre o desafio da democratização da comunicação no Brasil.

 Fórum – Neste seu último livro, o senhor trata de liberdade de imprensa e liberdade de expressão. Nele, aborda a construção histórica desses dois conceitos a partir das teses liberais. O senhor poderia nos explicar por que fez essa opção?

 Venício A. de Lima – Porque a discussão está tão atrasada entre nós que não há necessidade de se recorrer a críticas externas ao liberalismo. Nem mesmo o reconhecimento que se faz há décadas, por exemplo, nos Estados Unidos, de que não existe um “mercado livre de ideias” e que a agenda pública e a formação da opinião são, majoritariamente, controladas pelos grandes grupos privados de mídia, é admitido aqui.

 Fórum – O senhor poderia explicar as diferenças entre liberdade de imprensa e de expressão e como uma contribui na construção da outra? 
 Venício – Basicamente, a liberdade de expressão (speech) é um direito fundamental do indivíduo, enquanto a liberdade de imprensa (press), no mundo contemporâneo, é referida às empresas de mídia. Historicamente falava-se na liberdade individual de imprimir (print) e essa liberdade foi aos poucos se transformando na liberdade da imprensa. Acontece que quando o conceito surgiu não havia nada parecido com as empresas de mídia que existem hoje, que, de fato, limitam a liberdade de expressão pública da imensa maioria da população.

 Fórum – Na sua opinião, por que os meios de comunicação no Brasil fazem tanta questão de confundir a liberdade das empresas do setor com a liberdade de expressão de toda a sociedade?

 Venício – É simples. Não há ninguém que seja contra a liberdade de expressão, um direito humano fundamental. Ao tratarem uma liberdade fundamental como equivalente à sua própria liberdade empresarial, os grupos privados de mídia criam uma confusão deliberada que somente favorece aos seus próprios interesses. Mas há um outro lado nessa questão, que é supor que a maioria da população continuará sendo enganada para sempre. Não creio que isso seja possível.

 Fórum – Fala-se muito de iniciativas do poder público, que supostamente criariam obstáculos à liberdade de expressão, entre elas a proposta da criação do CNJ e da Ancinav. Qual deveria ser o papel do Estado para que a mais ampla liberdade de imprensa fosse garantida?

 Venício – O Estado deve intervir para garantir a liberdade de expressão de pessoas ou grupos que não têm seu direito respeitado. Tem sido assim em outros países como, por exemplo, nos Estados Unidos. Há um excelente livro do jurista de Princeton, Owen Fiss, A Ironia da Liberdade de Expressão, no qual ele mostra não só a jurisprudência que a Suprema Corte americana criou sobre o tema, como as várias ocasiões em que o Estado interferiu para garantir a liberdade de expressão de minorias raciais, de gênero e de outros grupos.

 Fórum – Decisões do STF, como a relativa à Lei da Imprensa, mostram que parte do Judiciário ainda vê a liberdade de imprensa como uma espécie de projeção da liberdade de expressão. O quanto isso prejudica a possibilidade de democratização dos meios de comunicação?

 Venício – É surpreendente como alguns ministros do STF ainda insistem em ignorar que uma das disposições que a própria Constituição brasileira manda observar é “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio” (§ 5º do artigo 220). Sem um mercado de mídia policêntrico, isto é, onde exista pluralidade e diversidade, não há como equacionar liberdade de imprensa com liberdade de expressão. Nas condições atuais, a liberdade de expressão só é de fato exercida por aqueles que controlam os grupos de mídia.

 Fórum – O senhor vem discutindo há muito tempo o direito à comunicação e a democratização dos meios, poderia elencar países e modelos que poderiam ser referências para uma reforma nessa área no Brasil? 
 Venício – Precisamos ter, pelo menos, um marco regulatório geral, tecnologicamente atualizado, que inclua a proibição da propriedade cruzada no setor e uma agência reguladora autônoma, com poderes para disciplinar as concessões do serviço público de radiodifusão. Isso seria o mínimo. Há esforços importantes de regulação em países europeus como a Espanha, a Alemanha e Portugal. Gosto muito da recente lei dos meios aprovada na Argentina, que certamente poderia servir de referência para nós.

 Fórum – Mesmo esse não sendo um tema deste seu novo livro, qual é a sua opinião acerca das possibilidades da internet? Além disso, o senhor avalia que ela poderia reposicionar o debate acerca da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa, levando em consideração que numa sociedade com banda larga para todos o "direito de imprimir", ou seja, de se comunicar, poderia ser muito mais amplo do que é hoje?

 Venício – Não pode haver qualquer dúvida sobre a importância crescente da internet. Em dezembro de 2009 já éramos 66,3 milhões de usuários e a classe C é a que mais cresce entre eles. Apesar disso, creio que existe certo exagero sobre suas consequências na sociedade brasileira de hoje. Num futuro não muito distante, com a universalização do acesso aos computadores e à banda larga, com certeza teremos que repensar o debate “liberdade de expressão contra liberdade de imprensa” porque haverá muito mais possibilidade de exercício da liberdade de expressão, independentemente das restrições de acesso à grande mídia. Aliás, ainda não sabemos nem se e nem como a grande mídia sobreviverá no futuro.

 Fórum – Como o senhor avalia esses quase oito anos de governo Lula em relação à democratização das comunicações? O senhor acha que o governo agiu no limite do possível ou poderia ter avançado mais nessa questão?

 Venício – Não há dúvida de que avançamos com a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e, certamente, com a convocação e realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação. Mas isso é muito pouco. Se considerarmos, por exemplo, o que outros governos têm conseguido realizar no campo da regulação democrática da mídia na América Latina e o recuo do governo Lula em questões fundamentais como o modelo da TV Digital, a transformação da Ancine em Ancinav, o decreto de criação das RTVIs, a ausência de proposta de um marco regulatório geral e, mais recentemente, as propostas relativas ao direito à comunicação contidas no PNDH3, sinceramente, não há o que comemorar.

 Fórum – Por fim, num contexto histórico, como o senhor avalia o atual momento do país em relação à liberdade de imprensa e à liberdade de expressão?

 Venício – Os grupos de mídia e suas entidades representativas insistem sempre que existem “ameaças” autoritárias vindas do Estado. Aliás, eles consideram qualquer decisão judicial relativa à mídia como sendo censura. Isso faz parte de sua estratégia de combate. Mas a liberdade de imprensa é total. Não se pode falar o mesmo, todavia, em relação à liberdade de expressão. Quantos grupos, minorias e opiniões não conseguem se expressar publicamente? Não há pluralidade e diversidade na nossa mídia e estamos longe de conceitos como direito de antena e direito de resposta difuso, ou simplesmente direito de resposta, cuja regulamentação foi abolida depois que o STF considerou inconstitucional toda a Lei de Imprensa. Temos um longo caminho a percorrer até a plena consolidação de um direito à comunicação no nosso país.
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O Twitter de Jefferson uniu o DEM


Posted: 27 Jun 2010 12:42 AM PDT
João Bosco Rabello, O Estado de S.Paulo

"O fato de o anúncio do vice na chapa de José Serra, o senador Álvaro Dias, ter vazado, em vez de ter sido anunciado, resume o ambiente de campanha do PSDB: confuso e desarticulado.

A escolha ? provisória ou definitiva, não se sabe ? não foi de Serra, mas do partido, sem consulta aos aliados, num gesto mais na linha de um clube de notáveis que de um partido.

O problema é que restou um único notável a bordo: o próprio Serra. Aécio Neves internou-se em Minas e Fernando Henrique, rejeitado como um patinho feio, foi cuidar da própria vida.

A campanha centrou-se no candidato; a estrutura é precária, cada um é porta-voz de si mesmo. Nesse contexto, o principal aliado, o DEM, soube pelo Twitter de Roberto Jefferson, do PTB, que havia sido preterido por uma chapa puro-sangue, com Dias no lugar de Aécio.
Serra já decidira que, sem Aécio, o melhor seria um vice figurativo, o que o levou a nomes inexpressivos, desconsiderando o acordo de que, naquela hipótese, a vaga seria do DEM, humilhando o aliado, que percebeu o desconforto ideológico que causava.

O Twitter de Jefferson uniu o DEM. E as próximas horas definirão o destino da aliança: se efetiva ou burocrática, limitada a acordos regionais sem envolvimento da militância.

A declaração de Dias, de que desiste para pacificar, e o gesto de Pilatos de Serra, dizendo-se alheio à decisão, indicam que tudo pode voltar à estaca zero.”
Matéria Completa, ::Aqui::


Posted: 27 Jun 2010 12:37 AM PDT
Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho

“Os tucanos tiveram mais de seis meses para achar um vice na chapa de José Serra. Desde que Aécio Neves jogou o boné e tirou o time da disputa presidencial, no final do ano passado, e descartou qualquer possibilidade de ser o vice de Serra, esta novela frequentou o noticiário político.

Dezenas de nomes foram cogitados, até o de uma vereadora que é presidente do Flamengo, mas o candidato não se fixou em nenhum deles, deixando a decisão para a última hora.

A quatro dias do prazo fatal para indicar o nome do vice, o país ficou sabendo da indicação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pelo Twitter do aliado petebista Roberto Jefferson, bem na hora do jogo do Brasil contra Portugal. Nem os roteiristas do “Zorra Total” ou do Renato Aragão, nem mesmo os marqueteiros dos adversários seriam capazes de montar tamanha sequência de trapalhadas.

A escolha do nome de Álvaro Dias se deu por eliminação, na noite de quinta-feira, numa reunião de José Serra com Sergio Guerra e Jutahy Magalhães, fiéis escudeiros do candidato. Consultados, os aliados PPS e PTB logo aprovaram a indicação, mas se esqueceram de combinar com o DEM, o principal partido da coligação, que só ficou sabendo da novidade pelo Twitter de Jefferson. Seus principais líderes botaram a boca no mundo e, a partir daí, a coisa desandou de vez.
Dava um filme, uma comédia de pastelão político. A seleção brasileira já estava em campo, quando Jefferson parou sua moto para abastecer no interior de Minas, a caminho de Tiradentes, onde iria participar de um encontro de motoqueiros, quando foi informado pelo celular por Guerra, e imediatamente jogou a notícia no ar.

Em Bragança Paulista, onde assistiria ao jogo do Brasil ao lado de Alckmin e Quércia, a cadeira reservada para Serra ficou vazia até os 12 minutos do segundo tempo, quando o candidato apareceu. Ao final, fez comentários sobre o jogo, mas nada falou sobre a escolha do vice. Jogou o abacaxi para Sergio Guerra.”

Artigo Completo, ::Aqui::


Posted: 26 Jun 2010 11:38 PM PDT
Folha.com

“O presidente nacional do DEM Rodrigo Maia procurou a Folha para rebater uma afirmação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Durante a convenção estadual do PSDB em Cuiabá, neste sábado, o senador disse que foi advertido pela direção nacional do PSDB a não mais afirmar que desistiria da indicação a vice na chapa de José Serra, em caso de o DEM acenar com um rompimento.

Segundo Maia, "Dias não fala pelo partido e espero não ter que declarar que ou sai ele ou sai o DEM da aliança".

O senador declarou na convenção que não tinha o direito de abrir mão de uma convocação. "Ontem, eu disse que não acreditava que o DEM pudesse deixar a aliança, tanto que podia até afirmar que antes de o DEM sair, eu sairia. O que estou afirmando hoje é que não sai nem o DEM e nem eu. Nós dois ficamos', disse ele.

Sobre as críticas de lideranças do DEM à chapa pura tucana, Dias disse considerar que a postura é do jogo democrá
tico. "É legítimo que o DEM postule a indicação de um nome. Mas certamente a prioridade será a eleição de José Serra."


Posted: 26 Jun 2010 10:35 PM PDT
A maneira como aliados de Serra – Folha e Estadão – reagiram à candidatura Álvaro Dias, estampando notícias negativas sobre ele, confirma uma máxima: ninguém quer se envolver com barras-pesadas, tropas de choque. Em momentos de catarse, eles têm sua utilidade: Jungman, Itagiba, Virgilio e, mais do que todos, Álvaro Dias receberam espaço amplo, como meros instrumentos propagadores de dossiês.

Luis Nassif, em seu blog / Vermelho.org

Passada a catarse, aliados da mídia se afastam como que temendo a contaminação, como se eles não devessem passar da porta da cozinha. É como se dissessem: pertencemos a classes sociais diferentes, a papéis políticos diferentes, não me comprometa, já dei o que você queria – visibilidade –, você me deu a contrapartida – escândalos –, agora, cada qual na sua.

O curioso nessa história é que José Serra parece ter uma compulsão de se cercar apenas de barras-pesadas: do secretário de Comunicação Bruno Caetano ao Álvaro Dias, a blogueiros desqualificados. Tenho amigos que pertencem ao staff próximo de Serra, pessoas com imaginação, fôlego político, que nos últimos anos se transformaram em xiitas, agressivos, com um discurso repetitivo, emulando o chefe.”
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Posted: 26 Jun 2010 10:13 PM PDT



Posted: 26 Jun 2010 09:53 PM PDT
Breno Costa, Folha Online

“O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) disse hoje estar à disposição para ajudar a resolver a crise da campanha tucana à Presidência com o DEM após a indicação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) para a vice. No entanto, afirmou que caberá ao próprio José Serra construir uma unidade em torno de seu nome.

"Estou sempre à disposição. Mas não tenho essa missão delegada por ninguém, e acho que o próprio governador Serra é quem construirá a unidade em torno do seu nome", disse Aécio.”
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Posted: 26 Jun 2010 03:55 PM PDT
Durante evento realizado em Brasília, a candidata do PT ressaltou projetos da gestão Lula

Gustavo Gantois, R7

O PRB oficializou neste sábado (26) o apoio formal à candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República. Diante de uma plateia formada por cerca de 900 jovens de Brasília, e com um atraso de três horas em relação à programação, Dilma mais exaltou os feitos do governo Lula do que manifestou suas ideias para um possível governo.

- A minha missão é a de continuar o governo Lula, consolidar o que ele avançou. Parar é um pouco como voltar atrás. E nosso projeto não pode ser esse, ele é o que mais inclui.

Dilma falou por cerca de meia hora e focou o discurso nas mulheres e nos jovens. Disse que Lula mudou a economia, retirou da miséria 24 milhões de brasileiros e levou educação a uma parcela da população que não tinha acesso anteriormente.

- O governo costurou, com habilidade, esse imenso esforço que nosso país fez para sair de uma era de estagnação, de desemprego e de desigualdade. Começamos uma outra era, com um novo modelo de desenvolvimento. É por isso que eu digo que o PRB integra a minha turma. A minha turma é a do Lula, é do José Alencar e é a de vocês.”
Foto: Dida Sampaio, AE
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Posted: 26 Jun 2010 03:45 PM PDT
Marcela Rocha, Portal Terra

“O presidente do partido Democratas, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), garante que sua legenda fará a convenção para escolher o nome de um vice para o candidato à presidência da coligação PSDB-DEM-PPS, José Serra.

Após desgastes causados pela decisão tucana de defender o nome do senador Alvaro Dias (PR) para o posto, o DEM sustenta que a escolha partirá deles. "É sempre desgastante. O PSDB é muito complicado", criticou.

Questionado sobre como andariam as tratativas com os tucanos, Maia volta a criticar o partido aliado e diz: "tirando Sérgio Guerra (presidente do PSDB), o resto é muito complicado". Sobre o comportamento do aliado Roberto Jefferson, presidente do PTB, o parlamentar carioca demonstra desconfiança: "não tenho como julgar se Jefferson se precipitou ou não ao falar que Alvaro seria o vice porque eu não sei o que o PSDB disse para eles".

Lideranças do DEM no Congresso afirmam que a pressão tucana por Dias, junto a problemas regionais, abala o casamento entre as legendas. Fala-se, além do desgaste, em desconsiderar a indicação peessedebista e passar por cima da decisão. A aliança PSDB-DEM foi homologada na convenção tucana em 12 de junho.”

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Posted: 26 Jun 2010 03:43 PM PDT
Roberto Almeida, Agência Estado

“O PT lançou hoje o senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, em sua convenção paulista, capitalizando sobre o arco de alianças angariado pela coligação, com 10 siglas, e sobre dissidentes do DEM e PSDB que aderiram à campanha.

Sob o slogan "Deu certo no Brasil, vai dar certo em São Paulo", Mercadante discursou por 45 minutos no Pavilhão Vermelho do ExpoCenter Norte ao lado de seu vice, Antônio Clóvis Pinto Coca Ferraz (PDT), um ex-tucano, e do vereador Carlos Apolinário, ex-líder da bancada do DEM na Câmara de São Paulo.

"Demorou muito tempo para dar uma chance para o presidente Lula. Mas hoje quando a gente vê o Apolinário e o Coca Ferraz, que era do PSDB, sabe que esse é o movimento que a gente quer para São Paulo", ressaltou o candidato petista.

Em tom ameno, Mercadante disse que não atacaria o principal adversário, Geraldo Alckmin (PSDB), e pediu uma "chance" para assumir o Palácio dos Bandeirantes. "Se um dia deram chance, nós pudemos mostrar nosso trabalho. Deem uma oportunidade ao PT e ao Mercadante em São Paulo", afirmou.”
Foto: O globo
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