29/6/2006, p. 2 na edição impressa, e em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2906200604.htm (1/2)__________________________________________________
1 – Que “melhores”, D. Eliane?! Que Pratini de Morais?! A senhora parece que pirô!
Pratini de Morais, só tem um, e, esse, é o seguinte: foi assessor-chefe da assessoria especial do Presidente da República no governo Médici (1967-1970) – no auge da ditadura; é golpista, há 40 anos; sempre foi TOTALMENTE da Arena, completo UDRista brucutu, dos que mugem.
Em seguida – porque esses golpistas ainda não estão completamente derrotados, no Brasil, até hoje –, foi Ministro do Trabalho e da Administração do Governo Collor; e, depois, claro, foi Ministro da Agricultura e do Abastecimento de FHC – que FHC é, em 2006, como sempre foi, uma espécie de General Dutra-cum laudae-uspeanas & ONGs.
Veja, por exemplo, o que fez o general Dutra (1946-1950): “redução da intervenção do Estado na economia (a pedido da UDN); aperfeiçoamento da assistência estatal nos setores de saúde, alimentação, transporte e energia (o plano SALTE, a pedido do PSD e do PTB); a adoção de uma política econômica liberalizante, de forma a facilitar o acúmulo de capital às custas de baixos salários, e a expansão das empresas estrangeiras. Esta última medida trouxe reflexos funestos para a economia nacional, de vez que esgotaram-se as reservas cambiais adquiridas ao longo da II Guerra Mundial.
[O melhor, vem agora: (risos)]
“Foi no governo Dutra que se inaugurou a primeira estação de TV do país. O problema, curiosamente, é que não havia telespectadores, uma vez que ninguém possuía ainda televisores. Foram, então, distribuídos aparelhos em vários pontos da cidade para que a população tivesse acesso às imagens” [na Internet, e valha o que valer, é a primeira página que aparece, se se escrever “Dutra TV”, no Google. Tá em http://elogica.br.inter.net/crdubeux/hdutra.html O negócio, na Internet, é saber o que se procura (risos muitos)].
Como todo o (hoje) PSDB-PFL, também esse tal de Pratini de Morais foi golpista em 64 e 68 e, daí em diante, foi Arena, Arena-PPB, PFL-PSDB, PP, quer dizer: trata-se de um tucano-uspeano-pefelista-malufista HISTÓRICO. Sempre foi, sempre GOLBERYISTA (embora burro) e, igualzinho (nisso), aos FHC-Serra-Alckmin-GW de hoje (tem uns muito burros e outros menos).
Todos esses tucanos-pefelistas-UDR ainda são restos da ditadura (até a TV Globo, como se vê acima, parida, nos seus fundamentos políticos, por... Dutra [risos muitos]). Eleger Alkcmin é eleger esses caras.
Sabe quando, D. Eliane, esses seus candidatos serão eleitos outra vez, à presidência da República, no Brasil? É núncaras. Anote aí.
Esse Pratini sempre foi UDRrista. A senhora escrever aí, hoje, que ele é do PP... pra tentar ‘vendê-lo’ como um Paulo Maluf... ‘adotado’ pelo presidente Lula... sinceramente... é demais de má fé; ou é marketagem de araque, na doida, ‘ensinada’ aí, pelo maridão (me perdoe, mesmo, a sinceridade. Mas, hoje, foi demais, D. Eliane!). Ou é a senhora que não sabe de nada.
[assina] Caia Fittipaldi (dos Lingüistas Brasileiros para a Democracia / Universidade Nômade / Campanha “Nenhum Brasileiro sem Resposta-na-ponta-da-língua, pra Responder à Folha de S.Paulo" / Tricoteiras Unidas / Mães do Planalto / Gaviões da Fiel / Vai-Vai, Democracia) [para vários destinatários, campanhistas e outros]____________________________________________________________
PARA NÃO ESQUECER 1: "Nós vamos ter um enfrentamento grave. Vocês se preparem."(Presidente Lula da Silva, do Brasil, maio de 2006).
PARA NÃO ESQUECER 2: "Nosso programa para o segundo mandato é (1) mercado interno de massa, apoiado em um amplo programa de distribuição de renda; (2) revolução educacional; (3) política de exportações agressiva; e (4) integração sul-americana que adicione respostas continentais aos impasses econômicos gerados pela volatilidade mundial" (Ministro José Dirceu, "O que está em jogo em 2006", 22/6/2006, Jornal do Brasil)
_________________________________________________________________
SOBRE: ELIANE CANTANHÊDE, "Os melhores", Folha de S.Paulo, 29/6/2006, p. 2 na edição impressa, e em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2906200604.htm (2/2)__________________________________________________
2 – Que “melhores”, D. Eliane?! E essas aspas?!
Quanto às suas aspas salafrárias, de hoje, até o Manual de Redação da FSP proíbe e diagnostica, certinho:
“Evite usar aspas para enfatizar palavras, sobretudo para imprimir tom irônico. (http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_texto_a1.htm) Veja ironia.
ironia - Em grego, eironeía. Significa pergunta de quem sabe a resposta. Em texto jornalístico, dizer algo diferente do que de fato se pensa pode provocar confusão. Não abuse, portanto. Admite-se o recurso, sem restrições, em textos assinados ou colunas de bastidores. Mesmo assim, requer cautela: nem sempre a ironia que parece óbvia ao autor é compreendida como tal pelo leitor e, em excesso, tende a irritá-lo.
AGORA, ATENÇÃO: deu no MANUAL DA FOLHA DE S.PAULO, D. Eliane!
“A ironia deselegante, canhestra ou forçada ridiculariza o autor: O ministro está "vibrando" com a possibilidade de ser demitido. Nem mesmo o uso de aspas pode consertar o defeito de estilo.” (Está no Manual da Folha de S.Paulo, em (http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_texto_i.htm. Eu sublinhei).
Pois hoje... D. Eliane, no seu afã de marketar os candidatos da tucanaria uspeana pefelista, duela a kién duela... a senhora atropelou ATÉ o Manual [risos].
O lado bom da coisa
Mas foi até que bom, porque, navegando na Internet, agorinha mesmo, à procura de coisas sobre aspas de marketação ruim e DES-jornalismo salafrário, nós encontramos uma preciosidade.
De fato, é uma PROVA, das boas, de que (1) Xangô reina; e de que (2) por mais que minta e minta, até um Diogo Mainardi, num minuto de sua vida, pode ter seu minuto de melhor jornalista do que, com certeza, D. Eliane, Clóvis Rossi, o General Meira Mattos, Sandra Cavalcanti, o Gaudêncio Torquato, D. Hebe, D. Dora Kramer, D. Danuza (argh!) Leão e essas e esses.
Mexplico:
No dia 10/8/2004, uma 3ª feira, pela PORTARIA Nº 405, DE 8 DE JULHO DE 2004 (na íntegra, em http://www.exercito.gov.br/NE/2004/08/NE%20Especial15/person15.htm), D. Eliane recebeu... uma “Medalha do Pacificador”, do Exército Brasileiro.
OK. Há um certo exagero de marketagem, nisso de dar medalha a ‘jornalista’ alugado, que engana, portanto, até o Exército Brasileiro [risos muitos muitos]. Isso é dar bandeira (perdoem o trocadilho besta). Mas concordo, sim, com que essa notícia não teria importância alguma... não fossem dois detalhes:
(1) No mesmo dia, também foi condecorado um “Senhor EDEMAR CID FERREIRA”. Esse, parece, já está na cadeia, com condecoração, pacificação e tudo, né? [risos] Tá, sim, sem dúvida, não ‘acusado’ por alguma D.Eliane, mas INDICIADO pela Polícia Federal, no dia 16/6/2006 (em http://conjur.estadao.com.br/static/text/35572,1)
Quando, então, afinal, começaremos a denunciar, indiciar, processar, julgar e condenar e pôr na cadeia TODOS os DES-jornalistas alugados aos tucanos pefelistas, no Brasil pré-eleitoral – e denunciadores malucos, degoladores mercenários do MEU VOTO DEMOCRÁTICO?!
Mas o documento acima referido é importante, também, por OUTRO MOTIVO.
(2) Nesse documento, assinado pelo “COMANDANTE DO EXÉRCITO, no uso da.atribuição que lhe confere o art. 1º, inciso V, do Decreto nº 4.207, de 23 de abril de 2002”, D. Eliane (a das aspas e mau estilo e marketagens & michê pró tucanos pefelistas de hoje, junho/2006), aparece, afinal, com seu nome completo: Senhora ELIANE CRISTINA CANTANHÊDE RAMPAZZO.
A senhora não sabiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiia, D. Eliane?!
As aspas e o mau estilo de hoje, portanto, estão PERFEITAMENTE EXPLICADAS: exatamente como o salafrário do Diogo Mainardi noticiou e todos os envolvidos fingiram que nem ouviam... Bom... só falta, mesmo, é a senhora, D. Eliane, querer ME convencer de que a senhora “não sabia” que é casada com o marketeiro de Alckmin [risos].
O presidente Lula não sabia, mesmo, do que ele não sabia mesmo. Mas a senhora não se cansa de dizer que ele ‘tinha’ de saber (mas é claro que o presidente não ‘tinha’ de saber de porcaria nenhuma de Delúbios).
Mas a senhora?! A senhora sabe de tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuudo, D. Eliane! É claro que a senhora tem de saber que a senhora é casada com o marketeiro dos tucanos! E, mesmo que a senhora não saiba... há provas, certidões, contratos, medalhas, TUDO! Tá na Internet!
TÁ PROVADO: D. Eliane Cantanhede (da p. 2 da Folha de S.Paulo) é, sim, casada, com o diretor da GW Comunicação Ltda., Gilney Rampazzo (da marketagem alugada, com jornalistas alugados... à CAMPANHA ELEITORAL ANTECIPADA, ILEGAL, INCONTABILIZÁVEL E INFISCALIZÁVEL... da tucanaria usepeano pefelista).
É CLARO QUE ESSA COLUNAGEM DE D. ELIANE É PUUUUUUUUUUUUUURA CAIXA-2!
Os Bornhausens pagam ao marido da ‘jornalista’ (por dentro). O marido da ‘jornalista’ paga o supermercado da ‘jornalista’ (por dentro). A Folha de S.Paulo paga à ‘jornalista’ (por dentro). A ‘jornalista’ lava cueca do marketeiro dos FHC-Bornhausen-Alkcmin-Serra (por dentro)...
O que interessa, nesse caixa-2, é que a cueca dos Alckmin-Serra-Bornhausen-FHC apareça sempre beeeeeeeeem limpinha (por fora), na Folha de S.Paulo. Pra isso, precisamente, os ‘colunistas’ da p. 2 da Folha de S.Paulo foram alugados. Quem não sabe?!
Comparados a esses Al Capones, o buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuurro do Delúbio é aprendiz de trombadinha, o coitado. De diferente, é que o burro do Delúbio já não pode fazer nenhuma burrice. E a página 2 da Folha de S.Paulo está aí, todos os dias, fazendo ativa PROPAGANDA POLÍTICA ELEITORAL ANTECIPADA ILEGAL, INCONTABILIZÁVEL E INFISCALIZÁVEL. Quem não sabe?! Todo mundo sabe!
E o Manual de Redação que se lixe! E a Constituição Federal que se lixe! E a Lei Eleitoral que se lixe! E o MEU VOTO DEMOCRÁTICO que se lixe! E o jornalismo que se lixe! E a grana dos assinantes do jornal que se lixe! E os eleitores brasileiros leitores e assinantes da Folha de S.Paulo que se lixem!
Não sei há quanto tempo D. Eliane é casada com os Bornhausens-FHC-Lavaredas-Alkcmins. Mas sei que (1) é casada com eles; e (2) esses caras são marketeiros alugados à tucanaria uspeano pefelista... desde 2001 (no mínimo!), COMPROVADAMENTE, com certeza absoluta.
A família Cantanhede Rampazzo, portanto, é paga pelos tucanos, com certeza, há mais de 5 anos... e até a Folha de S.Paulo sabe disso [risos muitos. Não consigo não rir, pq esse negócio é muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito engraçado! Mas que é um nojo, é!}
‘Jornalistas’ otários, D. Eliane. Nunca, é claro, “eleitor otário”, como a senhora escreveu (FSP, 25/04/2006)
Vai-se ver – e considerando o descaso com que D.Eliane trata ATÉ o Manual ATÉ da FSP e até umas miseráveis aspas – é perfeitamente possível que D. Eliane continue a reinar, feito Rainha Lôca, nesse seu feudo safado, na página 2... PRECISAMENTE por ela ser casada com todo esse pessoal aí!
Nesse território das relações entre políticos tucanos pefelistas salafrários e jornalistas tucanos pefelistas salafrários e marketeiros tucanos pefelistas salafrários, como se sabe, uma mão suja a outra (e faz tempo!).
Que a Folha de S.Paulo sabe dos acertos conjugais ‘jornalísticos’-marketeiros, aí, entre os tucanos uspeanos pefelistas e seus colunistas de colunagem&michê... não há dúvida. E sabe de tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuudo, sim, há muito tempo. Por exemplo, deu na Folha de S.Paulo:
17/3/2001 (em http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u17198.shtml): “Duas equipes da GW Comunicação Ltda. (que atuou nas campanhas eleitorais de FHC em 94 e 98) acompanharam a viagem presidencial. Cada equipe, uma em Aracaju e outra em Recife, contava com repórter, cinegrafista e operador, que registravam, em formato de reportagem, os discursos e as solenidades. O diretor da GW Comunicação Ltda., Gilney Rampazzo, disse ontem que a empresa não firmou nenhum contrato com o governo. Segundo Rampazzo, a filmagem que estava sendo feita ontem em Recife será usada em programa político do PSDB. "Não estamos fazendo nada para o governo ou para o Projeto Alvorada", afirmou Rampazzo.” (Rampazzo mentiu, é claro. Ou então, considerou a contabilidade dos por fora... como se fosse por dentro. Ou o contrário, sabe-se lá, e dá na mesma.)
Cinco anos depois, igualzinho, deu também, em O Globo, dia 12/04/2006: “O jornalista Gilney Rampazzo será o coordenador de imprensa do candidato tucano, que também já escolheu Felipe Cigollo para cuidar da agenda. Está nos planos do PSDB alugar nos próximos dias um apartamento em Brasília, que será a principal base da campanha, para Alckmin.”
Que “melhores”, D. Eliane?! Que Pratini?! A senhora parece que pirô.
Quando reelegermos Lula e elegermos maiorias democráticas, nos livraremos, no mesmo dia, dos Pratinis, da UDR, de FHC, de Alckmin, de Serra, dos Bornhausen e de tooooooooooooooooooodos esses jornais e jornalistas e jornalismos de aluguel.
Chegaremos lá. Melhor do que tudo isso, mesmo, sempre, no Brasil, só eu-euzinha e o MEU VOTO DEMOCRÁTICO.
“Lula é muitos!” “É Lula de novo, com a força do povo”
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PARA NÃO ESQUECER: "Nosso programa para o segundo mandato é (1) mercado interno de massa, apoiado em um amplo programa de distribuição de renda; (2) revolução educacional; (3) política de exportações agressiva; e (4) integração sul-americana que adicione respostas continentais aos impasses econômicos gerados pela volatilidade mundial" (Ministro José Dirceu, "O que está em jogo em 2006", 22/6/2006, Jornal do Brasil)
sexta-feira, junho 30, 2006
O INFORMANTE
Notícias do dia:
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADEMensalão não existeOcorre que nunca foi provada uma relação entre pagamentos regulares e votações de deputados a favor do governo.
Globo Online (30/06/06)MEC investe R$ 63 milhões no Programa Nacional de Informática na EducaçãoO ProInfo está completando dez anos e o MEC obteve agora recursos que podem viabilizar os resultados não conseguidos em nove anos de programa.
Globo Online (30/06/06)Lula comemora início do Universidade AbertaO governo promete que em 2007 a Universidade Aberta oferecerá 90 mil vagas no ensino superior. Serão 311 pólos municipais de educação a distância.
Gazeta do Acre (30/06/06)AC: PT aguarda 3 mil na convenção que homologa BinhoNo evento também será homologada a candidatura a reeleição do senador Tião Viana, com seus suplentes, o Aníbal Diniz e Carlos Augusto Coelho.
Globo Online (30/06/06)Lula assinou a Política Nacional de Plantas Medicinais e FitoterápicosA idéia é construìr uma rede para o desenvolvimento de medidas voltadas à melhoria da atenção à saúde e ao fortalecimento da agricultura familiar.
Globo Online (30/06/06)Guedes Pinto assumirá Ministério da AgriculturaGuedes Pinto participou do processo de implantação da Embrapa, da qual foi assessor e chefe do gabinete da presidência da instituição.
Folha de S. Paulo (30/06/06)Alckmin sobe 7 pontos, mas Lula ainda vence no 1º turnoExposto na TV, tucano reduz vantagem do petista, que fica estável, 17 pontos à frente. Em um eventual segundo turno. Lula venceria por 51% a 40%.
Agência Brasil (29/06/06)Bolsa Família já atende 11,1 milhões de famílias, diz ministro"O país não pode se vangloriar por ter 11 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza. Mas pode comemorar ter cumprido uma meta social".
Entrevista: Arthur José PoernerArthur Poerner, intelectual carioca, se filia ao PT para cerrar fileiras com LulaNão reeleger Lula significa, na prática, devolver o poder às elites que impedem a emancipação do nosso povo desde os tempos do escravagismo.
Valor Online (29/06/06)TJLP chega ao menor valor desde sua criação, em 1995O ministro da Fazenda, Guido Mantega, lembrou que a TJLP está numa trajetória de "redução gradual". CMN repete meta de inflação de 4,5%.
Agência Brasil (29/06/06)Ministérios assinam acordo para divulgar a agroecologiaPara o ministro da educação, Fernando Haddad, essa é a oportunidade de potencializar o ensino voltado para a produção orgânica.
JOSÉ DIRCEUOs inimigos do povoTodo mundo sabe que a verdadeira ameaça ao país é a dívida interna, que dobrou em relação ao PIB, nos oito anos de mandato de FHC.
O Informante - preenchendo lacunas da mídia
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADEMensalão não existeOcorre que nunca foi provada uma relação entre pagamentos regulares e votações de deputados a favor do governo.
Globo Online (30/06/06)MEC investe R$ 63 milhões no Programa Nacional de Informática na EducaçãoO ProInfo está completando dez anos e o MEC obteve agora recursos que podem viabilizar os resultados não conseguidos em nove anos de programa.
Globo Online (30/06/06)Lula comemora início do Universidade AbertaO governo promete que em 2007 a Universidade Aberta oferecerá 90 mil vagas no ensino superior. Serão 311 pólos municipais de educação a distância.
Gazeta do Acre (30/06/06)AC: PT aguarda 3 mil na convenção que homologa BinhoNo evento também será homologada a candidatura a reeleição do senador Tião Viana, com seus suplentes, o Aníbal Diniz e Carlos Augusto Coelho.
Globo Online (30/06/06)Lula assinou a Política Nacional de Plantas Medicinais e FitoterápicosA idéia é construìr uma rede para o desenvolvimento de medidas voltadas à melhoria da atenção à saúde e ao fortalecimento da agricultura familiar.
Globo Online (30/06/06)Guedes Pinto assumirá Ministério da AgriculturaGuedes Pinto participou do processo de implantação da Embrapa, da qual foi assessor e chefe do gabinete da presidência da instituição.
Folha de S. Paulo (30/06/06)Alckmin sobe 7 pontos, mas Lula ainda vence no 1º turnoExposto na TV, tucano reduz vantagem do petista, que fica estável, 17 pontos à frente. Em um eventual segundo turno. Lula venceria por 51% a 40%.
Agência Brasil (29/06/06)Bolsa Família já atende 11,1 milhões de famílias, diz ministro"O país não pode se vangloriar por ter 11 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza. Mas pode comemorar ter cumprido uma meta social".
Entrevista: Arthur José PoernerArthur Poerner, intelectual carioca, se filia ao PT para cerrar fileiras com LulaNão reeleger Lula significa, na prática, devolver o poder às elites que impedem a emancipação do nosso povo desde os tempos do escravagismo.
Valor Online (29/06/06)TJLP chega ao menor valor desde sua criação, em 1995O ministro da Fazenda, Guido Mantega, lembrou que a TJLP está numa trajetória de "redução gradual". CMN repete meta de inflação de 4,5%.
Agência Brasil (29/06/06)Ministérios assinam acordo para divulgar a agroecologiaPara o ministro da educação, Fernando Haddad, essa é a oportunidade de potencializar o ensino voltado para a produção orgânica.
JOSÉ DIRCEUOs inimigos do povoTodo mundo sabe que a verdadeira ameaça ao país é a dívida interna, que dobrou em relação ao PIB, nos oito anos de mandato de FHC.
O Informante - preenchendo lacunas da mídia
LINHA ABERTA PT
Edição nº: 2343- Boletim informativo do Diretório Nacional do PT
30/06/2006
Executiva do PT referenda aliança com PCdoB
A Comissão Executiva Nacional do PT referendou nesta sexta-feira (30), por unanimidade, a inclusão d PCdoB na coligação nacional para as eleições deste ano, cuja chapa tem como candidatos à reeleição o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice José Alencar (PRB). A reunião, que aconteceu na sede nacional do PT em São Paulo, também debateu aspectos organizacionais da campanha presidencial e conjuntura política.
Lula mantém índice de intenção de votos e vence já no 1º turno
Arthur Poerner se filia ao PT para cerrar fileiras com Lula
Reestruturação salarial beneficia 30 categorias
Universidade Aberta terá 90 mil vagas para professores do ensino básico
Crédito ao setor privado é o maior desde 1988
Dívida Pública volta a cair em maio
Ministério quer qualificar catadores de material reciclável
7º Fórum Social Mundial lança consulta preparatória a participantes
Mercadante recebe título de cidadão de São Carlos (SP)
Violência no campo é destaque do Repercute
Sindicato aprova greve contra privatização do Metrô em São Paulo
Consórcio Social vai capacitar 2 mil jovens em áreas rurais
30/06/2006
Executiva do PT referenda aliança com PCdoB
A Comissão Executiva Nacional do PT referendou nesta sexta-feira (30), por unanimidade, a inclusão d PCdoB na coligação nacional para as eleições deste ano, cuja chapa tem como candidatos à reeleição o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice José Alencar (PRB). A reunião, que aconteceu na sede nacional do PT em São Paulo, também debateu aspectos organizacionais da campanha presidencial e conjuntura política.
Lula mantém índice de intenção de votos e vence já no 1º turno
Arthur Poerner se filia ao PT para cerrar fileiras com Lula
Reestruturação salarial beneficia 30 categorias
Universidade Aberta terá 90 mil vagas para professores do ensino básico
Crédito ao setor privado é o maior desde 1988
Dívida Pública volta a cair em maio
Ministério quer qualificar catadores de material reciclável
7º Fórum Social Mundial lança consulta preparatória a participantes
Mercadante recebe título de cidadão de São Carlos (SP)
Violência no campo é destaque do Repercute
Sindicato aprova greve contra privatização do Metrô em São Paulo
Consórcio Social vai capacitar 2 mil jovens em áreas rurais
quinta-feira, junho 29, 2006
Os inimigos do povo
José Dirceu,
ex -ministro-chefe da Casa Civil
[29/JUN/2006]
Quem acompanhou a via sacra dos programas sociais do governo Lula, particularmente do Bolsa Família, sabe que a oposição e grande parte da mídia apostaram no seu fracasso. No início, foi um coro só: "Os petistas e o governo Lula são incompetentes, não sabem administrar programas sociais". Agora que o Bolsa Família está implantado em todo o país e dá acesso a uma renda mínima para 11,1 milhões de famílias – que antes viviam abaixo da linha de pobreza – e é reconhecido pelas Nações Unidas, tentam virar o disco com outros argumentos.
"O Programa é eleitoreiro e aumenta o gasto público", dispara a oposição. Não bastasse, sai, agora, com a seguinte pérola: "o Bolsa Família pode ser o responsável pelo não crescimento do país". Os críticos chegam a chamar o Programa de bolsa esmola para concluir, numa análise simplista do quadro eleitoral, que o voto popular está sendo comprado pelo governo. Só isso – imaginam – explicaria a rejeição popular à coalizão tucano-pefelista e o apoio ao presidente Lula. Nega-se, às camadas populares, qualquer traço de consciência crítica que as leve a discernir os aliados, das elites que só sabem agir em benefício próprio.
Escapa, a essa elite, que o apoio ao presidente Lula é fruto, primeiro, de sua própria liderança, construída ao longo dos últimos trinta anos; e, segundo, da força de seu partido, o PT, o preferido dos eleitores segundo as pesquisas. O que a oposição e certa imprensa não podem admitir é que, no governo, o mesmo Lula criou 5 milhões de empregos formais em quatro anos; hoje, 99% das crianças brasileiras fazem três refeições ao dia e; vivemos no Brasil menos desigual dos últimos 46 anos.
Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, com base em dados da PNAD, a renda per capita dos pobres, em 2004, subiu 14%, enquanto a renda média da população cresceu 3,6%. Sob a administração Lula, a inflação brasileira foi reduzida a 4,5%, as pensões subiram, o salário mínimo aumentou e compra, hoje, duas cestas básicas, em comparação a pouco mais de uma, comprada em 2002.
Se erram o alvo com os primeiros tiros, nossos críticos disparam outra bateria, acusando o governo de populismo cambial. Será? Hoje, o Brasil tem superávit em contas correntes, reduzimos em 1/3 a dívida externa e saímos do FMI. Pagamos a dívida no Clube de Paris e retiramos de circulação títulos como os Bradies e os C- Bonds .
Se na frente externa o quadro é positivo, no mercado doméstico a pregação tucano-pefelista da volta ao passado não ecoa nas periferias. O preço do saco de cimento caiu para R$ 9, e o número de construções populares multiplica-se por todo o país. Para não perder o bordão, nossos críticos alegam que o Bolsa Família não inclui as condicionalidades prescritas pelo Banco Mundial, principalmente as que se referem a matrícula e presença na escola. Por aí também não dá mais, uma vez que, hoje, 90% das escolas brasileiras monitoram a presença das crianças beneficiadas pelo Programa, contra menos de 20% no governo anterior (com o Bolsa Escola).
No desespero, a oposição chega ao ponto de detectar um derradeiro risco nesse processo: "O crescimento de renda "à chinesa", com políticas compensatórias, ameaçaria as contas públicas". Menos, Senhores: todo mundo sabe que a verdadeira ameaça ao país é a dívida interna, que dobrou em relação ao PIB, nos oito anos de mandato de FHC. Quem ainda restringe a aceleração do crescimento são os juros pagos, que consomem 8% do PIB, enquanto o custo do Bolsa Família, por exemplo, é inferior a 0,5% do PIB. Num segundo mandato, é imperioso vencer as restrições do rentismo, reduzindo os juros.
A verdade nua e crua é essa: naquilo que a elite só enxerga "esmolão", o que emerge é um novo modelo de desenvolvimento com distribuição de renda. A redução das desigualdades, entre 2002 e 2005, e a notada melhoria da qualidade de vida dos mais pobres, como constata a pesquisa da FGV, reafirmam a convicção de que não há desenvolvimento sem distribuição de renda. O verdadeiro air-bag para proteger o país da volatilidade mundial não é o retorno à ortodoxia regressiva e antipovo e, sim, a construção de um amplo mercado interno de massas.
É evidente que o nosso principal problema não são os gastos nos programas sociais, mas a cegueira sectária daqueles que não se conformam com os avanços do governo Lula.
ex -ministro-chefe da Casa Civil
[29/JUN/2006]
Quem acompanhou a via sacra dos programas sociais do governo Lula, particularmente do Bolsa Família, sabe que a oposição e grande parte da mídia apostaram no seu fracasso. No início, foi um coro só: "Os petistas e o governo Lula são incompetentes, não sabem administrar programas sociais". Agora que o Bolsa Família está implantado em todo o país e dá acesso a uma renda mínima para 11,1 milhões de famílias – que antes viviam abaixo da linha de pobreza – e é reconhecido pelas Nações Unidas, tentam virar o disco com outros argumentos.
"O Programa é eleitoreiro e aumenta o gasto público", dispara a oposição. Não bastasse, sai, agora, com a seguinte pérola: "o Bolsa Família pode ser o responsável pelo não crescimento do país". Os críticos chegam a chamar o Programa de bolsa esmola para concluir, numa análise simplista do quadro eleitoral, que o voto popular está sendo comprado pelo governo. Só isso – imaginam – explicaria a rejeição popular à coalizão tucano-pefelista e o apoio ao presidente Lula. Nega-se, às camadas populares, qualquer traço de consciência crítica que as leve a discernir os aliados, das elites que só sabem agir em benefício próprio.
Escapa, a essa elite, que o apoio ao presidente Lula é fruto, primeiro, de sua própria liderança, construída ao longo dos últimos trinta anos; e, segundo, da força de seu partido, o PT, o preferido dos eleitores segundo as pesquisas. O que a oposição e certa imprensa não podem admitir é que, no governo, o mesmo Lula criou 5 milhões de empregos formais em quatro anos; hoje, 99% das crianças brasileiras fazem três refeições ao dia e; vivemos no Brasil menos desigual dos últimos 46 anos.
Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, com base em dados da PNAD, a renda per capita dos pobres, em 2004, subiu 14%, enquanto a renda média da população cresceu 3,6%. Sob a administração Lula, a inflação brasileira foi reduzida a 4,5%, as pensões subiram, o salário mínimo aumentou e compra, hoje, duas cestas básicas, em comparação a pouco mais de uma, comprada em 2002.
Se erram o alvo com os primeiros tiros, nossos críticos disparam outra bateria, acusando o governo de populismo cambial. Será? Hoje, o Brasil tem superávit em contas correntes, reduzimos em 1/3 a dívida externa e saímos do FMI. Pagamos a dívida no Clube de Paris e retiramos de circulação títulos como os Bradies e os C- Bonds .
Se na frente externa o quadro é positivo, no mercado doméstico a pregação tucano-pefelista da volta ao passado não ecoa nas periferias. O preço do saco de cimento caiu para R$ 9, e o número de construções populares multiplica-se por todo o país. Para não perder o bordão, nossos críticos alegam que o Bolsa Família não inclui as condicionalidades prescritas pelo Banco Mundial, principalmente as que se referem a matrícula e presença na escola. Por aí também não dá mais, uma vez que, hoje, 90% das escolas brasileiras monitoram a presença das crianças beneficiadas pelo Programa, contra menos de 20% no governo anterior (com o Bolsa Escola).
No desespero, a oposição chega ao ponto de detectar um derradeiro risco nesse processo: "O crescimento de renda "à chinesa", com políticas compensatórias, ameaçaria as contas públicas". Menos, Senhores: todo mundo sabe que a verdadeira ameaça ao país é a dívida interna, que dobrou em relação ao PIB, nos oito anos de mandato de FHC. Quem ainda restringe a aceleração do crescimento são os juros pagos, que consomem 8% do PIB, enquanto o custo do Bolsa Família, por exemplo, é inferior a 0,5% do PIB. Num segundo mandato, é imperioso vencer as restrições do rentismo, reduzindo os juros.
A verdade nua e crua é essa: naquilo que a elite só enxerga "esmolão", o que emerge é um novo modelo de desenvolvimento com distribuição de renda. A redução das desigualdades, entre 2002 e 2005, e a notada melhoria da qualidade de vida dos mais pobres, como constata a pesquisa da FGV, reafirmam a convicção de que não há desenvolvimento sem distribuição de renda. O verdadeiro air-bag para proteger o país da volatilidade mundial não é o retorno à ortodoxia regressiva e antipovo e, sim, a construção de um amplo mercado interno de massas.
É evidente que o nosso principal problema não são os gastos nos programas sociais, mas a cegueira sectária daqueles que não se conformam com os avanços do governo Lula.
TEMOS DE ELEGER MAIORIAS DEMOCRÁTICAS na Câmara e no Senado. Movimento social, sim, desde que ELEJAM DEPUTADOS E SENADORES. SEM ESSA de ONGs!
ONG, quando não é arapuca, é coisa de menino do bundão. Aqueles moleques palha de arroz, que só querem jogar bola quando são os donos da bola. Precisamos de grandes maiorias democráticas e de grandes e quentes partidos políticos. Essa imprensa tucana cretina, está em campanha aberta contra os "políticos" e a "política". Aqui mesmo na blogosfera, vez ou outra aparece alguém querendo detonar os partidos. Aí eu pergunto: mas não foi pra isso que lutamos 20 anos contra a ditadura? Mil vezes melhor um ACM do PFL, mas que foi votado pelo povo brasileiro, do que uma ONG obscura dessas que ninguém sabe de onde vem e nem quem está por trás. Ou então, essa imprensa tucana metida a ser o gás da coca-cola, mas que nunca teve um voto de ninguém. Falam que dentro do PT, da CUT, do MST, ... tem muita porrada, várias correntes, várias tendências. Sim, e daí? Qual o problema? Foi justamente no meio de todo esse calor que se formou essa nova "elite" que hoje governa o Brasil, a chamada "República Sindicalista". Isso é democracia, e não chegamos até aqui de graça... am
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From: Caia Fittipaldi
O que temos hoje, não é, de modo algum, nenhum "fim do mundo"... que só seria remediável pela ação de ONGS. Precisamos de governo democrático, democraticamente votado e eleito. Esse é o único remédio que há, sempre houve e sempre haverá, para acabar com a corrupção dos políticos corruptos.
TODOS OS POLÍTICOS CURRUPTOS SEMPRE foram 'a elite' econômica, no Brasil. Raymundo Faoro falou nos "donos do poder" e nos "funcionários públicos afidalgados" que aqui sempre houve, de fato, desde a colônia. Muitos desses, aposentados, fazem hoje, no século 21, o joguinho autista do P-SOL e dos 'professô-dotô' que reivindicam "direitos adquiridos", mas ainda não falam em seus DEVERES democráticos.
TEMOS DE VOTAR, para acabar com a corrupção. Tirar da Câmara Federal e do Senado os corruptos de SEMPRE, e trocá-los por políticos que representem o povo -- não só as elites da terra e da grana e das 'sociologias' tucano-pefelistas-uspeanas -- no Brasil.
TEMOS DE ELEGER MAIORIAS DEMOCRÁTICAS na Câmara e no Senado.
O movimento social, sim, desde que se organize e ELEJA DEPUTADOS E SENADORES.
SEM ESSA de ONGs. Eu odeio ONG! Precisamos de ORGANIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS, de OGs, portanto.
ONG, comigo, é feito essa "Transparência Brasil": ONG é tudo opaca.
Xô ONGs [todas, por via das dúvidas].
____________________________________________________________
O texto abaixo está em FREI VICENTE DE SALVADOR. “História do Brasil (1500-1627)”, na íntegra em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000038.pdf ). Foi escrito no século 16!
É uma beleza! Conta o dia em que o governador do Rio de Janeiro... vendeu a cidade e os habitantes... aos piratas! [É puuuuuuuuuuuuuuura história do Brasil! NÃO DEU NA FOLHA DE S.PAULO! [risos muitos]
_____________________________________________
“Não notei eu [a corrupção, que estava em todos os cantos, no Brasil, do século XVI] tanto, como quando conheci os escritos de um bispo de Tucumã da Ordem de São Domingos, que por algumas destas terras passou para a corte.
Era grande canonista, homem de bom entendimento e prudência e assim muito rico. Notava as coisas e via que mandava comprar um frangão, 4 ovos e um peixe para comer e nada lhe traziam, porque não se achava na praça nem no açougue. Mas, se mandava pedir as ditas coisas e outras muitas às casas particulares, lhas mandavam. Então disse o bispo: "verdadeiramente que nesta terra andam as coisas trocadas, porque toda ela não é república, sendo-o cada casa".
O caso do governador Castro Morais, "o Vaca"
Ilustrativo dessa venalidade e falta de espírito público dos governantes de que fala o traficante francês, no século 16, é o caso do governador Francisco de Castro Morais, “o Vaca”, sob quem paira a suspeita de, em troca de certos benefícios pecuniários, ter sido conivente com o pirata Duguay-Trouin quando de sua célebre invasão do Rio de Janeiro em 1711.
Dito em linguagem corrente e direta, o governador é acusado de “vender” para os franceses a cidade e seus moradores. Inocente ou culpado, o fato é que “o Vaca” foi condenado ao degredo numa fortaleza da Índia depois da invasão, e seu sobrinho, que estava no Rio de Janeiro na ocasião do saque, manteve, posteriormente, afetuosa correspondência com um dos invasores, o capitão Chancel de Lagrange.
Para mais, os cariocas não tinham dúvidas das culpas do governador, ao menos é o que se depreende de uma carta do “interventor” Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, datada de novembro de 1711, na qual se lê:
“O povo estava inquieto e contra o governador Francisco de Castro Morais, cuja vida corria perigo, pois já tinham intentado tirá-la, não o obedeciam nem o respeitavam, tratando-o de traidor, e ao mesmo tempo me foram encontrar 2 oficiais da Câmara com um requerimento por escrito em nome de todos, em que me pediam lhes viesse acudir, e prendesse o governador, que os tinha vendido e entregue a terra”.
A incúria e desonestidade dos governantes atingia um ponto tal que, ainda de acordo com os visitantes estrangeiros, a sociedade toda tinha se contaminado e deteriorava-se a olhos vistos.
A inglesa Jemina Kindersley, que visitou Salvador em 1763, expressou de maneira exemplar tal sentimento. Diz a viajante:
“A corrupção no estado é, invariavelmente, seguida pela corrupção do povo. A maioria dos habitantes daqui é movida muito mais pelo medo do que pelo sentimento de honra; e quanto maior a dificuldade que encontram para obter justiça, maior a sua inclinação à astúcia e à desonestidade -- todos olham o seu vizinho com uma enorme desconfiança.” (Em FRANÇA, Jean Marcel Carvalho[1]. “A desonestidade dos governantes e a corrupção marca a história brasileira desde os tempos coloniais”.
Revista Trópico, http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/2742,1.shl
[1] Jean Marcel Carvalho França é professor do Departamento de História da UNESP-Franca e autor, entre outros, de "Literatura e Sociedade no Rio de Janeiro Oitocentista" (Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1999) e "Outras Visões do Rio de Janeiro Colonial" (José Olympio, 2000).
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From: Caia Fittipaldi
O que temos hoje, não é, de modo algum, nenhum "fim do mundo"... que só seria remediável pela ação de ONGS. Precisamos de governo democrático, democraticamente votado e eleito. Esse é o único remédio que há, sempre houve e sempre haverá, para acabar com a corrupção dos políticos corruptos.
TODOS OS POLÍTICOS CURRUPTOS SEMPRE foram 'a elite' econômica, no Brasil. Raymundo Faoro falou nos "donos do poder" e nos "funcionários públicos afidalgados" que aqui sempre houve, de fato, desde a colônia. Muitos desses, aposentados, fazem hoje, no século 21, o joguinho autista do P-SOL e dos 'professô-dotô' que reivindicam "direitos adquiridos", mas ainda não falam em seus DEVERES democráticos.
TEMOS DE VOTAR, para acabar com a corrupção. Tirar da Câmara Federal e do Senado os corruptos de SEMPRE, e trocá-los por políticos que representem o povo -- não só as elites da terra e da grana e das 'sociologias' tucano-pefelistas-uspeanas -- no Brasil.
TEMOS DE ELEGER MAIORIAS DEMOCRÁTICAS na Câmara e no Senado.
O movimento social, sim, desde que se organize e ELEJA DEPUTADOS E SENADORES.
SEM ESSA de ONGs. Eu odeio ONG! Precisamos de ORGANIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS, de OGs, portanto.
ONG, comigo, é feito essa "Transparência Brasil": ONG é tudo opaca.
Xô ONGs [todas, por via das dúvidas].
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O texto abaixo está em FREI VICENTE DE SALVADOR. “História do Brasil (1500-1627)”, na íntegra em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000038.pdf ). Foi escrito no século 16!
É uma beleza! Conta o dia em que o governador do Rio de Janeiro... vendeu a cidade e os habitantes... aos piratas! [É puuuuuuuuuuuuuuura história do Brasil! NÃO DEU NA FOLHA DE S.PAULO! [risos muitos]
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“Não notei eu [a corrupção, que estava em todos os cantos, no Brasil, do século XVI] tanto, como quando conheci os escritos de um bispo de Tucumã da Ordem de São Domingos, que por algumas destas terras passou para a corte.
Era grande canonista, homem de bom entendimento e prudência e assim muito rico. Notava as coisas e via que mandava comprar um frangão, 4 ovos e um peixe para comer e nada lhe traziam, porque não se achava na praça nem no açougue. Mas, se mandava pedir as ditas coisas e outras muitas às casas particulares, lhas mandavam. Então disse o bispo: "verdadeiramente que nesta terra andam as coisas trocadas, porque toda ela não é república, sendo-o cada casa".
O caso do governador Castro Morais, "o Vaca"
Ilustrativo dessa venalidade e falta de espírito público dos governantes de que fala o traficante francês, no século 16, é o caso do governador Francisco de Castro Morais, “o Vaca”, sob quem paira a suspeita de, em troca de certos benefícios pecuniários, ter sido conivente com o pirata Duguay-Trouin quando de sua célebre invasão do Rio de Janeiro em 1711.
Dito em linguagem corrente e direta, o governador é acusado de “vender” para os franceses a cidade e seus moradores. Inocente ou culpado, o fato é que “o Vaca” foi condenado ao degredo numa fortaleza da Índia depois da invasão, e seu sobrinho, que estava no Rio de Janeiro na ocasião do saque, manteve, posteriormente, afetuosa correspondência com um dos invasores, o capitão Chancel de Lagrange.
Para mais, os cariocas não tinham dúvidas das culpas do governador, ao menos é o que se depreende de uma carta do “interventor” Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, datada de novembro de 1711, na qual se lê:
“O povo estava inquieto e contra o governador Francisco de Castro Morais, cuja vida corria perigo, pois já tinham intentado tirá-la, não o obedeciam nem o respeitavam, tratando-o de traidor, e ao mesmo tempo me foram encontrar 2 oficiais da Câmara com um requerimento por escrito em nome de todos, em que me pediam lhes viesse acudir, e prendesse o governador, que os tinha vendido e entregue a terra”.
A incúria e desonestidade dos governantes atingia um ponto tal que, ainda de acordo com os visitantes estrangeiros, a sociedade toda tinha se contaminado e deteriorava-se a olhos vistos.
A inglesa Jemina Kindersley, que visitou Salvador em 1763, expressou de maneira exemplar tal sentimento. Diz a viajante:
“A corrupção no estado é, invariavelmente, seguida pela corrupção do povo. A maioria dos habitantes daqui é movida muito mais pelo medo do que pelo sentimento de honra; e quanto maior a dificuldade que encontram para obter justiça, maior a sua inclinação à astúcia e à desonestidade -- todos olham o seu vizinho com uma enorme desconfiança.” (Em FRANÇA, Jean Marcel Carvalho[1]. “A desonestidade dos governantes e a corrupção marca a história brasileira desde os tempos coloniais”.
Revista Trópico, http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/2742,1.shl
[1] Jean Marcel Carvalho França é professor do Departamento de História da UNESP-Franca e autor, entre outros, de "Literatura e Sociedade no Rio de Janeiro Oitocentista" (Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1999) e "Outras Visões do Rio de Janeiro Colonial" (José Olympio, 2000).
Mensalão não existe
O deputado Roberto Jefferson criou o termo mensalão, que a imprensa, escrita e falada, adotou. Ele se referia aos deputados que, segundo ele, recebiam mensalmente uma importância para votar com o governo. As investigações do Conselho de Ética da Câmara Federal não comprovaram essa denúncia do deputado petebista. O que se descobriu é que alguns deputados receberam dinheiro do valerioduto, ou seja, do Caixa Dois, para o financiamento de suas campanhas. A verdade é que o mensalão, tão explorado pela mídia, inclusive pela imprensa do Interior, e pela oposição, nunca existiu, como veremos a seguir. Bernardo Kucinski, no artigo "Confusão na crise do mensalão", analisou o assunto. O jornalista constatou: "Boa parte da população acha mesmo que houve corrupção, mas não está claro como aconteceu. A confusão foi produzida pela própria mídia, ávida por denúncias e mais empenhada em incriminar do que em investigar. A começar pelo próprio nome - "mensalão" - que se impôs pela repetição, como uma marca, e acabou virando seção fixa de jornal. Deputados passaram a ser chamados genericamente de "mensaleiros". Ocorre que nunca foi provada uma relação entre pagamentos regulares e votações de deputados a favor do governo. (...) Jornalista e oposição ignoraram até mesmo as questões do senso comum: 1) Por que pagar "mensalão" a sete deputados do PT que já votam com o governo? 2) Por que deputados foram ao Banco Rural apenas uma ou no máximo três vezes, se era um "mensalão"? 3) Por que o governo teve dificuldade em aprovar projetos se estava pagando "mensalão" para que fossem aprovados? 4) Por que pagar "mensalão" a um deputado como Roberto Brant, do PFL, opositor ferrenho do governo?" Roberto Brant recebeu dinheiro do valerioduto para financiar campanha de seu partido, o PFL de Minas. Por isso foi incluído junto aos outros 18 para ser cassado, mas a Câmara o absolveu, com votos, comentou-se, de pefelistas e também de seus aliados tucanos, os que mais falam em "mensalão" e "mensaleiros". Ao responder a uma pergunta da revista CartaCapital (O senhor chegou a ser classificado de mensaleiro), afirmou: "Pois é, um absurdo. O que seria o mensalão? Recursos que o Executivo teria repassado a integrantes da base aliada em troca de votos no Congresso. Sou do PFL, o partido que mais faz oposição ao governo. Muito mais até do que o PSDB. Como posso ser chamado de mensaleiro? Há falta de apreço pela exatidão e pela verdade". Para se ter uma idéia da falsa acusação, o jornal O GLOBO, na primeira página, publicou assim a absolvição de Brant: "Câmara absolve pefelista do mensalão". A Folha noticiou em manchete também de primeira página: "Câmara absolve 2 do "mensalão". O jornal se referia a absolvição dele e do deputado Professor Luizinho (PT-SP). À respeito, o deputado Brant declarou: "No fim, estavam discutindo a minha cassação, que sou da oposição, e de deputados do PT. Pergunto: qual a razão que o governo teria para pagar mesada a parlamentares do PT? O (Professor) Luizinho, líder do governo na Câmara, precisava receber dinheiro para defender o Executivo? No meio da crise misturou-se tudo, até porque não se podia separar. Se começa a separar, fica racional. Se ela for racional, AQUILO DEIXAR DE SER UM INSTRUMENTO POLÍTICO (destaque meu). Não tem como administrar um esquema que paga mensalmente a deputados, ISSO NÃO EXISTE (destaque meu). Só pegou pelo inusitado, pela diversão. Virou algo caricato. A caricatura marca mais do que o retrato". Um fato que ninguém ainda comentou: se o mensalão era para pagar parlamentares, visando aprovação de propostas do governo, por que não se pagou o SUPOSTO mensalão aos senadores? Por que só aos deputados e assim mesmo apenas 19?O mensalão não existiu. Na verdade, houve o valerioduto (Caixa Dois). Mas isso aconteceu com todos os partidos. Aliás, o primeiro a receber dinheiro de Marcos Valério foi o senador Azeredo, do PSDB e ex-presidente nacional deste partido. Por esse motivo, na Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), um bispo disse: "Ao falar de escândalos como o caixa 2, é preciso observar que uns (políticos) denunciam os outros, quando também eles fizeram a mesma coisa" (CNBB critica pseudomoralismo na política, Estadão de 13/5). Brant, na citada entrevista, também focaliza o problema: "Como tachar de corrupto um partido inteiro, o sistema de forças inteiro? Há políticos que desviam de conduta no PT, no PFL, no PSDB".A mídia sabe que o mensalão não existiu, mas continua designando os deputados de mensaleiros. É que o termo pegou e, por esse motivo, não importa a mentira!
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE é jornalista em Mogi Guaçu
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE é jornalista em Mogi Guaçu
LINHA ABERTA PT
Edição nº: 2341- Boletim informativo do Diretório Nacional do PT
28/06/2006
Bolsa Família antecipa meta echega a R$ 11,1 milhões de famílias neste mêsO programa Bolsa Família - o maior programa de transferência de renda já desenvolvido no país - cumpriu sua meta de atendimento antecipadamente. São 11,1 milhões de famílias beneficiadas em todo o país, com a distribuição prevista de R$ 8,3 bilhões neste ano. O valor médio do benefício é de R$ 62. Embora tenha atingido a meta antecipadamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu hoje, em cerimônia que celebrou o alcance da meta, em Minas Gerais, que as prefeituras e a sociedade ajudem o governo a cadastrar quem ainda está fora do programa.
Seminário discute financiamento de partidos do Cone Sul
Executiva Nacional se reúne na sexta-feira (30), em SP
Diap: PT lidera lista de parlamentares mais influentes
Lula reclama da não aprovação do Fundeb pelo Senado
PSB cancela convenção e decide dar apoio informal a Lula
Política Externa inaugura série de "Debates Carta Maior"
Roberto Rodrigues pede demissão do Ministério da Agricultura e Pecuária
Brasil está cada vez mais resistente a choques na economia, diz BC
INSS: Agendamento por telefone já vigora em todo país
Seminário debate falhas da mídia na cobertura do Parlamento
Em Montevidéu, Olívio Dutra e comitiva discutem Mercosul e integração
28/06/2006
Bolsa Família antecipa meta echega a R$ 11,1 milhões de famílias neste mêsO programa Bolsa Família - o maior programa de transferência de renda já desenvolvido no país - cumpriu sua meta de atendimento antecipadamente. São 11,1 milhões de famílias beneficiadas em todo o país, com a distribuição prevista de R$ 8,3 bilhões neste ano. O valor médio do benefício é de R$ 62. Embora tenha atingido a meta antecipadamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu hoje, em cerimônia que celebrou o alcance da meta, em Minas Gerais, que as prefeituras e a sociedade ajudem o governo a cadastrar quem ainda está fora do programa.
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O INFORMANTE
Notícias do dia:
Folha Online (29/06/06)Lula assina decreto com padrão japonês para TV digitalO acordo prevê o uso de tecnologia japonesa com a incorporação de inovações desenvolvidas por pesquisadores brasileiros.
Agência Brasil (29/06/06)Secretaria aumenta em R$ 100 milhões créditos para pescaOutra novidade é a entrega dos primeiros títulos de cessão de águas públicas para cultivo de peixes, ostras e mexilhões, no período de 20 anos.
Folha Online (29/06/06)Vendas do comércio crescem 5,2 pct em maio, diz FecomercioNa passagem de abril para maio, o faturamento real aumentou 7,4% e, no acumulado dos 5 primeiros meses cresceu 3,8%.
Valor Online (29/06/06)Atividade da indústria de SP cresce 2,7pct em maio na comparação com abril, apuram Fiesp e CiespEm relação a maio de 2005, o INA subiu 9,3%. No acumulado do ano, houve alta de 8% em relação aos cinco primeiros meses de 2005.
Diretório Municipal do PT de Jundiaí (Junho de 2006)Breve Balanço do Governo Lula - 2003 - 2006Desenvolvido pelo Diretório Municipal do PT de Jundiaí em Junho de 2006.
ESPECIAL: MAIS DESENVOLVIMENTO, MENOS DESIGUALDADEAções articuladas promovem melhor distribuição da rendaProgramas sociais e aumento do salário mínimo, entre outros, baixam níveis de pobreza entre os brasileiros.
LUIZ ANTÔNIO MAGALHÃESAlckmin quer comparar melancia com bananaÉ possível usar um mínimo de racionalidade e comparar os números da gestão Lula com os de FHC – aí estamos comparando melancia com melancia.
Entrevista: Tarso GenroO PT aprendeu uma dura liçãoPara que Lula tenha condições de governar em um segundo mandato, os petistas terão de compartilhar o poder, diz o coordenador político do governo.
NORIAN SEGATTOA elite aturdidaCom os programas sociais do governo Lula, a parcela mais pobre da população terá um incremento na renda em torno de 13%, segundo Paes de Barros.
Agência Brasil (28/06/06)A economia solidária pode e muito contribuir para reduzir a exclusão socialA economia solidária pode permitir que os detentos ganhem seus sustentos, de suas famílias e possam, além de trabalhar, se qualificarem profissionalme
Agência Brasil (28/06/06)Municípios ao longo da BR-163 receberão recursos para projetos ambientaisOs projetos de educação ambiental vão mostrar para a população a importância da construção da estrada federal, com base no desenvolvimento sustentável
Agência Brasil (28/06/06)Bolsa Família antecipa meta e chega a 11,1 milhões de famílias neste mêsO presidente Lula pediu que as prefeituras e a sociedade ajudem o governo a cadastrar quem ainda está fora do programa.
O Informante - preenchendo lacunas da mídia
O Informante é fruto da rede Tribuna da Intenet. Venha participar.
Folha Online (29/06/06)Lula assina decreto com padrão japonês para TV digitalO acordo prevê o uso de tecnologia japonesa com a incorporação de inovações desenvolvidas por pesquisadores brasileiros.
Agência Brasil (29/06/06)Secretaria aumenta em R$ 100 milhões créditos para pescaOutra novidade é a entrega dos primeiros títulos de cessão de águas públicas para cultivo de peixes, ostras e mexilhões, no período de 20 anos.
Folha Online (29/06/06)Vendas do comércio crescem 5,2 pct em maio, diz FecomercioNa passagem de abril para maio, o faturamento real aumentou 7,4% e, no acumulado dos 5 primeiros meses cresceu 3,8%.
Valor Online (29/06/06)Atividade da indústria de SP cresce 2,7pct em maio na comparação com abril, apuram Fiesp e CiespEm relação a maio de 2005, o INA subiu 9,3%. No acumulado do ano, houve alta de 8% em relação aos cinco primeiros meses de 2005.
Diretório Municipal do PT de Jundiaí (Junho de 2006)Breve Balanço do Governo Lula - 2003 - 2006Desenvolvido pelo Diretório Municipal do PT de Jundiaí em Junho de 2006.
ESPECIAL: MAIS DESENVOLVIMENTO, MENOS DESIGUALDADEAções articuladas promovem melhor distribuição da rendaProgramas sociais e aumento do salário mínimo, entre outros, baixam níveis de pobreza entre os brasileiros.
LUIZ ANTÔNIO MAGALHÃESAlckmin quer comparar melancia com bananaÉ possível usar um mínimo de racionalidade e comparar os números da gestão Lula com os de FHC – aí estamos comparando melancia com melancia.
Entrevista: Tarso GenroO PT aprendeu uma dura liçãoPara que Lula tenha condições de governar em um segundo mandato, os petistas terão de compartilhar o poder, diz o coordenador político do governo.
NORIAN SEGATTOA elite aturdidaCom os programas sociais do governo Lula, a parcela mais pobre da população terá um incremento na renda em torno de 13%, segundo Paes de Barros.
Agência Brasil (28/06/06)A economia solidária pode e muito contribuir para reduzir a exclusão socialA economia solidária pode permitir que os detentos ganhem seus sustentos, de suas famílias e possam, além de trabalhar, se qualificarem profissionalme
Agência Brasil (28/06/06)Municípios ao longo da BR-163 receberão recursos para projetos ambientaisOs projetos de educação ambiental vão mostrar para a população a importância da construção da estrada federal, com base no desenvolvimento sustentável
Agência Brasil (28/06/06)Bolsa Família antecipa meta e chega a 11,1 milhões de famílias neste mêsO presidente Lula pediu que as prefeituras e a sociedade ajudem o governo a cadastrar quem ainda está fora do programa.
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quarta-feira, junho 28, 2006
TUCANOS VENDERAM MAIS UMA ESTATAL
O Estado de São Paulo, através do governo estadual (PSDB/PFL), privatiza empresa de transmissão de energia por R$ 1,193 bilhão.
A empresa de energia colombiana Interconexión Eléctrica S/A venceu o leilão de privatização da CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) com uma oferta de R$ 1,193 bilhão. Das seis empresas habilitadas para participar do leilão, somente a Terna também entregou proposta, de R$ 1,056 bilhão.
A Interconexión pagou um ágio de 57,89% sobre o preço mínimo de R$ 755,6 milhões. Foi ofertado no leilão de hoje um lote único de 31,342 bilhões de ações ordinárias (com direito a voto), que representam 50,10% das ações ordinárias de propriedade do Estado de São Paulo (onde Geraldo Alckmin/PSDB e Lembo/PFL governam) ou 21% do capital social da CTEEP.
A companhia, originária da divisão parcial da geradora de energia Cesp (Companhia Energética de São Paulo), começou a operar em 1999. Em 2001, a CTEEP incorporou a EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica), empresa originária da cisão da distribuidora de energia Eletropaulo (Eletricidade de São Paulo). A companhia tem 11.800 km de linhas de transmissão e aproximadamente 2.000 funcionários. No primeiro trimestre deste ano, registrou lucro de R$ 82,8 milhões.
De acordo com o edital de venda da companhia, está previsto para o dia 18 de julho a aprovação, pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), da transferência do controle societário da CTEEP. A liquidação financeira da operação deve ocorrer no dia 19 do próximo mês. Está prevista para essa mesma dada a assinatura do contrato de compra e venda das ações da empresa.
O governo de São Paulo (PSDB/PFL) planeja utilizar os recursos obtidos no leilão para reduzir as dívidas do Estado.
No início deste mês, a Cesp anunciou um plano para levantar cerca de R$ 5 bilhões no mercado. A empresa planeja emitir aproximadamente R$ 2 bilhões em debêntures (títulos de dívida privada) e fazer uma oferta pública de novas ações ordinárias e preferenciais, além de constituir um fundo de investimento em direitos creditórios para captar outros R$ 650 milhões.
O valor dessa oferta de ações poderá ser equivalente a até três vezes o que o Governo do Estado de São Paulo (PSDB/PFL) recebeu com a privatização da Cteep. O Estado compromete-se a comprar o mesmo valor obtido com a privatização da Cteep em ações da Cesp.
Ministério Público
O Ministério Público Estadual abriu um inquérito civil para apurar suposta improbidade administrativa (má gestão pública) praticada pelos executores da privatização da Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista).
Para o Ministério Público, o leilão será lesivo aos cofres públicos, já que não foi levado em conta, ao ser fixado o valor mínimo, o dinheiro que a companhia tem em caixa, aproximadamente R$ 600 milhões.
A Promotoria questiona ainda o fato de o leilão ocorrer sem a aprovação prévia da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A agência informou que não faria análise prévia do edital, mas daria a anuência ou não após conhecer o vencedor do leilão.
A empresa de energia colombiana Interconexión Eléctrica S/A venceu o leilão de privatização da CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) com uma oferta de R$ 1,193 bilhão. Das seis empresas habilitadas para participar do leilão, somente a Terna também entregou proposta, de R$ 1,056 bilhão.
A Interconexión pagou um ágio de 57,89% sobre o preço mínimo de R$ 755,6 milhões. Foi ofertado no leilão de hoje um lote único de 31,342 bilhões de ações ordinárias (com direito a voto), que representam 50,10% das ações ordinárias de propriedade do Estado de São Paulo (onde Geraldo Alckmin/PSDB e Lembo/PFL governam) ou 21% do capital social da CTEEP.
A companhia, originária da divisão parcial da geradora de energia Cesp (Companhia Energética de São Paulo), começou a operar em 1999. Em 2001, a CTEEP incorporou a EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica), empresa originária da cisão da distribuidora de energia Eletropaulo (Eletricidade de São Paulo). A companhia tem 11.800 km de linhas de transmissão e aproximadamente 2.000 funcionários. No primeiro trimestre deste ano, registrou lucro de R$ 82,8 milhões.
De acordo com o edital de venda da companhia, está previsto para o dia 18 de julho a aprovação, pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), da transferência do controle societário da CTEEP. A liquidação financeira da operação deve ocorrer no dia 19 do próximo mês. Está prevista para essa mesma dada a assinatura do contrato de compra e venda das ações da empresa.
O governo de São Paulo (PSDB/PFL) planeja utilizar os recursos obtidos no leilão para reduzir as dívidas do Estado.
No início deste mês, a Cesp anunciou um plano para levantar cerca de R$ 5 bilhões no mercado. A empresa planeja emitir aproximadamente R$ 2 bilhões em debêntures (títulos de dívida privada) e fazer uma oferta pública de novas ações ordinárias e preferenciais, além de constituir um fundo de investimento em direitos creditórios para captar outros R$ 650 milhões.
O valor dessa oferta de ações poderá ser equivalente a até três vezes o que o Governo do Estado de São Paulo (PSDB/PFL) recebeu com a privatização da Cteep. O Estado compromete-se a comprar o mesmo valor obtido com a privatização da Cteep em ações da Cesp.
Ministério Público
O Ministério Público Estadual abriu um inquérito civil para apurar suposta improbidade administrativa (má gestão pública) praticada pelos executores da privatização da Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista).
Para o Ministério Público, o leilão será lesivo aos cofres públicos, já que não foi levado em conta, ao ser fixado o valor mínimo, o dinheiro que a companhia tem em caixa, aproximadamente R$ 600 milhões.
A Promotoria questiona ainda o fato de o leilão ocorrer sem a aprovação prévia da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A agência informou que não faria análise prévia do edital, mas daria a anuência ou não após conhecer o vencedor do leilão.
INSS: Agendamento por telefone já vigora em todo país
O agendamento de perícia médica pelo telefone 135 já está sendo feito em todo o país. De acordo com o presidente do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), Valdir Moisés Simão, todas as pessoas que quiserem agendar a perícia, pedir o auxílio-doença e a prorrogação do benefício podem ligar para o número 135. É necessário informar o município e alguns dados como a inscrição no INSS ou o número em que recolhe o carnê, CNPJ do empregador, se for o caso, ou CPF do empregador doméstico, o nome completo, data de nascimento e o nome da mãe.A Central de Tele-atendimento da Previdência Social tinha sido inaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 16 deste mês, em Recife (PE), com agendamento de segurados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste."Se alguém do Rio de Janeiro ligar, hoje, no 135, vai fazer a perícia na semana que vem com tranqüilidade. Essa é a meta de até cinco dias da data de agendamento para a realização da perícia que pretendemos implementar e alcançar em todo o país", explicou o presidente do INSS em entrevista ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional. Segundo ele, o serviço vai atingir 60% dos atendimentos das agências e será estendido a outros benefícios. "Em breve nós vamos colocar o agendamento de todos os demais requerimentos de benefícios", afirmou."Nós temos uma estrutura que dá conta de atender todo o Brasil. Fizemos alguns testes e tivemos um problema nos computadores da Dataprev que deixou nosso sistema por algumas horas inoperante, mas temos certeza que a grande maioria dos segurados que procurar as agências, hoje, vão conseguir ser atendidos com comodidade, tranqüilidade e qualidade."
Agência Brasil
Agência Brasil
Bolsa Família antecipa meta e chega a R$ 11,1 milhões de famílias neste mês
O programa Bolsa Família — o maior programa de transferência de renda já desenvolvido no país — cumpriu sua meta de atendimento antecipadamente. São 11,1 milhões de famílias beneficiadas em todo o país, com a distribuição prevista de R$ 8,3 bilhões neste ano.
A meta do programa foi fixada para o final de 2006, com base na estimativa de famílias identificadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2004. O valor médio do benefício é de R$ 62,00.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta manhã, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, de cerimônia em comemoração ao cumprimento da meta do Bolsa Família. Participaram ainda o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e a secretária nacional de Renda de Cidadania, Rosani Cunha.
Embora tenha atingido a meta antecipadamente, o presidente Lula pediu que as prefeituras e a sociedade ajudem o governo a cadastrar quem ainda está fora do programa.
"Pode ter uma pessoa que não tem direito e está recebendo. Pode ter uma pessoa que tem direito a receber e não foi cadastrada", disse o presidente. "O governo está precisando da ajuda da sociedade para que possa atender as pessoas pobres que ainda não foram cadastradas. Lá de Brasília é muito difícil o Patrus (ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) descobrir", ressaltou Lula, ao participar da cerimônia em comemoração ao cumprimento antecipado da meta do programa.
De acordo com o Palácio do Planalto, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome atualizou o cadastro do programa entre julho de 2005 e março deste ano, o que resultou no bloqueio de cerca de 51 mil benefícios e no cancelamento de 562 mil. Além do ministério, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria Geral da União (CGU) e os ministérios públicos estaduais e federal fiscalizam a execução do programa.
Na cerimônia, Lula fez ainda um apelo para que as famílias que tenham ultrapassado a renda determinada pelo programa devolvam o cartão que permite o recebimento do benefício, que varia de R$ 15 a R$ 95.
"Se uma pessoa estava recebendo o benefício e o marido dela arrumou emprego, portanto, sua renda ultrapassa a renda que o programa estabelece como limite. Nós queremos pedir que as pessoas devolvam o cartão para que a gente possa dar para uma outra pessoa mais necessitada", afirmou.
As informações são da Agência Brasil.
A meta do programa foi fixada para o final de 2006, com base na estimativa de famílias identificadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2004. O valor médio do benefício é de R$ 62,00.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta manhã, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, de cerimônia em comemoração ao cumprimento da meta do Bolsa Família. Participaram ainda o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e a secretária nacional de Renda de Cidadania, Rosani Cunha.
Embora tenha atingido a meta antecipadamente, o presidente Lula pediu que as prefeituras e a sociedade ajudem o governo a cadastrar quem ainda está fora do programa.
"Pode ter uma pessoa que não tem direito e está recebendo. Pode ter uma pessoa que tem direito a receber e não foi cadastrada", disse o presidente. "O governo está precisando da ajuda da sociedade para que possa atender as pessoas pobres que ainda não foram cadastradas. Lá de Brasília é muito difícil o Patrus (ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) descobrir", ressaltou Lula, ao participar da cerimônia em comemoração ao cumprimento antecipado da meta do programa.
De acordo com o Palácio do Planalto, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome atualizou o cadastro do programa entre julho de 2005 e março deste ano, o que resultou no bloqueio de cerca de 51 mil benefícios e no cancelamento de 562 mil. Além do ministério, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria Geral da União (CGU) e os ministérios públicos estaduais e federal fiscalizam a execução do programa.
Na cerimônia, Lula fez ainda um apelo para que as famílias que tenham ultrapassado a renda determinada pelo programa devolvam o cartão que permite o recebimento do benefício, que varia de R$ 15 a R$ 95.
"Se uma pessoa estava recebendo o benefício e o marido dela arrumou emprego, portanto, sua renda ultrapassa a renda que o programa estabelece como limite. Nós queremos pedir que as pessoas devolvam o cartão para que a gente possa dar para uma outra pessoa mais necessitada", afirmou.
As informações são da Agência Brasil.
O INFORMANTE
Notícias do dia:
Agência Carta Maior (28/06/06)Diferentemente de 2002, Lula paira sobre os partidosPresidente estabeleceu uma identificação direta com os setores mais carentes da população, que confiam nele apesar do bombardeio das denúncias.
Ministério do Desenvolvimento Agrário (28/06/06)Agricultores familiares do Paraná terão à disposição R$ 1,2 bilhão no Plano SafraEse ano foi criado o Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural (Sibrater) com 20 mil técnicos em mais de 4 mil municípios brasileiros
Ministério do Desenvolvimento Agrário (28/06/06)Programa Arca das Letras entrega mais 29 bibliotecasCriado em 2003, o programa implantou 1.845 bibliotecas, beneficiando mais de 180 mil famílias, e capacitou de 3.840 agentes de leitura.
Agência Brasil (28/06/06)INSS amplia serviço de marcação telefônica da perícia médicaA meta de até cinco dias da data de agendamento para a realização da perícia que pretendemos implementar e alcançar em todo o país.
Valor Online (28/06/06)Fitch melhora classificação de risco da dívida em moeda estrangeira do BrasilA dívida atrelada a moedas estrangeiras passará dos 38% do PIB de 2002 para 10% agora. Essa ação impulsiona a atividade econômica.
Globo Online (28/06/06)Mantega rebate críticas de Alckmin à política econômicaPode ser que ele discorde daquilo que foi feito no governo do PSDB, mas nós estamos fazendo uma política fiscal mais eficiente.
LUIZ ANTÔNIO MAGALHÃESConcessões de TV: Matéria da Folha confunde mais do que explicaLula distribui concessões de TV a políticos: A manchete da Folha de domingo revela que o jornal caiu no canto do denuncismo irresponsável.
Folha Online (27/06/06)PSB cancela convenção e diz que dará apoio informal a LulaEm função da violência que foi a cláusula de desempenho e a verticalização, ficamos impedidos de formalizar o apoio", afirmou Amaral.
Folha Online (27/06/06)Central sindical e movimentos sociais fazem atos políticos em cinco capitaisApesar do tom crítico das manifestações, as entidades que integram a CMS são aliadas históricas do PT e de Lula.
LUIS FERNANDO SCHMIDTBiodiesel, o país como referênciaNa nova fábrica estão sendo investidos R$ 41 milhões. A matéria-prima será fornecida por 12 mil famílias de pequenos agricultores da região.
Carsale (27/06/06)Financiamento de veículos cresce 9 pctO número de licenciamentos de veículos também cresceu. Alta de 7,9% para automóveis (548.000) e 28,1% para motocicletas (391.000).
O Estado de S. Paulo (27/06/06)Juro é o mais baixo desde 1994Só agora a queda da Selic, que vem sendo promovida desde setembro, começa a ter reflexos de forma mais acelerada na rede bancária.
O Informante - preenchendo lacunas da mídia
O Informante é fruto da rede Tribuna da Intenet. Venha participar.
Agência Carta Maior (28/06/06)Diferentemente de 2002, Lula paira sobre os partidosPresidente estabeleceu uma identificação direta com os setores mais carentes da população, que confiam nele apesar do bombardeio das denúncias.
Ministério do Desenvolvimento Agrário (28/06/06)Agricultores familiares do Paraná terão à disposição R$ 1,2 bilhão no Plano SafraEse ano foi criado o Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural (Sibrater) com 20 mil técnicos em mais de 4 mil municípios brasileiros
Ministério do Desenvolvimento Agrário (28/06/06)Programa Arca das Letras entrega mais 29 bibliotecasCriado em 2003, o programa implantou 1.845 bibliotecas, beneficiando mais de 180 mil famílias, e capacitou de 3.840 agentes de leitura.
Agência Brasil (28/06/06)INSS amplia serviço de marcação telefônica da perícia médicaA meta de até cinco dias da data de agendamento para a realização da perícia que pretendemos implementar e alcançar em todo o país.
Valor Online (28/06/06)Fitch melhora classificação de risco da dívida em moeda estrangeira do BrasilA dívida atrelada a moedas estrangeiras passará dos 38% do PIB de 2002 para 10% agora. Essa ação impulsiona a atividade econômica.
Globo Online (28/06/06)Mantega rebate críticas de Alckmin à política econômicaPode ser que ele discorde daquilo que foi feito no governo do PSDB, mas nós estamos fazendo uma política fiscal mais eficiente.
LUIZ ANTÔNIO MAGALHÃESConcessões de TV: Matéria da Folha confunde mais do que explicaLula distribui concessões de TV a políticos: A manchete da Folha de domingo revela que o jornal caiu no canto do denuncismo irresponsável.
Folha Online (27/06/06)PSB cancela convenção e diz que dará apoio informal a LulaEm função da violência que foi a cláusula de desempenho e a verticalização, ficamos impedidos de formalizar o apoio", afirmou Amaral.
Folha Online (27/06/06)Central sindical e movimentos sociais fazem atos políticos em cinco capitaisApesar do tom crítico das manifestações, as entidades que integram a CMS são aliadas históricas do PT e de Lula.
LUIS FERNANDO SCHMIDTBiodiesel, o país como referênciaNa nova fábrica estão sendo investidos R$ 41 milhões. A matéria-prima será fornecida por 12 mil famílias de pequenos agricultores da região.
Carsale (27/06/06)Financiamento de veículos cresce 9 pctO número de licenciamentos de veículos também cresceu. Alta de 7,9% para automóveis (548.000) e 28,1% para motocicletas (391.000).
O Estado de S. Paulo (27/06/06)Juro é o mais baixo desde 1994Só agora a queda da Selic, que vem sendo promovida desde setembro, começa a ter reflexos de forma mais acelerada na rede bancária.
O Informante - preenchendo lacunas da mídia
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terça-feira, junho 27, 2006
Confusão na crise do mensalão
http://www.informante.net/
Artigo originalmente publicado na Revista do Brasil
Geraldo Lazzari
Boa parte da população acha mesmo que houve corrupção, mas não está claro como aconteceu. A confusão foi produzida pela própria mídia, ávida por denúncias e mais empenhada em incriminar do que em investigar. A começar pelo próprio nome - "mensalão" -, que se impôs pela repetição, como uma marca, e acabou virando seção fixa de jornal. Deputados passaram a ser chamados genericamente de "mensaleiros". Ocorre que nunca foi provada uma relação entre pagamentos regulares e votações de deputados a favor do governo. Jornalistas e oposição ignoraram até mesmo as questões do senso comum:
1) Por que pagar "mensalão" a sete deputados do PT que já votam com o governo?
2) Por que deputados foram ao Banco Rural apenas uma ou no máximo três vezes, se era um "mensalão"?
3) Por que o governo teve dificuldade em aprovar projetos se estava pagando "mensalão" para que fossem aprovadas?
4) Por que pagar "mensalão" a um deputado como Roberto Brant, do PFL, opositor ferrenho do governo?
O noticiário omitiu sistematicamente que as empresas de propaganda ficam com apenas 15% a 20% do dinheiro que recebem dos clientes para o pagamento das campanhas na mídia.
Quando a Veja noticiou que empresas de Duda Mendonça receberam R$ 700 milhões em cinco anos, nunca esclareceu que, de cada R$ 100 recebidos, cerca de R$ 80 ficam para o veículo onde foi feito o anúncio. A própria Veja e outros veículos da Abril, por exemplo, faturaram R$ 11 milhões em anúncios via Duda Mendonça.
CPI e mídia acusaram fundos de pensão de desvio de dinheiro para o "valerioduto". Os fundos, que gerem centenas de bilhões de reais, contestam. "A imprensa preferiu fontes desqualificadas que alimentaram a desinformação", diz o presidente do fundo Petros, Wagner Pinheiro.
OS MECANISMOS DO LINCHAMENTO PELA MÍDIA
1. A mídia foi pautada diariamente pela oposição: acusações verbalizadas pela oposição de tarde, viravam manchetes factuais no dia seguinte.
2. Acusações que deveriam ser ponto de partida para uma investigação jornalística eram publicadas sem checagem. Bastava usar termos como "suposto", como observou Carlos Heitor Cony.
3. Os acusados não eram procurados para se defender e, quando eram, suas explicações eram tratadas com sarcasmo.
4. Surgiu um novo modo narrativo: basta ser indiciado para ser tratado como criminoso, mesmo que a acusação ainda esteja sujeita a ser rejeitada pela Justiça;
5. Nessa nova forma narrativa, escreveu o jornalista Carlos Brickman "qualquer medida judicial em favor de réus é chicana" e "qualquer absolvição é pizza, independente de prova". Qualquer declaração do acusador é, em princípio, aceita como verdade...
6. Nessa nova narrativa predominou a malícia. Em vez de elucidar os fatos, contextualizando-os e hierarquizando-os, optou-se pela desinformação e a suspeição.
7. Todo o fogo era dirigido apenas contra o PT. A grande imprensa ignorou, por exemplo, as denúncias contra o banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity, à lista dos doadores de Furnas. Ignorou ou relegou a segundo plano que o "valerioduto" foi criado pelo PSDB para a campanha de 1998 de Eduardo Azeredo, em Minas Gerais.
8. Palavras pesadas foram usadas com freqüência, sem pudor: "Palocci, estuprador de contas bancárias" (Augusto Nunes, no JB); "Lula, chefe da quadrilha" (Correio Braziliense); Ali Dirceu e os 40 ladrões"(idem).
9. Foi desencadeada uma perseguição incessante aos familiares de Lula e aos chamados "amigos de Lula", com arbitrária violação da vida pessoal.
10. Legitimou-se a linguagem preconceituosa contra Lula, inclusive por colunistas importantes; alguns jornalistas especializaram-se em descobrir em todas as falas de Lula uma "gafe".
11. Os meios de comunicação concentraram toda a cobertura na crise, desprezando acontecimentos importantes; Istoé deu 14 capas seguidas de crise; Veja deu mais de 20.
12. Depoimentos nas CPIs eram ignorados quando derrubavam acusações contra o governo.
13. Criou-se uma modalidade virulenta de jornalismo. Veja deu capas associan do o PT a animais (rato, burro), imagens posteriormente recicladas por articulistas na própria Veja e em outros veículos. Os nazistas fizeram isso com os judeus com o objetivo de derrubar toda e qualquer barreira psicológica ao seu extermínio.
14. Houve a "a tragédia da condenação sem julgamento", como disse em sua defesa o deputado do PFL Roberto Brant. Nenhum julgamento foi ainda feito na Justiça, mas na mídia e no imaginário social já estão todos condenados e suas imagens e reputações destruídas. Deu-se um linchamento midiático.
* Bernardo Kucinski é professor licenciado da ECA/USP, autor de vários livros sobre jornalismo e assessor da Presidência da República
Artigo originalmente publicado na Revista do Brasil
Geraldo Lazzari
Boa parte da população acha mesmo que houve corrupção, mas não está claro como aconteceu. A confusão foi produzida pela própria mídia, ávida por denúncias e mais empenhada em incriminar do que em investigar. A começar pelo próprio nome - "mensalão" -, que se impôs pela repetição, como uma marca, e acabou virando seção fixa de jornal. Deputados passaram a ser chamados genericamente de "mensaleiros". Ocorre que nunca foi provada uma relação entre pagamentos regulares e votações de deputados a favor do governo. Jornalistas e oposição ignoraram até mesmo as questões do senso comum:
1) Por que pagar "mensalão" a sete deputados do PT que já votam com o governo?
2) Por que deputados foram ao Banco Rural apenas uma ou no máximo três vezes, se era um "mensalão"?
3) Por que o governo teve dificuldade em aprovar projetos se estava pagando "mensalão" para que fossem aprovadas?
4) Por que pagar "mensalão" a um deputado como Roberto Brant, do PFL, opositor ferrenho do governo?
O noticiário omitiu sistematicamente que as empresas de propaganda ficam com apenas 15% a 20% do dinheiro que recebem dos clientes para o pagamento das campanhas na mídia.
Quando a Veja noticiou que empresas de Duda Mendonça receberam R$ 700 milhões em cinco anos, nunca esclareceu que, de cada R$ 100 recebidos, cerca de R$ 80 ficam para o veículo onde foi feito o anúncio. A própria Veja e outros veículos da Abril, por exemplo, faturaram R$ 11 milhões em anúncios via Duda Mendonça.
CPI e mídia acusaram fundos de pensão de desvio de dinheiro para o "valerioduto". Os fundos, que gerem centenas de bilhões de reais, contestam. "A imprensa preferiu fontes desqualificadas que alimentaram a desinformação", diz o presidente do fundo Petros, Wagner Pinheiro.
OS MECANISMOS DO LINCHAMENTO PELA MÍDIA
1. A mídia foi pautada diariamente pela oposição: acusações verbalizadas pela oposição de tarde, viravam manchetes factuais no dia seguinte.
2. Acusações que deveriam ser ponto de partida para uma investigação jornalística eram publicadas sem checagem. Bastava usar termos como "suposto", como observou Carlos Heitor Cony.
3. Os acusados não eram procurados para se defender e, quando eram, suas explicações eram tratadas com sarcasmo.
4. Surgiu um novo modo narrativo: basta ser indiciado para ser tratado como criminoso, mesmo que a acusação ainda esteja sujeita a ser rejeitada pela Justiça;
5. Nessa nova forma narrativa, escreveu o jornalista Carlos Brickman "qualquer medida judicial em favor de réus é chicana" e "qualquer absolvição é pizza, independente de prova". Qualquer declaração do acusador é, em princípio, aceita como verdade...
6. Nessa nova narrativa predominou a malícia. Em vez de elucidar os fatos, contextualizando-os e hierarquizando-os, optou-se pela desinformação e a suspeição.
7. Todo o fogo era dirigido apenas contra o PT. A grande imprensa ignorou, por exemplo, as denúncias contra o banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity, à lista dos doadores de Furnas. Ignorou ou relegou a segundo plano que o "valerioduto" foi criado pelo PSDB para a campanha de 1998 de Eduardo Azeredo, em Minas Gerais.
8. Palavras pesadas foram usadas com freqüência, sem pudor: "Palocci, estuprador de contas bancárias" (Augusto Nunes, no JB); "Lula, chefe da quadrilha" (Correio Braziliense); Ali Dirceu e os 40 ladrões"(idem).
9. Foi desencadeada uma perseguição incessante aos familiares de Lula e aos chamados "amigos de Lula", com arbitrária violação da vida pessoal.
10. Legitimou-se a linguagem preconceituosa contra Lula, inclusive por colunistas importantes; alguns jornalistas especializaram-se em descobrir em todas as falas de Lula uma "gafe".
11. Os meios de comunicação concentraram toda a cobertura na crise, desprezando acontecimentos importantes; Istoé deu 14 capas seguidas de crise; Veja deu mais de 20.
12. Depoimentos nas CPIs eram ignorados quando derrubavam acusações contra o governo.
13. Criou-se uma modalidade virulenta de jornalismo. Veja deu capas associan do o PT a animais (rato, burro), imagens posteriormente recicladas por articulistas na própria Veja e em outros veículos. Os nazistas fizeram isso com os judeus com o objetivo de derrubar toda e qualquer barreira psicológica ao seu extermínio.
14. Houve a "a tragédia da condenação sem julgamento", como disse em sua defesa o deputado do PFL Roberto Brant. Nenhum julgamento foi ainda feito na Justiça, mas na mídia e no imaginário social já estão todos condenados e suas imagens e reputações destruídas. Deu-se um linchamento midiático.
* Bernardo Kucinski é professor licenciado da ECA/USP, autor de vários livros sobre jornalismo e assessor da Presidência da República
segunda-feira, junho 26, 2006
Lula oficializa candidatura e é aclamado por 4,5 mil petistas
Um plenário lotado por mais de 4.500 delegados petistas de todo o país aclamou neste sábado (24), durante a Convenção Nacional do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato oficial do partido à reeleição. O evento, que aconteceu em Brasília, também homologou o nome de José Alencar (PRB) para vice, repetindo a chapa vencedora de 2002.
Lula fez um discurso de uma hora e meia, boa parte dele dedicado a um amplo balanço das ações de seu governo em várias áreas. Falando pela primeira vez como candidato, prometeu aprofundar diversos projetos bem-sucedidos e apontou a educação como “prioridade absoluta” do segundo mandato.
“Se tivesse que destacar uma área de prioridade máxima, eu citaria a educação. Quero ser o presidente que mais fez pela educação no Brasil”, afirmou, voltando a afirmar que cada centavo aplicado no setor representa um centavo a menos na construção de cadeias. “Não existe país desenvolvido com povo analfabeto”, ressaltou.
Segundo ele, a história mostra que o desenvolvimento não se mede pelo “grau de ignorância de um povo”, mas pelo “grau de conhecimento”.
Prestígio
Centenas de autoridades da República participaram da Convenção, que teve como mestre de cerimônia o ator Celso Frateschi e foi marcada pelo slogan “Lula de novo, com a força do povo”. Todos dividiram o palco com o presidente.
Estavam presentes os candidatos petistas aos governos nos Estados, senadores, deputados, prefeitos, governadores e parlamentares de várias regiões do Brasil, além de ministros, dirigentes petistas e presidentes de partidos aliados.
Também prestigiaram o evento o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador José Sarney (PMDB-AP).
Lula iniciou seu discurso elogiando “o mérito, a lealdade, o companheirismo e a competência” do vice José Alencar, afirmando que a parceria entre um metalúrgico e um empresário foi fundamental para que seu governo obtivesse bons resultados.
Ele previu que, nos próximos meses, os dois deverão enfrentar muito “ódio, preconceito e inveja”, mas ressaltou que o PT não vai entrar nesse jogo. “Vamos dar paz, humildade e muito amor ao povo brasileiro”.
O presidente destacou que, em sua história de vida, muitas vezes teve de enfrentar o ódio e a intolerância. “Quanta batalha foi preciso vencer, quanto preconceito, quanta armadilha”, disse, arrematando: “O sonho não acabou e a esperança não morreu”.
Avanço
Durante o discurso, Lula elencou as razões pelas quais decidiu candidatar-se à reeleição. “Sou candidato porque o projeto de mudanças tem de continuar, porque o Brasil está melhor e precisa melhorar muito mais, porque os pobres estão menos pobres...”.
Disse ainda estar mais maduro e preparado para aprofundar projetos e corrigir o que está errado. “Se reeleito presidente, pretendo modificar por completo o que não funciona e, com muita ênfase, ampliar o que deu certo”.
Segundo o presidente, apenas dois grupos se frustraram com sua administração: os que torceram para que o governo fosse “um caos” e os que, “com paixão e ingenuidade”, imaginaram ser possível resolver todos os problemas do país em apenas quatro anos.
“Fizemos muito mais do que certa gente imagina. Temos um saldo muito positivo, porque favorecemos a todos brasileiros e a todas as brasileiras sem distinção”. Segundo ele, o próximo mandato irá manter a base do projeto atual, que é a integração da economia com área social. “Nosso objetivo nunca foi fazer o superávit econômico, mas o superávit social”, ressaltou.
Vozes do atraso
Por mais de uma vez, Lula criticou as “vozes do atraso” que fazem da “agressão e da calúnia suas principais armas”.
“Eles pensam que o povo esquece o tamanho do buraco que eles cavaram. O povo agora está dizendo que não os quer de volta. Mas eles nunca escutaram a voz do povo”, afirmou, dando início a uma série de comparações entre o seu governo e o anterior.
Falou da estabilidade econômica, dos aumentos do salário mínimo, da “revolução” no crédito, da redução das desigualdades, dos programas de transferência de renda, da queda no desemprego, na geração recorde de postos com carteira assinada, da auto-suficiência em petróleo, da diminuição do desmatamento na Amazônia, do ProUni e do Luz para Todos, entre outros temas, concluindo que seu governo mudou o modelo de desenvolvimento do país.
“Pela primeira vez, o Brasil tem crescimento econômico com geração de empregos e distribuição de renda”, lembrou.
Crise e reforma política
Lula também tocou numa questão considerada por ele “difícil e delicada”, que é a reforma política.“Nossa reforma política não pode mais ser adiada. Deve ser nossa prioridade institucional”, disse.
Segundo ele, muitas das crises vividas pelo Brasil ao longo de sua história não teriam ocorrido se o país já tivesse modernizado seu processo eleitoral e partidário. “E isso precisa ser feito nos próximos quatro anos, sob pena de comprometermos seriamente nosso sistema político”.
Referindo-se à crise do ano passado, o presidente afirmou que o PT, ao longo de sua história, tem enfrentado muitas lutas e dificuldades. “Mas o importante é que não perdemos nosso rumo nem nossos ideais”, ressalvou.
Segundo Lula, muitos das denúncias e irregularidades surgidas durante a crise política só vieram à tona justamente pelo esforço do governo no combate à toda ilegalidade. “Este foi o governo que mais combateu e puniu a corrupção na História do Brasil”, afirmou.
Numa crítica velada aos seus opositores mais raivosos, Lula elogiou políticos do passado, que sabiam “combater o bom combate”, como Leonel Brizola, Miguel Arraes e Ulisses Guimarães. “Os tempos que vivemos hoje são muito diferentes. Isso para mim é muito triste”, comparou.
Referindo-se às pesquisas eleitorais, que o colocam à frente na disputa presidencial, Lula pediu à militância petista que evite o clima de já ganhou. “Humildade, serenidade e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Com eleição e mineração, só se conhece o resultado depois da apuração”, ponderou.
No final, voltou a falar em tolerância e compreensão como tom de campanha. “Um candidato ou presidente que tem vocês como salva-guarda, não tem que ter medo de quem quer que seja”.
E conclui: “Se uma parte da elite brasileira, se algum saudosista do período militar nos odeia, o povo pobre desse país precisa de nós. E nós vamos atendê-lo mais uma vez”.
Leia a íntegra do discurso de Lula.
Convenção: Leia a íntegra do discurso de Lula na Convenção Nacional do PT
Convenção: Candidatura de Lula reafirma projeto popular, diz Berzoini
Convenção: Ovacionado, Alencar afirma que o PT é a cara do Brasil
Convenção: Renato Rabelo ressalta esforço de integração do continente
sábado, junho 24, 2006
O que realmente está em jogo em 2006?
José Dirceu,
ex -ministro-chefe da Casa Civil
[22/JUN/2006]
Quando terminar a Copa do Mundo, outro jogo ocupará o campo principal das atenções nacionais e nele, estará em disputa aquilo que os próprios tucanos, finalmente, já admitem: a escolha entre dois projetos distintos de desenvolvimento para o Brasil do século XXI. Não há mais dúvida de que o governo Lula não foi uma continuidade do governo FHC e representa uma mudança, pois iniciou um novo ciclo econômico, diferente do modelo neoliberal dos anos 90.
Todavia, agora que já se admite a existência de uma alternativa em andamento, os críticos, da oposição, questionam nossa capacidade de sustentá-la, face ao ajuste da economia mundial, que pode ter começado com o aumento da taxa de juros nos EUA.
Na verdade, é paradoxal que, diante da incerteza, se defenda um retrocesso ao neoliberalismo tucano, quando se sabe que o principal obstáculo ao desenvolvimento brasileiro decorre, justamente, da herança fernandista. Tanto o desequilíbrio macroeconômico quanto a subordinação ideológica do Estado a esquematismos escravizantes – como o é a orientação rentista imposta à política monetária — são gargalos com denominação e origem consagradas.
O primeiro governo do presidente Lula retomou o controle da inflação. Mas, diferentemente da estagnação que caracterizou o ciclo tucano, promoveu, simultaneamente, a retomada do crescimento, com a criação média de 1,2 milhão de empregos por ano. Ademais, fez uma ruptura benigna na área externa, trocando a subordinação aos guichês do FMI e ao governo dos EUA por uma inserção comercial competitiva e soberana no mercado mundial. Ganhamos, assim, um colchão de reservas quatro vezes superior ao disponível na era FHC. Bancos públicos e governo federal voltaram a investir nas áreas de energia, petróleo, ferrovias, portos, agricultura familiar, habitação, saneamento e turismo. A natureza do desenvolvimento mudou com a emergência de um mercado de massas, apoiado na expansão do emprego, da renda e do crédito ao consumo.
Os responsáveis pelo descalabro tucano, que agora propõem uma volta ao passado, esquecem-se da situação em que deixaram o Brasil. O que herdamos, em 2003, foi o rescaldo desastroso de uma crise energética, que custou – preços atuais – R$ 50 bilhões em prejuízos a toda sociedade.
O custo do déficit em conta corrente, depois de oito anos de estrangulamento externo, foi de 188 bilhões de dólares. Isso, sem falar na desagregação social cujas conseqüências o Brasil ainda enfrenta, apesar dos cinco milhões de empregos criados no governo Lula e do aumento com os gastos sociais. Todavia, o governo Lula manteve uma política monetária e, por conseqüência, um câmbio que inibem o crescimento e paralisam a nova política industrial e de inovação, impondo limites ao desenvolvimento do país.
A questão é se vamos retornar ao passado ou vamos avançar na agenda iniciada pelo atual governo. Vamos aumentar os investimentos públicos, com redução dos juros e um câmbio de exportação, fazendo como todos os países, inclusive os EUA, ou vamos aceitar a agenda do passado, que sempre exige corte nos gastos sociais, mais superávit, diminuição da participação dos salários na renda nacional, privatizações e mais abertura comercial, via Alca?
Não estamos fadados a um processo de esgotamento do atual ciclo, como sugerem os críticos tucanos, ao propalar que ele se apóia no aumento dos gastos públicos e da carga tributária, numa política de juros altos e câmbio valorizado que estrangulará nossa política exportadora e o impulso inovador de nossa economia.
A questão decisiva, agora, portanto, é armar o segundo tempo do jogo, para completar de vez a travessia para um modelo de desenvolvimento, lastreado em quatro motores: mercado interno de massa, apoiado em um amplo programa de distribuição de renda; revolução educacional; política de exportações agressiva e integração sul-americana que adicione respostas continentais aos impasses econômicos gerados pela volatilidade mundial. Mas não é possível construir esse modelo de desenvolvimento sem uma ampla reforma política e administrativa e sem o aumento dos investimentos públicos em infra-estrutura de transportes e urbana.
Não se pode mais responder com hesitação ao projeto regressivo embutido na análise tucana. É necessário fixar metas com audácia e criar os instrumentos de consenso político para alcançá-las. A um Conselho Monetário Nacional ampliado e democratizado caberia articular metas de inflação e de crescimento industrial, com criação de dois milhões de empregos por ano e não mais 1,2 milhão de empregos, como já fizemos no primeiro mandato.
Vivemos um momento de transição de um modelo para outro. Se chegamos até aqui, a duras penas, não é agora que iremos recuar ou andar em círculos. Pagamos caro pela memória trazida dos anos 90, já não mais inflacionária, mas ortodoxa, de juros altos e câmbio valorizado. Aprendemos com os erros e acumulamos experiência preciosa para construir, num segundo mandato, um projeto de desenvolvimento à altura do nosso povo e do tamanho do Brasil.
ex -ministro-chefe da Casa Civil
[22/JUN/2006]
Quando terminar a Copa do Mundo, outro jogo ocupará o campo principal das atenções nacionais e nele, estará em disputa aquilo que os próprios tucanos, finalmente, já admitem: a escolha entre dois projetos distintos de desenvolvimento para o Brasil do século XXI. Não há mais dúvida de que o governo Lula não foi uma continuidade do governo FHC e representa uma mudança, pois iniciou um novo ciclo econômico, diferente do modelo neoliberal dos anos 90.
Todavia, agora que já se admite a existência de uma alternativa em andamento, os críticos, da oposição, questionam nossa capacidade de sustentá-la, face ao ajuste da economia mundial, que pode ter começado com o aumento da taxa de juros nos EUA.
Na verdade, é paradoxal que, diante da incerteza, se defenda um retrocesso ao neoliberalismo tucano, quando se sabe que o principal obstáculo ao desenvolvimento brasileiro decorre, justamente, da herança fernandista. Tanto o desequilíbrio macroeconômico quanto a subordinação ideológica do Estado a esquematismos escravizantes – como o é a orientação rentista imposta à política monetária — são gargalos com denominação e origem consagradas.
O primeiro governo do presidente Lula retomou o controle da inflação. Mas, diferentemente da estagnação que caracterizou o ciclo tucano, promoveu, simultaneamente, a retomada do crescimento, com a criação média de 1,2 milhão de empregos por ano. Ademais, fez uma ruptura benigna na área externa, trocando a subordinação aos guichês do FMI e ao governo dos EUA por uma inserção comercial competitiva e soberana no mercado mundial. Ganhamos, assim, um colchão de reservas quatro vezes superior ao disponível na era FHC. Bancos públicos e governo federal voltaram a investir nas áreas de energia, petróleo, ferrovias, portos, agricultura familiar, habitação, saneamento e turismo. A natureza do desenvolvimento mudou com a emergência de um mercado de massas, apoiado na expansão do emprego, da renda e do crédito ao consumo.
Os responsáveis pelo descalabro tucano, que agora propõem uma volta ao passado, esquecem-se da situação em que deixaram o Brasil. O que herdamos, em 2003, foi o rescaldo desastroso de uma crise energética, que custou – preços atuais – R$ 50 bilhões em prejuízos a toda sociedade.
O custo do déficit em conta corrente, depois de oito anos de estrangulamento externo, foi de 188 bilhões de dólares. Isso, sem falar na desagregação social cujas conseqüências o Brasil ainda enfrenta, apesar dos cinco milhões de empregos criados no governo Lula e do aumento com os gastos sociais. Todavia, o governo Lula manteve uma política monetária e, por conseqüência, um câmbio que inibem o crescimento e paralisam a nova política industrial e de inovação, impondo limites ao desenvolvimento do país.
A questão é se vamos retornar ao passado ou vamos avançar na agenda iniciada pelo atual governo. Vamos aumentar os investimentos públicos, com redução dos juros e um câmbio de exportação, fazendo como todos os países, inclusive os EUA, ou vamos aceitar a agenda do passado, que sempre exige corte nos gastos sociais, mais superávit, diminuição da participação dos salários na renda nacional, privatizações e mais abertura comercial, via Alca?
Não estamos fadados a um processo de esgotamento do atual ciclo, como sugerem os críticos tucanos, ao propalar que ele se apóia no aumento dos gastos públicos e da carga tributária, numa política de juros altos e câmbio valorizado que estrangulará nossa política exportadora e o impulso inovador de nossa economia.
A questão decisiva, agora, portanto, é armar o segundo tempo do jogo, para completar de vez a travessia para um modelo de desenvolvimento, lastreado em quatro motores: mercado interno de massa, apoiado em um amplo programa de distribuição de renda; revolução educacional; política de exportações agressiva e integração sul-americana que adicione respostas continentais aos impasses econômicos gerados pela volatilidade mundial. Mas não é possível construir esse modelo de desenvolvimento sem uma ampla reforma política e administrativa e sem o aumento dos investimentos públicos em infra-estrutura de transportes e urbana.
Não se pode mais responder com hesitação ao projeto regressivo embutido na análise tucana. É necessário fixar metas com audácia e criar os instrumentos de consenso político para alcançá-las. A um Conselho Monetário Nacional ampliado e democratizado caberia articular metas de inflação e de crescimento industrial, com criação de dois milhões de empregos por ano e não mais 1,2 milhão de empregos, como já fizemos no primeiro mandato.
Vivemos um momento de transição de um modelo para outro. Se chegamos até aqui, a duras penas, não é agora que iremos recuar ou andar em círculos. Pagamos caro pela memória trazida dos anos 90, já não mais inflacionária, mas ortodoxa, de juros altos e câmbio valorizado. Aprendemos com os erros e acumulamos experiência preciosa para construir, num segundo mandato, um projeto de desenvolvimento à altura do nosso povo e do tamanho do Brasil.
Entrevista: Paul Singer
Coerência à flor da pele
Paulo Donizetti de Souza para a Revista Brasil
Paul Singer é o tipo de intelectual que arregaça as mangas para buscar pôr em prática o que aprende e ensina. Para ele, a organização de empreendimentos solidários mostra que outra economia é possível e está acontecendo. Paul Singer figura, possivelmente, entre os mais conceituados intelectuais do Brasil. Sua obra é ingrediente obrigatório na biblioteca de quem queira entender o Brasil. Com a fala serena de um mestre, Singer fala de seu país com a coerência que o acompanha em mais de meio século de militância política de esquerda. Critica com pesar, mas sem meias palavras, os rumos da economia. Fala dos vacilos do governo e do PT; e torce pela reeleição de Lula. Esse brasileiro nascido na Áustria há 74 anos já foi metalúrgico (eletrotécnico), é um dos fundadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) junto com intelectuais da academia perseguidos pelo regime militar. Professor da Unesp e da FEA/USP, foi secretário de Planejamento paulistano na gestão de Luiza Erundina e, desde 2003, comanda a Secretaria Nacional de Economia Solidária criada pelo atual governo dentro do Ministério do Trabalho. Para Paul Singer, a economia solidária não é mera alternativa para gerar ocupação em tempos de crise, como pensam alguns, mas uma ferramenta de construção de um novo modelo econômico pautado pelo humanismo, a justiça social, a cooperação mútua e a solidariedade. É seu modo de ver o país que aparece nesta primeira entrevista da história da Revista do Brasil. Revista do Brasil: É possível mudar de rumo na economia ou estamos aprisionados a esse modelo? Paul Singer: É possível. Já podíamos estar crescendo muito mais que no momento. Aquela elevação da taxa de juros a partir de setembro de 2004 cortou pela metade o crescimento em 2005. A meu ver, desnecessariamente. Estamos crescendo a meio vapor e isso por opções político-econômicas. É preciso controlar a movimentação dos capitais dentro e fora do país porque o não-controle praticamente coloca o governo brasileiro e o Banco Central à mercê do capital financeiro. Essa é a situação da maior parte dos países desenvolvidos hoje. Eles não controlam a movimentação de capitais e são obrigados, em diferentes governos – de esquerda ou de direita –, a fazer uma política conservadora colocando o combate à inflação muito acima do combate ao desemprego. É um grande dilema. É possível optar por outra política se tivermos a firmeza hindu, tailandesa, da Malásia ou chilena. A Argentina tem. Cresceu 8% ou 9%. Nós poderíamos também, se quiséssemos. RB: A quem diz que o país precisa de um "choque de gestão" o presidente Lula responde que precisa é "choque de inclusão social". Isso está acontecendo? PS: Não sei se é choque, mas há diferenças sensíveis. A promessa do presidente de zerar a fome e garantir o mínimo de segurança alimentar à população está sendo cumprida. O presidente deu absoluta prioridade a isso, não deixou nenhum corte de orçamento atingir essa meta. Vamos chegar a mais de 11 milhões de famílias que vão ter uma renda muito baixa ainda, mas suficiente para garantir a nutrição das crianças – e ligada inclusive a sua freqüência na escola. RB: O senhor ficou satisfeito com a decisão do PT em relação aos parlamentares que tiveram seus nomes envolvidos em supostos problemas de conduta? PS: Eu fiquei. Foi importante ter adotado uma decisão no sentido de que o PT vai apurar os fatos. A hipótese é de que todos somos, mais ou menos, responsáveis pelo que aconteceu. A responsabilidade pelo processo é coletiva, embora tenha havido violações graves na democracia interna do partido, já que certas condutas individuais foram comprovadamente clandestinas. O partido não sabia. RB: O senhor acha que o PT tem condições de voltar a liderar na sociedade uma ação pela ética na política, tomar a dianteira em propor uma reforma política ampla e consistente? PS: Tem. Uma das coisas interessantes a esse respeito é o seguinte: a Folha de S.Paulo deu em manchete depois da adoção dessa resolução [discutir a punição dos envolvidos em denúncias depois da eleição], que o PT enterra a investigação. Aconteceu o contrário: por consenso a apuração está programada, vai acontecer. Nenhum jornal ou revista cobrou apuração de qualquer outro partido, inclusive do PSDB – afinal de contas, quem criou o "valerioduto" foi o PSDB. Isso também está comprovado. O PT precisa apurar por que passou a ser uma máquina eleitoral dependente de grandes quantias de dinheiro. Mesmo doações oficialmente declaradas parecem ter vindo dos bancos. Isso é preocupante. RB: Mas contribuições fazem parte da regra eleitoral. PS: O que me importa no caso do PT é que ele volte a ser um partido barato. Houve deslumbre, desbunde e descontrole. O que eu e muitos de nós queremos é ter um partido em que a contribuição dos filiados seja a principal fonte de financiamento. Acho que o PT não deveria receber nenhuma contribuição de pessoa jurídica. Contribuir para o PT teria de ser uma posição política. RB: É possível governar sem fazer alianças político-partidárias? PS: Defendo que, para as eleições, tenhamos apenas alianças com partidos com programas análogos, que nós não fizéssemos aliança com partido de direita. Na verdade, os partidos não são de direita: o PTB, o PP e o PL não são de direita, também não são de esquerda, também não são de centro. Nem têm projeto. O povo brasileiro se politizou bastante nas eleições para o Executivo. Vota com atenção e convicção para presidente da República, para governador e para prefeito. Mas essa politização inexiste para o Legislativo. A maioria das pessoas, depois de um mês, não lembra em quem votou. RB: Mas é possível governar sem alianças? PS: Se o presidente Lula for reeleito – e eu espero que seja! – vai ter que constituir maioria e tem que estabelecer alianças. Mas é diferente você fazer aliança depois da eleição, só com os parlamentares. Eu não acho nada imoral os que aderem à aliança terem cargos no governo, por exemplo. Por que um partido vai apoiar um governo? Pelos belos olhos? Só pelo entusiasmo? Não. Isso – participar do governo – é legítimo. RB: Como o senhor avalia o ano internacional do microcrédito (2005, instituído pela Nações Unidas)? O senhor representou o presidente Lula, como um dos embaixadores do microcrédito. PS: No Brasil não houve grande avanço. Conseguimos uma lei que foi amplamente debatida no Congresso mas que não é funcional. Você faz com ótima intenção, no caso, abrir o crédito aos micro e pequenos empreendedores, aos pobres em geral, sem precisar de garantia, o que é uma mudança na política bancária do país, mas cria tantas exigências que inviabilizam a implementação. Precisa de ajustes. O presidente Lula está investindo muito no microcrédito, com toda razão. É uma coisa extremamente importante, sobretudo como porta de saída dessas 11 milhões de famílias do Bolsa Família, que precisam de crédito para começar alguma atividade econômica e ter alguma perspectiva. É preciso mudar algumas regras para que o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) comece a deslanchar. RB: E quanto à economia solidária? PS: O governo nacional coloca a economia solidária como um dos alvos da sua política de fomento. Ela existe há tempos, mas estava anônima no país. Com movimentos apoiados por organismos como a Cáritas [entidade ligada à Igreja Católica que apóia movimentos populares e comunitários], por setores das universidades, por sindicatos, a economia solidária foi emergindo. RB: É possível dimensionar com que intensidade a economia solidária acontece? PS: A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), criada em 2003, iniciou um mapeamento que conseguiu identificar 15 mil empreendimentos no país, em todos os estados brasileiros. Estamos iniciando uma segunda tomada para complementar esse trabalho. Em todos os 27 estados existem comitês do sistema de informação da economia solidária. As plenárias, os encontros de empreendimentos em 2004, tudo isso deu outra qualidade à economia solidária. Isso foi viabilizado pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária, que reúne os movimentos sociais afins, e pela Senaes, braço do poder público nessa empreitada. A conferência nacional de economia solidária, que deve acontecer no final do mês de junho, será o auge desse processo de fazer emergir e dar identidade à economia solidária. Queremos que participem todos os grandes movimentos sociais brasileiros: as mulheres, os negros, os indígenas, os ambientalistas, para fazer uma grande aliança com a economia solidária. RB: Quem planta, produz algum bem ou serviço tem de vender, não é? PS: O mapeamento mostrou coisas surpreendentes para nós. A maior parte da economia solidária está no campo. Há mais empreendimentos rurais, agropecuários e extrativistas do que urbanos. Além disso, a maior parte da economia solidária está no Nordeste. O Rio Grande do Sul é onde há mais empreendimentos cadastrados nesse primeiro levantamento, mais de 1.600, mas logo em seguida vem a Bahia, o Ceará e o Piauí, com mais de mil empreendimentos cadastrados cada estado – 44% dos empreendimentos estão no Nordeste porque lá a pobreza é maior. Ou seja, há uma forte relação entre a pobreza e a economia solidária. A comercialização ainda é um ponto de estrangulamento. Não que não haja mercado. Não há vendedores. As pessoas pobres têm mais propensão a produzir do que a vender. Se você junta um grupo de mulheres para costurar, elas farão isso com muito empenho e gosto, mas vá perguntar a elas se querem ir para as lojas para vender. Elas têm medo de não falar a língua da classe média deles, têm vergonha de ser pobre. Existe um forte movimento de comércio justo, principalmente de exportação para a Europa, onde milhares de lojas vendem produtos do terceiro mundo com preços maiores que o resto do comércio e a diferença indo direto para os produtores. Do ponto de vista da produção, é insignificante o que se consegue escoar por aí, possivelmente 5% de tudo. RB: Como resolver isso? PS: É preciso criar canais de comercialização da produção da economia solidária, ter comércio justo dentro do país, colocar os produtos da economia solidária no supermercado e na grande rede comercial. O ideal seria ter entidades cooperativas de economia solidária de intermediação, compra e venda. RB: O governo tem conseguido fazer a distinção entre o empreendimento econômico solidário, cooperativismo e as falsas cooperativas, as de fachada? PS: Isso para nós é um dos assuntos vitais, sobretudo nas cooperativas de serviços e de trabalho. As falsas cooperativas existem desde lá embaixo, na limpeza, até na medicina. A fiscalização vai atrás e destrói as cooperativas que eles consideram falsas sempre que há denúncias, mas isso só não resolve o problema. Estamos fazendo um projeto de lei para que cooperativas não possam proporcionar a seus próprios membros menos que os direitos básicos de um assalariado. Criamos o Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (Pronacoop). A lei dá três anos para que as cooperativas tenham suficiência econômica. RB: Existe algum mecanismo de apoio a trabalhadores para que assumam, em autogestão, empresas em vias de quebrar? PS: A Senaes apóia com dinheiro as grandes entidades que fazem isso, que habilitam os trabalhadores a ficar com a massa falida e a recuperar a empresa em crise, que são a Anteag (Associação Nacional de Trabalhadores em Empresas Auto-geridas) e a Unisol (União e Solidariedade das Cooperativas do Brasil). A nova lei de falências prevê recuperação judicial das empresas e que os trabalhadores sejam reconhecidos como credores da empresa em crise ou falida. Para que haja uma recuperação judicial, os trabalhadores têm que concordar que são um dos três grandes credores – assim como governo e fornecedores. O que quer que aconteça com a empresa em crise, os trabalhadores têm voz ativa. Além disso, há a possibilidade de que os trabalhadores assumam a empresa e a dirijam em autogestão para recuperá-la. A lei zera todo o passivo da empresa se ela for entregue a um novo dono, que pode ser, inclusive, seus ex-empregados. RB: Essa "outra" economia é mesmo possível? PS: Eu acho que é. Está acontecendo. RB: Lula e o PT sempre foram referências para a esquerda latino-americana, mas estão conseguindo fazer um governo de esquerda? PS: Esquerda é, na verdade, a luta contra a desigualdade, a miséria, a morte desnecessária, a exploração. Nesse sentido, o Bolsa Família é a principal ação, pelas suas dimensões e significados. Por isso teve repercussão internacional. Mas o governo Lula tomou muitas medidas que são progressistas do ponto de vista de esquerda. Talvez uma das mais importantes, em breve, vá ser a lei geral da micro e pequena empresa. Ela permitirá que as pequenas firmas, de baixa renda, paguem apenas uma fração desses impostos todos indiretos e diretos que existem. É uma forma de atrair para a formalidade empresas muito pobres e uma medida de grande impacto social. Deve entrar em vigor este ano, tem muito apoio no parlamento. É como o Simples, do Fernando Henrique, só que elevado a enésima potência. O Lula faz muito isso: pega coisas que o Fernando Henrique começou a fazer numa escala insignificante e transforma em programa social significativo.
* Colaborou Xandra Stefanel
Paulo Donizetti de Souza para a Revista Brasil
Paul Singer é o tipo de intelectual que arregaça as mangas para buscar pôr em prática o que aprende e ensina. Para ele, a organização de empreendimentos solidários mostra que outra economia é possível e está acontecendo. Paul Singer figura, possivelmente, entre os mais conceituados intelectuais do Brasil. Sua obra é ingrediente obrigatório na biblioteca de quem queira entender o Brasil. Com a fala serena de um mestre, Singer fala de seu país com a coerência que o acompanha em mais de meio século de militância política de esquerda. Critica com pesar, mas sem meias palavras, os rumos da economia. Fala dos vacilos do governo e do PT; e torce pela reeleição de Lula. Esse brasileiro nascido na Áustria há 74 anos já foi metalúrgico (eletrotécnico), é um dos fundadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) junto com intelectuais da academia perseguidos pelo regime militar. Professor da Unesp e da FEA/USP, foi secretário de Planejamento paulistano na gestão de Luiza Erundina e, desde 2003, comanda a Secretaria Nacional de Economia Solidária criada pelo atual governo dentro do Ministério do Trabalho. Para Paul Singer, a economia solidária não é mera alternativa para gerar ocupação em tempos de crise, como pensam alguns, mas uma ferramenta de construção de um novo modelo econômico pautado pelo humanismo, a justiça social, a cooperação mútua e a solidariedade. É seu modo de ver o país que aparece nesta primeira entrevista da história da Revista do Brasil. Revista do Brasil: É possível mudar de rumo na economia ou estamos aprisionados a esse modelo? Paul Singer: É possível. Já podíamos estar crescendo muito mais que no momento. Aquela elevação da taxa de juros a partir de setembro de 2004 cortou pela metade o crescimento em 2005. A meu ver, desnecessariamente. Estamos crescendo a meio vapor e isso por opções político-econômicas. É preciso controlar a movimentação dos capitais dentro e fora do país porque o não-controle praticamente coloca o governo brasileiro e o Banco Central à mercê do capital financeiro. Essa é a situação da maior parte dos países desenvolvidos hoje. Eles não controlam a movimentação de capitais e são obrigados, em diferentes governos – de esquerda ou de direita –, a fazer uma política conservadora colocando o combate à inflação muito acima do combate ao desemprego. É um grande dilema. É possível optar por outra política se tivermos a firmeza hindu, tailandesa, da Malásia ou chilena. A Argentina tem. Cresceu 8% ou 9%. Nós poderíamos também, se quiséssemos. RB: A quem diz que o país precisa de um "choque de gestão" o presidente Lula responde que precisa é "choque de inclusão social". Isso está acontecendo? PS: Não sei se é choque, mas há diferenças sensíveis. A promessa do presidente de zerar a fome e garantir o mínimo de segurança alimentar à população está sendo cumprida. O presidente deu absoluta prioridade a isso, não deixou nenhum corte de orçamento atingir essa meta. Vamos chegar a mais de 11 milhões de famílias que vão ter uma renda muito baixa ainda, mas suficiente para garantir a nutrição das crianças – e ligada inclusive a sua freqüência na escola. RB: O senhor ficou satisfeito com a decisão do PT em relação aos parlamentares que tiveram seus nomes envolvidos em supostos problemas de conduta? PS: Eu fiquei. Foi importante ter adotado uma decisão no sentido de que o PT vai apurar os fatos. A hipótese é de que todos somos, mais ou menos, responsáveis pelo que aconteceu. A responsabilidade pelo processo é coletiva, embora tenha havido violações graves na democracia interna do partido, já que certas condutas individuais foram comprovadamente clandestinas. O partido não sabia. RB: O senhor acha que o PT tem condições de voltar a liderar na sociedade uma ação pela ética na política, tomar a dianteira em propor uma reforma política ampla e consistente? PS: Tem. Uma das coisas interessantes a esse respeito é o seguinte: a Folha de S.Paulo deu em manchete depois da adoção dessa resolução [discutir a punição dos envolvidos em denúncias depois da eleição], que o PT enterra a investigação. Aconteceu o contrário: por consenso a apuração está programada, vai acontecer. Nenhum jornal ou revista cobrou apuração de qualquer outro partido, inclusive do PSDB – afinal de contas, quem criou o "valerioduto" foi o PSDB. Isso também está comprovado. O PT precisa apurar por que passou a ser uma máquina eleitoral dependente de grandes quantias de dinheiro. Mesmo doações oficialmente declaradas parecem ter vindo dos bancos. Isso é preocupante. RB: Mas contribuições fazem parte da regra eleitoral. PS: O que me importa no caso do PT é que ele volte a ser um partido barato. Houve deslumbre, desbunde e descontrole. O que eu e muitos de nós queremos é ter um partido em que a contribuição dos filiados seja a principal fonte de financiamento. Acho que o PT não deveria receber nenhuma contribuição de pessoa jurídica. Contribuir para o PT teria de ser uma posição política. RB: É possível governar sem fazer alianças político-partidárias? PS: Defendo que, para as eleições, tenhamos apenas alianças com partidos com programas análogos, que nós não fizéssemos aliança com partido de direita. Na verdade, os partidos não são de direita: o PTB, o PP e o PL não são de direita, também não são de esquerda, também não são de centro. Nem têm projeto. O povo brasileiro se politizou bastante nas eleições para o Executivo. Vota com atenção e convicção para presidente da República, para governador e para prefeito. Mas essa politização inexiste para o Legislativo. A maioria das pessoas, depois de um mês, não lembra em quem votou. RB: Mas é possível governar sem alianças? PS: Se o presidente Lula for reeleito – e eu espero que seja! – vai ter que constituir maioria e tem que estabelecer alianças. Mas é diferente você fazer aliança depois da eleição, só com os parlamentares. Eu não acho nada imoral os que aderem à aliança terem cargos no governo, por exemplo. Por que um partido vai apoiar um governo? Pelos belos olhos? Só pelo entusiasmo? Não. Isso – participar do governo – é legítimo. RB: Como o senhor avalia o ano internacional do microcrédito (2005, instituído pela Nações Unidas)? O senhor representou o presidente Lula, como um dos embaixadores do microcrédito. PS: No Brasil não houve grande avanço. Conseguimos uma lei que foi amplamente debatida no Congresso mas que não é funcional. Você faz com ótima intenção, no caso, abrir o crédito aos micro e pequenos empreendedores, aos pobres em geral, sem precisar de garantia, o que é uma mudança na política bancária do país, mas cria tantas exigências que inviabilizam a implementação. Precisa de ajustes. O presidente Lula está investindo muito no microcrédito, com toda razão. É uma coisa extremamente importante, sobretudo como porta de saída dessas 11 milhões de famílias do Bolsa Família, que precisam de crédito para começar alguma atividade econômica e ter alguma perspectiva. É preciso mudar algumas regras para que o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) comece a deslanchar. RB: E quanto à economia solidária? PS: O governo nacional coloca a economia solidária como um dos alvos da sua política de fomento. Ela existe há tempos, mas estava anônima no país. Com movimentos apoiados por organismos como a Cáritas [entidade ligada à Igreja Católica que apóia movimentos populares e comunitários], por setores das universidades, por sindicatos, a economia solidária foi emergindo. RB: É possível dimensionar com que intensidade a economia solidária acontece? PS: A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), criada em 2003, iniciou um mapeamento que conseguiu identificar 15 mil empreendimentos no país, em todos os estados brasileiros. Estamos iniciando uma segunda tomada para complementar esse trabalho. Em todos os 27 estados existem comitês do sistema de informação da economia solidária. As plenárias, os encontros de empreendimentos em 2004, tudo isso deu outra qualidade à economia solidária. Isso foi viabilizado pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária, que reúne os movimentos sociais afins, e pela Senaes, braço do poder público nessa empreitada. A conferência nacional de economia solidária, que deve acontecer no final do mês de junho, será o auge desse processo de fazer emergir e dar identidade à economia solidária. Queremos que participem todos os grandes movimentos sociais brasileiros: as mulheres, os negros, os indígenas, os ambientalistas, para fazer uma grande aliança com a economia solidária. RB: Quem planta, produz algum bem ou serviço tem de vender, não é? PS: O mapeamento mostrou coisas surpreendentes para nós. A maior parte da economia solidária está no campo. Há mais empreendimentos rurais, agropecuários e extrativistas do que urbanos. Além disso, a maior parte da economia solidária está no Nordeste. O Rio Grande do Sul é onde há mais empreendimentos cadastrados nesse primeiro levantamento, mais de 1.600, mas logo em seguida vem a Bahia, o Ceará e o Piauí, com mais de mil empreendimentos cadastrados cada estado – 44% dos empreendimentos estão no Nordeste porque lá a pobreza é maior. Ou seja, há uma forte relação entre a pobreza e a economia solidária. A comercialização ainda é um ponto de estrangulamento. Não que não haja mercado. Não há vendedores. As pessoas pobres têm mais propensão a produzir do que a vender. Se você junta um grupo de mulheres para costurar, elas farão isso com muito empenho e gosto, mas vá perguntar a elas se querem ir para as lojas para vender. Elas têm medo de não falar a língua da classe média deles, têm vergonha de ser pobre. Existe um forte movimento de comércio justo, principalmente de exportação para a Europa, onde milhares de lojas vendem produtos do terceiro mundo com preços maiores que o resto do comércio e a diferença indo direto para os produtores. Do ponto de vista da produção, é insignificante o que se consegue escoar por aí, possivelmente 5% de tudo. RB: Como resolver isso? PS: É preciso criar canais de comercialização da produção da economia solidária, ter comércio justo dentro do país, colocar os produtos da economia solidária no supermercado e na grande rede comercial. O ideal seria ter entidades cooperativas de economia solidária de intermediação, compra e venda. RB: O governo tem conseguido fazer a distinção entre o empreendimento econômico solidário, cooperativismo e as falsas cooperativas, as de fachada? PS: Isso para nós é um dos assuntos vitais, sobretudo nas cooperativas de serviços e de trabalho. As falsas cooperativas existem desde lá embaixo, na limpeza, até na medicina. A fiscalização vai atrás e destrói as cooperativas que eles consideram falsas sempre que há denúncias, mas isso só não resolve o problema. Estamos fazendo um projeto de lei para que cooperativas não possam proporcionar a seus próprios membros menos que os direitos básicos de um assalariado. Criamos o Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (Pronacoop). A lei dá três anos para que as cooperativas tenham suficiência econômica. RB: Existe algum mecanismo de apoio a trabalhadores para que assumam, em autogestão, empresas em vias de quebrar? PS: A Senaes apóia com dinheiro as grandes entidades que fazem isso, que habilitam os trabalhadores a ficar com a massa falida e a recuperar a empresa em crise, que são a Anteag (Associação Nacional de Trabalhadores em Empresas Auto-geridas) e a Unisol (União e Solidariedade das Cooperativas do Brasil). A nova lei de falências prevê recuperação judicial das empresas e que os trabalhadores sejam reconhecidos como credores da empresa em crise ou falida. Para que haja uma recuperação judicial, os trabalhadores têm que concordar que são um dos três grandes credores – assim como governo e fornecedores. O que quer que aconteça com a empresa em crise, os trabalhadores têm voz ativa. Além disso, há a possibilidade de que os trabalhadores assumam a empresa e a dirijam em autogestão para recuperá-la. A lei zera todo o passivo da empresa se ela for entregue a um novo dono, que pode ser, inclusive, seus ex-empregados. RB: Essa "outra" economia é mesmo possível? PS: Eu acho que é. Está acontecendo. RB: Lula e o PT sempre foram referências para a esquerda latino-americana, mas estão conseguindo fazer um governo de esquerda? PS: Esquerda é, na verdade, a luta contra a desigualdade, a miséria, a morte desnecessária, a exploração. Nesse sentido, o Bolsa Família é a principal ação, pelas suas dimensões e significados. Por isso teve repercussão internacional. Mas o governo Lula tomou muitas medidas que são progressistas do ponto de vista de esquerda. Talvez uma das mais importantes, em breve, vá ser a lei geral da micro e pequena empresa. Ela permitirá que as pequenas firmas, de baixa renda, paguem apenas uma fração desses impostos todos indiretos e diretos que existem. É uma forma de atrair para a formalidade empresas muito pobres e uma medida de grande impacto social. Deve entrar em vigor este ano, tem muito apoio no parlamento. É como o Simples, do Fernando Henrique, só que elevado a enésima potência. O Lula faz muito isso: pega coisas que o Fernando Henrique começou a fazer numa escala insignificante e transforma em programa social significativo.
* Colaborou Xandra Stefanel
Carta aberta ao senador Arthur Virgílio
Vi com perplexidade o depoimento de V.Exa. na tribuna do Senado na noite de ontem. Mais uma vez utilizando-se de bravatas e agora numa atitude de chantagem explícita, o senhor desafia o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a derrubar o laudo da Polícia Federal que atesta a autenticidade da "lista de Furnas" num prazo de 24 horas, caso contrário "ele vai ver o que é bom prá tosse". Fica clara a tentativa do senador em tentar evitar a apuração das denúncias de caixa dois tucano nas eleições de 2002. Desde o aparecimento das cópias da famosa lista, V,Exa. e vários outros tucanos de alta plumagem, tentam desqualificá-la, assim como tentaram fazer com a lista de Cláudio Mourão, que além de demonstrar o imenso caixa dois na campanha à reeleição do então governador Eduardo Azeredo, mostrou a utilização na mesma de recursos públicos oriundos de empresas estatais e o nascedouro do valerioduto. A tática foi a mesma utilizada agora: desqualificar o denuncinte, falar em falsificação e, quando da comprovação da autenticidade da assinatura e de que não houve montagem, tentar se passarem por vítimas de perseguição da Polícia Federal. O senhor senador que ameaçou até bater no presidente, me processar, dar prazo de 24 horas para o ministro dizer que a lista é falsa, não mostra a mesma valentia contra o autor da lista. Se, como diz V.Exa. a lista é falsa, a responsabilidade é somente dele, afinal o laudo comprova ser verdadeira a sua assinatura e também não haver montagem. Porque então não processa o Sr. Dimas Toledo? Estaria o senador com medo da verdade? A bravata e a chantagem de V.Exa., na tentativa de intimidar e sufocar a apuração, pode acabar sendo um tiro no pé. Que Furnas, através de Dimas Toledo, sempre foi utilizada como fonte de arrecadação para as campanhas tucanas, todos aqui em Minas já sabiam, embora até então não fosse ainda comprovado. Era um verdadeiro segredo de polichinelo. Resta agora à PF tornar público o laudo e avançar nas investigações. O ministro é um homem honrado e a Polícia Federal tem atuado com total isenção e liberdade. Nunca se apurou tantos crimes como agora, coisa impossível de acontecer em governos tucanos, que se especializaram em varrer a sujeira para debaixo do tapete.. Por fim, é bom se lembrar que Nilton Monteiro falou que além do original da "lista de Furnas", já apresentado e periciado como verdadeiro, ele possui recibos assinados pelos beneficiados pelo esquema. E é bom não duvidar pois, foi através de suas denuncias, que se desbaratou o grande esquema de corrupção do então governador capixaba (também tucano) José Ignácio e se mostraram mentirosas as versões de Cláudio Mourão, Eduardo Azeredo e agora Dimas Toledo. A verdade virá à tona!
Rogério CorreiaDeputado estadual
II vice-presidente da ALMG
Rogério CorreiaDeputado estadual
II vice-presidente da ALMG
Fontana critica PSDB e PFL por tentativa de convocação de Thomaz Bastos
Do Informes
O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), criticou ontem o PFL e o PSDB por tentarem aprovar requerimento de convocação do ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos para explicar denúncia de que supostamente teria recebido recursos no exterior. "Esta atitude da oposição, além de demonstrar desespero, é retaliação à apuração republicana que a Polícia Federal está realizando em relação à lista de Furnas", disse o líder.
A chamada "lista de Furnas" é um documento de cinco páginas que registra supostas contribuições de campanha, num esquema de caixa dois, a 156 políticos, principalmente do PSDB e do PFL, durante a disputa eleitoral de 2002. Eles teriam recebido R$ 40 milhões de fornecedores da estatal de energia.
A PF já confirmou a autenticidade da assinatura que aparece no documento, de Dimas Toledo, ex-diretor de engenharia de Furnas. Contudo, a PF informou que não tem como atestar, por enquanto, a veracidade do conteúdo da lista, mas continua investigando o caso. Os papéis citam empresas que teriam colaborado para abastecer um caixa dois para campanhas tucanas e pefelistas.
Valerioduto - Além da "lista de Furnas", a Polícia Federal continua investigando o caixa dois da campanha do PSDB e PFL para o governo de Minas Gerais, em 1998. Um documento do tesoureiro da campanha Cláudio Mourão já teve a autenticidade comprovada e mostra que o candidato tucano a governador, o hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) movimentou mais de R$ 100 milhões em sua campanha, montante não declarado à Justiça Eleitoral. A operação é tida como a origem do chamado valerioduto, do publicitário Marcos Valério de Souza.
Henrique Fontana foi cauteloso ao comentar a lista de Furnas, mas defendeu o aprofundamento das investigações, dado o conteúdo gravíssimo do documento. "Não digo, por enquanto, se o documento todo é verdadeiro ou não. Por isso, é necessária a investigação da Polícia Federal". O líder estranhou que o PSDB e o PFL não defendam a apuração do caso com o mesmo vigor com que agem para atacar o governo Lula.
Quanto à iniciativa da oposição de questionar, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as viagens que o presidente Lula poderá fazer durante a campanha eleitoral, o líder petista declarou que a atitude é outro ato de desespero em razão do favoristimo de Lula apontado pelas pesquisas eleitorais. "Num primeiro momento, numa atitude golpista, a oposição PFL/PSDB tentou o impeachment do presidente da República. Agora, aparentemente, quer que ele não seja candidato", comentou Fontana.
Reeleição - O líder lembrou que foi a oposição quem "inventou" a reeleição no país e as regras para participação em campanhas de quem for candidato à reeleição. O líder é contrário ao instituto da reeleição, mas entende que o tema deve ser tratado posteriormente pelas forças políticas do país, pois, no momento, qualquer tentativa nesse sentido seria para prejudicar a eventual candidatura Lula para um segundo mandato.
Fontana censurou o líder da Minoria, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), por criticar a intenção de Lula de inspecionar obras durante a eventual campanha eleitoral à reeleição. O líder petista disse que Aleluia quer agora incluir uma nova variável no processo eleitoral, mas desconheceu quando a mesma prática foi realizada durante a campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1998. "O líder da Minoria deveria criticar o candidato a vice-presidente na chapa de Alckmin, o senador José Jorge, por suas declarações desastrosas".
Alyda
Lista de Furnas: http://caixadoistucanodefurnas.blogspot.com/
O Informante
O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), criticou ontem o PFL e o PSDB por tentarem aprovar requerimento de convocação do ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos para explicar denúncia de que supostamente teria recebido recursos no exterior. "Esta atitude da oposição, além de demonstrar desespero, é retaliação à apuração republicana que a Polícia Federal está realizando em relação à lista de Furnas", disse o líder.
A chamada "lista de Furnas" é um documento de cinco páginas que registra supostas contribuições de campanha, num esquema de caixa dois, a 156 políticos, principalmente do PSDB e do PFL, durante a disputa eleitoral de 2002. Eles teriam recebido R$ 40 milhões de fornecedores da estatal de energia.
A PF já confirmou a autenticidade da assinatura que aparece no documento, de Dimas Toledo, ex-diretor de engenharia de Furnas. Contudo, a PF informou que não tem como atestar, por enquanto, a veracidade do conteúdo da lista, mas continua investigando o caso. Os papéis citam empresas que teriam colaborado para abastecer um caixa dois para campanhas tucanas e pefelistas.
Valerioduto - Além da "lista de Furnas", a Polícia Federal continua investigando o caixa dois da campanha do PSDB e PFL para o governo de Minas Gerais, em 1998. Um documento do tesoureiro da campanha Cláudio Mourão já teve a autenticidade comprovada e mostra que o candidato tucano a governador, o hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) movimentou mais de R$ 100 milhões em sua campanha, montante não declarado à Justiça Eleitoral. A operação é tida como a origem do chamado valerioduto, do publicitário Marcos Valério de Souza.
Henrique Fontana foi cauteloso ao comentar a lista de Furnas, mas defendeu o aprofundamento das investigações, dado o conteúdo gravíssimo do documento. "Não digo, por enquanto, se o documento todo é verdadeiro ou não. Por isso, é necessária a investigação da Polícia Federal". O líder estranhou que o PSDB e o PFL não defendam a apuração do caso com o mesmo vigor com que agem para atacar o governo Lula.
Quanto à iniciativa da oposição de questionar, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as viagens que o presidente Lula poderá fazer durante a campanha eleitoral, o líder petista declarou que a atitude é outro ato de desespero em razão do favoristimo de Lula apontado pelas pesquisas eleitorais. "Num primeiro momento, numa atitude golpista, a oposição PFL/PSDB tentou o impeachment do presidente da República. Agora, aparentemente, quer que ele não seja candidato", comentou Fontana.
Reeleição - O líder lembrou que foi a oposição quem "inventou" a reeleição no país e as regras para participação em campanhas de quem for candidato à reeleição. O líder é contrário ao instituto da reeleição, mas entende que o tema deve ser tratado posteriormente pelas forças políticas do país, pois, no momento, qualquer tentativa nesse sentido seria para prejudicar a eventual candidatura Lula para um segundo mandato.
Fontana censurou o líder da Minoria, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), por criticar a intenção de Lula de inspecionar obras durante a eventual campanha eleitoral à reeleição. O líder petista disse que Aleluia quer agora incluir uma nova variável no processo eleitoral, mas desconheceu quando a mesma prática foi realizada durante a campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1998. "O líder da Minoria deveria criticar o candidato a vice-presidente na chapa de Alckmin, o senador José Jorge, por suas declarações desastrosas".
Alyda
Lista de Furnas: http://caixadoistucanodefurnas.blogspot.com/
O Informante
QUEM TEM MEDO DA LISTA DE FURNAS???
Em Minas de Fato: http://www.minasdefato.com.br/capa.asp
http://www.minasdefato.com.br/detalhes.asp?id=721&cat_id=13&dnome=%20“Entre%20os%20que%20se%20sentem%20atingidos%20pela%20lista%20de%20Furnas%20há%20muita%20gente%20poderosa”
22/6/2006
“Entre os que se sentem atingidos pela lista de Furnas há muita gente poderosa”
Luiz Fernando Carceroni enfrenta processos, sob acusação de falsificação e divulgação da lista. Em entrevista para a Minas DE FATO, ele explica o que aconteceu desde o momento em que recebeu a lista e a encaminhou para as autoridades. “Exerci meu dever cívico ao denunciar e pedir investigações do documento, contendo fatos gravíssimos”.Minas De Fato: O senhor publicou a lista pela internet?Luiz Fernando Carceroni: Não. Preciso esclarecer esta questão em detalhes. O que fiz foi enviar à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal, e à Controladoria Geral da União uma denúncia, com o documento anexo em cópia eletrônica, em 17 de Dezembro de 2005. Solicitei de cada órgão que apurasse a veracidade do seu conteúdo. Estes órgãos oferecem meios para o cidadão efetuar denúncias pela internet. Alguns sítios, Blogs e páginas da internet divulgaram a lista de Furnas a partir de Outubro de 2005, segundo apontou o relatório da CPMI dos Correios. Em Janeiro de 2006, um deles publicou a lista, acompanhada de uma carta que eu teria escrito ao jornalista Élio Gaspari. A carta tece comentários sobre um documento formado pela lista de furnas acrescida de planilhas e gráficos que apresentam incongruências em relação ao conteúdo original. Entretanto, o detalhe essencial para responder a sua pergunta é técnico, pois os sítios, Blogs e páginas possuem proprietários. A publicação de qualquer documento neles só pode ser feita com o uso da senha do proprietário. Eu não sou proprietário de nenhum deles e nem possuo senhas. Portanto, não publiquei a lista.Minas De Fato: O senhor conhece Dimas Toledo e Nilton Monteiro?Carceroni: Não conheço Dimas Toledo e não conhecia Nilton Monteiro até a lista de Furnas ser divulgada e ganhar notoriedade através da imprensa. Conheci e conversei com Nilton Monteiro em maio de 2006, no Juizado de Pequenas Causas da UFMG. Somos réus no mesmo processo, cujos autores são 11 deputados estaduais mineiros. De fato, nosso primeiro encontro se deu em fevereiro de 2006, na sala da Superintendente da Polícia Federal de Minas Gerais. Recebi ameaças contra a minha integridade física e de meus filhos e fui lá pedir garantias de vida e informações de meus telefones estariam grampeados. Quando estava saindo da sala, Nilton Monteiro chegou e fomos apresentados pelo deputado Rogério Correia (PT), que me acompanhava, mas não conversamos naquela oportunidade.Minas De Fato: Qual a ligação do senhor com a estatal Furnas Centrais Elétricas?Carceroni: Nenhuma.Minas De Fato: Quando o senhor teve acesso a lista e quem lhe entregou a lista?Carceroni: Em Novembro de 2006 recebi uma cópia xerográfica simples, de um documento autenticado e com firma reconhecida em cartório, das mãos do Deputado Estadual Rogério Correia.Minas De Fato: Porque Dimas nega que a assinatura do documento é verdadeira, mesmo depois do parecer da PF?Carceroni: Se Dimas confirmar a assinatura, confessa o cometimento de crime. Ele tem o direito legal de negar. As autoridades têm a obrigação de investigar até alcançar a verdade. Doa a quem doer!Minas De Fato: É possível que outros nomes estejam envolvidos no esquema e que não estejam na lista?Carceroni: Se ficar comprovada a existência do caixa dois de Furnas, mesmo que parcialmente. Ficará plausível a existência de outros envolvidos. Seria uma incrível coincidência o dinheiro do caixa dois ter ido somente para candidatos eleitos. Há ainda anos anteriores a 2002.Minas De Fato: O senhor está sendo processado por quem?Carceroni: Os 13 processos são motivados pela acusação de falsificação e divulgação da lista de Furnas. São dois processos criminais e onze processos cíveis por danos morais cujos autores são todos deputados.O primeiro processo criminal tem como autores os deputados: Fábio Avelar, Jayro Lessa, José Militao, João Leite e Márcio Reinaldo.Segundo o processo criminal tem como autores: Jairo Carneiro, Ney Lopes, Almerinda Figueiras de Carvalho, Antônio Adolpho Lobbe Neto, Antônio Carlos Pannunzio, Coriolano Sousa Sales.O terceiro processo cível tem como autores: João Leite, Domingos Savio, Luiz Humberto Carneiro, Ermano Batista, Fahim Sawan, Ana Maria Resende Vieira, Vanessa Lucas, Jayro Lessa, Sebastião Costa, Gil Pereira e Fabio Avelar.Minas De Fato: Depois do parecer da Polícia Federal, o senhor pretende processar quem o processou?Carceroni: Sim. Todos os que me acusaram de falsificador e divulgador de documento falso. Entre eles o deputado Osmar Serraglio, os senadores Arthur Virgílio e Agripino Maia. O congresso nacional representado pela câmara e senado, pelo relatório da CPMI dos Correios produzido em nome da instituição, alguns jornalistas por opinião de responsabilidade pessoal e jornais pelo mesmo fundamento e os que estão me processando injustamente.Minas De Fato: Qual a situação dos processos que recaem sobre o senhor?Carceroni: O primeiro processo está ainda na fase de inquérito policial e sem denúncia. O segundo está no Tribunal de justiça aguardando a manifestação dos autores sem pronúncia nem inquérito. O terceiro tem audiência marcada no Juizado Especial da UFMG, na Escola de Direito, dia nove de agosto de 2006, às 9 horas da manhã, para audiência de instrução e julgamento.Minas De Fato: O senhor conhece alguma das pessoas citadas na lista?Carceroni: Que me lembro, conheço seis pessoas de Minas Gerais. O deputado João Leite que me processa duplamente e mais cinco, que prefiro não citar neste momento.Minas De Fato: Qual o sentimento que fica diante de tantos processos contra o senhor?Carceroni: Absolutamente de injustiçado e ofendido. Fui acusado de falsificar e de participar de uma conspiração petista que nunca existiu. Sou um homem honrado e agora sofro vários processos por mais de 20 deputados. Eles querem macular a minha vida e desassossegar minha família. Sou um cidadão que exerceu seu dever cívico ao denunciar e pedir investigações sobre a veracidade ou não de um documento, com conteúdo de fatos gravíssimos que chegou às minhas mãos. Ao receber o documento, me foi dito pelo deputado Rogério Correia, “Eu vi e li o documento original assinado”. Sendo o deputado um homem honrado que conheço há 27 anos e após muita reflexão decidi apresenta-lo aos órgãos de investigações responsáveis pela apuração de crimes desta natureza. Sabia que seria investigado, acusado, ameaçado e pressionado como ocorreu até agora. Entre os que se sentem atingidos pela existência da lista de Furnas, há muita gente poderosa.Minas De Fato: Qual a avaliação que o senhor faz desse esquema e por que trouxe a público?Carceroni: O esquema de caixa dois em Furnas sempre foi mencionado nos meios políticos, mas sem comprovação. Agora passou a ser investigado e já apareceram indícios de que ocorreu apontado pelas investigações. Penso que a autenticidade pericial da lista de Furnas aponta um novo rumo para as investigações. O documento cita os responsáveis pelo recebimento dos recursos de caixa dois. Ele atribui aos coordenadores de campanhas em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro o recebimento e distribuição dos recursos arrecadados de empresas públicas e privadas e repassados aos candidatos listados. A quebra dos sigilos bancários e telefônicos destes coordenadores e recebedores e de seus parentes e funcionários mostrará se ocorreu ou não o caixa dois tucano em 2002. Nos demais estados indica as empresas diretamente responsáveis pelo repasses de recursos.
Alyda
Lista de Furnas: http://caixadoistucanodefurnas.blogspot.com/
O Informante
http://www.minasdefato.com.br/detalhes.asp?id=721&cat_id=13&dnome=%20“Entre%20os%20que%20se%20sentem%20atingidos%20pela%20lista%20de%20Furnas%20há%20muita%20gente%20poderosa”
22/6/2006
“Entre os que se sentem atingidos pela lista de Furnas há muita gente poderosa”
Luiz Fernando Carceroni enfrenta processos, sob acusação de falsificação e divulgação da lista. Em entrevista para a Minas DE FATO, ele explica o que aconteceu desde o momento em que recebeu a lista e a encaminhou para as autoridades. “Exerci meu dever cívico ao denunciar e pedir investigações do documento, contendo fatos gravíssimos”.Minas De Fato: O senhor publicou a lista pela internet?Luiz Fernando Carceroni: Não. Preciso esclarecer esta questão em detalhes. O que fiz foi enviar à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal, e à Controladoria Geral da União uma denúncia, com o documento anexo em cópia eletrônica, em 17 de Dezembro de 2005. Solicitei de cada órgão que apurasse a veracidade do seu conteúdo. Estes órgãos oferecem meios para o cidadão efetuar denúncias pela internet. Alguns sítios, Blogs e páginas da internet divulgaram a lista de Furnas a partir de Outubro de 2005, segundo apontou o relatório da CPMI dos Correios. Em Janeiro de 2006, um deles publicou a lista, acompanhada de uma carta que eu teria escrito ao jornalista Élio Gaspari. A carta tece comentários sobre um documento formado pela lista de furnas acrescida de planilhas e gráficos que apresentam incongruências em relação ao conteúdo original. Entretanto, o detalhe essencial para responder a sua pergunta é técnico, pois os sítios, Blogs e páginas possuem proprietários. A publicação de qualquer documento neles só pode ser feita com o uso da senha do proprietário. Eu não sou proprietário de nenhum deles e nem possuo senhas. Portanto, não publiquei a lista.Minas De Fato: O senhor conhece Dimas Toledo e Nilton Monteiro?Carceroni: Não conheço Dimas Toledo e não conhecia Nilton Monteiro até a lista de Furnas ser divulgada e ganhar notoriedade através da imprensa. Conheci e conversei com Nilton Monteiro em maio de 2006, no Juizado de Pequenas Causas da UFMG. Somos réus no mesmo processo, cujos autores são 11 deputados estaduais mineiros. De fato, nosso primeiro encontro se deu em fevereiro de 2006, na sala da Superintendente da Polícia Federal de Minas Gerais. Recebi ameaças contra a minha integridade física e de meus filhos e fui lá pedir garantias de vida e informações de meus telefones estariam grampeados. Quando estava saindo da sala, Nilton Monteiro chegou e fomos apresentados pelo deputado Rogério Correia (PT), que me acompanhava, mas não conversamos naquela oportunidade.Minas De Fato: Qual a ligação do senhor com a estatal Furnas Centrais Elétricas?Carceroni: Nenhuma.Minas De Fato: Quando o senhor teve acesso a lista e quem lhe entregou a lista?Carceroni: Em Novembro de 2006 recebi uma cópia xerográfica simples, de um documento autenticado e com firma reconhecida em cartório, das mãos do Deputado Estadual Rogério Correia.Minas De Fato: Porque Dimas nega que a assinatura do documento é verdadeira, mesmo depois do parecer da PF?Carceroni: Se Dimas confirmar a assinatura, confessa o cometimento de crime. Ele tem o direito legal de negar. As autoridades têm a obrigação de investigar até alcançar a verdade. Doa a quem doer!Minas De Fato: É possível que outros nomes estejam envolvidos no esquema e que não estejam na lista?Carceroni: Se ficar comprovada a existência do caixa dois de Furnas, mesmo que parcialmente. Ficará plausível a existência de outros envolvidos. Seria uma incrível coincidência o dinheiro do caixa dois ter ido somente para candidatos eleitos. Há ainda anos anteriores a 2002.Minas De Fato: O senhor está sendo processado por quem?Carceroni: Os 13 processos são motivados pela acusação de falsificação e divulgação da lista de Furnas. São dois processos criminais e onze processos cíveis por danos morais cujos autores são todos deputados.O primeiro processo criminal tem como autores os deputados: Fábio Avelar, Jayro Lessa, José Militao, João Leite e Márcio Reinaldo.Segundo o processo criminal tem como autores: Jairo Carneiro, Ney Lopes, Almerinda Figueiras de Carvalho, Antônio Adolpho Lobbe Neto, Antônio Carlos Pannunzio, Coriolano Sousa Sales.O terceiro processo cível tem como autores: João Leite, Domingos Savio, Luiz Humberto Carneiro, Ermano Batista, Fahim Sawan, Ana Maria Resende Vieira, Vanessa Lucas, Jayro Lessa, Sebastião Costa, Gil Pereira e Fabio Avelar.Minas De Fato: Depois do parecer da Polícia Federal, o senhor pretende processar quem o processou?Carceroni: Sim. Todos os que me acusaram de falsificador e divulgador de documento falso. Entre eles o deputado Osmar Serraglio, os senadores Arthur Virgílio e Agripino Maia. O congresso nacional representado pela câmara e senado, pelo relatório da CPMI dos Correios produzido em nome da instituição, alguns jornalistas por opinião de responsabilidade pessoal e jornais pelo mesmo fundamento e os que estão me processando injustamente.Minas De Fato: Qual a situação dos processos que recaem sobre o senhor?Carceroni: O primeiro processo está ainda na fase de inquérito policial e sem denúncia. O segundo está no Tribunal de justiça aguardando a manifestação dos autores sem pronúncia nem inquérito. O terceiro tem audiência marcada no Juizado Especial da UFMG, na Escola de Direito, dia nove de agosto de 2006, às 9 horas da manhã, para audiência de instrução e julgamento.Minas De Fato: O senhor conhece alguma das pessoas citadas na lista?Carceroni: Que me lembro, conheço seis pessoas de Minas Gerais. O deputado João Leite que me processa duplamente e mais cinco, que prefiro não citar neste momento.Minas De Fato: Qual o sentimento que fica diante de tantos processos contra o senhor?Carceroni: Absolutamente de injustiçado e ofendido. Fui acusado de falsificar e de participar de uma conspiração petista que nunca existiu. Sou um homem honrado e agora sofro vários processos por mais de 20 deputados. Eles querem macular a minha vida e desassossegar minha família. Sou um cidadão que exerceu seu dever cívico ao denunciar e pedir investigações sobre a veracidade ou não de um documento, com conteúdo de fatos gravíssimos que chegou às minhas mãos. Ao receber o documento, me foi dito pelo deputado Rogério Correia, “Eu vi e li o documento original assinado”. Sendo o deputado um homem honrado que conheço há 27 anos e após muita reflexão decidi apresenta-lo aos órgãos de investigações responsáveis pela apuração de crimes desta natureza. Sabia que seria investigado, acusado, ameaçado e pressionado como ocorreu até agora. Entre os que se sentem atingidos pela existência da lista de Furnas, há muita gente poderosa.Minas De Fato: Qual a avaliação que o senhor faz desse esquema e por que trouxe a público?Carceroni: O esquema de caixa dois em Furnas sempre foi mencionado nos meios políticos, mas sem comprovação. Agora passou a ser investigado e já apareceram indícios de que ocorreu apontado pelas investigações. Penso que a autenticidade pericial da lista de Furnas aponta um novo rumo para as investigações. O documento cita os responsáveis pelo recebimento dos recursos de caixa dois. Ele atribui aos coordenadores de campanhas em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro o recebimento e distribuição dos recursos arrecadados de empresas públicas e privadas e repassados aos candidatos listados. A quebra dos sigilos bancários e telefônicos destes coordenadores e recebedores e de seus parentes e funcionários mostrará se ocorreu ou não o caixa dois tucano em 2002. Nos demais estados indica as empresas diretamente responsáveis pelo repasses de recursos.
Alyda
Lista de Furnas: http://caixadoistucanodefurnas.blogspot.com/
O Informante