sexta-feira, março 31, 2006
Desafio a FOLHA DE SP a sair do anonimato editorial e a enfrentar o Governo LULA e as forças políticas que o apoiam de forma franca e democrática
Na Folha imunda de São Paulo:
...durante conversa que manteve com um auxiliar, Lula confessou que está se sentindo só...
É uma forma de dizer indiretamente o que não se pode dizer diretamente porque é mentira. É a velha e safada fórmula do fuxico, da maledicência. Coisa de gente baixa e ordinária. Não têm coragem para enfrentar o debate político aberto e franco. São golpistas, conspiram contra a democracia brasileira e contra os brasileiros. Eu que votei no presidente LULA desafio esse jornal a sair do anonimato editorial e a enfrentar o Governo LULA e as forças políticas que o apoiam de forma franca e democrática. Assumam a candidatura tucana de forma clara e transparente, o anonimato editorial equivale aos linchamentos praticados pelos grupelhos sabotadores da vida civilizada e democrática como a KKK. Fiquem certos de uma coisa, aceitem as regras do jogo democrático e façam um jogo limpo, na marra vocês não governam mais esse país.
Adauto Melo
Grupo Beatrice
http://grupobeatrice.blogspot.com
Presidente Lula se diz só e vai coordenar sua campanha
Em desabafo feito durante conversa que manteve com um auxiliar, Lula confessou que está se sentindo só, informa Josias de Souza. "Vou ter que ser o coordenador de mim mesmo", disse Lula, referindo-se ao comando de sua campanha à reeleição.
O INFORMANTE
Notícias do dia:
Ministério da Integração Nacional (31/03/06)Ciro faz balanço de sua gestão no Ministério da Integração NacionalOs financiamentos contratados pelos fundos constitucionais bateram recorde no atual Governo eveluindo 187% de 2002 para 2005.
Folha Online (31/03/06)CMN reduz TJLP para 8,15% ao ano no segundo trimestre"A média dos juros de 1997 a 1999 foi de 21,4% e neste ano está em 10,4%. Os padrões ainda são altos, mas estão caindo de forma consistente.
JUSSARA SEIXASCidadã brasileiraO orçamento não foi votado, o salário mínimo não foi votado, nenhum projeto do governo eles estão ao menos apreciando.
MÁRIO SÉRGIO CONTIQuem é o "secretário-guru" que Alckmin escolheu para cuidar da educação em SPO jornalista Mário Sérgio Conti revela a futilidade que ronda a condução da política educacional do governo de Geraldo Alckmin.
EDUARDO GUIMARÃESPaciência esgotadaÉ majoritário o entendimento de que jornalistas não tratam os petistas com a mesma tolerância com que tratam os tucanos e pefelistas.
Informes (31/03/06)Bancada do PT no Senado emite nota sobre CPMI dos CorreiosLeia nota da bancada petista no Senado, divulgada hoje, que faz considerações sobre as conclusões do relatório da CPI dos Correios.
Diário do Pará (30/03/06)Aposentado não paga mais TACO governo decidiu proibir os bancos de cobrar taxa da abertura de crédito (TAC) para aposentados e pensionistas do INSS.
Agência Brasil (30/03/06)Ministério do Meio Ambiente lança plano de monitoramento da mata atlânticaO programa foi inspirado nas ações de comando e controle que conseguiram reduzir em 31% a taxa de desmatamento na Amazônia.
GILSON CARONI FILHOA tática escolhidaUma agenda que pretende, entre outras coisas, retomar a privatização de patrimônio público transferindo recursos para o setor financeiro.
Informes (29/03/06)PT entra com mandado de segurança pela CPI da Nossa CaixaDesde 2001, a Assembléia não instaura nenhuma CPI para apurar as denúncias de irregularidades na administração de Alckmin.
Canal Executivo (31/03/06)Privatização de elétricas prejudicou clientes, diz USPO pesquisador defende que produtos como a energia elétrica, por serem estratégicos para o país, não podem seguir a lei do mercado, são 'antimercadoria
Jornal do Brasil (31/03/06)Relatório provoca confronto entre presidente e relator da CPIDelcídio Amaral faz críticas a Osmar Serraglio e diz que mensalão não configura compra de consciências.
O Informante - preenchendo lacunas da mídia
Ministério da Integração Nacional (31/03/06)Ciro faz balanço de sua gestão no Ministério da Integração NacionalOs financiamentos contratados pelos fundos constitucionais bateram recorde no atual Governo eveluindo 187% de 2002 para 2005.
Folha Online (31/03/06)CMN reduz TJLP para 8,15% ao ano no segundo trimestre"A média dos juros de 1997 a 1999 foi de 21,4% e neste ano está em 10,4%. Os padrões ainda são altos, mas estão caindo de forma consistente.
JUSSARA SEIXASCidadã brasileiraO orçamento não foi votado, o salário mínimo não foi votado, nenhum projeto do governo eles estão ao menos apreciando.
MÁRIO SÉRGIO CONTIQuem é o "secretário-guru" que Alckmin escolheu para cuidar da educação em SPO jornalista Mário Sérgio Conti revela a futilidade que ronda a condução da política educacional do governo de Geraldo Alckmin.
EDUARDO GUIMARÃESPaciência esgotadaÉ majoritário o entendimento de que jornalistas não tratam os petistas com a mesma tolerância com que tratam os tucanos e pefelistas.
Informes (31/03/06)Bancada do PT no Senado emite nota sobre CPMI dos CorreiosLeia nota da bancada petista no Senado, divulgada hoje, que faz considerações sobre as conclusões do relatório da CPI dos Correios.
Diário do Pará (30/03/06)Aposentado não paga mais TACO governo decidiu proibir os bancos de cobrar taxa da abertura de crédito (TAC) para aposentados e pensionistas do INSS.
Agência Brasil (30/03/06)Ministério do Meio Ambiente lança plano de monitoramento da mata atlânticaO programa foi inspirado nas ações de comando e controle que conseguiram reduzir em 31% a taxa de desmatamento na Amazônia.
GILSON CARONI FILHOA tática escolhidaUma agenda que pretende, entre outras coisas, retomar a privatização de patrimônio público transferindo recursos para o setor financeiro.
Informes (29/03/06)PT entra com mandado de segurança pela CPI da Nossa CaixaDesde 2001, a Assembléia não instaura nenhuma CPI para apurar as denúncias de irregularidades na administração de Alckmin.
Canal Executivo (31/03/06)Privatização de elétricas prejudicou clientes, diz USPO pesquisador defende que produtos como a energia elétrica, por serem estratégicos para o país, não podem seguir a lei do mercado, são 'antimercadoria
Jornal do Brasil (31/03/06)Relatório provoca confronto entre presidente e relator da CPIDelcídio Amaral faz críticas a Osmar Serraglio e diz que mensalão não configura compra de consciências.
O Informante - preenchendo lacunas da mídia
Ensaio para abril
TARSO GENRO
"Abril é o mais cruel dos meses." O verso de T.S. Elliot poderia ser a metáfora de uma crise, mas também pode ser tomado como desafio a ser vencido. Tempo histórico no qual a esquerda que apóia o governo Lula vai enfrentar os seus fantasmas. E, assim, compreender que, no cerco ao seu governo, o argumento "moralista" é só ataque político. Não há interesse ético em jogo. O objetivo é desconstituir o PT e Lula para "absolver" o projeto de Fernando Henrique Cardoso.
A esquerda que apóia Lula vai compreender que o argumento "moralista" é só ataque político. Não há interesse ético em jogo
Basta lembrar, por exemplo, que nenhuma acusação até agora foi tão grave quanto as três que ainda pairam -sem resposta- contra FHC: uma reforma constitucional "comprada" para possibilitar a reeleição, que mancharia de legitimidade todo o seu segundo mandato; a fraude do Plano Real e a conseqüente estafa cambial, que arrasaram a economia; as acusações gravíssimas e gravadas de corrupção nas privatizações, que a direita impediu de investigar, certamente não sem motivos.Não discuto aqui se as acusações contra os governos FHC e Lula são verdadeiras ou não, porque tanto o contencioso judicial como o contencioso político, ao final, têm uma síntese (verdade "ficta") que apenas se aproxima da verdade concreta, que nunca será totalmente conhecida.A democracia reforça-se exatamente por esta experiência complexa. É demorada e cansativa, mas a sua maioridade é fundada no consenso de que ela não pode ser interrompida. Melhor assim do que o túmulo do silêncio na ditadura.Na justificação da ditadura está sempre o pragmatismo da "rapidez" para obter a "prova". Na rapidez para obter a prova, está sempre a "confissão". Na confissão do acusado está sempre um meio medieval de obtenção da "verdade", que é a tortura.Esse é o "ovo da serpente" da cultura do fascismo, que não só tenta, sem nenhum critério técnico, destruir moralmente os adversários e desautorizar os órgãos formais da Justiça e do Parlamento como também busca desmoralizar a política em geral, propagando que ela é impotente e falsa.Se o verdadeiro debate, hoje, fosse sobre moral pública, os escoteiros da virtude cívica já teriam lançado contra os governos FHC pelo menos o dobro da agressividade que têm contra Lula e o PT. Mas ver alguns defendendo a honradez e constatar o cinismo que eles exalam não deixa de ser educativo.Dada a reconhecida moderação do governo Lula, não está em jogo certamente uma ruptura com os padrões de acumulação vigentes globalmente.O que está em jogo é se avançaremos um pouco mais na democracia, promovendo um pouco mais de coesão social. O que está em jogo é se alguns recursos públicos continuarão a ser direcionados para os pobres, se os financiamentos do Estado continuarão chegando até os "pequenos". Se os movimentos sociais serão criminalizados ou se as reformas de FHC serão retomadas.Parece pouco, mas é muito, pois, num segundo governo Lula, se abrirão mais espaços para uma verdadeira "constitucionalização" do desenvolvimento que, em regra, tem promovido é o "apartheid" social.A indicação de Geraldo Alckmin como candidato do PSDB e a sua manifestação no sentido de que pretende retomar as "reformas" de Fernando Henrique, bem como o seu apelo aos jargões da direita fundamentalista -que lembra o extremismo religioso de seitas americanas- mostram que o contencioso é muito mais complexo do que o "apreço" à moralidade.Os avanços que o Brasil teve, da Revolução de 30 até hoje -com todas as mazelas que as lideranças populares carregam consigo-, vieram da era Vargas. Vieram da era JK. Vieram das lutas pelas reformas no governo Goulart (que não caiu pelos seus defeitos, mas pelas suas virtudes). Vieram, também, de alguns projetos em defesa da soberania na época do regime militar -embora em nenhuma hipótese justifiquem aquele regime.Como em todos os grupos humanos, nas elites da oposição convivem pessoas "boas" e "más", honestas e desonestas. As reformas, porém, de que o país precisa não são aquelas que Fernando Henrique implementou em seu nome, mas também são muito diferentes das da época do varguismo.
Na época de Vargas, o problema era regular e proteger a vida dos incluídos pela industrialização nascente. Hoje, o problema é promover a inclusão maciça de milhões num "novo contrato social", com políticas que promovam a integração das pessoas na sociedade de classes do terceiro milênio. Só a inclusão maciça é capaz de combater o "tatcherismo" caboclo; o resto é retórica.O esvaziamento de um novo avanço democrático pode permitir que a elite tucano-pefelista cumpra o seu programa de inserir apenas "um terço" dos brasileiros no consumo acelerado da pós-modernidade. Mas o regresso ao passado, de privatizações selvagens e juros altos, inflação alta e aumento galopante da dívida pública -as heranças mais contundentes de FHC-, certamente fará o país retornar à subserviência na globalização. Num lugar mais próximo do desastre.
Tarso Genro, 58, advogado, foi presidente interino do PT (julho a outubro de 2005), ministro da Educação (2004-2005), ministro da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República (2003-2004) e prefeito de Porto Alegre pelo PT (1993-96 e 2001-02). É autor de "Utopia Possível" (Artes e Ofícios), entre outros livros.
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"Abril é o mais cruel dos meses." O verso de T.S. Elliot poderia ser a metáfora de uma crise, mas também pode ser tomado como desafio a ser vencido. Tempo histórico no qual a esquerda que apóia o governo Lula vai enfrentar os seus fantasmas. E, assim, compreender que, no cerco ao seu governo, o argumento "moralista" é só ataque político. Não há interesse ético em jogo. O objetivo é desconstituir o PT e Lula para "absolver" o projeto de Fernando Henrique Cardoso.
A esquerda que apóia Lula vai compreender que o argumento "moralista" é só ataque político. Não há interesse ético em jogo
Basta lembrar, por exemplo, que nenhuma acusação até agora foi tão grave quanto as três que ainda pairam -sem resposta- contra FHC: uma reforma constitucional "comprada" para possibilitar a reeleição, que mancharia de legitimidade todo o seu segundo mandato; a fraude do Plano Real e a conseqüente estafa cambial, que arrasaram a economia; as acusações gravíssimas e gravadas de corrupção nas privatizações, que a direita impediu de investigar, certamente não sem motivos.Não discuto aqui se as acusações contra os governos FHC e Lula são verdadeiras ou não, porque tanto o contencioso judicial como o contencioso político, ao final, têm uma síntese (verdade "ficta") que apenas se aproxima da verdade concreta, que nunca será totalmente conhecida.A democracia reforça-se exatamente por esta experiência complexa. É demorada e cansativa, mas a sua maioridade é fundada no consenso de que ela não pode ser interrompida. Melhor assim do que o túmulo do silêncio na ditadura.Na justificação da ditadura está sempre o pragmatismo da "rapidez" para obter a "prova". Na rapidez para obter a prova, está sempre a "confissão". Na confissão do acusado está sempre um meio medieval de obtenção da "verdade", que é a tortura.Esse é o "ovo da serpente" da cultura do fascismo, que não só tenta, sem nenhum critério técnico, destruir moralmente os adversários e desautorizar os órgãos formais da Justiça e do Parlamento como também busca desmoralizar a política em geral, propagando que ela é impotente e falsa.Se o verdadeiro debate, hoje, fosse sobre moral pública, os escoteiros da virtude cívica já teriam lançado contra os governos FHC pelo menos o dobro da agressividade que têm contra Lula e o PT. Mas ver alguns defendendo a honradez e constatar o cinismo que eles exalam não deixa de ser educativo.Dada a reconhecida moderação do governo Lula, não está em jogo certamente uma ruptura com os padrões de acumulação vigentes globalmente.O que está em jogo é se avançaremos um pouco mais na democracia, promovendo um pouco mais de coesão social. O que está em jogo é se alguns recursos públicos continuarão a ser direcionados para os pobres, se os financiamentos do Estado continuarão chegando até os "pequenos". Se os movimentos sociais serão criminalizados ou se as reformas de FHC serão retomadas.Parece pouco, mas é muito, pois, num segundo governo Lula, se abrirão mais espaços para uma verdadeira "constitucionalização" do desenvolvimento que, em regra, tem promovido é o "apartheid" social.A indicação de Geraldo Alckmin como candidato do PSDB e a sua manifestação no sentido de que pretende retomar as "reformas" de Fernando Henrique, bem como o seu apelo aos jargões da direita fundamentalista -que lembra o extremismo religioso de seitas americanas- mostram que o contencioso é muito mais complexo do que o "apreço" à moralidade.Os avanços que o Brasil teve, da Revolução de 30 até hoje -com todas as mazelas que as lideranças populares carregam consigo-, vieram da era Vargas. Vieram da era JK. Vieram das lutas pelas reformas no governo Goulart (que não caiu pelos seus defeitos, mas pelas suas virtudes). Vieram, também, de alguns projetos em defesa da soberania na época do regime militar -embora em nenhuma hipótese justifiquem aquele regime.Como em todos os grupos humanos, nas elites da oposição convivem pessoas "boas" e "más", honestas e desonestas. As reformas, porém, de que o país precisa não são aquelas que Fernando Henrique implementou em seu nome, mas também são muito diferentes das da época do varguismo.
Na época de Vargas, o problema era regular e proteger a vida dos incluídos pela industrialização nascente. Hoje, o problema é promover a inclusão maciça de milhões num "novo contrato social", com políticas que promovam a integração das pessoas na sociedade de classes do terceiro milênio. Só a inclusão maciça é capaz de combater o "tatcherismo" caboclo; o resto é retórica.O esvaziamento de um novo avanço democrático pode permitir que a elite tucano-pefelista cumpra o seu programa de inserir apenas "um terço" dos brasileiros no consumo acelerado da pós-modernidade. Mas o regresso ao passado, de privatizações selvagens e juros altos, inflação alta e aumento galopante da dívida pública -as heranças mais contundentes de FHC-, certamente fará o país retornar à subserviência na globalização. Num lugar mais próximo do desastre.
Tarso Genro, 58, advogado, foi presidente interino do PT (julho a outubro de 2005), ministro da Educação (2004-2005), ministro da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República (2003-2004) e prefeito de Porto Alegre pelo PT (1993-96 e 2001-02). É autor de "Utopia Possível" (Artes e Ofícios), entre outros livros.
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Despeço-me da imprensa
por Eduardo Guimarães
Em 1994, logo depois da vitória de Fernando Henrique Cardoso sobre Lula na eleição presidencial daquele ano, tive minha primeira carta publicada por um jornal brasileiro. O jornal O Estado de São Paulo me publicou em sua seção Fórum dos Leitores. A publicação de uma opinião minha sobre o país me fez sentir cidadão. Minha manifestação foi no sentido de reconhecer a derrota de meu candidato, Lula, e de pregar que o novo governo fosse apoiado para que conseguisse colocar em prática suas propostas róseas, que, como registra a história, ficaram longe de ser cumpridas, apesar de os quatro anos iniciais de FHC terem se transformado num virtual mandarinato de oito anos.
Nos anos seguintes, eu me tornaria um dos leitores mais publicados pelos maiores jornais do país. E, com o advento da internet, minha freqüência na imprensa escrita cresceu exponencialmente. Em jornais como o Estadão e a Folha de São Paulo cheguei a figurar entre os leitores mais publicados. Mantive, durante mais de uma dezena de anos, intensa interlocução com jornalistas entre os mais famosos do país. Também fui convidado algumas vezes pela Folha para participar de eventos como o de comemoração de seus oitenta anos, em 2000, e para sabatinas de candidatos à Presidência da República e ao governo de São Paulo, em 2002. E cheguei até a ser citado em colunas políticas e até numa reportagem da Folha.
Todos os que me lêem bem sabem que minhas queixas à imprensa vêm se solidificando sobretudo de três anos para cá, após a assunção do governo da República pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atingi um grau de insatisfação e até mesmo de revolta com a imprensa nacional que não tenho mais como tolerar. Sinto-me agredido pela constante manipulação e supressão de fatos e opiniões pela imprensa. Sinto-me violentado inclusive e principalmente até por mentiras que as imprensas eletrônica e escrita contam aos brasileiros com uma freqüência cada vez maior e com uma desfaçatez que tampouco pára de aumentar.
Tomei uma decisão: devo parar de me dirigir à grande imprensa. Não só porque não adianta nada, pois praticamente toda ela me colocou em sua lista negra, como também porque cada vez mais sou tomado pela sensação de que ela chega a rir de minha indignação. Acho que veículos como Folha, Estadão, Veja, O Globo etc. riem do que escrevo. Devem me chamar de trouxa por achar que tenho como denunciá-los. É assim que me sinto tentando ponderar com aqueles que descaradamente adotaram a censura e a mentira como forma de fazerem prevalecer seus discursos sórdidos, parciais e covardes.
Assim, despeço-me da imprensa. Mas quero dizer-lhe que, lá no fundo de minh'alma, continuará ardendo uma chama de esperança de que um ou mais jornalistas algum dia tenham a decência de iniciar um movimento pela democratização e higienização da imprensa brasileira. Até lá, porém, manter-me-ei distante dessa imundice em que chafurda a imprensa do país num momento tão triste de nossa história, no qual nossa neófita democracia brasileira está ameaçada como poucas vezes esteve e justamente por aqueles que deveriam estar entre os seus maiores guardiões.
Em 1994, logo depois da vitória de Fernando Henrique Cardoso sobre Lula na eleição presidencial daquele ano, tive minha primeira carta publicada por um jornal brasileiro. O jornal O Estado de São Paulo me publicou em sua seção Fórum dos Leitores. A publicação de uma opinião minha sobre o país me fez sentir cidadão. Minha manifestação foi no sentido de reconhecer a derrota de meu candidato, Lula, e de pregar que o novo governo fosse apoiado para que conseguisse colocar em prática suas propostas róseas, que, como registra a história, ficaram longe de ser cumpridas, apesar de os quatro anos iniciais de FHC terem se transformado num virtual mandarinato de oito anos.
Nos anos seguintes, eu me tornaria um dos leitores mais publicados pelos maiores jornais do país. E, com o advento da internet, minha freqüência na imprensa escrita cresceu exponencialmente. Em jornais como o Estadão e a Folha de São Paulo cheguei a figurar entre os leitores mais publicados. Mantive, durante mais de uma dezena de anos, intensa interlocução com jornalistas entre os mais famosos do país. Também fui convidado algumas vezes pela Folha para participar de eventos como o de comemoração de seus oitenta anos, em 2000, e para sabatinas de candidatos à Presidência da República e ao governo de São Paulo, em 2002. E cheguei até a ser citado em colunas políticas e até numa reportagem da Folha.
Todos os que me lêem bem sabem que minhas queixas à imprensa vêm se solidificando sobretudo de três anos para cá, após a assunção do governo da República pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atingi um grau de insatisfação e até mesmo de revolta com a imprensa nacional que não tenho mais como tolerar. Sinto-me agredido pela constante manipulação e supressão de fatos e opiniões pela imprensa. Sinto-me violentado inclusive e principalmente até por mentiras que as imprensas eletrônica e escrita contam aos brasileiros com uma freqüência cada vez maior e com uma desfaçatez que tampouco pára de aumentar.
Tomei uma decisão: devo parar de me dirigir à grande imprensa. Não só porque não adianta nada, pois praticamente toda ela me colocou em sua lista negra, como também porque cada vez mais sou tomado pela sensação de que ela chega a rir de minha indignação. Acho que veículos como Folha, Estadão, Veja, O Globo etc. riem do que escrevo. Devem me chamar de trouxa por achar que tenho como denunciá-los. É assim que me sinto tentando ponderar com aqueles que descaradamente adotaram a censura e a mentira como forma de fazerem prevalecer seus discursos sórdidos, parciais e covardes.
Assim, despeço-me da imprensa. Mas quero dizer-lhe que, lá no fundo de minh'alma, continuará ardendo uma chama de esperança de que um ou mais jornalistas algum dia tenham a decência de iniciar um movimento pela democratização e higienização da imprensa brasileira. Até lá, porém, manter-me-ei distante dessa imundice em que chafurda a imprensa do país num momento tão triste de nossa história, no qual nossa neófita democracia brasileira está ameaçada como poucas vezes esteve e justamente por aqueles que deveriam estar entre os seus maiores guardiões.
CIDADÃ BRASILEIRA
Sou cidadã brasileira, cumpridora de todos os meus deveres como cidadã. Como cidadã brasileira, vivendo em meu país, em uma democracia plena, não vou me calar diante de tantos abusos e absurdos, que estão sendo cometidos por pessoas que deveriam estar a serviço do Brasil, a serviço do povo brasileiro, defendo a perpetuação deste estado democrático, que conquistamos com vidas e sofrimento de muitos brasileiros. Escolhi o dia de hoje, 31 de março, propositalmente, pois foi o dia que em 64 em derrubaram um governo eleito pelo povo, e instalaram a ditadura militar. O que estamos assistindo não é mais uma tentativa de golpe, é o golpe na sua mais pura essência. Golpe esse que está em curso a vários meses, são canalhas, são irresponsáveis, são hipócritas, são fingidos, são mentirosos, são caluniadores todos esses que fazem parte desse golpe. São pessoas da pior espécie, que não fazem, que não fizeram nada, absolutamente nada e bom pelo país e pelo povo brasileiro. É vergonhoso assistir os discursos desses políticos safados da oposição ao governo Lula, nas tribunas do Congresso Nacional, é deprimente.São usadas palavras de baixo calão até ameaças, e ameaças físicas ao presidente da republica, eleito pelo povo,com 53% dos votos válidos.Isso é um desrespeito não somente com a autoridade máxima do país, e por todas as instituições representadas pela presidência, o desrespeito maior é pelo povo que o elegeu, é pelo povo que apóia e quer Lula governando este país, que quer Lula presidente novamente por mais 4 anos. Estão usando o caseiro Francenildo, usando vergonhosamente para atingir seus objetivos espúrios. Estão usando da forma mais vil e covarde que existe, fazendo ele acreditar que ele é importante, que vão homenagea-lo, quando na verdade ele não passa de um trampolim para a oportunidade de discursos e mais discursos carregados de ódio e ofensas contra o governo Lula e o presidente Lula. O que fizeram esses políticos que são pagos com o meu dinheiro, dinheiro de todo o povo brasileiro estes 3 anos e três meses de governo Lula além de atrapalhar todos os projetos do governo que beneficiam milhões de pessoas? O orçamento de 2006 não foi votado, o salário mínimo não foi votado, nenhum projeto do governo eles estão ao menos apreciando. Isso tudo é imoral, é sujo, é a maior corrupção contra o país e contra o povo brasileiro. A única coisa que importa para essa corja a volta ao poder, é volta para destruir este país como fizeram no passado não muito distante.É a volta do desemprego, da miséria, da fome, da falta de crédito, da falta de educação, saúde, habitação, é a volta das malditas privatizações escusas, dos juros pornográficos, e das perdas dos direitos do trabalhador. Como cidadã brasileira cumpro hoje o meu dever de alertar todo o povo brasileiro do perigo que nos espreita, do golpe contra democracia o estado de direito de todos nós cidadão brasileiros.Temos que cobrar desses que se intitulam ilibados, que pregam as suas bundas nas cadeiras do Congresso Nacional,que tenham vergonha na cara, que façam um trabalho sério pelo país e pelo povo que os elegeu, chega de discursos ofensivos, chega de ilações, chega de discursos filosóficos que não enchem barriga e não garante empregos a ninguém, não faz este país crescer e ser o país de todos os brasileiros como quer o presidente Lula e como quer todo o povo deste Brasil.
Jussara Seixas
Viva a democracia, viva a liberdade, viva a justiça, viva o povo brasileiro!
http://www.porumnovobrasil.org/web/
SEM MEDO DE SER FELIZ!
LULA 2006
Jussara Seixas
Viva a democracia, viva a liberdade, viva a justiça, viva o povo brasileiro!
http://www.porumnovobrasil.org/web/
SEM MEDO DE SER FELIZ!
LULA 2006
CURTAS E BOAS
Condenados, Serra e Malan buscam proteção no STF
Às vésperas de declarar-se candidato oficial do PSDB ao governo de São Paulo, o prefeito José Serra tornou-se protagonista de uma polêmica judicial. Condenado junto com outras autoridades a restituir aos cofres públicos R$ 200 milhões por conta de supostos prejuízos provocados por uma medida adotada durante o governo FHC, o prefeito é, junto com os ex-ministros Pedro Malan e Pedro Parente, estrela de um processo que tramita no STF. Busca-se anular a condenação. A causa é antiga. Tramita pelos escaninhos do Judiciário desde 2002 (e por que a mídia vendida não deu até agora o devido destaque???). Naquele ano, a 20ª Vara Federal de Brasília considerou procedente uma denúncia do Ministério Público contra Serra, Malan e Parente. Os três foram condenados, junto com outras autoridades, a ressarcir o erário por terem autorizado o pagamento, com recursos públicos, de prejuízos dos correntistas que tinham dinheiro em bancos que sofreram intervenção em 1995. A operação estava vinculada ao Proer, o programa de reestruturação do sistema financeiro.
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/index.html
Comentário: deu na Bolha de São Paulo. Mas que ninguém se iluda. Devem estar preparando chumbo grosso contra o Presidente Lula e, para parecerem imparciais, dão essa nota. Por que nunca deram destaque? Além disso, tanto se reclama do lucro dos bancos no Governo Lula. Parece que a mídia prefere os tempos tucanos em que o governo de FHC desembolsou 50 bilhões de reais do Tesouro para o PROER e deu no que deu.
PIB soma R$ 1,937 trilhão e Brasil torna-se 11ª maior economia do mundo. O PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) brasileiro totalizou R$ 1,937 trilhão no ano de 2005, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. O resultado fez o Brasil avançar da 15ª para a 11ª posição no ranking das maiores economias do mundo. O país, entretanto, já chegou a ser a oitava economia mundial em décadas passadas --ou seja, três posições à frente do atual 11º lugar. Comentário: o que se devia dizer nesta reportagem da Bolha é que uma dessas décadas foi o desmando tucano de FHC.
Agricultura familiar representa 10,1% do PIB nacional, revela pesquisa. Os agricultores familiares brasileiros estão aumentando cada vez mais a produção e a participação no PIB nacional. Somente em 2003, o setor foi responsável por 10,1% do PIB, movimentando R$ 156,6 bilhões. Em 2002, a participação correspondia a 9,3%. O desempenho positivo no ano passado contribuiu com 0,9% no crescimento da economia brasileira. O levantamento mostra ainda que o PIB da agricultura familiar cresceu R$ 13,4 bilhões em 2003, o que representa 9,3% a mais que no ano anterior. O aumento é superior ao crescimento do PIB nacional (0,5%) e do PIB da agricultura patronal (5,1%).
Venda de PCs cresce 112% no Brasil neste início de ano. Dados do IBGE apontam que as vendas de PCs novos no Brasil em 2006 mais do que dobrou em relação ao mesmo período no ano passado, favorecidas pela desvalorização do dólar e, talvez, pelo PC Conectado. Na semana em que se “comemora” a inclusão digital no Brasil, o comércio de informática tem, de fato, bastante a celebrar. Neste início de 2006, a venda de computadores cresceu em ritmo acelerado quando comparado ao mesmo período do ano passado, com destaque maior para Rio de Janeiro e Pernambuco, onde o crescimento registrou o maior índice. Os dados são do IBGE, que apontam a desvalorização do dólar e a exigência do mercado como principais fatores a impulsionar as vendas, mas também pode haver indícios de que o programa governamental do PC Conectado pode ter dado uma ajuda. Comentário: é assim: quando um Programa do Governo Federal tem êxito, a mídia insiste em não dar crédito ou desqualificar. Depois de tanto implicarem que este programa não saía do papel, agora não conseguem ser honestos para admitir que o Programa está funcionando. Os números mostram!!!
AGORA LEIA INFORMAÇÃO DO CURTAS E BOAS DE 18/12/2005:
Venda de PCs cresce e o mercado ilegal cai pela primeira vez em 10 anos – Carta Capital nº 373
O mercado de informática termina 2005 com motivos de sobra para festejar. A venda de computadores de mesa fechou o trimestre setembro/outubro/novembro com um crescimento de 78% sobre o mesmo período de 2004, segundo a consultoria IDC Brasil. Outro dado animador foi a diminuição do mercado ilegal (ou cinza) pela primeira vez em uma década. A previsão é de que a participação dos computadores ilegais caia para 64% neste fim de ano, ante 75% do ano passado. Para Denis Gaia, analista de PCs da IDC Brasil, uma parcela importante do aumento no mercado legal deve-se àquele consumidor que comprou um computador pela primeira vez incentivado pela MP do Bem. A lei, que entrou em vigor em novembro, prevê uma redução de até 9,25% (referente aos impostos PIS/Cofins) no preço dos desktops de até R$ 2.500. “Há varejistas que estão procurando PCs por conta da “MP do Bem”, afirma o analista. As ações da Receita Federal e da Polícia Federal no combate ao contrabando e à importação ilegal de componentes têm estimulado a produção nacional dos mesmos, causando diminuição no mercado cinza. O futuro do setor pode ser estimulado por novos produtos e por programas governamentais, como o Projeto Cidadão Conectado – Computador para Todos, do Governo Federal, que prevê a isenção de PIS/Cofins para computadores de até R$ 1.400. Os PCs começam a ser vendidos na terça-feira, dia 20 de dezembro.
From: jotaamorim
Às vésperas de declarar-se candidato oficial do PSDB ao governo de São Paulo, o prefeito José Serra tornou-se protagonista de uma polêmica judicial. Condenado junto com outras autoridades a restituir aos cofres públicos R$ 200 milhões por conta de supostos prejuízos provocados por uma medida adotada durante o governo FHC, o prefeito é, junto com os ex-ministros Pedro Malan e Pedro Parente, estrela de um processo que tramita no STF. Busca-se anular a condenação. A causa é antiga. Tramita pelos escaninhos do Judiciário desde 2002 (e por que a mídia vendida não deu até agora o devido destaque???). Naquele ano, a 20ª Vara Federal de Brasília considerou procedente uma denúncia do Ministério Público contra Serra, Malan e Parente. Os três foram condenados, junto com outras autoridades, a ressarcir o erário por terem autorizado o pagamento, com recursos públicos, de prejuízos dos correntistas que tinham dinheiro em bancos que sofreram intervenção em 1995. A operação estava vinculada ao Proer, o programa de reestruturação do sistema financeiro.
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/index.html
Comentário: deu na Bolha de São Paulo. Mas que ninguém se iluda. Devem estar preparando chumbo grosso contra o Presidente Lula e, para parecerem imparciais, dão essa nota. Por que nunca deram destaque? Além disso, tanto se reclama do lucro dos bancos no Governo Lula. Parece que a mídia prefere os tempos tucanos em que o governo de FHC desembolsou 50 bilhões de reais do Tesouro para o PROER e deu no que deu.
PIB soma R$ 1,937 trilhão e Brasil torna-se 11ª maior economia do mundo. O PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) brasileiro totalizou R$ 1,937 trilhão no ano de 2005, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. O resultado fez o Brasil avançar da 15ª para a 11ª posição no ranking das maiores economias do mundo. O país, entretanto, já chegou a ser a oitava economia mundial em décadas passadas --ou seja, três posições à frente do atual 11º lugar. Comentário: o que se devia dizer nesta reportagem da Bolha é que uma dessas décadas foi o desmando tucano de FHC.
Agricultura familiar representa 10,1% do PIB nacional, revela pesquisa. Os agricultores familiares brasileiros estão aumentando cada vez mais a produção e a participação no PIB nacional. Somente em 2003, o setor foi responsável por 10,1% do PIB, movimentando R$ 156,6 bilhões. Em 2002, a participação correspondia a 9,3%. O desempenho positivo no ano passado contribuiu com 0,9% no crescimento da economia brasileira. O levantamento mostra ainda que o PIB da agricultura familiar cresceu R$ 13,4 bilhões em 2003, o que representa 9,3% a mais que no ano anterior. O aumento é superior ao crescimento do PIB nacional (0,5%) e do PIB da agricultura patronal (5,1%).
Venda de PCs cresce 112% no Brasil neste início de ano. Dados do IBGE apontam que as vendas de PCs novos no Brasil em 2006 mais do que dobrou em relação ao mesmo período no ano passado, favorecidas pela desvalorização do dólar e, talvez, pelo PC Conectado. Na semana em que se “comemora” a inclusão digital no Brasil, o comércio de informática tem, de fato, bastante a celebrar. Neste início de 2006, a venda de computadores cresceu em ritmo acelerado quando comparado ao mesmo período do ano passado, com destaque maior para Rio de Janeiro e Pernambuco, onde o crescimento registrou o maior índice. Os dados são do IBGE, que apontam a desvalorização do dólar e a exigência do mercado como principais fatores a impulsionar as vendas, mas também pode haver indícios de que o programa governamental do PC Conectado pode ter dado uma ajuda. Comentário: é assim: quando um Programa do Governo Federal tem êxito, a mídia insiste em não dar crédito ou desqualificar. Depois de tanto implicarem que este programa não saía do papel, agora não conseguem ser honestos para admitir que o Programa está funcionando. Os números mostram!!!
AGORA LEIA INFORMAÇÃO DO CURTAS E BOAS DE 18/12/2005:
Venda de PCs cresce e o mercado ilegal cai pela primeira vez em 10 anos – Carta Capital nº 373
O mercado de informática termina 2005 com motivos de sobra para festejar. A venda de computadores de mesa fechou o trimestre setembro/outubro/novembro com um crescimento de 78% sobre o mesmo período de 2004, segundo a consultoria IDC Brasil. Outro dado animador foi a diminuição do mercado ilegal (ou cinza) pela primeira vez em uma década. A previsão é de que a participação dos computadores ilegais caia para 64% neste fim de ano, ante 75% do ano passado. Para Denis Gaia, analista de PCs da IDC Brasil, uma parcela importante do aumento no mercado legal deve-se àquele consumidor que comprou um computador pela primeira vez incentivado pela MP do Bem. A lei, que entrou em vigor em novembro, prevê uma redução de até 9,25% (referente aos impostos PIS/Cofins) no preço dos desktops de até R$ 2.500. “Há varejistas que estão procurando PCs por conta da “MP do Bem”, afirma o analista. As ações da Receita Federal e da Polícia Federal no combate ao contrabando e à importação ilegal de componentes têm estimulado a produção nacional dos mesmos, causando diminuição no mercado cinza. O futuro do setor pode ser estimulado por novos produtos e por programas governamentais, como o Projeto Cidadão Conectado – Computador para Todos, do Governo Federal, que prevê a isenção de PIS/Cofins para computadores de até R$ 1.400. Os PCs começam a ser vendidos na terça-feira, dia 20 de dezembro.
From: jotaamorim
Leilão garante produção de 100 mil agricultores no país
Os 170 milhões de litros de biocombustível ofertados ontem, no 2º leilão realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biodiesel (ANP), foram vendidos com deságio de 2,53%. Como já havia acontecido no primeiro leilão, realizado no final do ano passado, a Petrobras ficou com 93% do total ofertado, e a refinaria Alberto Pasqualini (Refap), de propriedade da estatal, ficou com os outros 7%, pagando um preço médio de R$ 1.859 por metro cúbico (1.000 litros) - para um preço máximo fixado pela ANP em R$ 1.908.Segundo nota da ANP, os 170 milhões de litros de biodiesel oferecidos neste leilão serão entregues pelos produtores no período compreendido entre os dias 1º de julho de 2006 e 30 de junho de 2007. A Brasil Ecodiesel, no Ceará, foi uma das empresas contempladas no leilão com oferta de 1.780 metros cúbicos de biodiesel.Ainda segundo a ANP, projeções do Ministério do Desenvolvimento Agrário indicam que os 240 milhões de litros de biodiesel ofertados nos dois leilões vão beneficiar cerca de 100 mil agricultores familiares envolvidos na produção de oleaginosas.As estimativas do governo são as de que, até dezembro de 2007, sejam entregues ao mercado 800 milhões de litros de biodiesel, produto que terá que ser adicionado no percentual de 2% ao diesel derivado de petróleo. Hoje, essa mistura é adicional, e passa a ser obrigatória a partir de 2008.Neste último leilão, realizado pelo sistema de "licitações-e" do Banco do Brasil, via Internet, nove plantas de produção de biodiesel se inscreveram, sete foram habilitadas e seis efetivamente tiveram seus lotes arrematados - três parcialmente e outras três integralmente.
(Fonte: O Povo (CE))
GOVERNO LULA COLOCA A PETROBRAS ENTRE AS MAIORES EMPRESAS DO MUNDO
Petrobras é a 51ª colocada no ranking mundial da "Forbes"
Nova York, 31 mar (EFE).- Petrobras (51º lugar no rankingmundial), Banco do Brasil (176º) e Bradesco (187º) são as empresas da América Latina mais bem colocadas na lista divulgada pelarevista "Forbes".Em um ano, a Petrobras saltou 37 posições, indo do 88º lugar em 2005 para o 51º neste ano. O pulo do Banco do Brasil foi maior ainda: 80 posições, saindo do posto 256 para o 176. O Bradesco não estava incluído na lista de 2005.Os analistas da "Forbes" selecionaram as 2.000 melhores empresasdo mundo, segundo uma planilha que avalia o comportamento em vendas,lucros, ativos e capitalização na Bolsa.Assim, o primeiro lugar no ranking é do grupo financeiroCitigroup, terceiro colocado em lucros e ativos e quarto maior valorde mercado. Atrás dele vêm General Electric, Bank of America e aseguradora AIG, todos também dos EUA, e o banco britânico HSBC.A Exxon Mobil, maior empresa do mundo em lucros e valor demercado, ocupa somente o sexto lugar no ranking, já que naclassificação por volume de ativos está em 78º.
CARTA ABERTA ao PT e PCdoB
O final de 2005 e o momento atual: proposta de trabalho [CARTA ABERTA ao PT e PCdoB]
"Enfim, [é] preciso combater vigorosamente a dispersão e as flutuações do movimento prático, denunciando e refutando toda tentativa de rebaixar, consciente ou inconscientemente, nosso programa e nossa tática" [Lênin, W. I., 1901. "Que fazer? As questões palpitantes do nosso movimento"]
São Paulo, 31/3/2006
Presidente Ricardo Berzoini (PT) e Presidente Renato Rebelo (PCdoB),
Faço minhas as palavras de Caceroni e Adauto Melo (Grupo Beatrice) nas mensagens abaixo, e tomo a liberdade de passá-las adiante, para conhecimento do Partido dos Trabalhadores, do Partido Comunista do Brasil, através da Presidência do PT e da presidência do PCdoB.
Parece bem claro que a chamada "Blogosfera Lulista", que há anos trabalha incansavelmente pela reeleição do presidente Lula já está sentindo a necessidade de trabalhar mais organizadamente.
Por essas mensagens, reunidas nessa CARTA ABERTA, a Blogosfera Lulista está CONVOCANDO os partidos da base aliada para que cumpram a função política de incorporar os milhares de ativistas da Blogosfera pró-reeleição do presidente Lula e ajudem a dar organicidade a esses movimentos, com vistas à campanha eleitoral.
Se é verdade que todas as forças legitimamente revolucionárias nascem de dentro da sociedade, também é verdade que, entregues à entropia das disputas entre grupos, essas forças diluem-se e esvaziam-se. É quando tudo passa a depender de os partidos políticos serem capazes de aglutinar essas forças, dar-lhes sentido e consistência e fazer com que as forças sociais operem organizada e orientadamente.
Mais uma vez, a Internet mostra sua gigantesca potencialidade para gerar novos caminhos, como meio e instrumento para despertar e pôr em ação as forças sociais.
Se se considera que hoje, no ponto em que estamos das transformações do capitalismo, a chamada 'grande mídia' -- da televisão e dos 'jornalões' -- já está plenamente convertida em braço 'midiático' espetacularizado de difusão dos discursos de classe que operam concertadamente contra a classe trabalhadora, a Internet surge, ao que parece, como (i) o único espaço para a discussão democrática, e que está sendo construído, de fato, pelas próprias forças sociais; e como (ii) o único instrumento pelo qual poderemos enfrentar as forças conservadoras da 'grande mídia' do capital, na luta de idéias.
A história conhece, há séculos, os movimentos pelos quais os partidos políticos convocam as massas.
Com a Internet, pelo que se está vendo -- e aí está mais uma novidade revolucionária gerada pela Internet --, as massas, afinal, começam a poder CONVOCAR os partidos políticos.
Nesse momento, trata-se de os partidos políticos organizarem discussões e conferências que visem especificamente a discutir o veículo "Internet", como instrumento de campanha eleitoral.
Um pressuposto teórico
Nessa convocação, parte-se do pressuposto teórico segundo o qual não basta os partidos políticos e outros grupos políticos manterem páginas na Internet, como já fazem.
Essas páginas institucionais e os 'portais' funcionam e operam exatamente como os jornalões tradicionais impressos e exigem que os internautas as procurem.
Trata-se, portanto, de INVENTAR soluções que ainda não estão construídas, mediante as quais seja possível extrair, para a democratização das discussões sociais, no Brasil, o máximo proveito da diversidade e da riqueza das discussões que a sociedade já está construindo espontaneamente.
Trata-se, de fato, de INVENTAR soluções de organização que considerem, diretamente e especificamente, as novas condições objetivas que a internet criou e oferece, para a propaganda política de democratização dos discursos sociais, no Brasil-2006.
"Proletários de todo o mundo, uni-vos!"
"Lula é muitos!"
[assina] Caia Fittipaldi (PCdoB-SP / Lingüistas para a Democracia / Universidade Nômade/ Campanha "Nenhum Brasileiro sem Resposta-na-ponta-da-língua para Responder à Folha de S.Paulo" / Grupo Beatrice).
PS: Essa msg pode ser redistribuída para todos os diretórios locais (distritais, municipais, estaduais) do PCdoB e do PT e para outros grupos políticos.
Essa msg vai, aqui, assinada pessoalmente por mim, pq é indispensável assinar, dado que aqui se manifesta a MINHA OPINIÃO PESSOAL.
Essa msg NÃO É PROTEGIDA por nenhum tipo de direito autoral e pode ser adaptada, reescrita e modificada. Peço que, nos casos em que a msg seja modificada, a minha assinatura seja substituída pela assinatura de quem modifique a msg. 8-)
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----- Original Message -----
From: Grupo Beatrice
Sent: Friday, March 31, 2006 8:24 AM
Subject: O final de 2005 e o momento atual - proposta de trabalho
Os grupos, blogs e listas da Blogosfera está trabalhando, há meses, para a reeleição do presidente Lula, em todo o país. O ativismo pela internet é apenas um momento de vários outros possíveis e vividos pela grande maioria dessas pessoas. É também necessário que se pense urgentemente em como chamar a atenção das direções partidárias (PT e PCdoB) principalmente, para esse ativismo que luta todo dia sem parar e que ainda não está sendo usado como instrumento também partidário por nenhum dos partidos da base aliada de apoio ao Presidente Lula.
Precisamos construir canais rotineiros e seguros de comunicação com o PT e PCdoB. Esses partidos precisam construir e desenvolver meios mais efetivos de comunicação com essa base difusa mas ativíssima, que poderia lutar muito melhor, se esses canais já estivessem ativados e funcionando.
Adauto Melo
Grupo Beatrice
http://grupobeatrice.blogspot.com
___________________________________________
Abaixo, outra msg sobre o mesmo tema.
----- Original Message -----
To: izquierdaunida@grupos.com.br
Sent: Thursday, March 30, 2006 9:26 PM
Subject: [izquierdaunida] O final de 2005 e o momento atual - proposta de trabalho
Pessoal do izquierda,
recebi este e-mail do nosso companheiro carceroni [texto abaixo].
As ponderações dele são pertinentes.
Companheiros,
No último trimestre de 2005 havia a determinação da oposição PSDB/PFL de empurrar Lula para fora do governo. Desistiram da empreitada por força dos 300.000 militantes votantes na eleição do PT, pela grande inserção de Lula entre as famílias mais pobres e pela presença crescente de grupos organizados na internet. Temeram uma Venezuelização do Brasil e a elite empresarial vetou a aventura, temendo prejuizos pela paralisação do país, por um conflito de longo prazo. Agora afiaram as garras de novo, retomando a empreitada suspensa. Com demissão de Palocci retomaram a ofensiva e provocaram impacto negativo sobre esta militância. Porém, longe do marasmo e desorganização de 2005. Sentimos o tranco, mas vejo disposição de lutar.
A verdade é que nos, os militantes progressistas ainda somos como um touro, não sabemos a força que temos e não falo só de petistas. Estes milhares de personagens anônimos formam uma força importante no Brasil. Precisamos ampliar esta rede de contatos para influir mais nos partidos e nos rumos do pais.
A internet é um importante canal de articulação e informação. Os estudantes franceses estão dando um show. A polícia francesa foi obrigada a proteger os manifestantes, empurrada pelas acusações de incitar a violência contra os estudantes, que ficaram patentes, através de vídeos amadores divulgados na internet.
Aqui, iniciou-se um bom caminho de contatos, mas ainda patinamos em círculos isolados, devido a pouca articulação entre os vários grupos. Entendo como maduro o processo para ampliar a articulação desses grupos de internautas nas duas principais metrópoles.
Proponho duas reuniões de articuladores dos grupos progressistas e interessados na reeleição de Lula, no Rio e São Paulo. Podem ser dois ou três representantes por grupo. Para temas do debate proponho os seguintes itens, como sugestão em aberto:
1 - Avaliação do momento eleitoral e a correlação de forças
2 - Caracterização de cada grupo e seu papel na reeleição
3 - Articulação formal entre os grupos e iniciativas políticas conjuntas
4 - Contraponto á mídia conservadora e a formação e organização da voz dos progressistas.
Estes dois encontros devem ser debatidos previamente no interior dos grupos, promovendo uma participação mais coletiva e gestando novas iniciativas, idéias e esperanças.
É desejavel à participação de outras organizações, com páginas na internet, representativas de partidos e outros grupos políticos organizados.
Carceroni
"Enfim, [é] preciso combater vigorosamente a dispersão e as flutuações do movimento prático, denunciando e refutando toda tentativa de rebaixar, consciente ou inconscientemente, nosso programa e nossa tática" [Lênin, W. I., 1901. "Que fazer? As questões palpitantes do nosso movimento"]
São Paulo, 31/3/2006
Presidente Ricardo Berzoini (PT) e Presidente Renato Rebelo (PCdoB),
Faço minhas as palavras de Caceroni e Adauto Melo (Grupo Beatrice) nas mensagens abaixo, e tomo a liberdade de passá-las adiante, para conhecimento do Partido dos Trabalhadores, do Partido Comunista do Brasil, através da Presidência do PT e da presidência do PCdoB.
Parece bem claro que a chamada "Blogosfera Lulista", que há anos trabalha incansavelmente pela reeleição do presidente Lula já está sentindo a necessidade de trabalhar mais organizadamente.
Por essas mensagens, reunidas nessa CARTA ABERTA, a Blogosfera Lulista está CONVOCANDO os partidos da base aliada para que cumpram a função política de incorporar os milhares de ativistas da Blogosfera pró-reeleição do presidente Lula e ajudem a dar organicidade a esses movimentos, com vistas à campanha eleitoral.
Se é verdade que todas as forças legitimamente revolucionárias nascem de dentro da sociedade, também é verdade que, entregues à entropia das disputas entre grupos, essas forças diluem-se e esvaziam-se. É quando tudo passa a depender de os partidos políticos serem capazes de aglutinar essas forças, dar-lhes sentido e consistência e fazer com que as forças sociais operem organizada e orientadamente.
Mais uma vez, a Internet mostra sua gigantesca potencialidade para gerar novos caminhos, como meio e instrumento para despertar e pôr em ação as forças sociais.
Se se considera que hoje, no ponto em que estamos das transformações do capitalismo, a chamada 'grande mídia' -- da televisão e dos 'jornalões' -- já está plenamente convertida em braço 'midiático' espetacularizado de difusão dos discursos de classe que operam concertadamente contra a classe trabalhadora, a Internet surge, ao que parece, como (i) o único espaço para a discussão democrática, e que está sendo construído, de fato, pelas próprias forças sociais; e como (ii) o único instrumento pelo qual poderemos enfrentar as forças conservadoras da 'grande mídia' do capital, na luta de idéias.
A história conhece, há séculos, os movimentos pelos quais os partidos políticos convocam as massas.
Com a Internet, pelo que se está vendo -- e aí está mais uma novidade revolucionária gerada pela Internet --, as massas, afinal, começam a poder CONVOCAR os partidos políticos.
Nesse momento, trata-se de os partidos políticos organizarem discussões e conferências que visem especificamente a discutir o veículo "Internet", como instrumento de campanha eleitoral.
Um pressuposto teórico
Nessa convocação, parte-se do pressuposto teórico segundo o qual não basta os partidos políticos e outros grupos políticos manterem páginas na Internet, como já fazem.
Essas páginas institucionais e os 'portais' funcionam e operam exatamente como os jornalões tradicionais impressos e exigem que os internautas as procurem.
Trata-se, portanto, de INVENTAR soluções que ainda não estão construídas, mediante as quais seja possível extrair, para a democratização das discussões sociais, no Brasil, o máximo proveito da diversidade e da riqueza das discussões que a sociedade já está construindo espontaneamente.
Trata-se, de fato, de INVENTAR soluções de organização que considerem, diretamente e especificamente, as novas condições objetivas que a internet criou e oferece, para a propaganda política de democratização dos discursos sociais, no Brasil-2006.
"Proletários de todo o mundo, uni-vos!"
"Lula é muitos!"
[assina] Caia Fittipaldi (PCdoB-SP / Lingüistas para a Democracia / Universidade Nômade/ Campanha "Nenhum Brasileiro sem Resposta-na-ponta-da-língua para Responder à Folha de S.Paulo" / Grupo Beatrice).
PS: Essa msg pode ser redistribuída para todos os diretórios locais (distritais, municipais, estaduais) do PCdoB e do PT e para outros grupos políticos.
Essa msg vai, aqui, assinada pessoalmente por mim, pq é indispensável assinar, dado que aqui se manifesta a MINHA OPINIÃO PESSOAL.
Essa msg NÃO É PROTEGIDA por nenhum tipo de direito autoral e pode ser adaptada, reescrita e modificada. Peço que, nos casos em que a msg seja modificada, a minha assinatura seja substituída pela assinatura de quem modifique a msg. 8-)
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----- Original Message -----
From: Grupo Beatrice
Sent: Friday, March 31, 2006 8:24 AM
Subject: O final de 2005 e o momento atual - proposta de trabalho
Os grupos, blogs e listas da Blogosfera está trabalhando, há meses, para a reeleição do presidente Lula, em todo o país. O ativismo pela internet é apenas um momento de vários outros possíveis e vividos pela grande maioria dessas pessoas. É também necessário que se pense urgentemente em como chamar a atenção das direções partidárias (PT e PCdoB) principalmente, para esse ativismo que luta todo dia sem parar e que ainda não está sendo usado como instrumento também partidário por nenhum dos partidos da base aliada de apoio ao Presidente Lula.
Precisamos construir canais rotineiros e seguros de comunicação com o PT e PCdoB. Esses partidos precisam construir e desenvolver meios mais efetivos de comunicação com essa base difusa mas ativíssima, que poderia lutar muito melhor, se esses canais já estivessem ativados e funcionando.
Adauto Melo
Grupo Beatrice
http://grupobeatrice.blogspot.com
___________________________________________
Abaixo, outra msg sobre o mesmo tema.
----- Original Message -----
To: izquierdaunida@grupos.com.br
Sent: Thursday, March 30, 2006 9:26 PM
Subject: [izquierdaunida] O final de 2005 e o momento atual - proposta de trabalho
Pessoal do izquierda,
recebi este e-mail do nosso companheiro carceroni [texto abaixo].
As ponderações dele são pertinentes.
Companheiros,
No último trimestre de 2005 havia a determinação da oposição PSDB/PFL de empurrar Lula para fora do governo. Desistiram da empreitada por força dos 300.000 militantes votantes na eleição do PT, pela grande inserção de Lula entre as famílias mais pobres e pela presença crescente de grupos organizados na internet. Temeram uma Venezuelização do Brasil e a elite empresarial vetou a aventura, temendo prejuizos pela paralisação do país, por um conflito de longo prazo. Agora afiaram as garras de novo, retomando a empreitada suspensa. Com demissão de Palocci retomaram a ofensiva e provocaram impacto negativo sobre esta militância. Porém, longe do marasmo e desorganização de 2005. Sentimos o tranco, mas vejo disposição de lutar.
A verdade é que nos, os militantes progressistas ainda somos como um touro, não sabemos a força que temos e não falo só de petistas. Estes milhares de personagens anônimos formam uma força importante no Brasil. Precisamos ampliar esta rede de contatos para influir mais nos partidos e nos rumos do pais.
A internet é um importante canal de articulação e informação. Os estudantes franceses estão dando um show. A polícia francesa foi obrigada a proteger os manifestantes, empurrada pelas acusações de incitar a violência contra os estudantes, que ficaram patentes, através de vídeos amadores divulgados na internet.
Aqui, iniciou-se um bom caminho de contatos, mas ainda patinamos em círculos isolados, devido a pouca articulação entre os vários grupos. Entendo como maduro o processo para ampliar a articulação desses grupos de internautas nas duas principais metrópoles.
Proponho duas reuniões de articuladores dos grupos progressistas e interessados na reeleição de Lula, no Rio e São Paulo. Podem ser dois ou três representantes por grupo. Para temas do debate proponho os seguintes itens, como sugestão em aberto:
1 - Avaliação do momento eleitoral e a correlação de forças
2 - Caracterização de cada grupo e seu papel na reeleição
3 - Articulação formal entre os grupos e iniciativas políticas conjuntas
4 - Contraponto á mídia conservadora e a formação e organização da voz dos progressistas.
Estes dois encontros devem ser debatidos previamente no interior dos grupos, promovendo uma participação mais coletiva e gestando novas iniciativas, idéias e esperanças.
É desejavel à participação de outras organizações, com páginas na internet, representativas de partidos e outros grupos políticos organizados.
Carceroni
CPI DA MANIPULAÇÃO...
CPMI DOS CORREIOS
Relator acusa "corruptores", mas ameniza com "corrompidos"
Os deputados que receberam o chamado "mensalão" não foram indiciados por corrupção passiva no relatório final da CPMI dos Correios. Apenas por crimes eleitoral e fiscal. Se não foram subornados, como pode alguém ser acusado de subornar?
Nelson Breve – Carta Maior
BRASÍLIA - As 1828 páginas do relatório apresentado nesta quarta-feira (29) pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) retratam bem o que aconteceu nesses 10 meses de atuação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional destinada a apurar casos de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A despeito de terem encontrado fortes indícios de esquemas envolvendo políticos de diversos partidos, inclusive dos que hoje estão na oposição ao governo federal, o foco das investigações e das denúncias foi colocado sempre sobre o PT e seus integrantes.O "valerioduto" (alcunha recebida pelo esquema de desvio de verbas públicas e privadas controlada pelo publicitário Marcos Valério) é apresentado como um esquema de desvio de recursos públicos em benefício de partidos políticos e de pessoas. Quem lê as conclusões e indiciamentos do relatório fica com a impressão de que a falcatrua começou com o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. No entanto, as linhas investigativas abortadas ou desconsideradas indicam que o esquema começou a ser operado na administração do governador tucano Eduardo Azeredo, em Minas Gerais. Infiltrou-se no governo federal do presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Ramificou-se para governos estaduais, como os de São Paulo (administração tucana) e do Distrito Federal (PMDB). E prosseguiu no governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva.As tintas do relatório reproduzem as opções de investigação feitas pela CPI. Do "valerioduto", só interessou o que fosse necessário para sustentar a existência do esquema ilícito de cooptação de apoio político denominado "mensalão". A CPI abandonou a investigação das relações suspeitas entre as agências de publicidade DNA e SMPB, do lobista Marcos Valério, e o Governo do Distrito Federal (GDF) na administração do peemedebista Joaquim Roriz (que esta semana declarou apoio ao candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin). Foram R$ 74,2 milhões repassados pela Secretaria de Fazenda do DF e pela estatal Terracap ao "valerioduto". Da mesma forma, permaneceram nebulosos os vínculos do "valerioduto" com o governo do estado de São Paulo, especialmente as transações entre a Telesp, antes de ser privatizada, e a SMPB-SP. Pelas contas da SMPB-SP passaram R$ 104 milhões de abril de 1997 a março de 1999. Desse total, R$ 41 milhões foram repassados pela Telesp. A CPI não levou adiante essas investigações alegando que invadiam a esfera estadual. Mas, sequer citá-las no relatório é omissão. Até porque o governo tucano não deixa a Assembléia Legislativa de São Paulo abrir investigação alguma. O exemplo mais recente é a denúcia do mensalinho da Nossa Caixa para comprar apoio no Legislativo estadual. No GDF também há interesse nessa investigação, até porque a Câmara Legislativa local também repassava recursos ao "valerioduto".A ligação das empresas de Marcos Valério com outras empresas privadas interessadas em boas relações com o governo federal e o governo mineiro foram mencionadas de passagem. O nome do empresário Daniel Dantas, ligado ao PFL, mal aparece no relatório, embora empresas do grupo Brasil Telecom, administradas por ele, tenham irrigado generosamente as contas de Marcos Valério. Entre 2000 e 2005, foram R$ 122,3 milhões da Telemig e R$ 36,5 da Amazônia Celular. A Usiminas não foi investigada, também, apesar de indícios fortes de participação maior no esquema de financiamento ilegal de campanhas eleitorais por intermédio do Valerioduto. Os repasses foram da ordem de R$ 32 milhões em cinco anos.O critério de não levar as investigações para o plano estadual perdeu sustentação na medida em que o relator viu-se obrigado a incluir o esquema voltado para a reeleição do senador tucano Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais, em 1998. Se a justificativa para não excluir esse caso foi “não refugir ao que estivesse relacionado com o Valerioduto”, as transações com a Telesp e o GDF também deveriam ser mencionados da mesma forma. O esquema para tentar reeleger Azeredo é idêntico ao que a CPI considera “desvio de recursos públicos para partidos e pessoas”. Tem agência de publicidade, tem contrato com o governo, tem empréstimos, tem repasses para políticos em campanha. É possível até que tenha sido usado em eleições anteriores à de 1998. A licitação que abriu as portas do governo de Minas para as agências de publicidade de Marcos Valério foi a primeira realizada pelo governo Azeredo quando tomou posse em janeiro de 1994.Pelo relatório dá para perceber que a CPI usou critérios distintos para analisar e julgar tucanos e petistas. Enquanto Azeredo e seus operadores foram indiciados por crime eleitoral, que já prescreveu. Os petistas José Dirceu, Luiz Gushiken, José Genoíno e Delúbio Soares foram enquadrados por corrupção ativa (Gushiken também foi indiciado por tráfico de influência, Genoíno, por falsidade ideológica e crime eleitoral, e Delúbio, além destes, por lavagem de dinheiro e peculato). A defesa de Azeredo é considerada no relatório. A dos petistas, não.Pelo contrário, na tentativa de reforçar os argumentos, a CPI recorre a pareceres do Conselho de Ética da Câmara. No caso de José Dirceu, a investigação não avançou em nenhum ponto a partir do encaminhamento do relatório parcial ao Conselho de Ética. Pelo contrário, considerações levantadas antes foram retiradas no relatório final. Serraglio considera Dirceu o grande idealizador do “esquema de corrupção destinado a garantir uma base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados” com base, exclusivamente, na palavra do ex-deputado Roberto Jefferson, cassado por não ter comprovado suas acusações.O relatório contém uma contradição incontornável que inibiu qualquer outro tipo de indiciamento de Dirceu. Se os empréstimos eram fictícios, porque o então ministro da Casa Civil precisaria ser o avalista político perante os bancos Rural e BMG? Por essa razão, Dirceu foi indiciado apenas por corrupção ativa, como responsável supostamente pelo pagamento de suborno aos deputados. Estes mesmos deputados, no entanto, não foram indiciados por corrupção passiva. Apenas por crimes eleitoral e fiscal. Se não foram subornados, como pode alguém ser acusado de subornar? Fora Jefferson, apenas o tesoureiro do PTB, Emerson Palmieri, faz ilações com base no que teria ouvido, ou do próprio Jefferson, ou de Delúbio e Genoino. Estes negam. Na palavra contra palavra, o relator prefere dar o crédito aos acusadores.Assim foi a CPI. Tem crédito quem acusa o PT ou o governo. Não tem quem acusa outros partidos. O lobista Nilton Mourão, que denunciou a Lista de Furnas, considerada falsa por perícias encomendadas pela CPI, não foi ouvido por falta de credibilidade. “A lista pode ser falsa, mas quantos criminosos não foram ouvidos na CPI?”, questiona o deputado Jamil Murad (PCdoB-SP). Qual a credibilidade do doleiro Toninho da Barcelona, que levantou suspeitas e depois precisou declarar que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, era inocente para acalmar o mercado financeiro?O relatório faz um esforço muito grande para comprovar a tese do mensalão. Consegue demonstrar que existiram repasses sistemáticos. O Caso do PL é o mais evidente. O partido começa a receber quotas semanais de R$ 500 mil no início de 2003. Fica algum tempo sem receber, depois os repasses caem para R$ 300 mil semanais, R$ 200 mil e R$ 100 mil. Os partidos envolvidos asseguram tratar-se de pagamento de dívidas eleitorais e preparação da campanha para as prefeituras, em 2004. Essa justificativa pode não ser verdadeira, mas o relatório não consegue desmontá-la.As tentativas de demonstrar coincidências entre repasses e votações importantes no Congresso não são convincentes. O relatório se apóia em um parecer inconsistente do deputado Julio Delgado no processo de cassação de José Dirceu. Ele menciona uma série de telefonemas e desembolsos no período de votações importantes, como Lei de Biossegurança, desoneração do PIS e da Cofins, liberação do plantio de soja transgênica e outros em que os conflitos eram setoriais e não partidários. E a maior parte dos recursos mencionados foi para parlamentares do PT. Além disso, os trechos utilizados por Seraglio não constam mais do parecer de Delgado. Foram suprimidos por decisão judicial, pois foram obtidos indevidamente da própria CPI. Isso desmoraliza a CPI, que não foi capaz de fazer os cruzamentos das informações.
A maior desmoralização da CPI, no entanto, é dizer que tem mensalão e não indiciar os mensaleiros.
Relator acusa "corruptores", mas ameniza com "corrompidos"
Os deputados que receberam o chamado "mensalão" não foram indiciados por corrupção passiva no relatório final da CPMI dos Correios. Apenas por crimes eleitoral e fiscal. Se não foram subornados, como pode alguém ser acusado de subornar?
Nelson Breve – Carta Maior
BRASÍLIA - As 1828 páginas do relatório apresentado nesta quarta-feira (29) pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) retratam bem o que aconteceu nesses 10 meses de atuação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional destinada a apurar casos de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A despeito de terem encontrado fortes indícios de esquemas envolvendo políticos de diversos partidos, inclusive dos que hoje estão na oposição ao governo federal, o foco das investigações e das denúncias foi colocado sempre sobre o PT e seus integrantes.O "valerioduto" (alcunha recebida pelo esquema de desvio de verbas públicas e privadas controlada pelo publicitário Marcos Valério) é apresentado como um esquema de desvio de recursos públicos em benefício de partidos políticos e de pessoas. Quem lê as conclusões e indiciamentos do relatório fica com a impressão de que a falcatrua começou com o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. No entanto, as linhas investigativas abortadas ou desconsideradas indicam que o esquema começou a ser operado na administração do governador tucano Eduardo Azeredo, em Minas Gerais. Infiltrou-se no governo federal do presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Ramificou-se para governos estaduais, como os de São Paulo (administração tucana) e do Distrito Federal (PMDB). E prosseguiu no governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva.As tintas do relatório reproduzem as opções de investigação feitas pela CPI. Do "valerioduto", só interessou o que fosse necessário para sustentar a existência do esquema ilícito de cooptação de apoio político denominado "mensalão". A CPI abandonou a investigação das relações suspeitas entre as agências de publicidade DNA e SMPB, do lobista Marcos Valério, e o Governo do Distrito Federal (GDF) na administração do peemedebista Joaquim Roriz (que esta semana declarou apoio ao candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin). Foram R$ 74,2 milhões repassados pela Secretaria de Fazenda do DF e pela estatal Terracap ao "valerioduto". Da mesma forma, permaneceram nebulosos os vínculos do "valerioduto" com o governo do estado de São Paulo, especialmente as transações entre a Telesp, antes de ser privatizada, e a SMPB-SP. Pelas contas da SMPB-SP passaram R$ 104 milhões de abril de 1997 a março de 1999. Desse total, R$ 41 milhões foram repassados pela Telesp. A CPI não levou adiante essas investigações alegando que invadiam a esfera estadual. Mas, sequer citá-las no relatório é omissão. Até porque o governo tucano não deixa a Assembléia Legislativa de São Paulo abrir investigação alguma. O exemplo mais recente é a denúcia do mensalinho da Nossa Caixa para comprar apoio no Legislativo estadual. No GDF também há interesse nessa investigação, até porque a Câmara Legislativa local também repassava recursos ao "valerioduto".A ligação das empresas de Marcos Valério com outras empresas privadas interessadas em boas relações com o governo federal e o governo mineiro foram mencionadas de passagem. O nome do empresário Daniel Dantas, ligado ao PFL, mal aparece no relatório, embora empresas do grupo Brasil Telecom, administradas por ele, tenham irrigado generosamente as contas de Marcos Valério. Entre 2000 e 2005, foram R$ 122,3 milhões da Telemig e R$ 36,5 da Amazônia Celular. A Usiminas não foi investigada, também, apesar de indícios fortes de participação maior no esquema de financiamento ilegal de campanhas eleitorais por intermédio do Valerioduto. Os repasses foram da ordem de R$ 32 milhões em cinco anos.O critério de não levar as investigações para o plano estadual perdeu sustentação na medida em que o relator viu-se obrigado a incluir o esquema voltado para a reeleição do senador tucano Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais, em 1998. Se a justificativa para não excluir esse caso foi “não refugir ao que estivesse relacionado com o Valerioduto”, as transações com a Telesp e o GDF também deveriam ser mencionados da mesma forma. O esquema para tentar reeleger Azeredo é idêntico ao que a CPI considera “desvio de recursos públicos para partidos e pessoas”. Tem agência de publicidade, tem contrato com o governo, tem empréstimos, tem repasses para políticos em campanha. É possível até que tenha sido usado em eleições anteriores à de 1998. A licitação que abriu as portas do governo de Minas para as agências de publicidade de Marcos Valério foi a primeira realizada pelo governo Azeredo quando tomou posse em janeiro de 1994.Pelo relatório dá para perceber que a CPI usou critérios distintos para analisar e julgar tucanos e petistas. Enquanto Azeredo e seus operadores foram indiciados por crime eleitoral, que já prescreveu. Os petistas José Dirceu, Luiz Gushiken, José Genoíno e Delúbio Soares foram enquadrados por corrupção ativa (Gushiken também foi indiciado por tráfico de influência, Genoíno, por falsidade ideológica e crime eleitoral, e Delúbio, além destes, por lavagem de dinheiro e peculato). A defesa de Azeredo é considerada no relatório. A dos petistas, não.Pelo contrário, na tentativa de reforçar os argumentos, a CPI recorre a pareceres do Conselho de Ética da Câmara. No caso de José Dirceu, a investigação não avançou em nenhum ponto a partir do encaminhamento do relatório parcial ao Conselho de Ética. Pelo contrário, considerações levantadas antes foram retiradas no relatório final. Serraglio considera Dirceu o grande idealizador do “esquema de corrupção destinado a garantir uma base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados” com base, exclusivamente, na palavra do ex-deputado Roberto Jefferson, cassado por não ter comprovado suas acusações.O relatório contém uma contradição incontornável que inibiu qualquer outro tipo de indiciamento de Dirceu. Se os empréstimos eram fictícios, porque o então ministro da Casa Civil precisaria ser o avalista político perante os bancos Rural e BMG? Por essa razão, Dirceu foi indiciado apenas por corrupção ativa, como responsável supostamente pelo pagamento de suborno aos deputados. Estes mesmos deputados, no entanto, não foram indiciados por corrupção passiva. Apenas por crimes eleitoral e fiscal. Se não foram subornados, como pode alguém ser acusado de subornar? Fora Jefferson, apenas o tesoureiro do PTB, Emerson Palmieri, faz ilações com base no que teria ouvido, ou do próprio Jefferson, ou de Delúbio e Genoino. Estes negam. Na palavra contra palavra, o relator prefere dar o crédito aos acusadores.Assim foi a CPI. Tem crédito quem acusa o PT ou o governo. Não tem quem acusa outros partidos. O lobista Nilton Mourão, que denunciou a Lista de Furnas, considerada falsa por perícias encomendadas pela CPI, não foi ouvido por falta de credibilidade. “A lista pode ser falsa, mas quantos criminosos não foram ouvidos na CPI?”, questiona o deputado Jamil Murad (PCdoB-SP). Qual a credibilidade do doleiro Toninho da Barcelona, que levantou suspeitas e depois precisou declarar que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, era inocente para acalmar o mercado financeiro?O relatório faz um esforço muito grande para comprovar a tese do mensalão. Consegue demonstrar que existiram repasses sistemáticos. O Caso do PL é o mais evidente. O partido começa a receber quotas semanais de R$ 500 mil no início de 2003. Fica algum tempo sem receber, depois os repasses caem para R$ 300 mil semanais, R$ 200 mil e R$ 100 mil. Os partidos envolvidos asseguram tratar-se de pagamento de dívidas eleitorais e preparação da campanha para as prefeituras, em 2004. Essa justificativa pode não ser verdadeira, mas o relatório não consegue desmontá-la.As tentativas de demonstrar coincidências entre repasses e votações importantes no Congresso não são convincentes. O relatório se apóia em um parecer inconsistente do deputado Julio Delgado no processo de cassação de José Dirceu. Ele menciona uma série de telefonemas e desembolsos no período de votações importantes, como Lei de Biossegurança, desoneração do PIS e da Cofins, liberação do plantio de soja transgênica e outros em que os conflitos eram setoriais e não partidários. E a maior parte dos recursos mencionados foi para parlamentares do PT. Além disso, os trechos utilizados por Seraglio não constam mais do parecer de Delgado. Foram suprimidos por decisão judicial, pois foram obtidos indevidamente da própria CPI. Isso desmoraliza a CPI, que não foi capaz de fazer os cruzamentos das informações.
A maior desmoralização da CPI, no entanto, é dizer que tem mensalão e não indiciar os mensaleiros.
Lágrimas de Crocodilo
José Dirceu
[31/MAR/2006]
Parece mentira, mas é verdade. Voltamos ao clima de fim do mundo, tão caro à CPI dos Bingos. Agora, quase toda a mídia assume, falsamente escandalizada, um ar de indignação e estupefação contra o governo e dá curso aos piores ressentimentos da oposição que, alegremente, tenta levar o país a um beco sem saída.
Seu propósito golpista, via Paulo Okamotto, foi facilitado - e muito - com a crise da quebra do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Um fato de extrema gravidade, inadmissível, que está sendo, rigorosamente, apurado pela Polícia Federal e que levou às demissões do ministro Antonio Palocci e do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso.
A paranóia chegou ao limite, com a histeria desencadeada pelos catões de plantão, contra a manifestação da deputada do PT, Ângela Guadagnin, de aprovação à absolvição de João Magno, deputado de seu partido.
Os que condenaram o comportamento da deputada são os mesmos que silenciaram, junto com parte expressiva da mídia, quando o líder do PSDB, deputado baiano Jutahy Magalhães Filho, disse, para todo o Brasil, ''que caixa dois é crime eleitoral sujeito a multa, e não a cassação de mandato'', ao justificar o voto do PSDB-PFL pela absolvição do deputado Roberto Brant.
Tudo fica mais grave, quando sabemos que a Comissão de Ética do Senado absolveu o senador Eduardo Azeredo, réu confesso, apoiando-se na falácia de que o ex-governador e ex-presidente do PSDB não era parlamentar na época do ocorrido.
Sabem o Senado, e toda a mídia, o STF decidiu que o decoro parlamentar independe de estar, ou não, o cidadão no exercício do mandato, razão pela qual um parlamentar-ministro pode ser processado por quebra do decoro, mesmo licenciado.
Mais grave ainda, porque revela os verdadeiros objetivos da oposição e de seus pistoleiros de aluguel, é a hipocrisia com relação ao ato, condenável, de quebra do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana, enumerou todos os casos de violação flagrante, por parte da oposição, dos sigilos telefônico, bancário e fiscal de várias pessoas. Todos eles realizados com o apoio de certa mídia, que, em muitos casos, chegou a pressionar pela violação, e usou e abusou da publicação dos dados sigilosos.
Vou citar cada um desses casos de quebra de sigilo, para provar o farisaísmo e a total irresponsabilidade dessa mesma mídia: o de Henrique Meireles, da Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil - Concrab; o dos deputados federais petistas Devanir Ribeiro, Zezéu Ribeiro, Wasny de Roure e Vicentinho; o de Maurício Marinho, ex-funcionário dos Correios; de dados sigilosos do TCU sobre a Petrobrás e, por fim, do meu, quando era deputado.
Também irresponsável foi o vazamento dos dados do publicitário Duda Mendonça, transferidos para a CPMI pelas autoridades do governo norte-americano. O próprio Paulo Okamotto teve seus sigilos bancário, fiscal e telefônico devassados pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A Folha de S. Paulo faz, agora, um editorial de primeira página, onde expressa sua desfaçatez, ao acusar o governo Lula de conviver mal com a imprensa. Chega ao cúmulo de lhe atribuir a Lei da Mordaça, obra do ex-presidente FHC e de seu partido, o PSDB, engavetada pelo presidente Lula. No afã de provar abuso de poder por parte do governo, revive o caso do correspondente do The New York Times e a proposta do Conselho Nacional de Jornalismo.
Tudo para mostrar que o governo Lula abusa do poder, quando a realidade é outra; quem o faz são as oposições, tanto na violação dos sigilos, como na ação da CPMI dos Bingos, ilegal e inconstitucional, segundo manifestação do próprio STF.
A verdade é que nenhum governo foi tão investigado e tão devassado. Toda e qualquer denúncia divulgada pela imprensa é, imediatamente, levada à CPMI. Ministério Público, Polícia Federal, TCU, CGU acompanham e investigam tudo.
O desespero da oposição e de seus apoiadores vem do fato de que nada ficou provado contra o presidente e, também, do fato de que não há provas de o governo ter praticado qualquer irregularidade ou ilícito ou de se ter omitido.
Na verdade, estamos assistindo a mais um episódio explícito da campanha eleitoral, com ameaças e ares de chantagem barata contra o governo, sob o pretexto da defesa das liberdades e dos direitos dos cidadãos.
http://www.jb.com.br/jb/papel/opiniao/2006/03/30/joropi20060330002.html
[31/MAR/2006]
Parece mentira, mas é verdade. Voltamos ao clima de fim do mundo, tão caro à CPI dos Bingos. Agora, quase toda a mídia assume, falsamente escandalizada, um ar de indignação e estupefação contra o governo e dá curso aos piores ressentimentos da oposição que, alegremente, tenta levar o país a um beco sem saída.
Seu propósito golpista, via Paulo Okamotto, foi facilitado - e muito - com a crise da quebra do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Um fato de extrema gravidade, inadmissível, que está sendo, rigorosamente, apurado pela Polícia Federal e que levou às demissões do ministro Antonio Palocci e do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso.
A paranóia chegou ao limite, com a histeria desencadeada pelos catões de plantão, contra a manifestação da deputada do PT, Ângela Guadagnin, de aprovação à absolvição de João Magno, deputado de seu partido.
Os que condenaram o comportamento da deputada são os mesmos que silenciaram, junto com parte expressiva da mídia, quando o líder do PSDB, deputado baiano Jutahy Magalhães Filho, disse, para todo o Brasil, ''que caixa dois é crime eleitoral sujeito a multa, e não a cassação de mandato'', ao justificar o voto do PSDB-PFL pela absolvição do deputado Roberto Brant.
Tudo fica mais grave, quando sabemos que a Comissão de Ética do Senado absolveu o senador Eduardo Azeredo, réu confesso, apoiando-se na falácia de que o ex-governador e ex-presidente do PSDB não era parlamentar na época do ocorrido.
Sabem o Senado, e toda a mídia, o STF decidiu que o decoro parlamentar independe de estar, ou não, o cidadão no exercício do mandato, razão pela qual um parlamentar-ministro pode ser processado por quebra do decoro, mesmo licenciado.
Mais grave ainda, porque revela os verdadeiros objetivos da oposição e de seus pistoleiros de aluguel, é a hipocrisia com relação ao ato, condenável, de quebra do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana, enumerou todos os casos de violação flagrante, por parte da oposição, dos sigilos telefônico, bancário e fiscal de várias pessoas. Todos eles realizados com o apoio de certa mídia, que, em muitos casos, chegou a pressionar pela violação, e usou e abusou da publicação dos dados sigilosos.
Vou citar cada um desses casos de quebra de sigilo, para provar o farisaísmo e a total irresponsabilidade dessa mesma mídia: o de Henrique Meireles, da Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil - Concrab; o dos deputados federais petistas Devanir Ribeiro, Zezéu Ribeiro, Wasny de Roure e Vicentinho; o de Maurício Marinho, ex-funcionário dos Correios; de dados sigilosos do TCU sobre a Petrobrás e, por fim, do meu, quando era deputado.
Também irresponsável foi o vazamento dos dados do publicitário Duda Mendonça, transferidos para a CPMI pelas autoridades do governo norte-americano. O próprio Paulo Okamotto teve seus sigilos bancário, fiscal e telefônico devassados pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A Folha de S. Paulo faz, agora, um editorial de primeira página, onde expressa sua desfaçatez, ao acusar o governo Lula de conviver mal com a imprensa. Chega ao cúmulo de lhe atribuir a Lei da Mordaça, obra do ex-presidente FHC e de seu partido, o PSDB, engavetada pelo presidente Lula. No afã de provar abuso de poder por parte do governo, revive o caso do correspondente do The New York Times e a proposta do Conselho Nacional de Jornalismo.
Tudo para mostrar que o governo Lula abusa do poder, quando a realidade é outra; quem o faz são as oposições, tanto na violação dos sigilos, como na ação da CPMI dos Bingos, ilegal e inconstitucional, segundo manifestação do próprio STF.
A verdade é que nenhum governo foi tão investigado e tão devassado. Toda e qualquer denúncia divulgada pela imprensa é, imediatamente, levada à CPMI. Ministério Público, Polícia Federal, TCU, CGU acompanham e investigam tudo.
O desespero da oposição e de seus apoiadores vem do fato de que nada ficou provado contra o presidente e, também, do fato de que não há provas de o governo ter praticado qualquer irregularidade ou ilícito ou de se ter omitido.
Na verdade, estamos assistindo a mais um episódio explícito da campanha eleitoral, com ameaças e ares de chantagem barata contra o governo, sob o pretexto da defesa das liberdades e dos direitos dos cidadãos.
http://www.jb.com.br/jb/papel/opiniao/2006/03/30/joropi20060330002.html
"Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data." (Luís Fernando Veríssimo)
Deputados cobram investigações de gestão tucana em São Paulo
Deputados do PT de São Paulo defenderam ontem a investigação de inúmeras denúncias de irrregularidades que atingem a administração estadual do governador tucano, Geraldo Alckmin. O deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) classifica como muito importante a instalação das CPIs que têm sido sucessivamente engavetadas na Assembléia Legislativa do estado. "Assim a sociedade fica sabendo o que os tucanos fizeram durante os 12 anos em que governaram o estado", disse.
Há quase 70 pedidos de CPIs na fila para investigarem privatizações, denúncias de obras cujas licitações são duvidosas e outras acusações envolvendo o governo estadual, aguardando deliberação. Segundo o petista, Geraldo Alckmin foi o responsável pelas privatizações de todas as estradas do estado e pela criação dos postos de pedágio.
Nossa Caixa - O deputado estadual Hamilton Pereira (PT) desafiou Alckmin a acertar as contas. "Geraldo Alckmin só poderá dar o que chama de 'banho de ética' se nos mostrar onde foi investido cada centavo dos recursos de publicidade de todos os órgãos públicos do estado de São Paulo", disse Pereira. A afirmação do parlamentar surgiu após denúncias, investigadas pelo Ministério Público paulista, de que o banco estatal Nossa Caixa favorecia parlamentares na distribuição de verba publicitária, em troca de apoio no Legislativo.
Hamilton Pereira critica o fato de Alckmin classificar o seu governo como transparente. "Se um governo que manobra para engavetar 69 pedidos de CPIs na Assembléia Legislativa é transparente, não sei mais o que é transparência", ironizou Pereira. "Só nós é que sabemos a quantidade de barreiras impostas por este governo que teremos que driblar para conseguir instalar esta CPI", concluiu Pereira.
Concorda com ele o deputado Devanir Ribeiro: "ele é transparente porque a mídia paulista sempre o vedou. Ele está, como se diz, blindado pela imprensa local, ele é transparente até onde permitem", completou.
Deputados do PT de São Paulo defenderam ontem a investigação de inúmeras denúncias de irrregularidades que atingem a administração estadual do governador tucano, Geraldo Alckmin. O deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) classifica como muito importante a instalação das CPIs que têm sido sucessivamente engavetadas na Assembléia Legislativa do estado. "Assim a sociedade fica sabendo o que os tucanos fizeram durante os 12 anos em que governaram o estado", disse.
Há quase 70 pedidos de CPIs na fila para investigarem privatizações, denúncias de obras cujas licitações são duvidosas e outras acusações envolvendo o governo estadual, aguardando deliberação. Segundo o petista, Geraldo Alckmin foi o responsável pelas privatizações de todas as estradas do estado e pela criação dos postos de pedágio.
Nossa Caixa - O deputado estadual Hamilton Pereira (PT) desafiou Alckmin a acertar as contas. "Geraldo Alckmin só poderá dar o que chama de 'banho de ética' se nos mostrar onde foi investido cada centavo dos recursos de publicidade de todos os órgãos públicos do estado de São Paulo", disse Pereira. A afirmação do parlamentar surgiu após denúncias, investigadas pelo Ministério Público paulista, de que o banco estatal Nossa Caixa favorecia parlamentares na distribuição de verba publicitária, em troca de apoio no Legislativo.
Hamilton Pereira critica o fato de Alckmin classificar o seu governo como transparente. "Se um governo que manobra para engavetar 69 pedidos de CPIs na Assembléia Legislativa é transparente, não sei mais o que é transparência", ironizou Pereira. "Só nós é que sabemos a quantidade de barreiras impostas por este governo que teremos que driblar para conseguir instalar esta CPI", concluiu Pereira.
Concorda com ele o deputado Devanir Ribeiro: "ele é transparente porque a mídia paulista sempre o vedou. Ele está, como se diz, blindado pela imprensa local, ele é transparente até onde permitem", completou.
INFORMES - Liderança do PT - Câmara dos Deputados
Sexta 31/mar/06 - Ano XV - nº 3.468 Fechamento: 30/marv/06 - 20h30
CPMI dos Correios: PT vai apresentar substitutivo ao relatório
Fontana quer Daniel Dantas no relatório da CPMI dos Correios
Acusados rebatem relator da CPMI dos Correios
Gushiken comprova gasto pessoal com publicação
Presidente Lula assina decreto que beneficia agricultores familiares
Fontana rechaça golpismo do PFL e do PSDB
Missão espacial de um brasileiro é fato histórico, diz petista
PIB brasileiro totaliza R$ 1,937 trilhão em 2005
Concluída votação do Orçamento 2006 na Comissão Mista
Plano Nacional da Juventude será fruto do consenso, diz petista
Petistas questionam afastamento de Angela Guadagnin do Conselho de Ética
Conselho aprova cassação de José Mentor
Fontana apresenta projeto que limita gastos em campanhas
Petistas sugerem Plano Nacional de Cultura
Conferência de relações internacionais do PT começa hoje
Mulheres "guerreiras da paz" são homenageadas em livro
CPMI dos Correios: PT vai apresentar substitutivo ao relatório
Fontana quer Daniel Dantas no relatório da CPMI dos Correios
Acusados rebatem relator da CPMI dos Correios
Gushiken comprova gasto pessoal com publicação
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Missão espacial de um brasileiro é fato histórico, diz petista
PIB brasileiro totaliza R$ 1,937 trilhão em 2005
Concluída votação do Orçamento 2006 na Comissão Mista
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Petistas sugerem Plano Nacional de Cultura
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Mulheres "guerreiras da paz" são homenageadas em livro
QUANDO É COM ELES, É TUDO EM SEGREDO
Às vésperas de declarar-se candidato oficial do PSDB ao governo de São Paulo, o prefeito José Serra tornou-se protagonista de uma polêmica judicial.
Condenado junto com outras autoridades a restituir aos cofres públicos R$ 200 milhões por conta de supostos prejuízos provocados por uma medida adotada durante o governo FHC, o prefeito é, junto com os ex-ministros Pedro Malan e Pedro Parente, estrela de um processo que tramita no STF. Busca-se anular a condenação. A causa é antiga. Tramita pelos escaninhos do Judiciário desde 2002. Naquele ano, a 20ª Vara Federal de Brasília considerou procedente uma denúncia do Ministério Público contra Serra, Malan e Parente. Os três foram condenados, junto com outras autoridades, a ressarcir o erário por terem autorizado o pagamento, com recursos públicos, de prejuízos dos correntistas que tinham dinheiro em bancos que sofreram intervenção em 1995. A operação estava vinculada ao Proer, o programa de reestruturação do sistema financeiro. A sentença é de 11 de abril de 2002. Serra, Malan e Parente foram alcançados porque integravam, na época da decisão considerada lesiva ao Tesouro, o CMN (Conselho Monetário Nacional. O conselho autorizou o governo a financiar o pagamento de até R$ 5.000,00 aos correntistas das instituições que sofreram intervenção em 95 _os bancos Econômico S.A, Mercantil S.A. e Comercial de São Paulo S.A. O Ministério Público Federal considerou que a medida foi ilegal. Sustentou na ação que havia uma "vedação constitucional para aporte de recursos oriundos de reserva monetária (...) sem prévia autorização” do Senado Federal. Os responsáveis foram enquadrados na lei que pune os crimes de improbidade administrativa. Aproveitando-se de uma decisão do STF que cancelara uma outra condenação que havia sido imposta ao também ex-ministro de FHC Ronaldo Sardenberg pelo uso de jatinhos da Força Aérea em viagens de turismo, os advogados de Malan foram ao Supremo. Pediram ao tribunal que avocasse o processo, anulando as decisões do juízo de primeira instância. O recurso foi distribuído por sorteio ao ministro Gilmar Mendes, que ocupara o posto de Advogado-Geral da União na época em que Serra, Malan e Parente eram ministros de FHC. Invocando a liminar que beneficiara Sardenberg, proferida pelo ministro Nelson Jobim, também ele um ex-auxiliar de FHC –ocupara a pasta da Justiça-, Gilmar Mendes pôs por terra a condenação contra os ex-colegas. A tese de Jobim, aproveitada por Mendes, é a de que a lei de improbidade, invocada para condenar Sardenberg, Serra, Malan e Parente, não pode ser aplicada contra "agentes políticos". Todos eles só poderiam ser julgados por "crime de responsabilidade". O que lhes garantiria o chamado foro privilegiado -presidentes da República, ministros, senadores e deputados federais só poderiam ser processados no STF; governadores, no STJ; deputados estaduais, prefeitos e vereadores, nos Tribunais de Justiça. A prevalecer esse entendimento, conforme noticiado aqui em janeiro, podem ser anulados mais de 10 mil ações e inquéritos abertos contra gestores públicos pela prática de improbidade administrativa. A polêmica volta à baila agora, para infortúnio do candidato Serra, porque Gilmar Mendes incluiu o processo na pauta de julgamentos do STF. Significa dizer que a liminar concedida por Mendes em favor dos ex-ministros de FHC pode ser submetida aos demais juízes do Supremo a qualquer momento.
Em 2002, Serra pediu que caso corresse em segredo
Logo que foram condenados em primeira instância a ressarcir o erário em R$ 200 milhões, os ex-ministros de FHC contrataram escritórios privados de advocacia para defendê-los. No caso de Serra, que disputava com Lula a presidência da República em 2002, época em que a sentença condenatória foi divulgada, um dos pedidos feitos pelos advogados foi para que o caso tramitasse em segredo de Justiça, para evitar explorações indevidas contra o candidato. "O importante no processo é que ficou provado que os acusados não tiveram comportamento imoral, tirando proveito próprio do fato. Eles agiram no interesse público", disse na época o advogado Marco Antonio Meneghetti, defensor de José Serra. "O que existe é uma discussão doutrinária: o governo deveria ou não garantir as contas dos poupadores (dos bancos sob intervenção) até determinado valor?". "O próprio STF já decidiu que o Proer foi constitucional, uma reação necessária diante da ameaça de uma crise sistêmica", afirmou o advogado Arnold Wald, contratado por Pedro Malan. Segundo Wald, os valores financiados aos correntistas teriam sido devolvidos ao Banco Central antes mesmo que ação de improbidade movida pelo Ministério Público começasse a tramitar.
Blog do Josias de Souza (30/03/06)
Condenado junto com outras autoridades a restituir aos cofres públicos R$ 200 milhões por conta de supostos prejuízos provocados por uma medida adotada durante o governo FHC, o prefeito é, junto com os ex-ministros Pedro Malan e Pedro Parente, estrela de um processo que tramita no STF. Busca-se anular a condenação. A causa é antiga. Tramita pelos escaninhos do Judiciário desde 2002. Naquele ano, a 20ª Vara Federal de Brasília considerou procedente uma denúncia do Ministério Público contra Serra, Malan e Parente. Os três foram condenados, junto com outras autoridades, a ressarcir o erário por terem autorizado o pagamento, com recursos públicos, de prejuízos dos correntistas que tinham dinheiro em bancos que sofreram intervenção em 1995. A operação estava vinculada ao Proer, o programa de reestruturação do sistema financeiro. A sentença é de 11 de abril de 2002. Serra, Malan e Parente foram alcançados porque integravam, na época da decisão considerada lesiva ao Tesouro, o CMN (Conselho Monetário Nacional. O conselho autorizou o governo a financiar o pagamento de até R$ 5.000,00 aos correntistas das instituições que sofreram intervenção em 95 _os bancos Econômico S.A, Mercantil S.A. e Comercial de São Paulo S.A. O Ministério Público Federal considerou que a medida foi ilegal. Sustentou na ação que havia uma "vedação constitucional para aporte de recursos oriundos de reserva monetária (...) sem prévia autorização” do Senado Federal. Os responsáveis foram enquadrados na lei que pune os crimes de improbidade administrativa. Aproveitando-se de uma decisão do STF que cancelara uma outra condenação que havia sido imposta ao também ex-ministro de FHC Ronaldo Sardenberg pelo uso de jatinhos da Força Aérea em viagens de turismo, os advogados de Malan foram ao Supremo. Pediram ao tribunal que avocasse o processo, anulando as decisões do juízo de primeira instância. O recurso foi distribuído por sorteio ao ministro Gilmar Mendes, que ocupara o posto de Advogado-Geral da União na época em que Serra, Malan e Parente eram ministros de FHC. Invocando a liminar que beneficiara Sardenberg, proferida pelo ministro Nelson Jobim, também ele um ex-auxiliar de FHC –ocupara a pasta da Justiça-, Gilmar Mendes pôs por terra a condenação contra os ex-colegas. A tese de Jobim, aproveitada por Mendes, é a de que a lei de improbidade, invocada para condenar Sardenberg, Serra, Malan e Parente, não pode ser aplicada contra "agentes políticos". Todos eles só poderiam ser julgados por "crime de responsabilidade". O que lhes garantiria o chamado foro privilegiado -presidentes da República, ministros, senadores e deputados federais só poderiam ser processados no STF; governadores, no STJ; deputados estaduais, prefeitos e vereadores, nos Tribunais de Justiça. A prevalecer esse entendimento, conforme noticiado aqui em janeiro, podem ser anulados mais de 10 mil ações e inquéritos abertos contra gestores públicos pela prática de improbidade administrativa. A polêmica volta à baila agora, para infortúnio do candidato Serra, porque Gilmar Mendes incluiu o processo na pauta de julgamentos do STF. Significa dizer que a liminar concedida por Mendes em favor dos ex-ministros de FHC pode ser submetida aos demais juízes do Supremo a qualquer momento.
Em 2002, Serra pediu que caso corresse em segredo
Logo que foram condenados em primeira instância a ressarcir o erário em R$ 200 milhões, os ex-ministros de FHC contrataram escritórios privados de advocacia para defendê-los. No caso de Serra, que disputava com Lula a presidência da República em 2002, época em que a sentença condenatória foi divulgada, um dos pedidos feitos pelos advogados foi para que o caso tramitasse em segredo de Justiça, para evitar explorações indevidas contra o candidato. "O importante no processo é que ficou provado que os acusados não tiveram comportamento imoral, tirando proveito próprio do fato. Eles agiram no interesse público", disse na época o advogado Marco Antonio Meneghetti, defensor de José Serra. "O que existe é uma discussão doutrinária: o governo deveria ou não garantir as contas dos poupadores (dos bancos sob intervenção) até determinado valor?". "O próprio STF já decidiu que o Proer foi constitucional, uma reação necessária diante da ameaça de uma crise sistêmica", afirmou o advogado Arnold Wald, contratado por Pedro Malan. Segundo Wald, os valores financiados aos correntistas teriam sido devolvidos ao Banco Central antes mesmo que ação de improbidade movida pelo Ministério Público começasse a tramitar.
Blog do Josias de Souza (30/03/06)
O INFORMANTE
Notícias do dia:
Informes (30/03/06)Mentira, difamação e calúnias dominaram CPI dos Correios, acusa GushikenSegundo ele, o “palco da CPI” acabou adotando uma “regra inquisitorial”, segundo à qual “a suspeição equivale a prova”.
Folha de Pernambuco (30/03/06)Venda de PCs cresce 112 por cento no Brasil neste início de anoSignifica dizer que, nestes primeiros meses do ano, as lojas venderam praticamente o dobro do que estavam acostumadas em 2005.
Agência Carta Maior (28/03/06)Relator acusa "corruptores", mas ameniza com "corrompidos"Os deputados que receberam o chamado "mensalão" não foram indiciados por corrupção passiva no relatório final da CPMI dos Correios.
CARTA ABERTACarta aberta à Polícia Federal sobre a lista de FurnasEm que ponto está a investigação das ações do Sr. Dimas Toledo e o supostos repasses ilegais para 156 políticos?
Folha de São Paulo (30/03/06)Alckmin deixará 76 escolas de latão em SPGovernador renunciará ao cargo para disputar eleição sem ter substituído todos os prédios provisórios, quentes e barulhentos.
Blog do Josias de Souza (30/03/06)Condenados, Serra e Malan buscam proteção no STFA liminar concedida por Mendes em favor dos ex-ministros de FHC pode ser submetida aos demais juízes do Supremo a qualquer momento.
Reuters (30/03/06)Brasil está no início de um boom de investimentos, diz corretora americanaCom taxas de juros declinantes, o Brasil está no início de um boom de investimentos parecido com o que o México passou há alguns anos.
Globo Online (30/03/06)Banco Central projeta inflação de 3,7 por cento em 2006O relatório trimestral de inflação, divulgado pelo Banco Central nesta manhã, faz o juro futuro cair na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
Folha Online (30/03/06)Indústria paulista cresce 1,6% em fevereiro, frente a janeiro, e 8,8% frente a fevereiro de 2005A atividade industrial cresceu 8,7% no bimestre. Frente a fevereiro do ano pasado, as vendas reais da indústria saltaram 21,3% e os salários 13%.
Agência Carta Maior (29/03/06)Relatório de Serraglio na CPMI dos Correios isenta LulaSegundo Rands, a peça final precisa se ater a descrição dos fatos e das constatações "com a maior objetividade e menor número de adjetivos possíveis".
Informes (30/03/06)Petistas querem mudanças no relatório da CPMI dos CorreiosA tentativa que alguns fizeram de definir que aquilo tenha sido para compra de votos no Parlamento não ficou comprovada porque não ocorreu", disse Hen
MIGUEL DO ROSÁRIOFascismo pós-modernoNas mãos sujas do PSDB/PFL, as instituições policiais não investigavam nada. PF, MP, Procuradoria Geral da União, TCU, não tinham independência.
O Informante - preenchendo lacunas da mídia
Informes (30/03/06)Mentira, difamação e calúnias dominaram CPI dos Correios, acusa GushikenSegundo ele, o “palco da CPI” acabou adotando uma “regra inquisitorial”, segundo à qual “a suspeição equivale a prova”.
Folha de Pernambuco (30/03/06)Venda de PCs cresce 112 por cento no Brasil neste início de anoSignifica dizer que, nestes primeiros meses do ano, as lojas venderam praticamente o dobro do que estavam acostumadas em 2005.
Agência Carta Maior (28/03/06)Relator acusa "corruptores", mas ameniza com "corrompidos"Os deputados que receberam o chamado "mensalão" não foram indiciados por corrupção passiva no relatório final da CPMI dos Correios.
CARTA ABERTACarta aberta à Polícia Federal sobre a lista de FurnasEm que ponto está a investigação das ações do Sr. Dimas Toledo e o supostos repasses ilegais para 156 políticos?
Folha de São Paulo (30/03/06)Alckmin deixará 76 escolas de latão em SPGovernador renunciará ao cargo para disputar eleição sem ter substituído todos os prédios provisórios, quentes e barulhentos.
Blog do Josias de Souza (30/03/06)Condenados, Serra e Malan buscam proteção no STFA liminar concedida por Mendes em favor dos ex-ministros de FHC pode ser submetida aos demais juízes do Supremo a qualquer momento.
Reuters (30/03/06)Brasil está no início de um boom de investimentos, diz corretora americanaCom taxas de juros declinantes, o Brasil está no início de um boom de investimentos parecido com o que o México passou há alguns anos.
Globo Online (30/03/06)Banco Central projeta inflação de 3,7 por cento em 2006O relatório trimestral de inflação, divulgado pelo Banco Central nesta manhã, faz o juro futuro cair na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
Folha Online (30/03/06)Indústria paulista cresce 1,6% em fevereiro, frente a janeiro, e 8,8% frente a fevereiro de 2005A atividade industrial cresceu 8,7% no bimestre. Frente a fevereiro do ano pasado, as vendas reais da indústria saltaram 21,3% e os salários 13%.
Agência Carta Maior (29/03/06)Relatório de Serraglio na CPMI dos Correios isenta LulaSegundo Rands, a peça final precisa se ater a descrição dos fatos e das constatações "com a maior objetividade e menor número de adjetivos possíveis".
Informes (30/03/06)Petistas querem mudanças no relatório da CPMI dos CorreiosA tentativa que alguns fizeram de definir que aquilo tenha sido para compra de votos no Parlamento não ficou comprovada porque não ocorreu", disse Hen
MIGUEL DO ROSÁRIOFascismo pós-modernoNas mãos sujas do PSDB/PFL, as instituições policiais não investigavam nada. PF, MP, Procuradoria Geral da União, TCU, não tinham independência.
O Informante - preenchendo lacunas da mídia
PSDB, PFL E A GRANDE IMPRENSA BRASILEIRA QUEREM DERRUBAR A DEMOCRACIA NO BRASIL
Nota rápida sobre a conjuntura política.
1) Escrevo esta nota à 10 horas do dia 28 de março, quando já foi substituído o Ministro Palloci por Guido Mantega, no Ministério da Fazenda. Esta substituição ocorreu após um dramático percurso de desgaste, que combinou dois movimentos bem nítidos, por parte dos adversários e inimigos do Governo Lula: de uma parte, a defesa da política econômica do Ministro porque avocam esta política como “deles”; de outra, a responsabilização do Ministro por envolvimento com o “grupo de Ribeirão Preto” e com a violação do sigilo bancário do caseiro Nildo;
2) A violação de qualquer sigilo bancário é inaceitável, é evidente, e os responsáveis devem responder penalmente. O envolvimento do Ministro com grupos de eventuais lobistas é inaceitável, é evidente, e isso deve ser investigado. Não estou afirmando que as acusações coincidem com a verdade, ou se são verdades parciais ou pura invenção. Conheço muito pouco o Ministro Palloci e as suas relações políticas . Independentemente das divergências que tenhamos com ele, porém, as suas ações macro-econômicas permitiram que um país que recebemos quebrado continuasse a andar e abrir perspectivas de futuro. O que impressiona, porém é o que pode ser lido no “sub-texto” da sua saída e da própria crise;
3) Vamos comparar. Recentemente uma agressão tipicamente fascista de um “escritor” -ataque a bengaladas contra o ex-Ministro José Dirceu- e a afirmativa de um líder da oposição que “daria um soco na cara do Presidente”, foram “naturalizados” pela mídia. Nenhuma crítica dura nem sistemática foi feita aos dois agressores. Alguns comentaristas, subliminarmente, inclusive elogiaram estes atos de marginalidade política.
4) O sigilo do Presidente do Banco Central Henrique Meirelles foi quebrado: nenhum escândalo foi feito. Deputados violaram dados sigilosos das CPIs -o que é mais grave, na minha opinião do que violar sigilo bancário- e nenhuma indignação ou reflexo importante foram vistos na mídia “democrática” do país. Longe de querer acobertar qualquer erro de qualquer dirigente. Mas é bom perguntar: por que dois pesos e duas medidas?
5) Independentemente de que várias das críticas contra o PT e o governo sejam justas ou injustas e os fatos veiculados sejam, ou não, verdadeiros, o que está em curso é uma tentativa de eliminação política da esquerda com credenciais democráticas para governar. Está em curso um claro processo de recuperação –aproveitando nossos erros- do projeto tucano-pefelista e dos seus conhecidos padrões de honestidade pública, já revelados nos processos de privatização;
6) Ajuda a “recuperação” política da direita o fato de que o nosso Partido, até agora, não apresentou um “juízo de valor político” sobre a conduta dos membros do PT que exerceram funções de relevo no Partido e no governo Lula. Eles estão expostos, publicamente, supostamente com algum grau de responsabilidade política ou penal. Se eles cometeram deslizes éticos ou ilegalidades por decisão própria, isso deve ser reconhecido pelo Partido, publicamente. Se eles não os cometeram, ou agiram orientados pelas instâncias partidárias, o Partido deve protegê-los e assumir plenamente, as suas responsabilidades. Esta é uma questão que o PT vai ter que enfrentar num futuro próximo, para que possamos nos recuperar como projeto político para o país;
7) Devemos ter claro, contudo - além de absorvermos as críticas que se mostrarem fundadas - que o governo Lula não está sendo atacado pelos seus limites. O governo Lula não está sendo atacado por erros cometidos através de certas políticas ou mesmo por equívocos que qualquer Presidente comete no exercício do seu mandato: o governo Lula está sendo atacado pelas suas virtudes, pelas políticas progressistas que desenvolve em diversas áreas, pela “plebeização” do processo democrático no país. Quem nos ataca não tem credenciais para recuperar a ética pública no país; a imprensa sabe disso, mas não diz isso. Por quê?
8) A “santa aliança” que se articula em toda a grande mídia -com exceções mínimas- quer é voltar aos tempos das privatizações selvagens para “enxugar” o Estado; quer é voltar aos tempos em que os movimentos sociais estavam em permanente ameaça de criminalização; quer é voltar ao período de alinhamento automático com os EEUU; quer é retomar a liquidação do ensino público superior como ocorria na época do Min. Paulo Renato; quer é privatizar totalmente o setor elétrico; quer é acabar com a “gastança” do bolsa-família; quer é um governo que ajude os EEUU a promover a Alca e isolar as experiências progressistas na América Latina;
9) A síntese do governo FHC foi: juros altos, inflação alta, políticas sociais ínfimas; privatizações selvagens; compra de votos para a reeleição; servilismo na política externa; afundamento da Universidade pública; quadruplicação da dívida, estafa cambial. E o governo FHC não sofreu um décimo deste cerco. Sair desta situação em três anos e meio e recuperar a própria credibilidade da democracia foi um feito enorme do governo Lula, independentemente de graves erros cometidos por Ministros ou personalidades políticas do PT e ou da “base aliada”.
10) A ofensiva agora vai continuar. Não nos iludamos. O período eleitoral vai exacerbar a guerra contra a alternativa democrática representada pelo PT, PSB e PC do B e pela esquerda democrática do país. A direção do Partido deve comandar a resistência e a contra-ofensiva para reeleger Lula presidente. Este é apenas um pequeno e previsível capítulo da revolução democrática no país.
Tarso Genro
______________________________________
Abaixo, transcrevo parte do artigo de Hildegard Angel, publicado no Jornal do Brasil.
Nada mais realista do que aquele anúncio da oposição em que personagens do governo Lula vão caindo, um a um, como pedras de dominó. Agora foi o Palocci, até ele, o enfant gaté da imprensa!... Quebraram O sigilo do Henrique Meirelles, do Okamotto, de todos, e ninguém se escandalizou. Ao contrário, fizeram manchetes escandalosas, pressionaram o que puderam. Agora, o ministro da Fazenda é levado à renúncia, depois da iniciativa trapalhona do presidente da Caixa de bisbilhotar o sigilo do caseiro. E todos lambem os beiços... É óbvio que o objetivo geral da Nação não é a moralidade. É derrubar o governo, numa reação golpista em cadeia... quem viveu na carne as conseqüências incontroláveis de um golpe, como esta jornalista, sabe bem o pavor que lhe causa o atual cenário político nacional. Um festival de histeria regido pela mesma direita de 1964... Num Congresso onde foram vistas as coisas mais escabrosas (até o senador ACM dando sopapo no senador Suassuna!), todos se escandalizam porque a deputada petista dançou de alegria. Hipocrisia... ninguém se chocou porque o deputado pefelista deu uma festa, com pizza de verdade e tudo, comemorando a sua não punição. Se Brant fosse petista, estava lascado e cassado.... A CPI é um pretexto óbvio para derrubar o governo. Tudo vira motivo de escândalo, nossos parlamentares são todos freiras de convento, que vão de pretexto em pretexto, até encontrarem o motivo para derrubar Lula, última pedra do dominó...
Hildegard Angel
Enviado por Maria Rodrigues
1) Escrevo esta nota à 10 horas do dia 28 de março, quando já foi substituído o Ministro Palloci por Guido Mantega, no Ministério da Fazenda. Esta substituição ocorreu após um dramático percurso de desgaste, que combinou dois movimentos bem nítidos, por parte dos adversários e inimigos do Governo Lula: de uma parte, a defesa da política econômica do Ministro porque avocam esta política como “deles”; de outra, a responsabilização do Ministro por envolvimento com o “grupo de Ribeirão Preto” e com a violação do sigilo bancário do caseiro Nildo;
2) A violação de qualquer sigilo bancário é inaceitável, é evidente, e os responsáveis devem responder penalmente. O envolvimento do Ministro com grupos de eventuais lobistas é inaceitável, é evidente, e isso deve ser investigado. Não estou afirmando que as acusações coincidem com a verdade, ou se são verdades parciais ou pura invenção. Conheço muito pouco o Ministro Palloci e as suas relações políticas . Independentemente das divergências que tenhamos com ele, porém, as suas ações macro-econômicas permitiram que um país que recebemos quebrado continuasse a andar e abrir perspectivas de futuro. O que impressiona, porém é o que pode ser lido no “sub-texto” da sua saída e da própria crise;
3) Vamos comparar. Recentemente uma agressão tipicamente fascista de um “escritor” -ataque a bengaladas contra o ex-Ministro José Dirceu- e a afirmativa de um líder da oposição que “daria um soco na cara do Presidente”, foram “naturalizados” pela mídia. Nenhuma crítica dura nem sistemática foi feita aos dois agressores. Alguns comentaristas, subliminarmente, inclusive elogiaram estes atos de marginalidade política.
4) O sigilo do Presidente do Banco Central Henrique Meirelles foi quebrado: nenhum escândalo foi feito. Deputados violaram dados sigilosos das CPIs -o que é mais grave, na minha opinião do que violar sigilo bancário- e nenhuma indignação ou reflexo importante foram vistos na mídia “democrática” do país. Longe de querer acobertar qualquer erro de qualquer dirigente. Mas é bom perguntar: por que dois pesos e duas medidas?
5) Independentemente de que várias das críticas contra o PT e o governo sejam justas ou injustas e os fatos veiculados sejam, ou não, verdadeiros, o que está em curso é uma tentativa de eliminação política da esquerda com credenciais democráticas para governar. Está em curso um claro processo de recuperação –aproveitando nossos erros- do projeto tucano-pefelista e dos seus conhecidos padrões de honestidade pública, já revelados nos processos de privatização;
6) Ajuda a “recuperação” política da direita o fato de que o nosso Partido, até agora, não apresentou um “juízo de valor político” sobre a conduta dos membros do PT que exerceram funções de relevo no Partido e no governo Lula. Eles estão expostos, publicamente, supostamente com algum grau de responsabilidade política ou penal. Se eles cometeram deslizes éticos ou ilegalidades por decisão própria, isso deve ser reconhecido pelo Partido, publicamente. Se eles não os cometeram, ou agiram orientados pelas instâncias partidárias, o Partido deve protegê-los e assumir plenamente, as suas responsabilidades. Esta é uma questão que o PT vai ter que enfrentar num futuro próximo, para que possamos nos recuperar como projeto político para o país;
7) Devemos ter claro, contudo - além de absorvermos as críticas que se mostrarem fundadas - que o governo Lula não está sendo atacado pelos seus limites. O governo Lula não está sendo atacado por erros cometidos através de certas políticas ou mesmo por equívocos que qualquer Presidente comete no exercício do seu mandato: o governo Lula está sendo atacado pelas suas virtudes, pelas políticas progressistas que desenvolve em diversas áreas, pela “plebeização” do processo democrático no país. Quem nos ataca não tem credenciais para recuperar a ética pública no país; a imprensa sabe disso, mas não diz isso. Por quê?
8) A “santa aliança” que se articula em toda a grande mídia -com exceções mínimas- quer é voltar aos tempos das privatizações selvagens para “enxugar” o Estado; quer é voltar aos tempos em que os movimentos sociais estavam em permanente ameaça de criminalização; quer é voltar ao período de alinhamento automático com os EEUU; quer é retomar a liquidação do ensino público superior como ocorria na época do Min. Paulo Renato; quer é privatizar totalmente o setor elétrico; quer é acabar com a “gastança” do bolsa-família; quer é um governo que ajude os EEUU a promover a Alca e isolar as experiências progressistas na América Latina;
9) A síntese do governo FHC foi: juros altos, inflação alta, políticas sociais ínfimas; privatizações selvagens; compra de votos para a reeleição; servilismo na política externa; afundamento da Universidade pública; quadruplicação da dívida, estafa cambial. E o governo FHC não sofreu um décimo deste cerco. Sair desta situação em três anos e meio e recuperar a própria credibilidade da democracia foi um feito enorme do governo Lula, independentemente de graves erros cometidos por Ministros ou personalidades políticas do PT e ou da “base aliada”.
10) A ofensiva agora vai continuar. Não nos iludamos. O período eleitoral vai exacerbar a guerra contra a alternativa democrática representada pelo PT, PSB e PC do B e pela esquerda democrática do país. A direção do Partido deve comandar a resistência e a contra-ofensiva para reeleger Lula presidente. Este é apenas um pequeno e previsível capítulo da revolução democrática no país.
Tarso Genro
______________________________________
Abaixo, transcrevo parte do artigo de Hildegard Angel, publicado no Jornal do Brasil.
Nada mais realista do que aquele anúncio da oposição em que personagens do governo Lula vão caindo, um a um, como pedras de dominó. Agora foi o Palocci, até ele, o enfant gaté da imprensa!... Quebraram O sigilo do Henrique Meirelles, do Okamotto, de todos, e ninguém se escandalizou. Ao contrário, fizeram manchetes escandalosas, pressionaram o que puderam. Agora, o ministro da Fazenda é levado à renúncia, depois da iniciativa trapalhona do presidente da Caixa de bisbilhotar o sigilo do caseiro. E todos lambem os beiços... É óbvio que o objetivo geral da Nação não é a moralidade. É derrubar o governo, numa reação golpista em cadeia... quem viveu na carne as conseqüências incontroláveis de um golpe, como esta jornalista, sabe bem o pavor que lhe causa o atual cenário político nacional. Um festival de histeria regido pela mesma direita de 1964... Num Congresso onde foram vistas as coisas mais escabrosas (até o senador ACM dando sopapo no senador Suassuna!), todos se escandalizam porque a deputada petista dançou de alegria. Hipocrisia... ninguém se chocou porque o deputado pefelista deu uma festa, com pizza de verdade e tudo, comemorando a sua não punição. Se Brant fosse petista, estava lascado e cassado.... A CPI é um pretexto óbvio para derrubar o governo. Tudo vira motivo de escândalo, nossos parlamentares são todos freiras de convento, que vão de pretexto em pretexto, até encontrarem o motivo para derrubar Lula, última pedra do dominó...
Hildegard Angel
Enviado por Maria Rodrigues
LINHA ABERTA
Edição nº: 2292- Boletim informativo do Diretório Nacional do PT
30/03/2006
CPI não comprovou mensalão, rebate Berzoini
O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), afirmou nesta quinta-feira que o relatório do deputado Osmar Serraglio apresentado ontem à CPMI dos Correios contém inconsistências e incoerências. "Em alguns aspectos, falta critério técnico-jurídico para a caracterização dos eventos. Para nós, é fundamental que haja aperfeiçoamentos. Não vejo prova consistente daquilo que se chama de mensalão. Se houvesse esse tipo de prova, teríamos a indicação de quem recebeu. Não há provas, porque não houve nenhum evento dessa natureza", disse.
Estudo de votações derruba tese do relator
PT vai à justiça para instalar CPI da Nossa Caixa na Assembléia
STF julga condenação de Serra por lesão aos cofres públicos
Miissão coroa programa espacial brasileiro
Brasil torna-se 11ª economia do mundo
Salários aumentaram mais do que o PIB em 2005
Pedido de indiciamento de Genoino é inaceitável, diz Paulo Frateschi
Acusados desqualificam "ficção" de Serraglio
Golpistas tucanos agora querem afastamento de Lula
Petistas condenam retirada de Guadagnin do Conselho de Ética
Alckmin, o que "cuida de gente", deixará 76 escolas de latão em SP
Conferência de relações internacionais do PT começa nesta sexta (31)
Orçamento pode ir a plenário na próxima terça-feira
Turismo internacional cresce no paísO mês de fevereiro foi o melhor na história do turismo receptivo, com a entrada de US$ 359 milhões, e o terceiro maior desempenho de todos os tempos, atrás apenas de agosto e dezembro do ano passado, quando o volume de recursos foi de US$ 360 milhões, e de janeiro deste ano, que teve uma entrada de US$ 402 milhões.
30/03/2006
CPI não comprovou mensalão, rebate Berzoini
O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), afirmou nesta quinta-feira que o relatório do deputado Osmar Serraglio apresentado ontem à CPMI dos Correios contém inconsistências e incoerências. "Em alguns aspectos, falta critério técnico-jurídico para a caracterização dos eventos. Para nós, é fundamental que haja aperfeiçoamentos. Não vejo prova consistente daquilo que se chama de mensalão. Se houvesse esse tipo de prova, teríamos a indicação de quem recebeu. Não há provas, porque não houve nenhum evento dessa natureza", disse.
Estudo de votações derruba tese do relator
PT vai à justiça para instalar CPI da Nossa Caixa na Assembléia
STF julga condenação de Serra por lesão aos cofres públicos
Miissão coroa programa espacial brasileiro
Brasil torna-se 11ª economia do mundo
Salários aumentaram mais do que o PIB em 2005
Pedido de indiciamento de Genoino é inaceitável, diz Paulo Frateschi
Acusados desqualificam "ficção" de Serraglio
Golpistas tucanos agora querem afastamento de Lula
Petistas condenam retirada de Guadagnin do Conselho de Ética
Alckmin, o que "cuida de gente", deixará 76 escolas de latão em SP
Conferência de relações internacionais do PT começa nesta sexta (31)
Orçamento pode ir a plenário na próxima terça-feira
Turismo internacional cresce no paísO mês de fevereiro foi o melhor na história do turismo receptivo, com a entrada de US$ 359 milhões, e o terceiro maior desempenho de todos os tempos, atrás apenas de agosto e dezembro do ano passado, quando o volume de recursos foi de US$ 360 milhões, e de janeiro deste ano, que teve uma entrada de US$ 402 milhões.
Nem veja. Nem leia
Se você quiser saber tudo sobre o governo FHC, não leia o livro de auto-ajuda “A arte da política”, assinado pelo ex-presidente. Não leia, porque ali nada se explica sobre as privatizações, conluio com a grande mídia, a explosão da dívida pública e aprovação da emenda da reeleição.
Emir Sader
Se você quiser saber como FHC foi fabricado como candidato para o Plano Real e não o Plano para o candidato;
Se você quiser saber como a inflação foi transformada na multiplicação da dívida pública em 11 vezes, pelo candidato que dizia que “o Estado gasta muito, o Estado gasta mal”, mas entregou o Estado falido a seu sucessor;
Se você quiser saber como o presidente dos EUA mandou seu assessor para apoiar a candidatura de FHC e ganhou, de quebra, o Sivam, para uma empresa financiadora de sua campanha;Se você quiser saber como parlamentares foram comprados para que a Constituição fosse reformada e a emenda da reeleição, reformada;
Se você quiser saber como o conluio entre a grade mídia privada e o governo de FHC impediu que houvesse CPI da compra de votos;
Se você quiser saber como o país foi quebrado três vezes durante o governo de FHC, ao seguir rigorosamente as normas do FMI;Se você quiser saber quanto e como se multiplicaram fortunas com a privatização das empresas públicas – o maior negócio de corrupção da história do Brasil;
Se você quiser saber quanto e como se multiplicaram fortunas com a brutal desvalorização da moeda em janeiro de 1999;
Se você quiser saber como e por que fracassou o governo de FHC, derrotado estrepitosamente nas eleições para sua sucessão;
Se você quiser saber estas e outras verdades fundamentais para entender o Brasil contemporâneo e por que o ex-presidente FHC é o mais rejeitado de todos os nomes aventados como candidatos à presidência da República;
Se você quiser saber por que seus correligionários disseram a FHC que calasse a boca, porque suas intervenções desastrosas ajudavam a recuperação eleitoral de Lula;
Se você quiser saber por que FHC não conseguiu nenhum cargo internacional – como era seu sonho – e tem que se contentar com o luxuoso escritório no Vale do Anhangabaú, montado por grandes empresários paulistas, em agradecimento pelo que lucraram durante seu governo;
Se você quiser saber por que FHC se tornou tão rancoroso diante do sucesso de Lula e de sua política externa;
Se você quiser saber dos vínculos sorrateiros da “Veja” com o ex-presidente, que deram – na única resenha da imprensa – capa do seu livro, apresentada por um escriba de plantão;
Se você quiser saber tudo isso e muito mais sobre o governo FHC, não leia o livro de auto-ajuda (para ele levantar sua decaída auto-estima), recém publicado pelo ex-presidente, decadente e marginalizado.
Não leia, porque nada disso está ali, senão autobajulações, autojustificativas, perfeitamente adequadas a que se esqueça antes mesmo de ler. Nem veja, nem leia.
Emir Sader é professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj e autor, entre outros, de “A vingança da História".
Emir Sader
Se você quiser saber como FHC foi fabricado como candidato para o Plano Real e não o Plano para o candidato;
Se você quiser saber como a inflação foi transformada na multiplicação da dívida pública em 11 vezes, pelo candidato que dizia que “o Estado gasta muito, o Estado gasta mal”, mas entregou o Estado falido a seu sucessor;
Se você quiser saber como o presidente dos EUA mandou seu assessor para apoiar a candidatura de FHC e ganhou, de quebra, o Sivam, para uma empresa financiadora de sua campanha;Se você quiser saber como parlamentares foram comprados para que a Constituição fosse reformada e a emenda da reeleição, reformada;
Se você quiser saber como o conluio entre a grade mídia privada e o governo de FHC impediu que houvesse CPI da compra de votos;
Se você quiser saber como o país foi quebrado três vezes durante o governo de FHC, ao seguir rigorosamente as normas do FMI;Se você quiser saber quanto e como se multiplicaram fortunas com a privatização das empresas públicas – o maior negócio de corrupção da história do Brasil;
Se você quiser saber quanto e como se multiplicaram fortunas com a brutal desvalorização da moeda em janeiro de 1999;
Se você quiser saber como e por que fracassou o governo de FHC, derrotado estrepitosamente nas eleições para sua sucessão;
Se você quiser saber estas e outras verdades fundamentais para entender o Brasil contemporâneo e por que o ex-presidente FHC é o mais rejeitado de todos os nomes aventados como candidatos à presidência da República;
Se você quiser saber por que seus correligionários disseram a FHC que calasse a boca, porque suas intervenções desastrosas ajudavam a recuperação eleitoral de Lula;
Se você quiser saber por que FHC não conseguiu nenhum cargo internacional – como era seu sonho – e tem que se contentar com o luxuoso escritório no Vale do Anhangabaú, montado por grandes empresários paulistas, em agradecimento pelo que lucraram durante seu governo;
Se você quiser saber por que FHC se tornou tão rancoroso diante do sucesso de Lula e de sua política externa;
Se você quiser saber dos vínculos sorrateiros da “Veja” com o ex-presidente, que deram – na única resenha da imprensa – capa do seu livro, apresentada por um escriba de plantão;
Se você quiser saber tudo isso e muito mais sobre o governo FHC, não leia o livro de auto-ajuda (para ele levantar sua decaída auto-estima), recém publicado pelo ex-presidente, decadente e marginalizado.
Não leia, porque nada disso está ali, senão autobajulações, autojustificativas, perfeitamente adequadas a que se esqueça antes mesmo de ler. Nem veja, nem leia.
Emir Sader é professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj e autor, entre outros, de “A vingança da História".
quinta-feira, março 30, 2006
Mais um valentão protegido pela imprensa tucana, Folha, Globo, Bandeirantes... Cadê vocês???
Denúncias atingem assessor e familiares do presidente da CPI dos Bingos
GEREP Relatório de Acompanhamento das Atividades do Congresso Nacional nº 077/2006 28/03/2006
Matéria publicada nesta semana pelo jornal Gazeta Mercantil revela que o presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), enfrenta problemas no gabinete e na família. Segundo a matéria "Na linha de frente da CPI, Efraim rebate denúncias", publicada no dia 9 de março, a polícia paraibana prendeu Luciano Carneiro da Cunha, assessor direto do senador. Ex-prefeito de Cruz do Espírito Santo (PB), ele é acusado de não ter recolhido aos cofres públicos R$ 168 mil e de ter emitido R$ 144 mil em cheques fraudulentos. A matéria é assinada pelo jornalista Hugo Marques.
O senador Efraim admite a contratação Luciano Carneiro da Cunha, mas argumenta que o ex-prefeito é contratado da Primeira Secretaria do Senado. Boletim da Diretoria Geral da Casa, entretanto, confirma que a lotação de Cunha é no gabinete do senador. "É preciso investigar esta irregularidade. Existem dois contratos?", questionou o deputado Luiz Couto (PT-PB). E o mais grave, continuou o deputado, é que, se ele está contratado, deveria estar trabalhando no Senado, seja no gabinete ou na Primeira Secretaria, mas isso não está acontecendo. "Cunha está na Paraíba, onde foi preso por mandado expedido pela Justiça daquele estado", acrescentou.
Rancor - Na avaliação do deputado Luiz Couto, o senador Efraim age na CPI dos Bingos com uma metralhadora giratória contra o PT e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Efraim Morais expressa todo o seu rancor porque estava acostumado a mamar nas tetas do Poder Público e neste governo ele não pode agir assim", afirmou o petista.
Ele citou como exemplo o irmão do senador, José Joácio Araújo de Morais, que responde a processo por denúncias de superfaturamento na compra de medicamentos. Joácio teve indicação política de Efraim Morais para a Secretaria de Saúde da Paraíba. Segundo a matéria da Gazeta Mercantil, o irmão do senador é apontado como um dos responsáveis por um prejuízo de R$ 2,2 milhões na compra irregular de medicamentos para doenças crônicas como mal de Parkinson, hemodiálise e complicações de transplantes.
E A BRIGA TUCANA CONTINUA...
Aníbal exige que Serra enfrente prévias e provoca tensão no PSDB
Aníbal, que já foi presidente do PSDB, afirma que não há unanimidade do partido em torno do nome de Serra
O vereador José Aníbal (PSDB-SP), que aparece na lista de possíveis nomes do PSDB para o governo de São Paulo, garantiu ontem (29/3) que não irá retirar sua candidatura mesmo que o prefeito de São Paulo, José Serra, coloque seu nome à disposição do partido para a vaga. Mesmo diante da expectativa de que Serra poderá anunciar sua pré-candidatura hoje (30/3), Aníbal disse que se manterá na disputa e apontou a possibilidade de levar a decisão à direção partidária, exigindo a realização de prévias. Serra desistiu de disputar a presidência da República justamente por se negar a participar de prévias contra o governador Geraldo Alckmin, que acabou ficando com a indicação. Aníbal reconheceu que Serra aparece com grande força nas pesquisas eleitorais, mas insistiu que os levantamentos representam apenas um "retrato do momento" e não significam que outros nomes do PSDB não sejam capazes de vencer a eleição. "Acho mesmo um erro grave a idéia de que a renúncia (de Serra) é condição para que o PSDB continue governando o Estado de São Paulo", disse Aníbal.
Segundo sua assessoria, um dos trunfos de Aníbal é uma pesquisa interna do PSDB que daria ao vereador 14% das preferências entre os formadores de opinião do Estado. Aníbal também ressalta que, ao contrário de Serra, já lançou sua candidatura há "bastante tempo".O vereador disse já ter comunicado a direção partidária e o governador Geraldo Alckmin de sua intenção de manter sua pré-candidatura. Questionado sobre quais critérios devem ser usados para a escolha caso o prefeito paulistano aceite disputar a vaga, Aníbal disse que estará satisfeito com o critério que for escolhido pela comissão executiva nacional ou pelo diretório do PSDB.
De qualquer forma, Aníbal ressaltou que até o momento não tem qualquer motivo para retirar seu nome, até porque Serra ainda não havia manifestado formalmente, até o início da noite de ontem, a intenção de concorrer ao governo na próxima eleição.
O presidente do diretório estadual do PSDB, deputado estadual Sidney Beraldo, criticou o vereador tucano. Para Beraldo, a força do nome do prefeito José Serra no ninho tucano dispensaria a realização de prévias."Não vejo a necessidade de prévias, dado o grande apoio do partido ao prefeito José Serra", afirmou Beraldo. O deputado afirma que "defenderá essa tese" na reunião da Executiva do partido.
Estresse
Recentemente, quando foi questionado se as manifestações de parlamentares tucanos a favor de Serra o incomodavam, Anibal disse que "no que elas têm de espontâneo, nada a reparar", mas "no que elas têm de induzido, não acho tão bom porque cria estresse, pressão dentro do partido. E eu não faço isso", afirmou.
O pré-candidato deu uma gargalhada quando questionado se em sua opinião o ritual de escolha do candidato a governador seguirá o mesmo colocado em prática na escolha do candidato a presidente, marcado por jantares em restaurantes caros e reuniões secretas entre cardeais do partido. "Se não há convergência, é necessário se estabelecer um procedimento de escolha. Mas sem jantares e sem rapapés", afirmou. "Em São Paulo estamos conscientes de que o procedimento tem de ser este. A população está farta deste jogo de cena."
Agenda cancelada
A renúncia de José Serra da Prefeitura de São Paulo era esperada para esta quarta-feira à tarde, mas foi adiada justamente por causa da insistência de José Aníbal.
Ao cancelar sua agenda de ontem, criou-se a expectativa de que o prefeito estaria preparando uma carta para enviar à Câmara municipal comunicando o abandono do mandato. Mas após as declarações de Aníbal, a tensão tomou conta do ninho tucano e Serra, irritado, adiou o anúncio. O presidente da Casa, Roberto Tripoli, explicou à Rádio Jovem Pan, que, regimentalmente, se Serra decidir concorrer ao governo do Estado, terá que entregar sua carta de renúncia até sexta-feira (31), último dia deste mês. Feito isso, ele (Tripoli) publica Diário Oficial no dia seguinte e o vice-prefeito, Gilberto Kassab (PFL), assumiria o cargo.
Eleitores insatisfeitos com atitude de Serra
A decisão de Serra de abandonar a prefeitura da capital contraria a expectativa dos eleitores. Pesquisas de opinião feitas entre o fim de fevereiro e o início de março mostraram que a maioria dos paulistanos queria que ele cumprisse o mandado até o fim, como havia prometido durante a campanha política. Pela pesquisa feita pelo Centro de Pesquisa Motivacional (CPM Research), encomendada pelo Instituto Ágora, para 70% dos paulistanos o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra não deveriam deixar os cargos que ocupam para concorrer a outros.A pesquisa, divulgada no dia 13 de março, também revelou que 86% dos cidadãos querem ser consultados antes de os governantes se candidatarem a outros cargos sem cumprir o mandato atual. Mais de 70% dos 375 eleitores pesquisados não sabiam o nome de quem vai assumir os cargos de prefeito e governador com a saída de Serra e Alckmin.No final de fevereiro, um levantamento do instituto Datafolha já mostrava que 50% dos entrevistados desaprovavam uma eventual saída de José Serra da prefeitura da capital para concorrer à presidência. A pesquisa ainda mostrou que apenas os simpatizantes de Serra não se importavam com a idéia de ele deixar o Executivo municipal.
PT planeja ato contra candidatura de Serra
Ainda ontem, a direção do PT em São Paulo anunciou que pretende promover um ato na próxima sexta-feira contra a candidatura do prefeito José Serra ao governo paulista. Antes mesmo de o tucano ter confirmado sua intenção de concorrer à vaga nas próximas eleições, o diretório municipal do PT já agendou uma manifestação para o meio-dia, em frente ao Teatro Municipal.De acordo com o vereador Paulo Fiorilo, que também ocupa a presidência do PT no município, a idéia é cobrar de Serra o compromisso firmado na época em que disputou a prefeitura com a petista Marta Suplicy. Serra garantiu que não deixaria o cargo em função da corrida presidencial deste ano. "O que nós vamos fazer é cobrar a coerência que, infelizmente, o prefeito Serra não teve", disse o vereador petista. "Ele disse que não ia fazer da cidade um trampolim", acrescentou.Outro tema da manifestação, de acordo com Fiorilo, será o fato de o cargo ser entregue ao vice Gilberto Kassab. Segundo ele, tanto Kassab quanto o PFL não possuem a "experiência" e a "tradição" necessárias para governar a cidade de São Paulo.
Da redação,com informações das agências
http://www.vermelho.org.br/diario/2006/0330/0330_anibal.asp
Aníbal, que já foi presidente do PSDB, afirma que não há unanimidade do partido em torno do nome de Serra
O vereador José Aníbal (PSDB-SP), que aparece na lista de possíveis nomes do PSDB para o governo de São Paulo, garantiu ontem (29/3) que não irá retirar sua candidatura mesmo que o prefeito de São Paulo, José Serra, coloque seu nome à disposição do partido para a vaga. Mesmo diante da expectativa de que Serra poderá anunciar sua pré-candidatura hoje (30/3), Aníbal disse que se manterá na disputa e apontou a possibilidade de levar a decisão à direção partidária, exigindo a realização de prévias. Serra desistiu de disputar a presidência da República justamente por se negar a participar de prévias contra o governador Geraldo Alckmin, que acabou ficando com a indicação. Aníbal reconheceu que Serra aparece com grande força nas pesquisas eleitorais, mas insistiu que os levantamentos representam apenas um "retrato do momento" e não significam que outros nomes do PSDB não sejam capazes de vencer a eleição. "Acho mesmo um erro grave a idéia de que a renúncia (de Serra) é condição para que o PSDB continue governando o Estado de São Paulo", disse Aníbal.
Segundo sua assessoria, um dos trunfos de Aníbal é uma pesquisa interna do PSDB que daria ao vereador 14% das preferências entre os formadores de opinião do Estado. Aníbal também ressalta que, ao contrário de Serra, já lançou sua candidatura há "bastante tempo".O vereador disse já ter comunicado a direção partidária e o governador Geraldo Alckmin de sua intenção de manter sua pré-candidatura. Questionado sobre quais critérios devem ser usados para a escolha caso o prefeito paulistano aceite disputar a vaga, Aníbal disse que estará satisfeito com o critério que for escolhido pela comissão executiva nacional ou pelo diretório do PSDB.
De qualquer forma, Aníbal ressaltou que até o momento não tem qualquer motivo para retirar seu nome, até porque Serra ainda não havia manifestado formalmente, até o início da noite de ontem, a intenção de concorrer ao governo na próxima eleição.
O presidente do diretório estadual do PSDB, deputado estadual Sidney Beraldo, criticou o vereador tucano. Para Beraldo, a força do nome do prefeito José Serra no ninho tucano dispensaria a realização de prévias."Não vejo a necessidade de prévias, dado o grande apoio do partido ao prefeito José Serra", afirmou Beraldo. O deputado afirma que "defenderá essa tese" na reunião da Executiva do partido.
Estresse
Recentemente, quando foi questionado se as manifestações de parlamentares tucanos a favor de Serra o incomodavam, Anibal disse que "no que elas têm de espontâneo, nada a reparar", mas "no que elas têm de induzido, não acho tão bom porque cria estresse, pressão dentro do partido. E eu não faço isso", afirmou.
O pré-candidato deu uma gargalhada quando questionado se em sua opinião o ritual de escolha do candidato a governador seguirá o mesmo colocado em prática na escolha do candidato a presidente, marcado por jantares em restaurantes caros e reuniões secretas entre cardeais do partido. "Se não há convergência, é necessário se estabelecer um procedimento de escolha. Mas sem jantares e sem rapapés", afirmou. "Em São Paulo estamos conscientes de que o procedimento tem de ser este. A população está farta deste jogo de cena."
Agenda cancelada
A renúncia de José Serra da Prefeitura de São Paulo era esperada para esta quarta-feira à tarde, mas foi adiada justamente por causa da insistência de José Aníbal.
Ao cancelar sua agenda de ontem, criou-se a expectativa de que o prefeito estaria preparando uma carta para enviar à Câmara municipal comunicando o abandono do mandato. Mas após as declarações de Aníbal, a tensão tomou conta do ninho tucano e Serra, irritado, adiou o anúncio. O presidente da Casa, Roberto Tripoli, explicou à Rádio Jovem Pan, que, regimentalmente, se Serra decidir concorrer ao governo do Estado, terá que entregar sua carta de renúncia até sexta-feira (31), último dia deste mês. Feito isso, ele (Tripoli) publica Diário Oficial no dia seguinte e o vice-prefeito, Gilberto Kassab (PFL), assumiria o cargo.
Eleitores insatisfeitos com atitude de Serra
A decisão de Serra de abandonar a prefeitura da capital contraria a expectativa dos eleitores. Pesquisas de opinião feitas entre o fim de fevereiro e o início de março mostraram que a maioria dos paulistanos queria que ele cumprisse o mandado até o fim, como havia prometido durante a campanha política. Pela pesquisa feita pelo Centro de Pesquisa Motivacional (CPM Research), encomendada pelo Instituto Ágora, para 70% dos paulistanos o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra não deveriam deixar os cargos que ocupam para concorrer a outros.A pesquisa, divulgada no dia 13 de março, também revelou que 86% dos cidadãos querem ser consultados antes de os governantes se candidatarem a outros cargos sem cumprir o mandato atual. Mais de 70% dos 375 eleitores pesquisados não sabiam o nome de quem vai assumir os cargos de prefeito e governador com a saída de Serra e Alckmin.No final de fevereiro, um levantamento do instituto Datafolha já mostrava que 50% dos entrevistados desaprovavam uma eventual saída de José Serra da prefeitura da capital para concorrer à presidência. A pesquisa ainda mostrou que apenas os simpatizantes de Serra não se importavam com a idéia de ele deixar o Executivo municipal.
PT planeja ato contra candidatura de Serra
Ainda ontem, a direção do PT em São Paulo anunciou que pretende promover um ato na próxima sexta-feira contra a candidatura do prefeito José Serra ao governo paulista. Antes mesmo de o tucano ter confirmado sua intenção de concorrer à vaga nas próximas eleições, o diretório municipal do PT já agendou uma manifestação para o meio-dia, em frente ao Teatro Municipal.De acordo com o vereador Paulo Fiorilo, que também ocupa a presidência do PT no município, a idéia é cobrar de Serra o compromisso firmado na época em que disputou a prefeitura com a petista Marta Suplicy. Serra garantiu que não deixaria o cargo em função da corrida presidencial deste ano. "O que nós vamos fazer é cobrar a coerência que, infelizmente, o prefeito Serra não teve", disse o vereador petista. "Ele disse que não ia fazer da cidade um trampolim", acrescentou.Outro tema da manifestação, de acordo com Fiorilo, será o fato de o cargo ser entregue ao vice Gilberto Kassab. Segundo ele, tanto Kassab quanto o PFL não possuem a "experiência" e a "tradição" necessárias para governar a cidade de São Paulo.
Da redação,com informações das agências
http://www.vermelho.org.br/diario/2006/0330/0330_anibal.asp
quarta-feira, março 29, 2006
DESATINO E SENSATEZ
por Augusto Boal
Duas palavras tão simples: um nome próprio, Lula; outro, comum: presidente. Dois substantivos. Dependendo da ordem em que são pronunciados, o sentido muda e muda o sorriso em nosso rosto. Antes das eleições, com esperança, dizíamos: "Lula Presidente". Hoje, com orgulho, dizemos: "Presidente Lula". Ontem, havia um desejo; existem, hoje, duas certezas: um mundo novo é possível - difícil será construí-lo! Dirigentes falavam em economia; economistas em economês. No dia seguinte ao pleito, Lula preferiu falar do lado humano: acabar com a fome de cinqüenta milhões. Milagre: de repente, aquela criança que víamos dormindo na calçada, solitária, multiplicou-se em cinqüenta milhões de fomes errantes, sem abrigo, catando lixo. Poucos se permitiam vê-las. Ouvindo Lula, tornou-se impossível a miopia. Houve um presidente, tempos atrás - malfadada memória! - que, sobre o Brasil, só dizia desatinos: nossos carros eram carroças, devíamos sofisticá-los. Só assim seríamos civilizados, e bem recebidos da Corte! Seu tom era arrebatado, seus olhos vermelhos, e branca a espuma em sua boca. Nada sensato dizia sobre a mortalidade infantil e o desemprego: coisas chãs. Domingo, terminada a apuração, o mundo inteiro nos olhava e nós olhávamos o mundo. O que será que vão pensar de nós, os poderosos gringos nortenhos? Como seremos vistos na sofisticada Europa, presididos por um operário monoglota? Operário de torno mecânico, agora operário nas engrenagens do poder - isso pode? Pensávamos que Lula nos falaria das grandes potências distantes, e ele nos lembrou da vizinha Argentina! Antes do desatinado liberalismo que devastou aquele país, a Argentina era a nação mais gordinha da América do Sul; hoje, um terço da sua população, mais que pobre, é miserável. Aos nossos irmãos portenhos, Lula estendeu a mão. Habituados ao desatino, nós nos deslumbramos diante da sensatez. Mesmo naquelas paragens brasileiras onde antes havia medo compacto, hoje reina apenas desconfiança difusa: - "Será que ele vai mesmo fazer o que prometeu? Será capaz? Quero só ver!"Temos que ser lúcidos e ver a verdade, de frente e de perfil: Lula só fez uma promessa, só uma - prometeu trabalhar vinte e quatro horas por dia! Alguém duvida? Ele, que descansa trabalhando na cozinha, fazendo comida e lavando pratos?Essa promessa, com certeza, há de cumprir: vai trabalhar! Penso até que, como primeira medida provisória, Lula esticará as habituais vinte e quatro horas do dia para trinta e seis, e todos os dias serão úteis. Isso sim, devemos temer, pois que aprecio, de vez em quando, um dia inútil... e talvez os dias inúteis estejam com os dias contados...Não devemos esquecer: votando nele, votamos em nós mesmos, já que Lula avisou: sozinho, nada poderá fazer. Com Lula no poder, estamos todos condenados à criatividade: condenados a inventar o futuro!
Augusto Boal é dramaturgo e diretor do Centro Teatro do Oprimido.
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O INFORMANTE
Notícias do dia:
Folha Online (29/03/06)Varejo em São Paulo fatura 5,3% mais em fevereiro, diz pesquisa da Fecomércio-SPNa mesma base de comparação (janeiro contra janeiro), o faturamento dos supermercados e hipermercados exibiu um acréscimo de 14,4% em fevereiro.
ALEXANDRE PORTOLULA MENTEMeus caros, infelizmente tenho que reconhecer que Lula mentiu. Vejam as provas.
Hora do Povo (29/03/06)Oposicionistas fabricam discussão diversionista sobre o listão de FurnasNo entanto, ao contrário do que os tucanos querem fazer crer, as informações contidas no relatório foram solidificadas pelo ex-deputado Jefferson.
Hora do Povo (29/03/06)Lula: “Investir em gente significa dar educação e garantir saúde”É com muito orgulho que eu digo: nós estamos fazendo 22 bilhões de investimento em programas sociais este ano”, enfatizou Lula.
PETROBRAS (28/03/06)Petrobras anuncia Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – COMPERJEstima-se que, na fase de operação das três gerações industriais da cadeia petroquímica, serão abertos cerca de 50 mil novos postos de trabalho.
ZUENIR VENTURARespeitem Palocci caídoFalou-se muito em JK por causa da minissérie, e é hora de lembrar o perigo de um certo udenismo que continua atual: o do dedo em riste e o rabo preso.
INFORMANTE.NETVocê vota em mentiroso?Bornhausen, encaminha aos "traidores" uma carta apelando à fidelidade; O PFL faz parte da base governista e que uma CPI só prejudicaria o País.
Agência Carta Maior (28/03/06)Base de Alckmin barra CPI sobre pagamentos a agênciasA crise, que já provocou a queda do assessor especial de Comunicação do governo Geraldo Alckmin, Roger Ferreira, ainda tem vários pontos obscuros.
FENASTC (29/03/06)Negado Habeas Corpus ao governador de GoiásO Ministério Público Federal instaurou inquérito para apurar suposta irregularidade na dispensa de licitação para contratação de propaganda.
Informes (29/03/06)CPI inocenta sen. Ana Júlia e indicia grileiro que a acusouFicou comprovado, por todos os cruzamentos, que a senadora Ana Júlia não teve nenhum envolvimento no Safra Legal e isso está claro no relatório.
EDUARDO LAUANDEVou votar Lula porque será o único candidato que erraO próprio Arthur Virgílio, num dos seus momentos raros de ser humano, disse que já fez, na eleição de 1986, Caixa 02.
Folha Online (28/03/06)Na posse de Mantega, Lula descarta "mágicas" na economia e se diz "companheiro" de PalocciO novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse defender um desenvolvimento "responsável" e "avesso a aventuras e ao entusiasmo infantil".
O Informante - preenchendo lacunas da mídia
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Quem não tem voto tenta ganhar no tapetão
28 de março de 2006 - 00:01
Dirceu diz que PSDB tenta desestabilizar Lula
Dirceu diz que o governo Lula errou ao fazer aliança com o PL e disse o PMDB será o âncora das eleições deste ano
Bruno Wincler
SÃO PAULO - O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu culpou na noite desta segunda-feira a disputa política e o "desespero tucano" pela crise que culminou pela queda do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. "É uma tentativa de desestabilizar o governo Lula. Quem não tem voto tenta ganhar no tapetão", disse, referindo as pesquisas que apontam Lula na liderança da disputa.
Em palestra na Assembléia Legislativa, Dirceu condenou a quebra de sigilo do caseiro Francenildo Santos Costa, mas disse que a imprensa lançou outros extratos bancários e não foi punida por isso. "A conta do Okamoto, a minha, a do Henrique Meirelles foram devassadas. É crime também. Como podem dizer que abusamos do poder?", disse.
Dirceu insistiu que sua cassação foi um ato político movido pela oposição e que não existe prova contra ele. "Podem me indiciar porque papel aceita tudo, mas não há indícios contra mim. Eu quero ser investigado."
Metas para o segundo mandato
Na palestra, que tinha o tema "O PT e o governo Lula: O que devemos fazer no futuro", Dirceu estabeleceu metas para um eventual segundo mandato de Lula e elegeu os erros que não podem ser cometidos. "O primeiro foi o estilo das alianças. Erramos ao nos unir ao PL e em não termos votado a reforma política", disse, O ex-ministro admitiu que o partido errou quando o quadro mais qualificado do PT saiu da direção do partido para entrar no governo.
Para as eleições desse ano, Dirceu disse ser fundamental uma aliança com o PMDB. Disse também que acredita que Garotinho não sairá como candidato. "A verticalização vai impedí-los de ter candidato. O PMDB é a âncora dessa eleição."
Educação e política externa
No próximo mandato, Dirceu disse que as prioridades são, além da reforma política, aumentar os investimentos na educação e na habitação. "Um País como o Brasil não pode ter analfabetos, é inadmissível", disse, lembrando que no atual mandato o governo lançou o ProUni. "Medida que abriu as portas da universidade à que não tinha condições de estudar."
Na economia, o ex-ministro defendeu todas as medidas e o caminho adotado por Palocci. "Nós fizemos o dever de casa. Estabilizamos a economia, diminuímos a inflação e eliminamos a dolarização da dívida interna".
Outro ponto favorável ao governo, apontado por Dirceu, diz respeito à sua política externa. "O Brasil passou a ser sujeito no cenário internacional, tendo um papel importante", disse o ex-ministro.
Fim da crise ?
José Dirceu acredita que a nomeação de Guido Mantega para o Ministério da Fazenda encerra a crise política do governo. "A partir de agora devemos olhar para frente. O País precisa continuar tendo estabilidade com desenvolvimento".
Para ele, "o importante é ter governabilidade e que o ministro Guido Mantega dê respostas aos problemas do País, principalmente aumentando o investimento, com redução dos juros, reduzindo os custos e avançando na reforma tributária".
Dirceu diz que PSDB tenta desestabilizar Lula
Dirceu diz que o governo Lula errou ao fazer aliança com o PL e disse o PMDB será o âncora das eleições deste ano
Bruno Wincler
SÃO PAULO - O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu culpou na noite desta segunda-feira a disputa política e o "desespero tucano" pela crise que culminou pela queda do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. "É uma tentativa de desestabilizar o governo Lula. Quem não tem voto tenta ganhar no tapetão", disse, referindo as pesquisas que apontam Lula na liderança da disputa.
Em palestra na Assembléia Legislativa, Dirceu condenou a quebra de sigilo do caseiro Francenildo Santos Costa, mas disse que a imprensa lançou outros extratos bancários e não foi punida por isso. "A conta do Okamoto, a minha, a do Henrique Meirelles foram devassadas. É crime também. Como podem dizer que abusamos do poder?", disse.
Dirceu insistiu que sua cassação foi um ato político movido pela oposição e que não existe prova contra ele. "Podem me indiciar porque papel aceita tudo, mas não há indícios contra mim. Eu quero ser investigado."
Metas para o segundo mandato
Na palestra, que tinha o tema "O PT e o governo Lula: O que devemos fazer no futuro", Dirceu estabeleceu metas para um eventual segundo mandato de Lula e elegeu os erros que não podem ser cometidos. "O primeiro foi o estilo das alianças. Erramos ao nos unir ao PL e em não termos votado a reforma política", disse, O ex-ministro admitiu que o partido errou quando o quadro mais qualificado do PT saiu da direção do partido para entrar no governo.
Para as eleições desse ano, Dirceu disse ser fundamental uma aliança com o PMDB. Disse também que acredita que Garotinho não sairá como candidato. "A verticalização vai impedí-los de ter candidato. O PMDB é a âncora dessa eleição."
Educação e política externa
No próximo mandato, Dirceu disse que as prioridades são, além da reforma política, aumentar os investimentos na educação e na habitação. "Um País como o Brasil não pode ter analfabetos, é inadmissível", disse, lembrando que no atual mandato o governo lançou o ProUni. "Medida que abriu as portas da universidade à que não tinha condições de estudar."
Na economia, o ex-ministro defendeu todas as medidas e o caminho adotado por Palocci. "Nós fizemos o dever de casa. Estabilizamos a economia, diminuímos a inflação e eliminamos a dolarização da dívida interna".
Outro ponto favorável ao governo, apontado por Dirceu, diz respeito à sua política externa. "O Brasil passou a ser sujeito no cenário internacional, tendo um papel importante", disse o ex-ministro.
Fim da crise ?
José Dirceu acredita que a nomeação de Guido Mantega para o Ministério da Fazenda encerra a crise política do governo. "A partir de agora devemos olhar para frente. O País precisa continuar tendo estabilidade com desenvolvimento".
Para ele, "o importante é ter governabilidade e que o ministro Guido Mantega dê respostas aos problemas do País, principalmente aumentando o investimento, com redução dos juros, reduzindo os custos e avançando na reforma tributária".
Ângela: A Dança da Alegria
O deputado João Magno (PT-MG) foi absolvido da acusação de ter recebido dinheiro do valerioduto. A deputada Ângela Guadagnin festejou a absolvição de seu colega de partido com uma dança no plenário da Câmara Federal. Ela não o inocentou. Havia pedido uma pena menor, como a suspensão do mandato, uma vez que ele fez uso do caixa 2, um crime eleitoral. Seu pedido não foi aceito. Dias antes, pelo mesmo motivo, um deputado federal do PFL também foi inocentado. No Senado, o senador tucano Eduardo Azeredo, ex-presidente do PSDB, teve o processo por ter recebido também o dinheiro do valerioduto, aliás, foi o primeiro, arquivado. Se não era crime a ser punido quando os parlamentares eram do PFL e do PSDB, por que, então, punir um deputado do partido dela? Por isso festejou, dançando. Foi a dança da alegria. Ela se justificou: “O plenário Ulysses Guimarães já foi palco de muitas coisas, como apitaço, Constituição rasgada e até xingamentos. Eu apenas demonstrei alegria. Em minha opinião, ela agiu erradamente. No entanto, a sua ação não merecia o estardalhaço que a imprensa escrita e falada dedicou ao ato. Acho, como jornalista, que a dança deveria ser mostrada: é um fato político que merecia ser registrado. No entanto, a mídia, principalmente a tucana, extrapolou, como vamos ver.
Além de apresentar a dança da alegria, os jornais dedicaram ao fato Editoriais, pegando pesado. A Folha publicou o Editorial “Na cadência do deboche”. O Estadão não ficou atrás, no Editorial “A dança da impunidade”. O mesmo aconteceu com um jornal de Mogi Guaçu, com o Editorial jocoso: “A “bailarina” do mensalão”. Alguns deputados, mesmo da oposição, foram mais amenos. Carlos Sampaio (PSDB-SP) afirmou: “Discordo dela, mas respeito a forma convicta como age. Só não sei se é convicção pessoal ou partidária. Ela fala com o coração”. Outra oposicionista, Maninha (PSOL-DF), declarou à Folha: “Todo mundo perdeu a vergonha, ninguém fica mais constrangido com sua própria postura”. Ela acha, porém, que a repercussão é maior por se tratar de uma deputada. “Se a Ângela fosse homem e esse homem tivesse ensaiado passos no plenário, o caso teria outra dimensão”. Além de mulher, deputada, Guadagnin é do PT. Esse fato, ser petista, foi ressaltado, por Fabiano Santos, professor do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro. Para ele, a dança de Guadagnin é um tema irrelevante. O único problema que ele disse ter visto no gesto da deputada foi a sua falta de percepção de que, hoje, “tudo o que o PT faz pode se voltar contra o PT”. Fernando Rodrigues, em artigo na Folha (Tucanos e petistas), analisou essa atitude, em minha opinião, ingênua, da deputada: “No Congresso, os petistas são mais bobos que os tucanos. Não se viu ninguém do PSDB dançar no plenário quando foi arquivado o caso de Eduardo Azeredo, também acusado de envolvimento com o “mensalão”. Mas houve comemoração em privado, com certeza”. A Veja, como já era esperado, dedicou a capa à deputada Ângela. Quanto ao Azeredo, isto nunca vai acontecer!
Tivemos manifestações de intelectuais contra a dança da alegria. Alguns espinafrando a deputada. Outros a defenderam, como a socióloga Maria Victória Benevides, que, após dizer que o gesto de Ângela foi “estapafúrdio” e “infantil”, ser ele, o gesto, “muito menos grave do que outros, como, por exemplo, o senador Arthur Virgílio [PSDB-AM] vir ao microfone e dizer que vai dar uma surra no presidente da República”. Outros fatos, além desse apontado, são também mais graves do que a dança da alegria. Dias atrás, deputados do PMDB, governistas e defensores de Garotinho, trocaram tapas no Congresso, quando tentavam indicar o líder do partido. Vocês viram estardalhaços, oba-oba, na divulgação da briga? Eu não vi!
Os leitores dos grandes jornais se manifestaram. A maioria das cartas publicadas era de condenação, seguindo a opinião desses jornais, como é óbvio. Alguns, poucos, defendendo-a. Esse foi o caso de Pedro Valentim (Bauru-SP), no Painel do Leitor da Folha: “Quanto à dança após a absolvição do deputado João Magno (PT-MG), vejo um estardalhaço hipócrita e falso moralista por parte da sociedade, da imprensa e da oposição. A psicologia do comportamento humano vê a dança como manifestação física e psicológica do nosso corpo. Reflete alegria do momento. (...) Acho estranho uma sociedade que não se indigna com o fato de cachorrinhos de estimação [de madames] viverem e comerem melhor do que milhares de crianças pobres se revoltar contra uma atitude no máximo discutível e que não significa nenhum fim do mundo”. Não é o que pensa a alegria raivosa, como diz Chico Buarque!
Fernando de Barros e Silva, editor de Brasil (Folha) não deixou por menos: fez severas críticas à deputada Ângela, no artigo “Da dança ao lixão”. Sobre esse último tema, escreveu: “O “banho de ética” prometido por Geraldo Alckmin ao Brasil acaba de levar uma ducha de água fria com a excelente reportagem de Frederico Vasconcelos, nesta Folha, a respeito do “lixão” – como eram chamados os anúncios da Nossa Caixa politicamente direcionados pelo governo do Estado, tudo por baixo do pano. (...) Isso para não falar nas 400 peças de alta-costura de dona Lu [esposa de Alckmin], todas “doadas” pelo estilista Rogério Figueiredo. Pois é. Os alckmistas estão chegando, estão chegando os alckmistas.”
A dança da alegria foi um erro menor. Mesmo assim, a grande mídia tucana não perdoou. Agora ela deve estar preocupada com a queda de Palocci, com análises justas, umas, e tendenciosas, outras! Hoje vamos ficar com o ato alegre de Ângela. Depois trataremos da alegria, sem dança pública, dos tucanos!
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE,
jornalista em Mogi Guaçu
Além de apresentar a dança da alegria, os jornais dedicaram ao fato Editoriais, pegando pesado. A Folha publicou o Editorial “Na cadência do deboche”. O Estadão não ficou atrás, no Editorial “A dança da impunidade”. O mesmo aconteceu com um jornal de Mogi Guaçu, com o Editorial jocoso: “A “bailarina” do mensalão”. Alguns deputados, mesmo da oposição, foram mais amenos. Carlos Sampaio (PSDB-SP) afirmou: “Discordo dela, mas respeito a forma convicta como age. Só não sei se é convicção pessoal ou partidária. Ela fala com o coração”. Outra oposicionista, Maninha (PSOL-DF), declarou à Folha: “Todo mundo perdeu a vergonha, ninguém fica mais constrangido com sua própria postura”. Ela acha, porém, que a repercussão é maior por se tratar de uma deputada. “Se a Ângela fosse homem e esse homem tivesse ensaiado passos no plenário, o caso teria outra dimensão”. Além de mulher, deputada, Guadagnin é do PT. Esse fato, ser petista, foi ressaltado, por Fabiano Santos, professor do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro. Para ele, a dança de Guadagnin é um tema irrelevante. O único problema que ele disse ter visto no gesto da deputada foi a sua falta de percepção de que, hoje, “tudo o que o PT faz pode se voltar contra o PT”. Fernando Rodrigues, em artigo na Folha (Tucanos e petistas), analisou essa atitude, em minha opinião, ingênua, da deputada: “No Congresso, os petistas são mais bobos que os tucanos. Não se viu ninguém do PSDB dançar no plenário quando foi arquivado o caso de Eduardo Azeredo, também acusado de envolvimento com o “mensalão”. Mas houve comemoração em privado, com certeza”. A Veja, como já era esperado, dedicou a capa à deputada Ângela. Quanto ao Azeredo, isto nunca vai acontecer!
Tivemos manifestações de intelectuais contra a dança da alegria. Alguns espinafrando a deputada. Outros a defenderam, como a socióloga Maria Victória Benevides, que, após dizer que o gesto de Ângela foi “estapafúrdio” e “infantil”, ser ele, o gesto, “muito menos grave do que outros, como, por exemplo, o senador Arthur Virgílio [PSDB-AM] vir ao microfone e dizer que vai dar uma surra no presidente da República”. Outros fatos, além desse apontado, são também mais graves do que a dança da alegria. Dias atrás, deputados do PMDB, governistas e defensores de Garotinho, trocaram tapas no Congresso, quando tentavam indicar o líder do partido. Vocês viram estardalhaços, oba-oba, na divulgação da briga? Eu não vi!
Os leitores dos grandes jornais se manifestaram. A maioria das cartas publicadas era de condenação, seguindo a opinião desses jornais, como é óbvio. Alguns, poucos, defendendo-a. Esse foi o caso de Pedro Valentim (Bauru-SP), no Painel do Leitor da Folha: “Quanto à dança após a absolvição do deputado João Magno (PT-MG), vejo um estardalhaço hipócrita e falso moralista por parte da sociedade, da imprensa e da oposição. A psicologia do comportamento humano vê a dança como manifestação física e psicológica do nosso corpo. Reflete alegria do momento. (...) Acho estranho uma sociedade que não se indigna com o fato de cachorrinhos de estimação [de madames] viverem e comerem melhor do que milhares de crianças pobres se revoltar contra uma atitude no máximo discutível e que não significa nenhum fim do mundo”. Não é o que pensa a alegria raivosa, como diz Chico Buarque!
Fernando de Barros e Silva, editor de Brasil (Folha) não deixou por menos: fez severas críticas à deputada Ângela, no artigo “Da dança ao lixão”. Sobre esse último tema, escreveu: “O “banho de ética” prometido por Geraldo Alckmin ao Brasil acaba de levar uma ducha de água fria com a excelente reportagem de Frederico Vasconcelos, nesta Folha, a respeito do “lixão” – como eram chamados os anúncios da Nossa Caixa politicamente direcionados pelo governo do Estado, tudo por baixo do pano. (...) Isso para não falar nas 400 peças de alta-costura de dona Lu [esposa de Alckmin], todas “doadas” pelo estilista Rogério Figueiredo. Pois é. Os alckmistas estão chegando, estão chegando os alckmistas.”
A dança da alegria foi um erro menor. Mesmo assim, a grande mídia tucana não perdoou. Agora ela deve estar preocupada com a queda de Palocci, com análises justas, umas, e tendenciosas, outras! Hoje vamos ficar com o ato alegre de Ângela. Depois trataremos da alegria, sem dança pública, dos tucanos!
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE,
jornalista em Mogi Guaçu